terça-feira, 25 de junho de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 26/06/2019

ANO C


Mt 7,15-20

Comentário do Evangelho

Pelos seus frutos os conhecereis

Os discípulos são postos de sobreaviso contra os falsos profetas. O Deuteronômio dá o critério para reconhecer o falso profeta: “Se o profeta fala em nome do Senhor, mas a sua palavra não se cumpre, não se realiza, trata-se, então, de uma palavra que o Senhor não disse…” (18,22; ver também: 13,2-6). Certamente, no início da Igreja, como em nossos dias, havia vozes que confundiam os discípulos e induziam a uma falsa doutrina e criavam divisões no seio da comunidade: “Houve, contudo, falsos profetas no seio do povo, como haverá entre vós falsos mestres… Por avareza, procurarão, com discursos fingidos, fazer de vós objeto de negócios…” (2Pd 2,1-3). É preciso prudência e discernimento para não se deixar levar pela aparência ou o palavrório: “... pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7,20). O autor da carta de Tiago exprime esta mesma ideia da seguinte maneira: “Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo bom comportamento suas obras repassadas de docilidade e sabedoria” (Tg 3,13).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me o discernimento necessário para perceber quem, revestido de pele de cordeiro, pode levar-me a arrefecer meu entusiasmo por ti e por teu Reino.
Fonte: Paulinas em 26/06/2013

Vivendo a Palavra

Jesus aconselha aos seus discípulos de todos os tempos – aqui nós nos incluímos – que exercitem sempre o discernimento para identificar os falsos profetas. Como Ele prometeu, o Pai está presente em nós por seu Espírito Santo, guiando-nos no Caminho da Verdade e da Vida que prepara para nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/06/2013

VIVENDO A PALAVRA

Nosso Mestre nos ensina a conhecer a árvore pelos seus frutos. Em outras palavras, não julgar as pessoas, mas considerar as ações que elas produzem. E, sobretudo, prestarmos atenção às consequências que causam em nossos ambientes aquilo que fazemos ou – quem sabe? – aquilo que poderíamos e até deveríamos, mas deixamos de fazer...

Reflexão

Existem profetas que falam o que as pessoas gostam de ouvir e existem profetas que falam o que deve ser dito. O falso profeta é aquele que fala o que a pessoa gosta de ouvir, de modo que ela não muda de vida e não produz fruto algum, vive uma espiritualidade estéril; ele vive de acordo com a situação porque esta lhe é favorável e satisfaz seus interesses. O verdadeiro profeta fala o que a pessoa precisa ouvir para converter-se, mudar de vida e produzir frutos que permaneçam, ele não aceita a situação atual, marcada pelos privilégios e pecados e quer que ela mude, porque o seu interesse é que o Reino de Deus aconteça na história dos homens.
Fonte: CNBB em 26/06/2013

Reflexão

No Antigo Testamento, os falsos profetas eram o tormento dos verdadeiros profetas de Deus. Prometiam o que não podiam dar; eram complacentes com os vícios humanos, em vez de corrigi-los. Não faltarão, nas comunidades cristãs, os falsos profetas contra os quais Jesus previne seus discípulos (cf. Mt 24,11). São pessoas mal intencionadas. É necessário cada um ficar atento aos “frutos” que elas produzem. Se forem gente do bem, farão obras boas. Se não, serão como balões portadores de vento! A advertência de Jesus atinge, antes de tudo, as lideranças religiosas: sua vida é reflexo daquilo que pregam? Mas é um apelo a todos os cristãos: mais que uma doutrina que se deve conhecer, o cristianismo é uma forma de vida; então cabe aqui a pergunta: quais são os frutos que estou produzindo para o Reino de Deus?
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditação

Sou como árvore que dá bons frutos? - Sou como árvore à sombra da qual todos querem estar? - Não facilito às vezes deixando que certas ervas daninhas venham querer abafar meu coração? - Sou conhecido pelos meus bons frutos? - Recordemo-nos dos bons frutos do Espírito que São Paulo cita: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança, justiça e verdade.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 26/06/2013

