ANO C

Mt 7,15-20
Comentário do Evangelho
Pelos seus frutos os conhecereis
Os discípulos são postos de sobreaviso contra os
falsos profetas. O Deuteronômio dá o critério para reconhecer o falso profeta:
“Se o profeta fala em nome do Senhor, mas a sua palavra não se cumpre, não se
realiza, trata-se, então, de uma palavra que o Senhor não disse…” (18,22; ver
também: 13,2-6). Certamente, no início da Igreja, como em nossos dias, havia
vozes que confundiam os discípulos e induziam a uma falsa doutrina e criavam
divisões no seio da comunidade: “Houve, contudo, falsos profetas no seio do
povo, como haverá entre vós falsos mestres… Por avareza, procurarão, com
discursos fingidos, fazer de vós objeto de negócios…” (2Pd 2,1-3). É preciso
prudência e discernimento para não se deixar levar pela aparência ou o
palavrório: “... pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7,20). O autor da carta
de Tiago exprime esta mesma ideia da seguinte maneira: “Quem dentre vós é sábio
e entendido? Mostre pelo bom comportamento suas obras repassadas de docilidade
e sabedoria” (Tg 3,13).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me o discernimento necessário para
perceber quem, revestido de pele de cordeiro, pode levar-me a arrefecer
meu entusiasmo por ti e por teu Reino.
Fonte: Paulinas em 26/06/2013
Vivendo a Palavra
Jesus aconselha aos seus discípulos de todos os
tempos – aqui nós nos incluímos – que exercitem sempre o discernimento para
identificar os falsos profetas. Como Ele prometeu, o Pai está presente em nós
por seu Espírito Santo, guiando-nos no Caminho da Verdade e da Vida que prepara
para nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/06/2013
VIVENDO A PALAVRA
Nosso Mestre nos ensina a conhecer a árvore
pelos seus frutos. Em outras palavras, não julgar as pessoas, mas considerar as
ações que elas produzem. E, sobretudo, prestarmos atenção às consequências que
causam em nossos ambientes aquilo que fazemos ou – quem sabe? – aquilo que
poderíamos e até deveríamos, mas deixamos de fazer...
Reflexão
Existem profetas que falam o que as pessoas
gostam de ouvir e existem profetas que falam o que deve ser dito. O falso
profeta é aquele que fala o que a pessoa gosta de ouvir, de modo que ela não
muda de vida e não produz fruto algum, vive uma espiritualidade estéril; ele
vive de acordo com a situação porque esta lhe é favorável e satisfaz seus
interesses. O verdadeiro profeta fala o que a pessoa precisa ouvir para
converter-se, mudar de vida e produzir frutos que permaneçam, ele não aceita a
situação atual, marcada pelos privilégios e pecados e quer que ela mude, porque
o seu interesse é que o Reino de Deus aconteça na história dos homens.
Fonte: CNBB em 26/06/2013
Reflexão
No
Antigo Testamento, os falsos profetas eram o tormento dos verdadeiros profetas
de Deus. Prometiam o que não podiam dar; eram complacentes com os vícios
humanos, em vez de corrigi-los. Não faltarão, nas comunidades cristãs, os falsos
profetas contra os quais Jesus previne seus discípulos (cf. Mt 24,11). São
pessoas mal intencionadas. É necessário cada um ficar atento aos “frutos” que
elas produzem. Se forem gente do bem, farão obras boas. Se não, serão como
balões portadores de vento! A advertência de Jesus atinge, antes de tudo, as
lideranças religiosas: sua vida é reflexo daquilo que pregam? Mas é um apelo a
todos os cristãos: mais que uma doutrina que se deve conhecer, o cristianismo é
uma forma de vida; então cabe aqui a pergunta: quais são os frutos que estou
produzindo para o Reino de Deus?
