VATICANO, 03 Dez. 13 / 01:06 pm (ACI/EWTN
Noticias).- O Papa Francisco recebeu ontem em audiência um grupo de Bispos da Conferência Episcopal dos Países
Baixos em visita "ad limina". O Santo Padre explicou no encontro como
acompanhar as pessoas que sofrem o vazio espiritual e procuram o sentido da vida. "Colocando-se
em escuta, -disse- para partilhar com eles a esperança, a alegria, a capacidade
de seguir adiante que Jesus Cristo nos dá".
Na sociedade dos Países Baixos, "fortemente marcada pela
secularização", o Papa convidou os prelados a "estar presente no
debate público, em todas as áreas em que está em causa o homem, para tornar
visível a misericórdia de Deus, e sua ternura por todas as criaturas".
"Como afirmei frequentemente, a partir da experiência
autêntica do ministério episcopal , a Igreja não se expande por proselitismo, mas
por atração. Ela é enviada por todo o mundo para acordar, despertar, manter a
esperança! Daí a importância de incentivar aos seus fiéis a acolherem as
ocasiões de diálogo, tornando-se presentes nos lugares onde se decide o futuro,
levando assim uma contribuição aos debates sobre as grandes questões sociais
relativas, por exemplo, a família, o matrimônio, o fim da
vida.", disse.
"Em um país rico, sob diversos aspectos, a pobreza afeta um
número cada vez maior de pessoas. Valorizem a generosidade dos fiéis para
trazer luz e compaixão de Cristo nos lugares em que se espera, em particular,
para as pessoas mais marginalizadas! Além disso, a escola católica,
proporcionando aos jovens uma sólida educação, continuará a favorecer a
formação humana e espiritual, num espírito de diálogo e de fraternidade com
aqueles que não compartilham sua fé".
Depois de reafirmar a importância de "avançar pelo caminho do
ecumenismo" o Santo Padre recordou aos bispos que o futuro e a vitalidade
da Igreja nos Países Baixos dependem também das vocações sacerdotais e
religiosas, fazendo insistência em que é "imprescindível" que estejam
perto de seu presbitério, escutando-os e guiando-os se o necessitam.
"Não se esqueçam também de ir ao encontro daqueles que não se
aproximam, pois alguns deles, infelizmente, não cumprem bem os seus
compromissos".
"De um modo muito particular -concluiu- desejo exprimir a
minha compaixão e garantir-vos a minha oração por cada vítima de abusos sexuais e às
suas famílias. Peço-vos para continuar a apoiá-los no doloroso caminho de cura,
realizado com coragem".
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