sexta-feira, 5 de abril de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 02/04/2024

ANO B


Jo 20,11-18

Comentário do Evangelho

Mulher, por que choras?

Há uma tristeza que imobiliza e impede de dar o salto da fé. As lágrimas da desolação distorcem o olhar. Por isso, os mensageiros de Deus dizem a Maria Madalena uma palavra que é extensiva a toda a Igreja: “Mulher, por que choras?” Ela tinha razão, Jesus não está onde ela procurava, e alguém o havia levado. A presença do Ressuscitado não é evidente; é preciso outro olhar e ouvidos bem atentos. A tristeza distorce a realidade, mesmo a da fé, e confunde a visão. A irrupção do Ressuscitado na vida de Maria de Magdala, e na nossa vida, nos interpela: “Mulher, por que choras? Quem procuras?” É o encontro com o Senhor da vida que enxuga nossas lágrimas; ele é quem nos faz sair da realidade da morte. Por sua presença, que é dom, nosso olhar e nossos ouvidos são transformados para poder dizer a palavra do reconhecimento: “Rabûni” (v. 16). Maria compreende agora que o corpo de Jesus não foi roubado, mas transfigurado. Por isso, ela poderá dizer, por mandato do Senhor aos demais discípulos: “Eu vi o Senhor” (v. 18).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, ensina-me a ter um relacionamento conveniente com o Ressuscitado, reconhecendo que ele quer fazer de mim uma testemunha da ressurreição.
Fonte: Paulinas em 02/04/2013

Comentário do Evangelho

O Senhor vive

A Maria de que aqui se fala é Maria Madalena. A tristeza que a abate e a prende à realidade da morte não é de Deus. As lágrimas da desolação impedem o olhar de ir além das aparências e dar o salto da fé. Somente o leitor sabe que os dois que falavam com Maria Madalena eram mensageiros de Deus buscando tirar Maria do círculo da morte e ajudá-la a ver a realidade com novo olhar. Nesse primeiro estágio do relato, para Maria importava o corpo sem vida de Jesus que ela, em prantos, lamentava não estar no túmulo. O que ela ainda não sabia é que o Senhor, de fato, não estava onde ela pensava que estivesse. Não nos esqueçamos, há uma tristeza que distorce a realidade, ofusca o olhar, confunde a visão. A presença do Ressuscitado rompe a barreira da tristeza e interpela Maria a não procurar um morto, nem procurar Jesus entre os mortos. Na segunda etapa do relato, a irrupção do Ressuscitado na vida de Maria Madalena enxuga as lágrimas, liberta da região dos mortos e faz exclamar a admiração pela presença transfigurada daquele que venceu a morte e que ninguém mais pode reter. Fruto desse encontro luminoso e transformador é a missão de anunciar que o Senhor vive, isto é, de comunicar a experiência através da qual, pela fé, o Senhor se ofereceu ao reconhecimento.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, ensina-me a ter um relacionamento conveniente com o Ressuscitado, reconhecendo que ele quer fazer de mim uma testemunha da ressurreição.
Fonte: Paulinas em 22/04/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Vi o Senhor!


No sepulcro, Maria Madalena se parece com a sulamita do Cântico dos Cânticos, que dá voltas pelo jardim à procura de seu amado. Maria Madalena está segura do que quer. Ela procura o corpo morto de Jesus, mas não o encontra porque ele está vivo. Ela chora, por isso não o vê quando ele mesmo fala com ela. Ela vê um jardineiro e insiste que o corpo de Jesus foi tirado por alguém. Quando, porém, Jesus a chama pelo nome: “Maria!”, caem as resistências, ela perde a segurança e se joga nos braços do Senhor. Jesus pede-lhe que não o segure, pois ele ainda está lá. Ela deve ir anunciar aos irmãos que ele vai subir “ao Pai e vosso Pai, ao meu Deus e vosso Deus”. Maria vai e diz aos discípulos: “Eu vi o Senhor”.
Cônego Celso Pedro da Silva,