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditação
Sou como árvore que dá bons frutos? - Sou como
árvore à sombra da qual todos querem estar? - Não facilito às vezes deixando
que certas ervas daninhas venham querer abafar meu coração? - Sou conhecido
pelos meus bons frutos? - Recordemo-nos dos bons frutos do Espírito que São
Paulo cita: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé,
mansidão, temperança, justiça e verdade.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 26/06/2013
Meditando o evangelho
OS FALSOS PROFETAS
A simples pertença à comunidade cristã não é suficiente para garantir a
credibilidade do discípulo. Existem pessoas que se apresentam exteriormente
como cristãs e, na realidade, nada têm a ver com o projeto do Reino. Jesus as
chamou de falsos profetas. São cristãs apenas na aparência. Mesmo assim, são
capazes de enganar a muitos e desviá-los do caminho traçado por Jesus. É
necessário acautelar-se!
A pista para reconhecê-las e desmascará-las foi oferecida pelo próprio
Jesus. Ela consiste em verificar como tais indivíduos se comportam. Os falsos
profetas tendem a desvincular sua vida daquilo que pregam. Ensinam uma coisa e
fazem outra muito distinta. Pregam o amor e a misericórdia, mas são egoístas e
impiedosos. Exigem o perdão e a reconciliação, porém nutrem o ódio no coração e
criam divisão na comunidade. Anunciam o absoluto de Deus e seu Reino e,
contudo, são apegados aos bens deste mundo e cultivam uma forma escondida de
idolatria. A vida dos falsos profetas é feita de hipocrisia.
A parábola da árvore boa e da árvore má é ilustrativa do verdadeiro e do
falso profetismo cristão. Se o profeta é, de fato, autêntico, sua vida será
expressão dos valores do Reino postos em prática. Já a falsidade do profeta
será perceptível no seu modo incorreto de viver. Por conseguinte, é no projeto de
vida que se reconhece quem é discípulo do Reino.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da
FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, que eu não seja enganado pelos falsos profetas que,
mascarados de cordeiros, afastam os discípulos de ti.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Os
Frutos não mentem...
(O
comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
O que caracteriza e dá identidade a uma laranjeira são, evidentemente as
laranjas colhidas dos seus galhos, a Videira a mesma coisa, sabemos que na
parreira iremos encontrar os deliciosos cachos de uva, já um espinheiro nada
vai dar além de espinhos, também não se pode esperar algum fruto de uma moita
de urtigas. Este raciocínio é óbvio demais, entretanto, é essa comparação que
Jesus faz para falar com os discípulos sobre o perigo dos falsos profetas de
ontem, e dos falsos cristãos de hoje, que além de nada produzirem de bom, ainda
contaminam a comunidade com suas ideologias aparentemente cristãs, mas que
trazem incertezas, intrigas e divisões.
Os que ocupam cargos de coordenações dentro da grande Eclésia, ou
mesmo nos nossos movimentos, tão importantes na evangelização da pós
modernidade, podem sim, ter segundas intenções naquilo que fazem. É preciso ter
cautela, pois é fácil identificar a autenticidade dessas lideranças, pelos seus
frutos. Nos dias de hoje em nossas comunidades o grande pecado ainda são as
divisões e aí os tais Falsos Profetas são os principais articuladores. Podemos
atualizar este evangelho e filtrar melhor certas conversas e conselhos.
Lideranças que se preocupam excessivamente só com a sua pastoral ou Movimento,
não dando muita importância a comunhão com a paróquia como um todo. Pessoas que
defendem de unhas e dentes os interesses da SUA comunidade, contra o bem comum
de toda a paróquia. Pessoas que fazem duras críticas a outras lideranças, e
tentam ainda colocar o povo de Deus contra os Ministros ordenados, tornando a
público suas falhas e pecados.
Pessoas que querem dominar a tudo e a todos, brigando com quem quer que
seja, para defender seu ponto de vista, sempre acreditando e dizendo que só
quer o melhor para a paróquia. Os frutos de quem semeia tanta discórdia,
inimizada e intriga, logo vem, e são azedos e intragáveis. As ações do agente
de Pastoral autêntico, ao contrário, sempre promovem a união e comunhão de
vida, sempre valoriza as demais pessoas e usa de misericórdia e compreensão com
quem errou. Os frutos dessa ação são doces e saborosos, portanto, Jesus
pede neste evangelho, para não dar ouvido a esses que parecem ser tão
bonzinhos, mas que no fundo são cordeiros disfarçados de Lobo... Esse perigo
há, tanto no laicato como no Clero. Não devemos nos deixar influenciar por
eles, mas que também não nos falte com eles a misericórdia e a correção
fraterna.
