ANO B


2 de Fevereiro
de 2015
Lc 2,22-40
Comentário do
Evangelho
A salvação realizada por Deus
em Jesus Cristo
A festa da Apresentação do Senhor é celebrada quarenta dias
depois do Natal. Lucas não tem preocupação com a exatidão histórica nem com a
exatidão em mencionar o uso dos costumes judaicos, pois a apresentação do
recém-nascido ao Senhor e a purificação da mãe que deu à luz são ritos
distintos. Em nosso texto, o evangelista parece confundi-los (Lv 12,1ss; Ex
13,1.11-12). Lucas omite toda a questão relativa ao resgate, prescrito pela Lei
(cf. Nm 3,47-48). Lucas, contudo, parece querer fazer os seus leitores, cristãos
da segunda geração de cristãos e de cultura grega, compreenderem que as
promessas do Antigo Testamento se realizam em Jesus Cristo. Simeão, homem cheio
do Espírito Santo, e a profetiza Ana, mulher da palavra inspirada, são como que
os olhos e voz do Antigo Testamento que contempla e proclama a salvação
realizada por Deus em Jesus Cristo. A cada noite, a Igreja canta o cântico de
Simeão, o Nunc Dimitis; ela o faz para proclamar cada dia, sem exceção, a
realidade da salvação oferecida a todas as pessoas e que continua atuante na
vida do universo inteiro.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Jesus, divino Mestre, nós vos adoramos,
Filho unigênito de Deus, vindo ao mundo para dar aos homens a vida em plenitude.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Deus está sempre vindo ao nosso encontro, mas
precisamos estar abertos à sua presença, precisamos querer vê-lo. Simeão e Ana
queriam ver o Messias e estavam abertos à ação do Espírito Santo. Por isso,
tiveram a oportunidade de reconhecer o salvador da humanidade naquele menino
que, juntamente com tantos outros de sua época, eram apresentados em
cumprimento da Lei do Senhor. Quem quer ver Jesus hoje também deve estar aberto
ao Espírito Santo que nos move constantemente para a caridade e nos leva a
reconhecer a presença do divino Mestre nos pobres e necessitados que precisam
na nossa caridade.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
LUZ PARA ILUMINAR OS POVOS
A presença de
Simeão e Ana no rito litúrgico da apresentação do Menino Jesus no templo de
Jerusalém serviu para explicitar a identidade e a missão do Filho de Deus. Ele
era muito diferente dos inúmeros primogênitos trazidos ao templo para serem
consagrados ao Senhor.
Simeão
estava convicto de tratar-se do Messias. O Espírito Santo havia-lhe revelado
que não morreria antes de vê-lo. Quando chegou no templo, também movido pelo
Espírito Santo, e deparou-se com o menino Jesus, não teve dúvidas de que a
promessa divina estava sendo cumprida. Daí seu hino de louvor, proclamando-o
como presença da salvação na história do povo eleito, luz para iluminar todos
os povos e ajudá-los a superar as trevas do erro, e motivo de glória para
Israel. Posto como sinal de contradição, haveria de provocar divisão a seu
respeito: enquanto seria reconhecido e acolhido por uns, tornar-se-ia motivo de
escândalo e ódio para outros. Seria impossível manter-se neutro diante dele,
pois sua presença revelaria os pensamentos escondidos no íntimo dos corações.
Por
sua vez, Ana tornou-se uma espécie de apóstola do Messias Jesus, pois “falava
do menino a quantos esperavam a redenção de Jerusalém”. Ela demonstrou estar
absolutamente certa de quem se tratava. Daí ter-se empenhado em dizer a todos que,
afinal, a salvação estava acontecendo.
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, ouvi as nossas súplicas. Assim
como o vosso Filho único, revestido da nossa humanidade, foi hoje apresentado
no templo, fazei que nos apresentemos diante de vós com os corações
purificados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
FONTE: dom total

3 de Fevereiro
de 2015
A todos Jesus dá ouvidos e
socorre
Onde quer que Jesus vá, atrai
as pessoas, e elas suplicam a ele por si ou pelos seus. A todos Jesus dá
ouvidos e socorre. Nenhuma aflição do ser humano cai no vazio diante do Senhor.
Ele atende prontamente à súplica de Jairo pela sua filha gravemente enferma. O
chefe da sinagoga confia no poder de Jesus de dar a vida. No caminho até a casa
de Jairo, uma multidão acompanha Jesus e cada um busca se aproximar dele.