Vivendo a Palavra

Como Maria Madalena, também nós temos dificuldade de reconhecer o Mestre que se coloca em nosso caminho. Ele se mostra nos sinais dos tempos, nos irmãos que encontramos, nos Sacramentos da Igreja, nas Palavras Sagradas da Bíblia e no mais profundo do nosso coração.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/04/2013

Vivendo a Palavra

Como Madalena, também nós procuramos o Ressuscitado no túmulo – onde Ele não está mais. Poderíamos encontrá-lo nos jardineiros que cruzam nossos caminhos, mas nós não sabemos reconhece-lo. Ele está dentro de nós, trazendo os sinais do Reino do Pai, que um dia esperamos viver em plenitude.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/04/2014

VIVENDO A PALAVRA

Como Maria, também nós costumamos visitar, cheios de tristeza, um túmulo vazio. Esquecemos que Jesus ressuscitou. Entretanto, Ele está vivo e nos chama pelo nome para caminharmos juntos pelas estradas da vida, que já são sinais do desejado Lar Paterno. Com alegria e gratidão, anunciemos aos que vão ao nosso lado a sua Presença amorosa.

VIVENDO A PALAVRA

Assim como Madalena, também nós procuramos o Ressuscitado no túmulo – onde Ele certamente não está! Poderíamos encontrá-lo nos jardineiros que cruzam nossos caminhos, mas nós não sabemos reconhecê-lo. Ele está, também, dentro de nós, trazendo os sinais do Reino do Pai, onde esperamos um dia viver em plenitude.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/04/2020

VIVENDO A PALAVRA

Como Maria, também nós costumamos visitar, cheios de dor, um túmulo vazio. Esquecemos que Jesus ressuscitou. Entretanto, Ele está vivo e nos chama pelo nome para caminhar com Ele pelas estradas da vida, que nos levam de volta ao Lar Paterno. Com alegria e gratidão, anunciemos aos que estão ao nosso lado a sua terna Presença.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/04/2021

Reflexão

Maria Madalena queria somente estar com Jesus, ainda que ele estivesse morto. Queria estar com ele, mesmo que tivesse que ir buscá-lo, onde quer que o tivessem colocado. Chorava porque não havia encontrado Jesus. Estaria disposta a qualquer sacrifício para realizar o seu intento. Porém, se as pessoas correspondem ao amor de Deus, tanto mais Deus corresponde ao amor dos homens. Maria Madalena recebeu a grande recompensa pelo seu amor: fez a grande experiência do encontro pessoal com o ressuscitado, e anunciou a todos esta experiência.
Fonte: CNBB em 02/04/2013 e 22/04/2014

Reflexão

Jesus ressuscitado reservou para Maria Madalena um encontro pessoal. Ela representa a comunidade que está à procura do Mestre. Chora por não encontrar o corpo de Jesus no sepulcro; chora naturalmente pela perda do amigo. Continua debruçada sobre a morte, ao passo que, livre das amarras e da corrupção do túmulo, Jesus está vivo. Quando Maria dá as costas ao passado e olha para aquele que a chama pelo nome, descobre que está diante do Senhor ressuscitado. Levada pela emoção e alegria, tenta segurá-lo. Jesus a corrige: “Não me retenha”. Doravante seu relacionamento com Jesus assume um modo novo. A missão da comunidade não é segurar Jesus, mas anunciá-lo aos irmãos. É o que faz Maria Madalena, tornando-se, desse modo, a primeira evangelista da ressurreição de Jesus.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 03/04/2018