2. Árvore
boa não pode dar frutos maus
(O
comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia
dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
A orientação de São Mateus para o dia de hoje é tomar cuidado com os
falsos profetas. Há muitos e por toda parte. É preciso saber distingui-los e
não se deixar enganar. Não é de admirar que haja falsos profetas. Aí está o
Evangelho de Mateus nos alertando. Vestem-se de ovelhas, mas são lobos ferozes.
O que causa admiração é que as pessoas se deixem enganar. Certamente são
pessoas extremamente necessitadas ou muito limitadas. A limitação existe de
muitas maneiras, desde a incapacidade de raciocinar até as cercas colocadas ao
nosso redor, diminuindo nossa capacidade de reação. Por isso, é sempre bom
olhar os frutos de uma árvore. Uvas procuramos na videira e figos na figueira,
e não em urtigas e espinheiros. Conhecemos a qualidade da árvore pela qualidade
de seus frutos. Isto vale para todos os que se apresentam como profetas. Isto
vale para todos os que falam em nome de Deus. Os frutos que revelam a
autenticidade do servidor de Deus são sempre os atos de caridade. Um grupo
religioso que fala mal de outro é de origem duvidosa. Quem fala mal, quem ataca,
quem denigre, quem desfaz, está fora da verdade. Estudar o diferente, e até o
adversário, suas origens, seus propósitos, é verificar a qualidade dos frutos
que produz. Não é falar mal. É buscar a verdade.
HOMILIA DIÁRIA
Estamos produzindo os frutos do Reino dos Céus?
Estamos produzindo os frutos
do Reino dos Céus ou estamos sendo apenas uma árvore que parece bonita, cheia
de ramos floridos, mas sem os frutos da conversão?
“Assim, toda árvore boa produz frutos bons, e
toda árvore má, produz frutos maus” (Mt 7,17).
Às vezes, ficamos admirados com a árvore por seu
esplendor. Como ela parece grande, como ela parece bonita! Mas o mais
importante, na árvore, não é o seu tamanho, seu esplendor nem a forma como ela
cresceu; o mais importante são os frutos que ela produz.
Uma árvore que só produz frutos estragados serve
para quê? Que utilidade ela tem em nossa vida? Nenhuma. Muito pelo contrário, o
fruto estragado faz mal para nós, causa-nos mal-estar e tantas outras coisas,
por isso é muito importante olhar para os frutos.
Na pregação do Evangelho, é a mesma coisa. Não
basta ter entusiasmo, não bastam palavras bonitas, dizer isto ou aquilo,
proclamar curas, milagres e tantas outras coisas. É importante que se olhe os
frutos de uma vida nova, convertida, os frutos de uma vida semelhante com a
vida de Jesus.
Nós vivemos em uma época de muita confusão, de
muita gente pregando isso, dizendo aquilo, mas o que, de verdade, é de Deus?
Nós podemos distinguir que uma coisa é de Deus quando ela produz frutos para o
Reino dos Céus.
Então, que nós, cada vez mais, possamos estar
atentos àquilo que vem a nós, mas, ao mesmo tempo, atentos à nossa vida.
Estamos produzindo os frutos do Reino dos Céus ou estamos sendo apenas uma
árvore que parece bonita, cheia de ramos floridos, mas sem os frutos da
conversão, da paciência, da bondade, da generosidade e da vida que o Senhor
espera colher em nós?
Deus o abençoe! E que você seja uma árvore que
produz muitos frutos.
Padre Roger Araújo –
Comunidade Canção Nova
Oração Final
Pai Santo, o mundo tenta nos seduzir com
promessas de felicidade fácil. Dá-nos o discernimento que precisamos para
identificar o Caminho do teu Reino, coragem e força para segui-lo, até
recebermos o teu abraço misericordioso. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso
Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/06/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos sabedoria e coragem para
manter coerência entre o que pensamos, o que dizemos e o que fazemos. Que só de
bênçãos se encha o nosso espírito e que essas bênçãos se mostrem em ajuda
concreta aos irmãos – fraternidade vivida no seguimento do Cristo Jesus, teu
Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário