terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

COLETÂNEA DE HOMILIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 04/02/2025

ANO C


Mc 5,21-43

Comentário do Evangelho

Duas mulheres diante de Jesus

Entre a solicitação de Jairo, chefe da sinagoga, e a chegada de Jesus em sua casa, há o episódio da mulher que sofria de um fluxo de sangue. O tema que domina todo o trecho é o da fé; à mulher, Jesus diz: "Filha, a tua fé te salvou." (v. 34); a Jairo, aflito pela notícia da morte da filha, Jesus encoraja: "Não tenhas medo, somente crê" (v. 36). A fé não é a causa da cura da mulher nem da reanimação da filha de Jairo. Mas a fé, a confiança em Jesus, permite a abertura para receber a vida como dom e reconhecer a presença do Senhor da vida.
Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 05/02/2013

Comentário do Evangelho

A todos Jesus dá ouvidos e socorre

Onde quer que Jesus vá, atrai as pessoas, e elas suplicam a ele por si ou pelos seus. A todos Jesus dá ouvidos e socorre. Nenhuma aflição do ser humano cai no vazio diante do Senhor. Ele atende prontamente à súplica de Jairo pela sua filha gravemente enferma. O chefe da sinagoga confia no poder de Jesus de dar a vida. No caminho até a casa de Jairo, uma multidão acompanha Jesus e cada um busca se aproximar dele. Tantas pessoas necessitam de ajuda e cuidado! No meio dessa multidão havia uma mulher cuja vida se esvaía num fluxo de sangue de anos. Ela tinha a convicção de que se conseguisse tocar no manto de Jesus ficaria curada. O manto era símbolo do poder do homem. No caso de Jesus, poder de amar e de dar a vida. Ao toque da mulher Jesus sente sair de si uma força, isto é, o Espírito Santo (cf. At 1,8), que curou a mulher. Na casa de Jairo, Jesus surge como o Senhor da vida que tira do sono da morte. Tanto no caso da mulher como no de Jairo, o tema central é o da fé: a Jairo que lhe suplica, Jesus pede: “Crê!”; à mulher ele diz: “a tua fé te salvou”. A fé é condição para receber a vida como dom de Deus, e necessária para reconhecer Jesus como o Senhor da vida.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Divino Espírito Santo, vós que dais vida a todo o universo, conservai em mim a saúde, livrai-me de todas as doenças e de todo mal.
Fonte: Paulinas em 03/02/2015

Vivendo a Palavra

No trajeto que Jesus fazia para curar a filha de Jairo, aquela mulher era uma figurante obscura. Mas o Mestre a vê e traz para o centro, curando-a do seu mal. Assim devemos ser seus seguidores: atentos ao clamor silencioso dos que sofrem, prontos a servi-los e promover a dignidade humana.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/02/2013

Vivendo a Palavra

Jesus anuncia a presença entre nós do Reino do Céu com sinais: a cura da mulher doente e a vida da filha de Jairo – para que nós aprendamos que o Pai Misericordioso nos quer vivos, e com vida em plenitude. A nossa missão de cristãos é parecida: sermos fontes de esperança e vida para os irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/01/2017

VIVENDO A PALAVRA

No trajeto que Jesus fazia para curar a filha de Jairo, aquela mulher era uma figurante obscura. Mas o Mestre a vê e traz para o centro, curando-a do seu mal. Assim devemos ser, como seus seguidores: atentos ao clamor silencioso dos que sofrem, prontos para servi-los e promover a dignidade humana.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/02/2019

Reflexão

A pessoa de fé é aquela que acolhe a revelação divina e responde de forma positiva aos seus apelos. Quando a pessoa acolhe Jesus como sendo o Filho de Deus e procura responder de forma positiva a esta presença de Deus em sua vida, ela é constantemente movida ao encontro de Deus e passa a se beneficiar de suas graças e bênçãos. Mas quem não acolhe a revelação, não reconhece Jesus como o verdadeiro Deus presente no meio de nós, não vai ao seu encontro, não participa da sua vida e do seu projeto de amor e, consequentemente, não se beneficia de tudo aquilo que ele nos concede.
Fonte: CNBB em 05/02/2013, 03/02/2015 e 31/01/2017

Reflexão

Dois protagonistas, duas histórias. Jairo é chefe de sinagoga; a mulher é enferma e há doze anos sofre de hemorragia, gastando todas as suas economias em tratamento sem eficácia. Jairo cai aos pés do Mestre e lhe implora a cura de sua filha que está morrendo. A mulher, considerada impura pela sua enfermidade, aproxima-se de Jesus, discretamente toca-lhe a veste, crendo que por esse gesto será curada. Recebe a cura física e a salvação pela fé. Também ela cai aos pés de Jesus, cheia de reconhecimento e gratidão. Na casa de Jairo, o clima é de morte (choradeira). Jesus, tomando a menina pela mão, ordena que volte a viver e seja alimentada, atitudes que salientam a sensibilidade de Jesus. Nem todos acreditam no poder de Jesus. Alguns caçoam dele. A maioria, entretanto, fica assombrada.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 05/02/2019

Reflexão

Dois protagonistas, duas histórias. Jairo é chefe de sinagoga; a mulher é enferma e há doze anos sofre de hemorragia, gastando todas as suas economias em tratamento sem eficácia. Jairo cai aos pés do Mestre e lhe implora a cura de sua filha que está morrendo. A mulher, considerada impura pela sua enfermidade, aproxima-se de Jesus, discretamente toca-lhe a veste, crendo que por esse gesto será curada. Recebe a cura física e a salvação pela fé. Também ela cai aos pés de Jesus, cheia de reconhecimento e gratidão. Na casa de Jairo, o clima é de morte (choradeira). Jesus, tomando a menina pela mão, ordena que volte a viver e seja alimentada, atitudes que salientam a sensibilidade de Jesus. Nem todos acreditam no poder de Jesus. Alguns caçoam dele. A maioria, entretanto, fica assombrada.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 31/01/2023

Reflexão

«Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e fica livre da tua doença»

Rev. D. Francesc PERARNAU i Cañellas
(Girona, Espanha)

Hoje o Evangelho apresenta-nos dois milagres de Jesus que nos falam da fé de duas pessoas bem diferentes. Tanto Jairo —um dos chefes da sinagoga— quanto aquela mulher doente mostram uma grande fé: Jairo tem a certeza de que Jesus pode curar a sua filha, enquanto aquela boa mulher confia em que um mínimo de contato com a roupa de Jesus será suficiente para ficar liberada de uma doença grave. E Jesus, porque são pessoas de fé, concede-lhes o favor que buscavam.
A primeira foi a mulher, aquela que pensava não era digna de que Jesus lhe dedicara tempo, aquela que não se atrevia a incomodar o Mestre nem a aqueles judeus tão influentes. Sem fazer barulho, aproxima-se e, tocando a borla do manto de Jesus, "arranca" sua cura e ela em seguida o nota em seu corpo. Mas Jesus, que sabe o que aconteceu, quer lhe dizer umas palavras: «Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e fica livre da tua doença» (Mc 5,34).
A Jairo, Jesus pede-lhe uma fé ainda maior. Como já Deus tinha feito com Abraham no Antigo Testamento, pedirá uma fé contra toda esperança, a fé das coisas impossíveis. Comunicaram-lhe a Jairo a terrível notícia que sua filha acabara de morrer. Podemo-nos imaginar a grande dor que sentia nesse momento, e talvez a tentação da desesperação. E Jesus, que o ouviu, lhe diz: «Não tenhas medo, somente crê» (Mc 5,36). E como aqueles patriarcas antigos, crendo contra toda esperança, viu como Jesus devolvia-lhe a vida a sua amada filha.
Duas grandes lições de fé para nós. Desde as paginas do Evangelho, Jairo e a mulher que sofria hemorragias, juntamente com tantos outros, falam-nos da necessidade de ter uma fé imóvel. Podemos fazer nossa aquela bonita exclamação evangélica: «Eu creio, Senhor, ajuda-me na minha falta de fé» (Mc 9,24).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

«A leitura de hoje é um compendio de esperança e é a exclusão de qualquer motivo de desespero» (São Pedro Crisólogo)

«A Deus, pedimos muitas resoluções de problemas, de necessidades concretas e podemos fazê-lo, mas o que devemos pedir com insistência, é uma fé cada vez mais solida, para que o Senhor renove a nossa vida» (Benedito XVI)

«Jesus atende a oração da fé expressa em palavras (do leproso, de Jairo, da cananeia, do bom ladrão ou feita em silêncio (dos que trouxeram o paralítico, da hemorroíssa que Lhe tocou na veste, as lágrimas e o perfume da pecadora. (...) Seja a cura das doenças ou o perdão dos pecados, Jesus responde sempre à oração de quem Lhe implora com fé (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.616)
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 31/01/2023

Meditação

Jairo era homem importante, mas cai de joelhos aos pés de Jesus, levado pelo amor de sua filha, mas principalmente pela fé. Acreditou em Jesus e em seu poder. Não era levado apenas pela fama de Jesus; era também levado interiormente pela graça divina. Não se importou com os que ali estavam, com o que haveriam de pensar. Quando nos abrimos para Deus, tudo muda em nossa vida. São João Bosco também nos dá esse exemplo em sua vida.
Oração
Ó Deus, que suscitastes São João Bosco para educador e pai dos adolescentes, fazei que, inflamados da mesma caridade, procuremos a salvação de nossos irmãos, colocando-nos inteiramente ao vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 31/01/2023

Meditando o evangelho

MENINA, LEVANTA-TE!

O duplo milagre de Jesus, beneficiando a duas mulheres, ilustra o interesse dele por esta categoria social vítima da marginalização, na sociedade de seu tempo. A ordem dada à menina – "Levanta-te!" – foi prenúncio do que ele desejava ver acontecer com todas as mulheres: livrar-se da exclusão a que estavam relegadas.
Tal exclusão não dependia da situação econômica. A mulher, vítima de hemorragia por doze anos, tinha posses. Por isso, pôde gastar uma fortuna com médicos, os quais foram incapazes de curá-la. Pelo contrário, faziam-na piorar ainda mais. Também a menina ressuscitada não era pobre. Seu pai, Jairo, era chefe da sinagoga local. Sem dúvida, gozava de prestígio na cidade. A grande quantidade de carpideiras pagas para prantear a defunta aos berros, é indício de que o pai da menina tinha dinheiro para isso. Portanto, as beneficiárias de Jesus não foram duas pobrezinhas. Não importa! As mulheres ricas também tinham eram necessitadas da ajuda Jesus.
Ambas as mulheres fizeram o gesto físico de levantar-se. A hemoroíssa, tendo-se lançado aos pés de Jesus, recebeu a ordem de ir em paz, uma vez livre da doença importuna. Quanto à menina, o Mestre tomou-a pela mão, ordenando-lhe que se levantasse. E ela se pôs em pé e caminhou.
Estes gestos exteriores apontavam para uma cura muito mais radical que estava acontecendo na vida delas: o Mestre conseguiu que recuperassem sua dignidade de mulher.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, torna-me solidário com todas as vítimas da exclusão social, especialmente, as mulheres, a exemplo de Jesus que as libertou da opressão em que se encontravam.
Fonte: Dom Total em 31/01/2017

Meditando o evangelho

DOIS GESTOS DE MISERICÓRDIA

Jesus não se furtava de mostrar-se misericordioso com cada pessoa que se aproximava dele. Não havia quem recorresse a ele e não fosse atendido. A única condição era ser movido pela fé.
A misericórdia de Jesus manifestava-se, fundamentalmente, em forma de restauração da vida. Por isso, ele se sensibilizou com o pedido pungente de um pai, cuja filhinha estava à beira da morte e que viria logo a falecer. Jesus foi salvá-la, exigindo do pai apenas manter viva sua fé. A multidão incrédula ridicularizava a afirmação de Jesus segundo a qual a menina não estava morta, mas apenas dormindo. Porém, a fé daquele pai não ficou sem resposta. A misericórdia de Jesus devolveu-lhe a filha sã e salva, como lhe havia sido pedido.
Na mesma circunstância, uma mulher penalizada por uma hemorragia de longa data também recorreu a Jesus, esperando ser curada. Ela, diferentemente do chefe da sinagoga, agia às escondidas, pensando ser agraciada por Jesus, com o dom da cura, sem que ele percebesse. Entretanto, Jesus não se deixou pegar de surpresa. E a mulher, já curada, foi obrigada a sair do anonimato. Jesus não deixou passar em silêncio aquele gesto de profunda fé. Ele mesmo declarou ter sido a fé quem levou aquela mulher a experimentar um pouco de sua misericórdia. A fé a conduziu à fonte da vida que jorrava de Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, reforça minha fé, para que eu também possa desfrutar da vida que brota de ti.
Fonte: Dom Total em 05/02/2019

Comentário ao Evangelho

TRANSBORDANDO VIDA

Os dois milagres realizados por Jesus apresentam-no como fonte donde transborda a vida. Sua missão consistiu em fazer jorrar vida onde a morte e a doença pareciam impor-se. Missão de resgatar a vida humana.
O chefe da sinagoga, cuja filha havia morrido, viu seu pedido atendido: com uma ordem de Jesus, a menina retornou à vida e levantou-se, para espanto de todos. Igualmente a mulher, vítima de uma hemorragia que não se estancava, viu-se curada pelo Mestre. Em ambos os casos, Jesus se manifestou como Senhor e fonte da vida.
Essa mulher, certa de ser curada, tocara nas vestes de Jesus. Este imediatamente percebeu que uma força saíra dele. Num primeiro momento, parece que o milagre se realizara por um poder mágico, uma vez que bastou a mulher tocá-lo para sentir-se curada. Contudo, levada a explicar o sentido de seu gesto, confessou ter sido movida pela fé no poder do Mestre. Ao que ele declarou: "A tua fé te salvou!"
Nada consegue de Jesus quem o busca por considerá-lo possuidor de forças mágicas de cura. Só a fé abre caminho para a vida que dele transborda. Portanto, uma fé salvífica que supera o simples benefício físico e oferece ao ser humano muito mais que a vida material. Fé que o predispõe para a vida eterna.
Fonte: Dom Total em 03/02/2015 31/01/2023

Oração
Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o coração e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 03/02/2015

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. DOIS GESTOS DE MISERICÓRDIA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)

Jesus não se furtava de mostrar-se misericordioso com cada pessoa que se aproximava dele. Não havia quem recorresse a ele e não fosse atendido. A única condição era ser movido pela fé.
A misericórdia de Jesus manifestava-se, fundamentalmente, em forma de restauração da vida. Por isso, ele se sensibilizou com o pedido pungente de um pai, cuja filhinha estava à beira da morte e que viria logo a falecer. Jesus foi salvá-la, exigindo do pai apenas manter viva sua fé. A multidão incrédula ridicularizava a afirmação de Jesus segundo a qual a menina não estava morta, mas apenas dormindo. Porém, a fé daquele pai não ficou sem resposta. A misericórdia de Jesus devolveu-lhe a filha sã e salva, como lhe havia sido pedido.
Na mesma circunstância, uma mulher penalizada por uma hemorragia de longa data também recorreu a Jesus, esperando ser curada. Ela, diferentemente do chefe da sinagoga, agia às escondidas, pensando ser agraciada por Jesus, com o dom da cura, sem que ele percebesse. Entretanto, Jesus não se deixou pegar de surpresa. E a mulher, já curada, foi obrigada a sair do anonimato. Jesus não deixou passar em silêncio aquele gesto de profunda fé. Ele mesmo declarou ter sido a fé quem levou aquela mulher a experimentar um pouco de sua misericórdia. A fé a conduziu à fonte da vida que jorrava de Jesus.
Oração
Senhor Jesus, reforça minha fé, para que eu também possa desfrutar da vida que brota de ti.

2. PROCURA INÚTIL?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)

A procura de Jesus, por parte de sua mãe e irmãos, à primeira vista parece ter sido inconveniente e inútil. Inconveniente, por ter acontecido numa hora em que o Mestre estava rodeado por muita gente. Afastar-se, naquele momento, significava interromper o ensinamento dirigido ao povo. Inútil, por que, para ele, os laços de sangue tinham pouca importância. Logo, não havia motivo para dar-lhes um tratamento especial.
Entretanto, as coisas não foram bem assim. A chegada da mãe e dos irmãos de Jesus serviu-lhe de motivo para dar um ensinamento de extrema importância: o relacionamento entre os discípulos do Reino teria como ponto de referência a prática da vontade do Pai. Esta seria a maneira pela qual deveria articular-se o novo povo de Deus, para além de parentescos sanguíneos ou da pertença a este ou aquele povo. Doravante, a submissão à vontade do Pai, explicitada nas palavras do Filho, seria a forma de vincular-se ao Reino.
É incorreto interpretar as palavras de Jesus como uma forma de desprezo aos seus familiares. Se assim fosse, estaria indo na contramão da mais elementar piedade bíblica, a qual incluía o respeito aos genitores como algo quase sagrado, e da cultura judaica, fortemente alicerçada nas relações familiares.
Portanto, a procura de sua mãe e de seus irmãos foi de grande utilidade para Jesus, pois motivou-o a ensinar que os laços sanguíneos devem estar submetidos a algo muito mais radical e abrangente: a fidelidade a Deus.
Oração
Pai, ensina-me a pautar minha vida pela fidelidade à tua vontade, para que eu faça parte de tua família, fundada pela ação de Jesus.
Fonte: NPD Brasil em 05/02/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Fé não é algo aparente...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A devoção popular é algo até bonito de se ver e que precisa sempre ser respeitada pela Igreja, mas a vida de Fé não pode se resumir a uma devoção, é preciso fazer uma experiência mais profunda pois um ato de Fé não é apenas aquilo que aparenta ser.
Analisemos com cuidado esses dois casos do evangelho de hoje, Jairo é o chefe da sinagoga, um cargo importante na comunidade judaica onde Jesus não era muito bem visto, justamente por inspirar a todos uma nova forma de se relacionar com Deus. Mas Jairo o conhece e sabe quem ele é, embora a estrutura da sua religião o negue, passa por um momento difícil em sua vida, a filhinha muito jovem está nas últimas. Ele se prostra aos pés de Jesus e seu argumento é firme não dando margem para dúvidas, da fé que ele professava em Jesus, Jairo não pediu para Jesus estudar a possibilidade de ir á sua casa visitar a menina, mas falou como quem crê "Vem impõe-lhe as mãos, para que ela se salve e viva". A Fé não é uma possibilidade mais uma realização concreta.
Ele crê na Vida nova que provém de Jesus, ele sabe no fundo do seu coração, que somente Jesus pode dar essa vida e não tem vergonha de professar publicamente a sua Fé. Aqui parece que Marcos o evangelista, olhou para o outro lado e viu a mulher portadora de uma hemorragia da qual já tinha sido praticamente desenganada pelos médicos. Essa mulher, uma anônima no meio da multidão, nada diz mais apenas pensa em tocar na barra da túnica de Jesus, que já será suficiente para ser curada. Mas Jesus percebe o ocorrido e confirma diante de todos o que acabou de acontecer com ela "Vai em paz e sê curada do seu mal".
Voltemos a Jairo, onde está ele? Será que desanimou ao ver que Jesus dera atenção á mulher enferma? Claro que não mais, no meio do caminho alguns parentes que estavam na sua casa, vieram com a notícia final "Não adianta incomodar a Jesus, a menina morreu". Na vida de Fé também é assim, há pessoas que desistem fácil, qualquer coisa torna-se pretexto para desistir de tudo e abandonar a Fé em Jesus Cristo. Mas Jairo sabia que a Vida Nova que Jesus dava para as pessoas não tinha limites, nem a morte pode impedi-la de acontecer.
Muitas vezes queremos usar a nossa Fé para resolver coisas terrenas, uma Fé que coloca Jesus a nosso serviço, era assim que as pessoas da casa de Jairo viam Jesus, a parte que lhe cabia era curar doentes, mas em se tratando de morte, não havia mais o que fazer, a não ser cuidar do enterro. Tem muita gente, inclusive cristãos de comunidade, que pensa e age assim, não conseguem vislumbrar nada de novo em Jesus Cristo.
Na casa do chefe da sinagoga Jesus chegou e segurando a mão da menina que havia morrido, ordenou-lhe "Levanta-te!" e ela se levantou e começou a caminhar. O ressuscitado não é um cadáver ambulante que se movimenta mais ele caminha porque á frente ainda há algo a ser alcançado. Temos em nós esta Vida Nova que Deus nos concedeu em nosso Batismo, tocados pelo Senhor é preciso caminhar até que possamos vislumbrar a plenitude dessa Vida. A mulher enferma e o Jairo, chefe da sinagoga, acreditaram nisso...

2. Uma grande multidão se ajuntou ao redor de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

A fé no poder de Jesus cura o doente e levanta o morto. Pedro, Tiago e João estão aprendendo com Jesus, que manda alimentar a menina, anima a fé de Jairo, despede em paz a mulher que sofria de hemorragia. Jesus põe de pé e faz andar, anima e estimula.
Fonte: NPD Brasil em 05/02/2019

HOMILIA DIÁRIA

Prostre-se aos pés de Jesus e suplique que Ele chegue até a sua casa

Postado por: homilia
fevereiro 5th, 2013

Jairo era chefe de uma sinagoga. Entre as suas atribuições estava a presidência da assembleia, interpretar a Lei, decidir sobre questões legais, administrar a justiça, abençoar os casamentos e decretar os divórcios, a direção do culto na sinagoga, a seleção daqueles que deveriam liderar a oração, ler as escritura e pregar. Geralmente apenas uma pessoa ocupava essa posição em cada sinagoga, tornando-se alguém influente em sua comunidade.
Jairo era um homem respeitado, culto, inteligente, com boa formação acadêmica e religiosa. Mas quando Jesus desceu do barco e a multidão festejava o seu retorno, o semblante de Jairo não era de alegria. Ele demonstrava um misto de tristeza e esperança. Sua filha de doze anos estava à beira da morte.
A multidão está reunida em torno de Jesus (5,21), e não na sinagoga. O próprio chefe da sinagoga, Jairo, vem também a Jesus, em busca de socorro para sua filha que estava à morte.
Perder um filho deve ser uma experiência tenebrosa. É uma situação que foge ao curso natural da vida. A Bíblia não dá detalhes sobre a doença da garota, mas é certo que era algo muito grave. Jairo vivia sobre a sombra da morte de sua única filha.
É fácil imaginar que Jairo usou de todos os recursos disponíveis para curar sua filha. Os melhores médicos, os melhores remédios. Cuidado e carinho não devem ter faltado àquela menina. Mas ainda assim, a morte rondava a vida daquela família e Jairo, o chefe da sinagoga, não podia fazer mais nada.
“Lançou-se aos seus pés”. Atitude de desespero ou de fé? De qualquer forma, Jairo parece enxergar em Jesus a única possibilidade para salvar sua filha doente. Ele rogava a Jesus “com insistência”. Aqui sim, aparece um sinal indiscutível de fé e perseverança. Mais tarde, essa fé será testada ao extremo.
Acompanhando Jairo, Jesus para e dá atenção a uma mulher com hemorragia que o toca e fica curada. A dedicação ao chefe da sinagoga não distrai Jesus da atenção para com os pobres excluídos, e até os prioriza. Este relato no meio de outro (a cura da filha de Jairo) aparece para compor uma cena instigante: Jesus irá “perder” tempo com a mulher. Enquanto ele dá atenção àquela mulher, a filha de Jairo morre (lembra o episódio da ressurreição de Lázaro em Jo 11). O caso da mulher, entretanto, também traz seus significados: a mulher com este problema, naquela época, era considerada impura e vivia excluída da sociedade. Mais uma vez, Jesus realiza um milagre que resultará na inclusão social.
“Não incomodes mais o mestre”. Voltando ao tema central do nosso texto, vemos que enquanto Jesus demora-se curando e dialogando com a mulher com perda de sangue, a situação da menina se agrava ao extremo: ela morre. Alguém (pessimista, sem fé) diz a Jairo para não incomodar mais o mestre, pois tudo já está perdido. Jesus pede a Jairo que mantenha a fé; Jairo persevera. Para quem crê em Deus sempre há uma esperança; a morte não é o que parece. Surge aqui uma ligação com os ensinamentos escatológicos de Jesus: há vida após a morte; a morte não é o fim de tudo; para quem crê em Jesus, há ressurreição!
“Estavam chorando e fazendo grandes lamentações”. Para aqueles que não creem em Jesus, a morte é o fim de tudo. O desespero toma conta da casa (família, coração, vida). É uma situação irreversível? Jesus vai mostrar que não. Ele entrou na casa, tudo vai ser mudado, como em Zaqueu (Lc 19).
Na casa do chefe da sinagoga, aqueles que choravam zombam de Jesus. Tomando a menina pela mão, Jesus ordena que ela se levante. E ela se levanta.
“Menina, levanta-te!” A fé perseverante de Jairo até o fim obtém o resultado. Aquilo que parecia impossível acontece para aqueles que se entregam na fé em Jesus. A tristeza na casa desaparece quando Jesus entra nela. Jesus fala que deem de comer à menina, realçando sua recuperação.
Você está vivendo uma situação parecida com a de Jairo? Talvez não com uma filha à beira da morte, mas com alguma situação sobre a qual você já não tem mais controle? Você já usou todos os seus recursos, a sua inteligência e a sua influência para solucionar essa questão, mas nada mudou?
Eu quero lhe encorajar a tomar uma atitude que deveria ter sido tomada desde o começo da sua angústia: prostrar-se aos pés de Jesus e suplicar pela Sua ajuda.
O chefe da sinagoga, sem alternativa para doença da filha, foi procurar a Jesus. Mas aqueles que conhecem o Filho de Deus como seu Salvador não precisam esperar. Podem suplicar e clamar por socorro em qualquer tempo.
As coisas andam complicadas? Parece que nada dá certo? Parece que na batalha da vida você sempre está perdendo? Os problemas são maiores que sua capacidade para resolvê-los? Faça como Jairo: prostre-se aos pés de Jesus e suplique que Ele chegue até a sua casa. O Senhor Jesus prontamente atendeu ao chamado do chefe da sinagoga e também vai atender ao seu chamado.
A tristeza em nossa vida também desaparece quando permitimos a entrada de Cristo nela.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 05/02/2013

HOMILIA DIÁRIA

Fortaleça a sua fé em Deus

A nossa fé opera e faz milagres acontecerem; a fé tranquila, consciente, responsável, fé que sabe invocar Deus e n’Ele colocar a confiança!

“Não tenhas medo. Basta ter fé!” (Marcos 5, 35)

Hoje duas filhas de Deus são apresentadas a Jesus, pedindo d’Ele a intervenção em favor de suas vidas. A primeira delas é ainda uma menina, filha do chefe da sinagoga, Jairo. E é o próprio pai quem vai pedir a Jesus por sua filha. Ela está prostrada, praticamente dada como morta, vive os seus últimos momentos, mas Jairo crê que, se Jesus apenas colocar as mãos sobre a filha, ela ficará sarada e voltará a viver.
Por outro lado, a segunda é uma mulher que, por doze anos, sofria com uma hemorragia. E como essa hemorragia crônica a fazia sofrer! Ela já gastara todo o seu dinheiro e tudo o que possuíra para procurar os melhores médicos, mas nada resolvera seu problema. Dentro do coração dela havia fé, a certeza e a convicção de que bastava tocar em Jesus para que a sua realidade mudasse. E é nisso que ela confia plenamente e por isso ela vai ao encontro do Senhor.
Sabem, meus irmãos, essa mulher não podia nem se aproximar de Jesus e das pessoas, primeiramente porque, uma vez que ela sofria desse mal era tida como impura, e alguém no seu estado de impureza não podia se aproximar das pessoas. Por isso ela precisava ficar afastada, distante dos outros, mas ela foi corajosa, foi audaciosa ao ir encontro ao Senhor e dizer a Ele: “Basta eu tocar na orla do Seu manto e eu serei curada!”.
Nessa fé e nessa convicção ela vai ao encontro de Jesus, passa no meio daquela multidão e toca n’Ele. No mesmo instante Jesus sentiu uma força sair d’Ele e ir ao encontro de alguém e Ele mesmo exclama: “Alguém no meio desse povo me tocou!”. E quantas pessoas tocavam em Jesus, quantas pessoas se aproximavam d’Ele, contudo, essa mulher tinha uma fé sublime, suprema naquilo que Ele podia fazer por ela. Por isso a graça foi alcançada, por isso ela ficou curada! É Jesus mesmo quem diz: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença” (Marcos 5, 34).
Do mesmo jeito o chefe da sinagoga exclama: “Jesus, a minha filha morreu!”. Jesus, sabendo disso, responde a Jairo: “Não tenhas medo. Basta ter fé!” (Marcos 5, 35).
A fé, como diz a Palavra de Deus na Carta aos Hebreus, é a posse daquilo que ainda não possuímos, é ter a convicção daquilo que ainda não temos. Só a fé e a confiança em Deus nos dão a vitória naquilo que fazemos ou queremos! A nossa fé opera e faz milagres acontecerem. A fé tranquila, consciente, responsável, fé que sabe invocar Deus e n’Ele colocar a sua confiança!
É essa a fé que move o coração desses dois filhos de Deus. Seja a fé de Jairo, que alcança a graça para sua filha; seja a fé dessa mulher, que havia doze anos que sofrera com uma hemorragia crônica. Jesus não só concede a ela a cura, como também a recuperação da sua dignidade, do seu lugar na sociedade, porque ela acreditou. Jairo, como um chefe da sinagoga – e quantos chefes da sinagoga, quantos doutores da lei já se opuseram a Jesus – sabe quem é Jesus, ele crê que só o Senhor pode fazer isso por sua filha. É a tamanha a fé que o faz alcançar tamanha graça!
Que nós, meus irmãos, sejamos revigorados em nossa fé e em nossa confiança no Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo! Que não percamos o olhar d’Ele nem a confiança no Seu poder salvador e restaurador!
Deus abençoe você!

HOMILIA DIÁRIA

Levemos nossas aflições até Jesus

Levemos até Jesus não só as nossas dores e aflições, mas olhemos para o meio em que vivemos e vejamos quantas pessoas estão sofrendo

“Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!” (Marcos 5,23)

Hoje, estamos contemplando duas pessoas vivendo situações difíceis, extremas e aflitivas em suas vidas. Primeiro, é um pai de família que está vendo sua filha praticamente morta e não sabe o que fazer com ela. É Jairo, um dos chefes da sinagoga. Com todo poder que ele tem, não é capaz de fazer nada por sua filha. Ele corre atrás de Jesus, vai pedir socorro.
Do outro lado, enquanto Jesus está no caminho, uma mulher que sofre de hemorragia crônica também se aproxima d’Ele. A situação dela é muito dramática, pois há doze anos ela sofre desse mal; e não pense que é simplesmente uma hemorragia, mas são todas as consequências que esse mal traz para a vida dela. Durante esse período em que ela viveu a hemorragia, foi tida como impura. Uma vez que está impura, não pode se aproximar das pessoas nem as pessoas podem se aproximar dela.
Quando a mulher passa por isso quatro ou cinco dias no mês, tudo bem! Mas imagine uma pessoa no estado crônico, vivendo assim por doze anos. Ela não pode se aproximar de ninguém e também não podem se aproximar dela.
Ser marginalizado, viver à margem, viver distante dos outros é muito sofrido, é, de fato, uma penúria para a alma, para o coração, para a condição humana. Aquela mulher precisa de um socorro, de um auxílio, precisa aproximar-se e ser tocada. Precisa ser novamente reinserida no mundo, na sociedade, na convivência com as pessoas.
O olhar misericordioso de Jesus se volta para essas duas criaturas humanas: um pai de família desesperado, aflito, mas tendo a confiança de que Jesus pode fazer algo por ele; e a uma mulher que está sofrendo e tem a confiança de que, mesmo não podendo, sua fé a leva até Jesus.
Cristo se compadece deles, compadece-se dos nossos sofrimentos, das nossas aflições. Jesus se compadece de tantos que vivem em nosso meio com profundas aflições no corpo, na alma e no espírito.
Quem vai olhar para o que eu estou sofrendo e passando? Eu sei que preferimos contemplar apenas o milagre: a filha de Jairo, que levanta e volta a viver; ou essa mulher que é curada, a sua hemorragia é estancada, porque ela foi ousada na fé. Porém, muito mais ousada é a misericórdia de Jesus, que não conhece limites, não conhece pessoas de acordo com a sua vida social e assim por diante. É a misericórdia que chega aos corações mais aflitos. Jesus é aquele que tem misericórdia de nós, é aquele que se compadece de nossas dores e sofrimentos.
Levemos até Jesus não só as nossas dores e aflições, mas olhemos ao nosso lado, para o meio em que vivemos. Quantas pessoas estão sofrendo penúrias, aflições terríveis na alma e no espírito! São perdas terríveis, mães desesperadas, que não sabem o que fazer com seus filhos perdidos no mundo das drogas, do álcool ou em tantas situações; pessoas muitas vezes com doenças incuráveis, doenças crônicas e tantas aflições. Não podemos permitir que elas caiam no desespero.
Jesus é por nós, Ele é luz, consolo e compaixão. Precisamos ser presença confortadora, animadora, consoladora de Jesus em meio às aflições das pessoas que estão ao nosso lado, no mundo em que estamos. Precisamos ser para elas o que Jesus é para nós, precisamos levar o consolo e o conforto para o coração dos outros!
Deus abençoe você.
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 31/01/2017

HOMILIA DIÁRIA

Os pais precisam ser presentes e atuantes na vida de seus filhos

Os pais precisam ser presentes. Inclusive, gostaria que as mulheres não tomassem somente para elas a responsabilidade de cuidar dos filhos

“Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, e pediu com insistência: ‘Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!’.” (Marcos 5,22-23)

O Evangelho de hoje tem duas preciosidades: a primeira é Jairo, chefe da Sinagoga; a segunda é a mulher que estava atormentada há doze anos por uma hemorragia crônica.
Jairo era um pai de família. Talvez olhemos para ele apenas como um chefe da sinagoga, mas o importante nas pessoas não é o cargo que elas têm, mas aquilo que elas são. Pai é pai, mãe é mãe, nada é mais sublime do que isso. Queremos rotular as pessoas: “Olha o chefe. Ele é isso. Ele faz aquilo”. Ele é um pai. E que beleza o coração desse pai! Geralmente, estamos vendo somente as mães, são elas que pedem, que suplicam, que correm atrás. Aqui é o pai que deixa para trás toda a arrogância do título, da importância que ele possa ter de chefe da sinagoga para assumir o seu lugar de pai.
Preciso dizer que os pais precisam ser presentes e atuantes. Inclusive, gostaria que as mulheres dissessem isso, que elas não tomassem somente para si a responsabilidade de cuidar dos filhos, porque é uma divisão errada das tarefas que foram dadas.
Dizem assim: “O homem trabalha e cuida de trazer o sustento para a casa, e a questão dos filhos é da mãe”. Isso não é verdade, porque tanto o pai quanto a mãe precisam ser presentes na vida de seus filhos.
O que fez diferença na vida dessa criança do Evangelho foi, justamente, a presença do pai. Jairo estava dizendo: “Minha filhinha está nas últimas. Senhor, coloque as mãos sobre ela, para que ela sare e viva”. Quantos filhos estão doentes e enfermos, perdendo a vida pela falta da presença paterna!
A presença não se faz somente comprando presentes, cuidando das coisas da casa. A presença tem de ser ativa e efetiva. O pai precisa ir à Missa rezar e suplicar pelos seus filhos. O pai tem de estar em casa orando pelos seus filhos, tem de colocar as mãos sobre a cabeça, sobre os ombros deles e rezar, ser afetuoso, carinhoso, porque, às vezes, o pai só levanta a voz para brigar com o filho, para chamar à atenção.
A Palavra de Deus está dizendo que o pai tem de ser presente, inclusive, espiritualmente. Acabemos de uma vez por todas com essa divisão errada que foi feita em nossas casas. A responsabilidade da criação, seja ela educacional, espiritual e emocional, é do pai e da mãe.
Puxemos os nossos pais para que se façam vivos e presentes. Alguns podem dizer: “Eu não tenho jeito!”, mas para o que não tem jeito, aprendemos a ter jeito. Todo mundo pode rezar e suplicar, porque Deus escuta a oração que vem do coração do pai.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 05/02/2019

HOMILIA DIÁRIA

Confie no cuidado constante de Deus

“Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, e pediu com insistência: ‘Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!’ Jesus então o acompanhou.” (Marcos 5,22-24)

Vejam, meus irmãos e minhas irmãs, existem muitas formas de chegarmos até Jesus; pode ser até mesmo a curiosidade — “Vou lá ver como que é” —, pode ser através de um amigo, de um familiar ou até mesmo por meio de uma experiência de amor. Em um encontro de oração que nós fazemos, podemos experimentar a proximidade e  chegar até Jesus.
Vale lembrar que essa aproximação pode ser também através da experiência dura do sofrimento. Quantas pessoas reencontram Deus, quantas pessoas reencontram o caminho do Senhor, após uma experiência de sofrimento e de dor. São inúmeras pessoas que passam por um momento de tribulação e, ali, no meio daquela dor, daquele abandono, experimentam o cuidado de Deus, experimentam uma mão poderosa protegendo, as defendendo e se voltam para Deus.
Os caminhos do Senhor e a forma de Deus chegar ao coração humano são infinitas, não podemos conhecê-las. No caso de hoje, é um pai que pede pela filha doente. Inúmeras vezes, presenciei isso! Quantos pais e quantas mães vieram pedir pelos seus filhos. A caminho da gravação da Homilia, encontrei uma mãe que pedia pela filha em depressão, presa já há dias dentro de um quarto, fechada dentro de um quarto sofrendo.

São inúmeras pessoas que passam por um momento de tribulação e, no meio daquele abandono, experimentam o cuidado de Deus

Esse pai viu o sofrimento da sua filha; pais e mães desesperados que vão procurar alívio para o sofrimento de um filho ou de uma filha. Isso é real, isso acontece! Ele era Jairo, um chefe da sinagoga. Olha que interessante, as contradições da vida, os sofrimentos não poupam os homens e as mulheres de Deus. Jairo era um homem de Deus, poderíamos dizer com os termos de hoje, que era um homem de igreja, era uma pessoa que acreditava e que vivia a sua fé.
A nossa vida com Deus não nos blinda de passar por situações de enfermidade, por enfrentar algum problema na nossa família, a enfermidade do nosso parente. Isso vale muito para nós, porque podemos nesses momentos nos perguntar — “Mas eu que rezo tanto, que sou de Deus, que busco tanto a Deus, como que isso foi acontecer comigo?”. É um mistério!
A resposta de Jesus não é apenas fazer o milagre, curar aquela menina, mas Jesus vai encontrar aquela menina, porque ela precisava ver Jesus.
Para qualquer enfermidade, Jesus é o remédio que não pode não ser buscado; Jesus precisa ser buscado e Ele não pode ser a última opção — quando tudo já não tem jeito, quando já fui aos médicos, quando já fiz o que podia, agora eu vou para Jesus. Não! Jesus precisa ser a primeira opção. Porque, em Jesus, mesmo que a cura não venha, nós encontraremos força para enfrentar aquela situação.
O pai precisava estar com Jesus, o pai precisava experimentar o cuidado de Jesus, a atenção de Jesus, saber que tinha Jesus com ele. Quando Jesus chega àquela casa, fica a sós com a família, porque eles também precisavam estar com Jesus.
Então, mais importante do que tocar no milagre e na cura, era experimentar a presença de Jesus. Peça a Ele que entre hoje na sua vida e na sua história. E que, naquilo que você está vivendo, Ele esteja com vocês, segurando a mão de vocês, enfrentando essa situação, vivendo a dor e o sofrimento que vocês estão passando, mas sintam a presença e o consolo de Jesus.
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 31/01/2023

Oração Final
Pai Santo, que a nossa jornada nesta terra seja uma caminhada consciente rumo à plenitude do teu Reinado de Amor, desde já acolhendo o vento bom que vem do futuro glorioso, quando receberemos o teu abraço paternal. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/02/2013

Oração Final
Pai Santo, faze-nos conscientes de que o teu Reino não é apenas promessa para o futuro, mas missão que assumimos desde agora: vivermos e ajudarmos os irmãos a viver, agradecidos pelos dons que nos ofereces, especialmente o Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão em Jesus de Nazaré e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/01/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a jornada nesta terra cheia de encantos que nos ofereces seja uma caminhada consciente rumo à plenitude do teu Reino de Amor. Ensina-nos a acolher desde agora as delícias desse vento bom que vem do futuro glorioso, quando receberemos o teu abraço paterno/maternal. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/02/2019

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