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ROMA, 02 Dez. 13 / 03:55 pm (ACI/EWTN
Noticias).- Em uma recente mensagem por ocasião da festa de Santo
André (30 de novembro) e a visita de uma delegação católica aos ortodoxos na Turquia,
o Papa Francisco escreveu uma mensagem na qual recorda os cristãos perseguidos
que "pagam com o próprio sangue o preço da sua profissão de fé".
O texto foi levado pelo Cardeal Kurt Koch, Presidente do
Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, devolvendo a
visita que os ortodoxos fizeram no último dia 29 de junho a Roma. O Cardeal
entregou a Bartolomeu I um presente do Papa e a sua mensagem.
No texto, o Papa Francisco escreve que "a lembrança do
martírio do apóstolo Santo André também faz-nos pensar nos muitos cristãos de
todas as Igrejas e Comunidades eclesiais, que em diferentes partes do mundo
sofrem discriminações e às vezes pagam com o próprio sangue o preço da sua
profissão de fé".
O Santo Padre assinala: "Amado irmão em Cristo, é a primeira
vez que me dirijo a ti com motivo da festa do apóstolo André. Aproveito esta
oportunidade para assegurar-te a minha intenção de continuar as relações
fraternas entre a Igreja de Roma e o Patriarcado
Ecumênico".
"É para mim um motivo de grande consolo refletir sobre a
profundidade e a autenticidade dos laços que existem entre nós, fruto de uma
viagem cheia de graça ao longo da qual o Senhor guiou nossas Igrejas, a partir
do histórico encontro em Jerusalém entre o papa Paulo VI e o Patriarca
Atenágoras, cujo quinquagésimo aniversário celebraremos em breve".
"Unidos em Cristo, portanto, -diz o Papa- já experimentamos a
alegria de sermos autênticos irmãos no Senhor, e ao mesmo tempo somos
plenamente conscientes de não ter alcançado a meta da plena comunhão. À espera
do dia em que possamos participar juntos no banquete eucarístico, os cristãos
estão chamados a preparar-se para receber este dom de Deus mediante a oração, a conversão
interior, a renovação da vida e o diálogo fraterno".
"Nossa alegria na celebração da festa do apóstolo André não
deve nos fazer afastar o olhar da dramática situação de muitas pessoas que
estão sofrendo devido à violência e à guerra, à fome, à pobreza e aos graves
desastres naturais. Sou consciente de sua profunda preocupação pela situação
dos cristãos no Oriente Médio e por seu direito a permanecer em seus países de
origem".
O Pontífice assinala deste modo que "o diálogo, o perdão e a
reconciliação são o único meio possível para conseguir a resolução dos conflitos.
Sejamos incessantes em nossa oração ao Deus todo-poderoso e misericordioso pela
paz nesta região e sigamos trabalhando pela reconciliação e o justo
reconhecimento dos direitos das pessoas".
"Estamos celebrando o 1700º aniversário do Decreto de Constantino,
que pôs fim à perseguição religiosa no Império Romano do Oriente e do Ocidente,
e abriu novos canais para a difusão do Evangelho. Hoje, como então, os cristãos
do Oriente e Ocidente devem dar testemunho comum para que, fortalecidos pelo
Espírito de Cristo ressuscitado, difundam a mensagem de salvação a todo
mundo".
Há também, ressaltou o Papa, "uma necessidade urgente de
cooperação efetiva e comprometida entre os cristãos com o fim de proteger em
todas as partes o direito a expressar publicamente a própria fé e a serem
tratados com justiça quando promovem a contribuição que o cristianismo continua
oferecendo à sociedade e à cultura contemporâneas".
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