Tantas pessoas necessitam de ajuda e cuidado! No meio dessa multidão havia uma
mulher cuja vida se esvaía num fluxo de sangue de anos. Ela tinha a convicção
de que se conseguisse tocar no manto de Jesus ficaria curada. O manto era
símbolo do poder do homem. No caso de Jesus, poder de amar e de dar a vida. Ao
toque da mulher Jesus sente sair de si uma força, isto é, o Espírito Santo (cf.
At 1,8), que curou a mulher. Na casa de Jairo, Jesus surge como o Senhor da
vida que tira do sono da morte. Tanto no caso da mulher como no de Jairo, o
tema central é o da fé: a Jairo que lhe suplica, Jesus pede: “Crê!”; à mulher
ele diz: “a tua fé te salvou”. A fé é condição para receber a vida como dom de
Deus, e necessária para reconhecer Jesus como o Senhor da vida.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Divino Espírito Santo, vós que dais vida a
todo o universo, conservai em mim a saúde, livrai-me de todas as doenças e de
todo mal.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
A pessoa de fé
é aquela que acolhe a revelação divina e responde de forma positiva aos seus
apelos. Quando a pessoa acolhe Jesus como sendo o Filho de Deus e procura
responder de forma positiva a esta presença de Deus em sua vida, ela é
constantemente movida ao encontro de Deus e passa a se beneficiar de suas
graças e bênçãos. Mas quem não acolhe a revelação, não reconhece Jesus como o
verdadeiro Deus presente no meio de nós, não vai ao seu encontro, não participa
da sua vida e do seu projeto de amor e, consequentemente, não se beneficia de
tudo aquilo que ele nos concede.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
TRANSBORDANDO VIDA
Os dois
milagres realizados por Jesus apresentam-no como fonte donde transborda a vida.
Sua missão consistiu em fazer jorrar vida onde a morte e a doença pareciam
impor-se. Missão de resgatar a vida humana. O chefe da sinagoga, cuja filha
havia morrido, viu seu pedido atendido: com uma ordem de Jesus, a menina
retornou à vida e levantou-se, para espanto de todos. Igualmente a mulher,
vítima de uma hemorragia que não se estancava, viu-se curada pelo Mestre. Em
ambos os casos, Jesus se manifestou como Senhor e fonte da vida. Essa mulher,
certa de ser curada, tocara nas vestes de Jesus. Este imediatamente percebeu
que uma força saíra dele. Num primeiro momento, parece que o milagre se
realizara por um poder mágico, uma vez que bastou a mulher tocá-lo para sentir-se
curada. Contudo, levada a explicar o sentido de seu gesto, confessou ter sido
movida pela fé no poder do Mestre. Ao que ele declarou: "A tua fé te
salvou!" Nada consegue de Jesus quem o busca por considerá-lo possuidor de
forças mágicas de cura. Só a fé abre caminho para a vida que dele transborda.
Portanto, uma fé salvífica que supera o simples benefício físico e oferece ao
ser humano muito mais que a vida material. Fé que o predispõe para a vida
eterna.
Oração
Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o
coração e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

4 de Fevereiro de 2015
Mc 6,1-6
Comentário do Evangelho
A
dureza de coração
Os discípulos acompanham Jesus por todos os lugares; esse
caminho com o Senhor fez deles testemunhas oculares de tudo o que Jesus fez e
ensinou. Jesus é um Messias itinerante. Na sua itinerância, ele ensina e
realiza atos de poder. O seu ensinamento é crível porque verificado no seu
agir. O seu ensinamento e a sua ação revelam a sua divindade e profunda
humanidade. Na sinagoga de Nazaré, o seu ensinamento causa admiração porque
cheio de sabedoria, pois ele descortina o caminho para agradar a Deus. Não
obstante a admiração dos que estavam na sinagoga, surge no coração deles
resistência a admitir que a sabedoria de Jesus vinha de Deus, aliás, ele mesmo
é a sabedoria de Deus. A incredulidade de homens habituados a ouvir a Palavra
de Deus causava a admiração de Jesus. De onde vem essa dureza de coração? Do
fechamento à surpresa de Deus, de uma ideia equivocada do Messias e de uma
rigidez que não permite a Deus falar. A incredulidade impede Jesus de fazer
algo por eles. As dificuldades e resistências na realização de sua missão não
desestimulam Jesus de continuar a percorrer o seu caminho.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Ó
Espírito Santo, dai-me um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao
coração do Senhor Jesus!
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Muitas vezes, nós nos apegamos apenas à
realidade aparente e colocamos a nossa confiança apenas em critérios humanos
para a compreensão dessa realidade. Confiamos principalmente nas nossas
experiências pessoais e no que as ciências modernas nos ensinam. Tudo isso faz
com que tenhamos uma visão míope da realidade, fato que tem como consequência o
endurecimento do nosso coração e o fechamento ao transcendente, ao sobrenatural
e, principalmente, às realidades espirituais e eternas. Quando nos fechamos ao
próprio Deus, simplesmente nos tornamos incapazes de ver sua presença no nosso
dia a dia e dificultamos a sua ação, que visa principalmente o nosso bem.
FONTE: CNBB
Comentário
do Evangelho
DONDE LHE
VEM ISTO?
O saber de Jesus deixava admirados os seus
conterrâneos. Especialmente quem convivera com ele, durante o longo período de
vida escondida em Nazaré, perguntava-se pela origem de tanta sabedoria. Não
havia explicação plausível, em se considerando sua origem familiar. Seus pais
eram pessoas simples, desprovidas de recursos para oferecer-lhe uma formação
esmerada, que o tornasse superior aos mestres conhecidos. Sua pregação, na
sinagoga, não dava margem para dúvidas. Ele possuía, de fato, uma ciência
elevada, desconhecida até então.
Diante
desta incógnita, os conterrâneos de Jesus deixaram-se levar pelo preconceito:
não é possível que o filho de um carpinteiro, pobre e bem conhecido de todos,
possua uma tal sabedoria!
Sem
dúvida, este preconceito escondia outro elemento muito mais sério. Quiçá
desconfiassem que a sabedoria de Jesus fosse de origem espúria, por exemplo,
obra do demônio. Em outras palavras: aquilo não parecia ser coisa de Deus.
A
decisão de desprezá-lo e não lhe dar ouvidos decorre destas explicações. Era
perigoso enveredar por um caminho contrário à fé tradicional, desviando-se de
Deus.
A
incredulidade de sua gente deixava Jesus admirado, a ponto de decidir realizar,
em Nazaré, poucos milagres. Seu povo perdia, assim, uma grande oportunidade de
conhecê-lo melhor, e descobrir, de maneira acertada, a origem de seu saber.
Oração
Concedei-nos,
Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o coração e amar todas as pessoas com
verdadeira caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
FONTE:
dom total

5 de Fevereiro
de 2015
Mc 6,7-13
Comentário do
Evangelho
A missão da Igreja é missão de
Jesus Cristo
- É a primeira vez que os Doze
são enviados pelo Senhor em missão. A missão da Igreja tem sua origem no
mandato do Senhor. A missão da Igreja é missão de Jesus Cristo. Aos que o
Senhor envia, ele dá poder sobre os espíritos impuros. De que poder se trata?
Em primeiro lugar, é o poder de Jesus (cf. Mc 1,21-28), o Espírito Santo; poder
de fazer o bem, de transmitir através da mensagem e do testemunho cristãos a
vida; poder para servir. Nas recomendações que Jesus dá aos Doze que ele envia
estão as exigências que associam os discípulos a Jesus e os identifica com ele.
A missão é de Jesus, da qual ele faz com que os Doze participem. Na realização
da missão é necessário abandonar o supérfluo e ter consigo somente o
indispensável O e o que possibilita a mobilidade e a disponibilidade (cf. Ex
12,11). Para isso, o desapego é exigido, pois a segurança de quem é enviado não
pode estar nos meios, mas no próprio Senhor que está na origem da missão. Os
Doze, como a Igreja de todos os tempos, não podem alimentar a ilusão do êxito;
é preciso contar com a resistência e a rejeição da mensagem cristã da parte de
muitos.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Ó Divino Espírito, ensina-me tudo quanto
Jesus ensinou. Dá-me inteligência para entender; memória para lembrar; vontade
dócil para praticar; coração generoso para corresponder aos teus convites.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Quem é
verdadeiramente discípulo de Jesus não deve pensar em si próprio, mas deve
viver em função das outras pessoas, preocupar-se com os seus problemas e
necessidades, ir ao encontro de todos para levar o Evangelho, a motivação para
a conversão e a esperança de uma vida melhor. Nós fomos enviados por Jesus para
realizar essa missão. Não devemos levar nada que seja para nós, além do que
seja estritamente necessário, pois não devemos nos preocupar com o nosso bem
estar, mas sim com o dos nossos irmãos e irmãs. Somente com este espírito é que
podemos participar da obra evangelizadora de Cristo.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
NUNCA DESANIMAR
Desde o
início, os apóstolos foram alertados para contar com contrariedades, no
desenrolar da missão. Esta chamada de atenção foi importante para que não
ficassem frustrados diante dos insucessos. Os apóstolos do Reino precisam ser
realistas. A missão não está encerrada, só por que alguns se mostram
refratários à pregação. A reação do apóstolo deve ser seguir adiante, sem
deixar esmorecer seu zelo missionário.
Seria
incorreto lançar impropérios contra os que não acolhem o missionário. Seria
igualmente incorreto desejar para eles o castigo divino.
Foi o
que aconteceu, quando os discípulos pediram que Jesus mandasse fogo do céu para
consumir os samaritanos que não lhes deram acolhida. O Mestre, porém,
proibiu-lhes todo tipo de represália.
Aconselhava-os,
no entanto, a fazer um gesto simbólico, caso não fossem acolhidos: sacudir o pó
das sandálias, em sinal de protesto. Era o que os judeus costumavam fazer,
quando regressavam à Palestina, depois de terem tido contato com cidades pagãs.
Esse gesto continha dois significados possíveis: os que se recusam a acolher os
apóstolos assemelham-se aos pagãos, e não pertencem ao verdadeiro Israel; os
apóstolos não tem mais responsabilidade quanto ao destino do povo daquelas
cidades, cuja poeira não querem levar consigo.
Seguindo
em frente, os apóstolos recomeçam a missão, sem nunca desanimar.
Oração
Ó Deus, que santa Águeda, virgem e mártir, agradável ao
vosso coração pelo mérito da castidade e pela força no martírio, implore vosso
perdão em nosso favor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo.
FONTE: dom total

6 de Fevereiro
de 2015
Mc 6,14-29
Comentário do
Evangelho
A fé no Deus único e verdadeiro
Nosso trecho do evangelho de
hoje é a informação do fim trágico de João Batista. Mas a questão fundamental é
a identidade de Jesus, cuja fama se espalhava. João é mártir da moral que
denunciou com veemência a traição de Herodes e de Herodíades. A firmeza do
Batista brotava de sua fé no Deus único e verdadeiro, a quem ele dedicou a sua
vida como precursor do Messias, realizando um batismo para a conversão dos pecados.
O movimento de João Batista atraía muita gente (cf. Mc 1,5; Mt 3,7; Lc 3,21).
Herodes era um mau-caráter (cf. Lc 3,19) que tirou de maneira cruel a vida de
um justo por causa de uma fantasia sensual. Não bastasse estar traindo o seu
próprio irmão Filipe, agora, se encanta com a dança da filha de sua amante;
desvario de quem se torna cego pelo poder, de quem tem por princípio seu
próprio deleite e satisfação. Herodes também tinha ouvido falar de Jesus – mas quem não o tinha? –, pois a fama de
Jesus havia se espalhado a seu contragosto (cf. Mc 1,28.44-45). No entanto,
quanto à identidade de Jesus não há unanimidade, a ponto de confundirem Jesus
com João Batista ressuscitado dos mortos (cf. tb. 8,28). O conhecimento da
identidade de Jesus só se dá pela fé e pela revelação (cf. Mt 16,17).
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Ó Senhor, que meu coração seja grande e
forte para superar todas as provações, todo cansaço, toda ofensa; constante até
o sacrifício, quando for necessário.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Todas as
pessoas que participam da missão de Jesus, participam também do seu tríplice
múnus: sacerdotal, profético e real. Participam do sacerdócio de Cristo através
da busca da santificação pessoal e comunitária, da oração, da intercessão, etc.
Participa do múnus profético através da palavra que denuncia o pecado e anuncia
o Reino e participa do múnus régio pelo serviço aos irmãos e irmãs. A
participação no múnus profético exige compromisso com a verdade e os valores
morais, que atrai a ira de todos os que são contrários à proposta de Jesus, e,
como no caso de João Batista, acarreta em ódio, vingança, perseguição e pode
até levar à morte.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
UM EXEMPLO DE LIBERDADE
O relato do
destino trágico de João Batista serve de lição para os discípulos de Jesus, no
exercício da missão. A liberdade, que o Precursor demonstrou, deverá ser
imitada por quem está a serviço do Reino, e se defronta com tiranos e
prepotentes, que intimidam e querem calar quem lhes denuncia as mazelas.
Prevalecendo-se
de sua condição, Herodes seduziu a mulher do irmão para se casar com ela. João
Batista não teve medo de enfrentá-lo, e dizer-lhe não ser permitido conservar
como esposa, quem não lhe pertencia. Sua condição real não lhe dava o direito
de praticar tamanha arbitrariedade.
O
profeta João sabia exatamente com quem estava falando. Ele um "zé
ninguém", questionando uma autoridade estabelecida pelo imperador, com
direitos quase absolutos sobre os cidadãos. Por isso, não lhe parecia errado
atropelar o direito sagrado de seu irmão, de ter uma esposa.
Por
outro lado, todos conheciam muito bem o espírito violento da família de
Herodes. Mesmo assim, João não hesitou em denunciá-lo publicamente.
Quiçá
não contasse com a ira de Herodíades, atingida também pela denúncia. Foi ela
quem instigou Herodes a consumar sua maldade: decapitar a quem mandara lançar
na prisão, por ter-lhe lançado em rosto o seu pecado.
O
testemunho de João Batista inspira a quem se tornou discípulo da verdade.
Oração
Ó Deus, força dos santos, que em Nagasaki chamastes à
verdadeira vida são Paulo Miki e seus companheiros pelo martírio da cruz,
concedei-nos, por sua intercessão, perseverar até a morte na fé que
professamos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
FONTE: dom total

7 de Fevereiro
de 2015
Mc 6,30-34
Comentário do
Evangelho
Compaixão é uma força amorosa
que abre o coração
A volta dos Doze da missão para
a qual tinham sido enviados prepara o relato da “multiplicação dos pães”. As
dificuldades próprias da missão cristã exigem refazer as forças e tomar
distância dos acontecimentos para poder discernir o quanto Deus fez por meio
deles e tirar proveito espiritual das resistências e rejeições que, certamente,
eles enfrentaram e sofreram. O próprio Jesus convida os Doze a um lugar
afastado. Assim que chegam ao lugar afastado, veem cair por terra o intento de
descansar, pois uma numerosa multidão os precedera. O olhar de Jesus é
penetrante e desvela a situação de quem o procura. Ele é tomado de compaixão.
Compaixão não é piedade nem dó, mas uma força amorosa que abre o coração para
socorrer o outro em sua necessidade. Esse dinamismo faz com que a pessoa
ofereça o melhor de si em favor dos outros. O abandono do povo por aqueles que
deviam cuidar dele, qual um pastor cuida de suas ovelhas, é a causa da
compaixão de Jesus pela multidão numerosa. O ensinamento de Jesus pacifica,
orienta, congrega, conforta, dá esperança, faz experimentar o cuidado e a
misericórdia de Deus.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Ó Senhor, dai-me um coração grande e forte
para amar todos, para servir a todos, para sofrer por todos.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Devemos
colocar a nossa felicidade onde se encontram os verdadeiros valores. As pessoas
que vivem segundo os valores desse mundo colocam a sua felicidade nas coisas do
mundo. São pessoas materialistas e hedonistas, marcadas pelo desejo do acúmulo
de bens materiais e de poder e também na busca desenfreada de todos os prazeres
proporcionados por este mundo, como é o caso do sexo e dos vícios em geral. São
pessoas insatisfeitas porque na verdade foram criadas à imagem e semelhança de
Deus e só podem ser satisfeitas plenamente em Deus, uma vez que são abertas ao
infinito. Somente quem coloca a sua felicidade nos valores eternos encontra em
Deus a sua plena satisfação.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
OVELHAS SEM PASTOR
As multidões
não davam sossego a Jesus e aos discípulos. Era-lhes difícil encontrar tempo e
lugar para estarem a sós com o Mestre, e descansar das fadigas da missão. Às
vezes, nem tinham tempo para comer, tal era o afluxo de gente. Quando sabiam
que Jesus estava se dirigindo para algum lugar, corriam para lá, chegando antes
dele. Era como se fossem ovelhas em busca de um pastor.
A
situação de abandono do povo sensibilizava profundamente Jesus. Daí o extremo
interesse com que as pessoas ouviam Jesus falar, e a ânsia de serem
beneficiadas por ele. E sempre encontravam acolhida por parte do Mestre.
A
atitude de Jesus estava em estreita relação com o serviço ao Reino, para o qual
fora enviado. Esse Reino comportava a Boa Nova de libertação para os pobres, e
deveria devolver aos seus corações a esperança há muito perdida pelo descaso
com que eram tratados. A Jesus competia, por assim dizer, re-humanizá-los,
tirando-os da marginalização a que foram relegados, e abrir-lhes uma
perspectiva de vida para além de suas dores e sofrimentos.
O
Mestre apresentou-se como líder deste grande movimento de recuperação da
dignidade humana, dando atenção ao povo sofrido e propondo-lhe o Reino como
ideal.
Oração
Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o
coração e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

8 de Fevereiro
de 2015
Mc 1,29-39
Comentário do
Evangelho
Jesus é o Senhor da vida
De modo geral, podemos dizer
que o tema da liturgia da palavra deste domingo é o sofrimento: o livro de Jó
fala do sofrimento de um homem; no evangelho, Jesus acolhe e vai ao encontro
dos que sofrem para que sejam curados de suas enfermidades, e São Paulo fala de
como se deve imitar Jesus Cristo, fazendo-se servo de todos. O trecho do livro
de Jó é permeado de tristeza e pessimismo. A questão fundamental de todo o
livro é o sentido da existência humana. A perda do sentido da vida potencializa
o sofrimento. Efetivamente, o sofrimento é absurdo. Somente pela fé em Deus é
que se pode viver o sofrimento com serenidade, paz e alegria. Depois da
sinagoga, acompanhado das duas duplas de irmãos (cf. Mc 1,16-20), Jesus vai à
casa de Simão e André, a poucos metros da Sinagoga de Cafarnanum. Ali, o
evangelho nos relata dois episódios: a cura da sogra de Pedro, ainda durante o
descanso sabático, e o sumário, resumo da atividade exitosa de Jesus, depois do
pôr do sol, isto é, tendo passado já o sábado. Os quatro discípulos, depois os
Doze, são testemunhas oculares de tudo o que Jesus fez e ensinou; testemunhas
sobre as quais é construído o relato evangélico (cf. Lc 1,1-4). Essa diferença
temporal, sábado e depois do sábado, juntamente com o deslocamento espacial,
sinagoga e casa, mostra que o Senhor age sempre, em qualquer tempo e lugar. Sua
presença muda a vida das pessoas e essa transformação é sentida, inclusive, no
próprio corpo. É o Senhor da vida que, com o gesto simbólico de tomar pela mão,
como quem arranca alguém do sono – metáfora da morte –, faz a sogra de Pedro se
levantar para servir. Não é uma única pessoa a beneficiária da presença do
Senhor, mas muitos e de todas as partes podem, se aproximando ou deixando-se
aproximar pelo Senhor, experimentar a vida nova que ele dá. Não obstante a fama
crescente, Jesus procura os lugares afastados para a sua oração, não se deixando
vencer pela tentação do sucesso nem se aprisionar por qualquer lugar, tampouco
ser manipulado por quem quer que seja. Paulo é um exemplo a ser seguido. O
ideal de sua vida foi imitar Jesus Cristo. Por isso, se fez tudo para todos,
isto é, doou-se inteiramente na pregação do evangelho e socorrendo as pessoas e
as comunidades cristãs nas suas necessidades. Nós, cristãos do século XXI,
somos chamados a imitar Jesus Cristo e com ele e por sua graça sermos
servidores do evangelho e de nossos semelhantes.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Jesus Mestre vida, vivei em mim, para que
eu viva em vós. Fazei-me viver eternamente na alegria do vosso amor.
FONTE: PAULINAS
Comentário do Evangelho
TODOS TE PROCURAM!
Na medida em
que se espalhavam as notícias sobre Jesus, acorriam a ele multidões numerosas
em busca de cura para as doenças e males que as afligiam. O povo mais simples
daquela época vivia num total abandono. A liderança político-religiosa estava
nas mãos da classe sacerdotal, um grupo aristocrata da capital. Sendo que o
tesouro do templo funcionava como uma espécie de banco, os sacerdotes estavam
mais preocupados com questões financeiras do que com o bem-estar do povo. Os
fariseus formavam um grupo excludente. Eles fizeram da prática estrita da Lei
sua norma de vida e quem não era capaz de fazer o mesmo era olhado com
desprezo. Os mestres da Lei, muito estimados pelo povo, acabaram por
transformar a religião num amontoado de mandamentos e regras, que se
multiplicavam, tornando-se cada vez mais difícil de serem cumpridas. O povo
simples e pobre não tinha a quem recorrer. Estava deixado à própria sorte.
O
aparecimento de Jesus fez renascer, nas camadas populares, a esperança. Ele
falava com autoridade e realizava gestos poderosos. Era acolhedor e valorizava,
de modo especial, quem era vítima da exclusão social e religiosa. Transmitia uma
nova imagem de Deus, cheio de ternura e amor. Eis porque Jesus exercia uma
atração irresistível sobre as pessoas, que o buscavam ávidas de ouvi-lo e serem
curadas por ele.
Oração
Velai, ó Deus, sobre a vossa família com incansável amor;
e, como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

9 de Fevereiro
de 2015
Mc 6,53-56
Comentário do
Evangelho
A presença de Jesus desperta a
esperança e a fé na vida
Trata-se de um sumário em que o
ouvinte ou leitor do evangelho é informado do sucesso da missão de Jesus. Por
onde quer que passe, Jesus desperta a curiosidade e, sobretudo, a fé na vida.
Diante de Jesus as pessoas experimentam a salvação e a misericórdia de Deus. As
pessoas buscam, por onde Jesus passa, tocar, ao menos, na franja do seu manto.
Essa observação faz referência às quatro franjas coloridas colocadas na orla do
manto (cf. Nm 15,38-39; Dt 22,12; cf. tb. Mc 5,28); a orla da veste
representava simbolicamente a pessoa (cf. 1Sm 24,5-6). Cria-se que uma pessoa
revestida de poder de curar alguém, como é o caso de Jesus, poderia fazê-lo
também através de suas vestes (cf. At 19,11-12), e mesmo através de sua própria
sombra (cf. At 5,15). Para o cristão que lê o evangelho importa saber e fazer,
ele mesmo, a experiência de que a passagem de Jesus pela vida de alguém
desperta a esperança e a fé na vida; permite que ele se encontre com o amor
misericordioso de Deus, para quem tudo é possível. Ao se encontrar com o
Senhor, cada pessoa experimenta a força da vida que emana dele.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Jesus, Mestre divino, vós sois a vida, o
amor. Nós vos louvamos, Senhor, pela vida que nos dais!
FONTE: PAULINAS
Reflexão
O cristão de verdade não pode ficar parado. Ele
nunca pode dizer que cumpriu a sua missão, pois ele deve estar sempre a
caminho, sempre se lançando rumo aos novos trabalhos, prestando atenção aos
apelos que a realidade faz, buscando superar novos desafios e obstáculos,
sempre olhando com misericórdia os irmãos e irmãs, procurando conhecer os seus
problemas e necessidades e sendo para todos a manifestação do amor de Deus que
responde ao clamor dos seus filhos e filhas. Por isso, quando terminamos uma
etapa da caminhada, devemos iniciar outra imediatamente, pois a proposta do
Reino exige isso.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
O CONTATO SALVADOR
A presença de
Jesus causava alvoroço por onde ele passava. De toda parte, aparecia gente
transportando doentes em macas, para depositá-los nas praças públicas, junto do
Mestre, na esperança de poder fazê-los tocar no manto dele, a fim de serem
curados.
Este
gesto de tocar estava carregado de simbolismo. O contato físico estabelecia uma
ligação direta com a fonte do poder curador, possibilitando ao doente recuperar
a saúde. Simbolizava a comunhão entre Jesus e aquele que desejava ser curado.
Portanto, podia ser tomado como expressão da fé e da confiança no Mestre. Era
uma forma de bater às portas de um mundo misterioso onde a vida era restaurada.
Era, também, uma maneira de o humano aproximar-se do sagrado e estabelecer com
ele um relacionamento de intimidade.
De sua
parte, Jesus não proibia as pessoas de tocá-lo, nem se sentia incomodado com
isto. Por quê? Ele sabia que tinha sido enviado para os pobres, destinatários
privilegiados de sua ação. Os que buscavam tocá-lo eram pobres. Daí não ter por
que irritar-se com eles. Por outro lado, se estes, ao tocá-lo, ficavam curados,
tanto melhor. Isto era um sinal claro da presença do Reino na história humana,
restaurando a vida.
Portanto,
os doentes estavam no caminho certo, quando tentavam tocar em Jesus.
Oração
Velai, ó Deus, sobre a vossa família com incansável amor;
e, como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

10 de
Fevereiro de 2015
Mc 7,1-13
Comentário do
Evangelho
Jesus repudia a hipocrisia
O sistema de pureza defendido
por muitos dos judeus, sobretudo os fariseus e os saduceus, é interpretado por
Jesus como “vossa tradição” ou “tradição dos homens”, distinguindo-o da Lei
dada por Deus ao seu povo. Os versículos 21 a 23 do capítulo sétimo de Marcos são importantíssimos para compreender a
posição de oposição de Jesus a um sistema que, em nome de Deus e para proteger
o sagrado, exclui as pessoas. As explicações detalhadas quanto ao sistema de
pureza mostram que os destinatários do evangelho segundo Marcos são cristãos
oriundos do paganismo. O nosso texto de hoje é uma controvérsia de Jesus com os
fariseus e os escribas sobre o fato de alguns dos discípulos de Jesus comerem
sem lavar as mãos, como era o costume. Não se trata, em primeiro lugar, de uma
questão de higiene, mas religiosa, pois se acreditava que o mal entrava no ser
humano pelos orifícios do corpo, sobretudo pela boca. No centro do texto
encontra-se a oposição entre os lábios e o coração; oposição entre dizer e
aderir, de coração, ao mandamento de Deus. Jesus repudia essa hipocrisia, pois
ela anula o mandamento de Deus, substituindo-o por uma tradição humana.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Jesus, Mestre divino, queremos vos seguir.
Amar como amastes, buscar como buscastes a vontade do Pai.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Jesus, citando
o profeta Isaías, diz: 'Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está
longe de mim'. Precisamos saber se somos cristãos de palavras ou de coração. O
cristão de palavras é aquele que vive uma religiosidade de cumprimento de
preceitos, normas e rituais, que em nada difere dos rituais de alquimia e
bruxaria que existem por aí; o que muda é que no lugar de abracadabra, fala
frases bonitas com efeitos especiais. O cristão de coração é aquele que ama a
Deus, ama os seus irmãos que são templos dele e procura servir a Deus no
serviço aos irmãos e irmãs, na valorização da pessoa humana e promoção da sua
dignidade. O cristão de coração fala pouco e nem sempre sabe falar bonito, mas
ama muito, é solidário, generoso e fraterno.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
UMA FALSA PIEDADE
Certas
atitudes dos escribas e fariseus deixavam Jesus irritado. O modo como
praticavam a religião parecia-lhe inconveniente. Para umas coisas, eram muito
severos; para outras, faziam o que lhes era mais cômodo. Assim, eram rigorosos
quando se tratava da pureza exterior, a ponto de não se sentarem à mesa, sem
terem lavado, cuidadosamente, as mãos. Quando, porém, se tratava de cuidar de
seus pais, não tinham um mínimo de piedade filial. Assim, não tinham escrúpulos
de distorcer a Lei de Moisés só para não ter que ajudar os pais carentes. Tal
atitude impiedosa invalidava a preocupação com a pureza ritual e tudo o mais
que faziam com a intenção de agradar a Deus.
Jesus
não suportava um tipo de religião em que o indivíduo se esforça para mostrar-se
piedoso diante de Deus, sem gestos de misericórdia em relação ao próximo.
E o
que dizer, quando este próximo era o pai ou a mãe? A Lei era severa quanto ao
respeito devido aos pais. O mandamento - "Honrarás pai e mãe" - era
acompanhado de uma série de exigências bem concretas.
Assim,
quando os escribas e fariseus consagravam a Deus o que era devido a seus pais,
estavam se opondo à vontade divina. E nem tinham moral para criticar os
discípulos que comiam com as mãos impuras.
Oração
Celebrando a festa de santa Escolástica, nós vos pedimos, ó
Deus, a graça de imitá-la, servindo-vos com caridade perfeita e alegrando-nos
com os sinais do vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


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