Meditando o evangelho

OS FALSOS PROFETAS

A simples pertença à comunidade cristã não é suficiente para garantir a credibilidade do discípulo. Existem pessoas que se apresentam exteriormente como cristãs e, na realidade, nada têm a ver com o projeto do Reino. Jesus as chamou de falsos profetas. São cristãs apenas na aparência. Mesmo assim, são capazes de enganar a muitos e desviá-los do caminho traçado por Jesus. É necessário acautelar-se!
A pista para reconhecê-las e desmascará-las foi oferecida pelo próprio Jesus. Ela consiste em verificar como tais indivíduos se comportam. Os falsos profetas tendem a desvincular sua vida daquilo que pregam. Ensinam uma coisa e fazem outra muito distinta. Pregam o amor e a misericórdia, mas são egoístas e impiedosos. Exigem o perdão e a reconciliação, porém nutrem o ódio no coração e criam divisão na comunidade. Anunciam o absoluto de Deus e seu Reino e, contudo, são apegados aos bens deste mundo e cultivam uma forma escondida de idolatria. A vida dos falsos profetas é feita de hipocrisia.
A parábola da árvore boa e da árvore má é ilustrativa do verdadeiro e do falso profetismo cristão. Se o profeta é, de fato, autêntico, sua vida será expressão dos valores do Reino postos em prática. Já a falsidade do profeta será perceptível no seu modo incorreto de viver. Por conseguinte, é no projeto de vida que se reconhece quem é discípulo do Reino.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, que eu não seja enganado pelos falsos profetas que, mascarados de cordeiros, afastam os discípulos de ti.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Os Frutos não mentem...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O que caracteriza e dá identidade a uma laranjeira são, evidentemente as laranjas colhidas dos seus galhos, a Videira a mesma coisa, sabemos que na parreira iremos encontrar os deliciosos cachos de uva, já um espinheiro nada vai dar além de espinhos, também não se pode esperar algum fruto de uma moita de urtigas. Este raciocínio é óbvio demais, entretanto, é essa comparação que Jesus faz para falar com os discípulos sobre o perigo dos falsos profetas de ontem, e dos falsos cristãos de hoje, que além de nada produzirem de bom, ainda contaminam a comunidade com suas ideologias aparentemente cristãs, mas que trazem incertezas, intrigas e divisões.
Os  que ocupam cargos de coordenações dentro da grande Eclésia, ou mesmo nos nossos movimentos, tão importantes na evangelização da pós modernidade, podem sim, ter segundas intenções naquilo que fazem. É preciso ter cautela, pois é fácil identificar a autenticidade dessas lideranças, pelos seus frutos. Nos dias de hoje em nossas comunidades o grande pecado ainda são as divisões e aí os tais Falsos Profetas são os principais articuladores. Podemos atualizar este evangelho e filtrar melhor certas conversas e conselhos. Lideranças que se preocupam excessivamente só com a sua pastoral ou Movimento, não dando muita importância a comunhão com a paróquia como um todo. Pessoas que defendem de unhas e dentes os interesses da SUA comunidade, contra o bem comum de toda a paróquia. Pessoas que fazem duras críticas a outras lideranças, e tentam ainda colocar o povo de Deus contra os Ministros ordenados, tornando a público suas falhas e pecados.
Pessoas que querem dominar a tudo e a todos, brigando com quem quer que seja, para defender seu ponto de vista, sempre acreditando e dizendo que só quer o melhor para a paróquia. Os frutos de quem semeia tanta discórdia, inimizada e intriga, logo vem, e são azedos e intragáveis. As ações do agente de Pastoral autêntico, ao contrário, sempre promovem a união e comunhão de vida, sempre valoriza as demais pessoas e usa de misericórdia e compreensão com quem errou.  Os frutos dessa ação são doces e saborosos, portanto, Jesus pede neste evangelho, para não dar ouvido a esses que parecem ser tão bonzinhos, mas que no fundo são cordeiros disfarçados de Lobo... Esse perigo há, tanto no laicato como no Clero. Não devemos nos deixar influenciar por eles, mas que também não nos falte com eles a misericórdia e a correção fraterna.

2. Árvore boa não pode dar frutos maus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

A orientação de São Mateus para o dia de hoje é tomar cuidado com os falsos profetas. Há muitos e por toda parte. É preciso saber distingui-los e não se deixar enganar. Não é de admirar que haja falsos profetas. Aí está o Evangelho de Mateus nos alertando. Vestem-se de ovelhas, mas são lobos ferozes. O que causa admiração é que as pessoas se deixem enganar. Certamente são pessoas extremamente necessitadas ou muito limitadas. A limitação existe de muitas maneiras, desde a incapacidade de raciocinar até as cercas colocadas ao nosso redor, diminuindo nossa capacidade de reação. Por isso, é sempre bom olhar os frutos de uma árvore. Uvas procuramos na videira e figos na figueira, e não em urtigas e espinheiros. Conhecemos a qualidade da árvore pela qualidade de seus frutos. Isto vale para todos os que se apresentam como profetas. Isto vale para todos os que falam em nome de Deus. Os frutos que revelam a autenticidade do servidor de Deus são sempre os atos de caridade. Um grupo religioso que fala mal de outro é de origem duvidosa. Quem fala mal, quem ataca, quem denigre, quem desfaz, está fora da verdade. Estudar o diferente, e até o adversário, suas origens, seus propósitos, é verificar a qualidade dos frutos que produz. Não é falar mal. É buscar a verdade.

HOMILIA DIÁRIA

Estamos produzindo os frutos do Reino dos Céus?

Estamos produzindo os frutos do Reino dos Céus ou estamos sendo apenas uma árvore que parece bonita, cheia de ramos floridos, mas sem os frutos da conversão?

“Assim, toda árvore boa produz frutos bons, e toda árvore má, produz frutos maus” (Mt 7,17).

Às vezes, ficamos admirados com a árvore por seu esplendor. Como ela parece grande, como ela parece bonita! Mas o mais importante, na árvore, não é o seu tamanho, seu esplendor nem a forma como ela cresceu; o mais importante são os frutos que ela produz.
Uma árvore que só produz frutos estragados serve para quê? Que utilidade ela tem em nossa vida? Nenhuma. Muito pelo contrário, o fruto estragado faz mal para nós, causa-nos mal-estar e tantas outras coisas, por isso é muito importante olhar para os frutos.
Na pregação do Evangelho, é a mesma coisa. Não basta ter entusiasmo, não bastam palavras bonitas, dizer isto ou aquilo, proclamar curas, milagres e tantas outras coisas. É importante que se olhe os frutos de uma vida nova, convertida, os frutos de uma vida semelhante com a vida de Jesus.
Nós vivemos em uma época de muita confusão, de muita gente pregando isso, dizendo aquilo, mas o que, de verdade, é de Deus? Nós podemos distinguir que uma coisa é de Deus quando ela produz frutos para o Reino dos Céus.
Então, que nós, cada vez mais, possamos estar atentos àquilo que vem a nós, mas, ao mesmo tempo, atentos à nossa vida. Estamos produzindo os frutos do Reino dos Céus ou estamos sendo apenas uma árvore que parece bonita, cheia de ramos floridos, mas sem os frutos da conversão, da paciência, da bondade, da generosidade e da vida que o Senhor espera colher em nós?
Deus o abençoe! E que você seja uma árvore que produz muitos frutos.
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 26/06/2013

Oração Final
Pai Santo, o mundo tenta nos seduzir com promessas de felicidade fácil. Dá-nos o discernimento que precisamos para identificar o Caminho do teu Reino, coragem e força para segui-lo, até recebermos o teu abraço misericordioso. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/06/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos sabedoria e coragem para manter coerência entre o que pensamos, o que dizemos e o que fazemos. Que só de bênçãos se encha o nosso espírito e que essas bênçãos se mostrem em ajuda concreta aos irmãos – fraternidade vivida no seguimento do Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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