Reflexão

Jesus ressuscitado reservou para Maria Madalena um encontro pessoal. Ela representa a comunidade que está à procura do Mestre. Chora por não encontrar o corpo de Jesus no sepulcro; chora naturalmente pela perda do amigo. Continua debruçada sobre a morte, ao passo que, livre das amarras e da corrupção do túmulo, Jesus está vivo. Quando Maria dá as costas ao passado e olha para aquele que a chama pelo nome, descobre que está diante do Senhor ressuscitado. Levada pela emoção e alegria, tenta segurá-lo. Jesus a corrige: “Não me retenha”. Doravante seu relacionamento com Jesus assume um modo novo. A missão da comunidade não é segurar Jesus, mas anunciá-lo aos irmãos. É o que faz Maria Madalena, tornando-se, desse modo, a primeira evangelista da ressurreição de Jesus.
Oração
Divino Mestre, ajudas Maria Madalena a superar o passado, as lágrimas, e a experimentar a tua nova dimensão. Ao te reconhecer ressuscitado, ela estanca o choro e vibra de alegria. Ao torná-la missionária do teu Evangelho, convidas, também nós, a evangelizar com todos os meios atuais e eficazes. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 14/04/2020

Reflexão

Ontem presenciamos as mulheres que dão testemunho do Ressuscitado. Hoje Maria Madalena, apóstola dos apóstolos, entra em cena. Ao ir ao túmulo, Maria buscava e chorava um morto, mas logo a seguir descobre que o “morto está vivo”. “Por que chora?” é a pergunta que os anjos e o Vivente lhe dirigem. Quando Jesus a chama pelo nome (Maria!), ela o reconhece. Depois de reconhecido, ele a convida a anunciá-lo aos seus. O autor pretende apresentar-nos o novo modo de presença do Ressuscitado e o novo modo de encontro com ele. Mais uma vez, Maria Madalena é apresentada pelo evangelista como a primeira testemunha da ressurreição do Mestre. Num mundo paternalista e misógino, é muito significativo o fato de os evangelistas apresentarem as mulheres como protagonistas da ressurreição.
Oração
Divino Mestre, ajudas Maria Madalena a superar o passado, as lágrimas, e a experimentar a tua nova dimensão. Ao te reconhecer ressuscitado, ela estanca o choro e vibra de alegria. Ao torná-la missionária do teu Evangelho, convidas, também a nós, a evangelizar com todos os meios atuais e eficazes. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 06/04/2021

Reflexão

Jesus ressuscitado reservou para Maria Madalena um encontro pessoal. Ela representa a comunidade que está à procura do Mestre. Chora por não encontrar o corpo de Jesus no sepulcro; chora, naturalmente, pela perda do amigo. Continua debruçada sobre a morte, ao passo que, livre das amarras e da corrupção do túmulo, Jesus está vivo. Quando Maria dá as costas ao passado e olha para aquele que a chama pelo nome, descobre que está diante do Senhor ressuscitado. Levada pela emoção e alegria, tenta segurá-lo. Jesus a corrige: “Não me retenha”. Doravante, seu relacionamento com Jesus assume um modo novo. A missão da comunidade não é segurar Jesus, mas anunciá-lo aos irmãos. É o que faz Maria Madalena, tornando-se, desse modo, a primeira evangelista da ressurreição de Jesus.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)

Reflexão

«Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: ‘Eu vi o Senhor’»

Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret
(Vic, Barcelona, Espanha)

Hoje, na figura de Maria Madalena, podemos contemplar dois níveis de aceitação de nosso Salvador: imperfeito, o primeiro; completo, o segundo. Desde o primeiro, Maria se nos apresenta como uma sincera discípula de Jesus. Ela o segue, mestre incomparável; está heroicamente ligada, crucificado por amor; o busca, mais além da morte, sepultado e desaparecido. Quão impregnadas de admirável entrega ao seu “Senhor” são as duas exclamações que nos conservou, como pérolas incomparáveis, o evangelista João: «Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram!» (Jo 20,13); «Senhor, se foste tu que o levaste, diz-me onde o colocaste, e eu irei buscá-lo»(Jo 20,15). Poucos discípulos contemplaram a historia, tão carinhosos e leais como a Madalena.
No entanto, a boa noticia de hoje, desta terça-feira, oitava de Páscoa, supera infinitamente toda bondade ética e toda fé religiosa em um Jesus admirável, mas, em último término, morto; e nos traslada ao âmbito da fé no Ressuscitado. Aquele Jesus que, em um primeiro momento, deixando-a no nível da fé imperfeita, se dirige à Madalena perguntando-lhe: «Mulher, por que você está chorando» (Jo 20,15) e à qual ela, com olhos míopes, responde como corresponde a um hortelão que se interessa pelo seu sentimento; aquele Jesus, agora, em um segundo momento, definitivo, a interpelou com seu nome: «Maria!» e a comove até o ponto estremecê-la de ressurreição e de vida, isto é, Dele mesmo, o Ressuscitado, o Vivente por sempre. Resultado? Madalena crente e Madalena apóstolo: «Então Maria Madalena foi e anunciou aos seus discípulos: eu vi o senhor» e contou o que Jesus tinha dito (Jo 20,18).
Hoje não deixa de ser frequente o caso dos cristãos que não veem claro o mais além desta vida, assim, que duvidam da ressurreição de Jesus. Estarei entre eles? De modo semelhante são numerosos os cristãos que têm suficiente fé como para seguir-lhe privadamente, mas que temem proclamar apostolicamente. Faço parte desse grupo? Se assim for, como Maria Madalena, digamos-lhe: —Mestre!, abracemo-nos aos seus pés e vamos encontrar os nossos irmãos para dizer-lhes: —O Senhor ressuscitou e eu o vi.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Não é grande coisa acreditar que Cristo morreu; pois isso também é acreditado pelos pagãos e judeus e todos os ímpios: todos eles acreditam que ele morreu. A fé dos cristãos é a ressurreição de Cristo» (Santo Agostinho)

- «Na ressurreição de Jesus atingiu-se uma nova possibilidade de ser-se humano, uma possibilidade que interessa a todos e que abre um futuro, um novo tipo de futuro para a humanidade» (Bento XVI)

- «(…) O abalo provocado pela paixão foi tão forte que os discípulos (pelo menos alguns) não acreditaram imediatamente na notícia da ressurreição. Longe de nos apresentar uma comunidade tomada de exaltação mística, os evangelhos apresentam-nos os discípulos abatidos (de «rosto sombrio»: Lc 24, 17) e apavorados (559). Foi por isso que não acreditaram nas santas mulheres, regressadas da sua visita ao túmulo, e ‘as suas narrativas pareceram-lhes um desvario’ (Lc 24,11). (560). Quando Jesus apareceu aos onze, na tarde do dia de Páscoa, ‘censurou-lhes a falta de fé e a teimosia em não quererem acreditar naqueles que O tinham visto ressuscitado’ (Mc 16,14)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 643)

Reflexão

A ressurreição de Jesus: um tipo de vida totalmente novo

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, e durante a Oitava da Páscoa, contemplamos testemunhos do Novo Testamento que não deixam dúvida alguma de que na "ressurreição do Filho do homem" aconteceu algo completamente diferente.
A ressurreição de Jesus consistiu num romper as cadeias para ir até um tipo de vida totalmente novo, a uma vida que já não está sujeita à lei do devir e da morte, antes está mais além; uma vida que inaugurou uma nova dimensão de ser homem. Por isso, a ressurreição de Jesus Cristo não é um acontecimento isolado, que podia passar despercebido e que pertenceria unicamente ao passado, antes é uma espécie de "mutação decisiva", um salto qualitativo.
— Na ressurreição de Jesus atingiu-se uma nova possibilidade de ser homem, uma possibilidade que interessa a todos e que abre um futuro, um novo tipo de futuro para a humanidade: "Cristo ressuscitou dos mortos, como primeiro fruto dos que morreram" (1Co 15,20).

Reflexão

A oração

P. Ramón LOYOLA Paternina LC
(Barcelona, Espanha)

Hoje, também Deus quer que nos aconteça o mesmo que a Maria Madalena. Ela anela a Cristo. É o seu único interesse. O demais não interessa. Aparições, anjos... nada. Procura Cristo e se dá conta de que é Ele quem a procura, quem se esconde na pele de qualquer pessoa (um jardineiro) e se faz o encontradiço.
Também nós O procuramos na oração, nas lágrimas de nossas penas, nos vazios que não podem encher as criaturas. Porém, Ele é o protagonista: Por cada passo que damos para chegar a Ele, Ele dá mil até nós. Invoca desde teu coração e com insistência seu Santo Nome... E logo escutarás com grande alívio o teu saído da sua boca.
—Mestre, Tu sempre estais comigo ainda que eu não esteja contigo: sê Tu meu único tesouro, minha grande alegria, minha verdadeira paixão, meu todo, minha ressurreição, minha nova vida, minha vitória. Espero-te ainda que te escondas o demores.

Recadinho

Você pode dizer sinceramente que Jesus é tudo em sua vida? - Em todos os seus atos você procura sempre agradar a Cristo? - Você está consciente de que Cristo o ama muito, sem considerar as faltas de amor que você cometeu no passado? - Você se considera um verdadeiro apóstolo de Cristo? - Você está preocupado em ser um enviado de Cristo a seus irmãos? - Cite um exemplo de apostolado que você realizou recentemente.
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 22/04/2014

Comentário sobre o Evangelho

Jesus aparece a Madalena e a chama pelo nome: «Maria»


Hoje vemos a Maria Madalena chorando diante do sepulcro onde haviam sepultado o corpo de Jesus crucificado. Mas Ele já não está aí. Maria não entende o que acontece e chora… Jesus aparece e ela não o reconhece até que o Senhor a chama por seu nome: Maria!
—Sabias que Deus te chama por teu nome? Como nossos pais, Deus nos ama a cada um.

Meditando o evangelho

NÃO ME RETENHAS!

A cena comovente do encontro de Maria de Mágdala com Jesus evidencia a mudança de relacionamento entre o discípulo e o Mestre, operada a partir da ressurreição. A nova condição de Jesus exigia um novo tipo de relacionamento.
Maria expressou o carinho que nutria por Jesus nos vários detalhes de seu comportamento. A notícia do desaparecimento do corpo do Senhor deixou-a perplexa. Com isso, perdia um sinal seguro da presença do amigo querido, mesmo reduzido a um cadáver. Sem ele, não teria um lugar preciso ao qual se dirigir quando quisesse prantear a perda irreparável do amigo. Por isso, mesmo que todos tivessem se afastado, ela permaneceu sozinha, à entrada do túmulo, chorando.
Seu diálogo com os anjos ocorreu de maneira espontânea, sem ela se dar conta de estar falando com seres celestes. Só lhe importava saber onde puseram "o meu Senhor". Da mesma forma aconteceu o diálogo com o Ressuscitado. Num primeiro momento, Maria pensou tratar-se de um jardineiro. Demonstrando uma admirável fortaleza de ânimo mostrou-se disposta a ir, sozinha, buscar o cadáver do Mestre para recolocá-lo no sepulcro. Tão logo reconheceu a voz do Mestre, tentou agarrar-se a ele. Ele, porém, exortou-a a mudar de comportamento. Doravante, o sinal de amizade que o Senhor queria dela era que se tornasse missionária da ressurreição. Já se fora o tempo em que podia tocá-lo fisicamente.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, ensina-me a ter um relacionamento conveniente com o Ressuscitado, reconhecendo que ele quer fazer de mim uma testemunha da ressurreição.
Fonte: Dom Total em 03/04/201814/04/2020 06/04/2021

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Maria Madalena
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nesta Terça Feira da Oitava da Páscoa nos encontramos com Maria Madalena, uma mulher apaixonada por Jesus, uma paixão até hoje incompreendida e mal falada por alguns "iluminados", que não conseguem vislumbrar algo além da carne. Jesus é o Grande Amor, não só de Madalena, mas de todos os que Nele creem, e que só podem experimentá-lo a partir do amor que fascina e deslumbra.
Parece que João, Evangelista, neste evangelho apresenta-nos um resumo da Vida de Madalena, tendo como enredo a sua experiência com Jesus. Em Jesus tivera início a Nova Criação, era o primeiro dia da Semana, Madalena VIU a pedra removida do sepulcro, ainda estava escuro, era o início da sua Vida de Fé, ainda não consegue experimentar aquilo que transcende e prevalece a Lógica humana "Tiraram o corpo do meu Senhor", vai dizer aos apóstolos.
Inclinar-se para olhar dentro do sepulcro é atitude de quem está a procura de algo mais, VE dois anjos, "Levaram o meu Senhor!" com a Fé um pouco mais amadurecida ela consegue ver além, entretanto ainda pensa dentro da lógica humana. Depois disso ela se volta e vê Jesus, mas não o reconheceu, de fato, Jesus se deu a conhecer enquanto Palavra a ponto do próprio João chamá-lo de Verbo Encarnado, é a Palavra Poderosa de Deus que irá criar o mundo "FAÇA-SE", quando Jesus a chama pelo nome "Maria", então ela o reconhece, é precisamente a Palavra que nos comunica o dom da Fé, é a Palavra que cria e nos recria, nos renova e restaura.
"Mestre" vai exclamar Madalena. Quem o reconheceu quer experimentá-lo, tocar o outro, achegar-se mais ao outro, abraçar, pegar na mão. Madalena pensa ser esse o modo de experimentar Jesus em sua vida agora iluminada pela Fé.
As comunidades Joaninas dos anos 70 – 80 estavam desejosas de saber melhor quem era Jesus, e desejavam, como Madalena, tocá-lo, vê-lo, enxergá-lo. Retê-lo como um Bem particular, porém, não é mais esse o modo de se fazer a experiência de Jesus em nossa vida e em nossas comunidades.
Em seu estado glorioso, há uma presença real do Senhor, porém mística, que não se alcança com nossos sentidos, como cantamos no "Tão Sublime Sacramento". Madalena representa toda uma comunidade que por aquele tempo, quando tudo parecia ainda obscuro, soube vislumbrar essa nova presença de Jesus junto aos seus. Continuou uma eterna enamorada de Jesus, até o dia em que, na visão Beatífica, pode contemplá-lo plenificando o amor que alimentou nessa vida.
Inspirados por Santa Maria Madalena, que possamos também fazer essa bela experiência, reconhecendo o Senhor a partir da sua Santa Palavra, percebendo-o na vida dos irmãos e irmãs, que conosco caminham na comunidade.

2. POR QUE CHORAS?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)

O pranto de Maria Madalena revela que seu relacionamento com Jesus era pouco consistente. A morte do Mestre significou para ela a perda de uma pessoa querida. Ele soube valorizá-la, ajudando-a a recompor sua existência esfacelada por experiências negativas. Isto bastou para ela nutrir por Jesus um amor cheio de gratidão.
Uma sensação de vazio tomou conta do coração de Maria Madalena, quando veio a faltar-lhe este apoio humano. Diante do amigo morto, só lhe restava debulhar-se em lágrimas.
Maria Madalena, contente com o que Jesus representava para ela, só deu um passo adiante na sua compreensão, quando defrontou-se com o Ressuscitado. A humanidade do amigo querido era apenas um aspecto de sua verdade. Ele era também o Filho enviado pelo Pai, cuja missão, na Terra,  havia sido concluída. Agora, estava de volta para junto de quem o enviara. Ele era o Senhor. Discípulo algum tinha o poder de retê-lo para si, ou de apossar-se dele. O Mestre estaria junto dos seus discípulos, mas sem a limitação de tempo e espaço.
Por conseguinte, Maria Madalena não tinha por que chorar. Ela teria para sempre consigo o Senhor ressuscitado. A ressurreição devolveu-lhe, novamente, a alegria. O Ressuscitado preencheu o vazio que a morte tinha deixado no coração dessa mulher. E o sentimento de perda foi superado por uma forma nova de presença do Mestre, mais interior e consistente.
Oração
Espírito de júbilo, que a alegria proveniente da ressurreição do Cristo me ajude a superar todo pranto causado pela frustração e pelo vazio da vida.
Fonte: NPD Brasil em 02/04/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Maria Madalena foi anunciar: Eu vi o Senhor!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

No sepulcro, Maria Madalena se parece com a sulamita do Cântico dos Cânticos, que dá voltas pelo jardim à procura de seu amado. Maria Madalena está segura do que quer. Ela procura o corpo morto de Jesus, mas não o encontra porque ele está vivo. Ela chora, por isso não o vê quando ele mesmo fala com ela. Ela vê um jardineiro e insiste que o corpo de Jesus foi tirado por alguém. Quando, porém, Jesus a chama pelo nome: “Maria!”, caem as resistências, ela perde a segurança e se joga nos braços do Senhor. Jesus pede-lhe que não o segure, pois ele ainda está lá. Ela deve ir anunciar aos irmãos que ele vai subir “ao Pai e vosso Pai, ao meu Deus e vosso Deus”. Maria vai e diz aos discípulos: “Eu vi o Senhor”.
Fonte: NPD Brasil em 03/04/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Jesus presente de um modo novo...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nós cremos e pregamos que Jesus Ressuscitado vai á frente das nossas comunidades, muitos talvez pensem... "Mas então porque tem vez que as coisas na comunidade não dão certo". Se Jesus nos conduz e está realmente presente nas comunidades, não pode haver problemas e dificuldades a serem enfrentadas. E por último, se ele está presente, nada mais há para ser feito, ele está com as comunidades, vitorioso, deu tudo certo afinal e agora é só curtir a sua presença entre nós...
Nossas comunidades, igualzinho as daquele tempo, têm dificuldades para entender e perceber a presença de Jesus em seu meio, não é a presença do Jesus Histórico, que pode ser visto, tocado, apalpado, mas agora em seu estado glorioso marca a sua presença exatamente nas ações da comunidade, que quanto mais evangelizadora e libertadora, terá uma autenticidade incontestável. Entretanto nesta nova forma de se fazer presente, os sentidos são substituídos pela Fé e por isso, aqueles primeiros momentos da experiência de Maria Madalena mostra-nos na verdade os primeiros tempos da comunidade primitiva e as primeiras profissões de Fé, um pouco tímidas é verdade, na pessoa do Ressuscitado e a sua ação na comunidade.
Primeiro, aquela impressão de que Jesus não está na comunidade "levaram o corpo do meu Senhor e não sei onde o puseram..." Jesus morto está em lugar incerto e não sabido. Deve estar no céu nos esperando, está por aí mas parece não dar atenção aos nossos desafios e lutas na comunidade, parece alguém indiferente, continua morto e ausente.
Um dia percebemos que Jesus está presente, o vimos nos símbolos litúrgicos, nas orações e leituras, nos gestos, mas ainda parece um mito distante, porque não se comunica conosco. Até que um dia, fazemos com ele uma profunda experiência e descobrimos que Jesus tem conosco uma relação pessoal, nos conhece profundamente, nos chama pelo nome, se revela claramente em nossas vidas, então na oração dialogamos com Ele como Maria, que o chamou de Mestre como fazia antes de sua morte, para Maria tudo voltou a ser como antes, tudo se retoma e se inicia, agora de um jeito novo... Essa experiência com Cristo é um processo dinâmico e vital para nós, pois é a Fé nesse Deus Vivo e Caminheiro, que dá sentido a tudo que somos e fazemos, sem passar por esse processo jamais encontraremos respostas que buscamos para o sentido do nosso Viver...
E nesse jeito novo de se perceber a presença de Jesus á luz da nossa Fé, como Madalena somos também enviados, pois o discipulado culmina na missão, e o centro do anúncio é Jesus Cristo, Aquele que nos deu a filiação Divina, subo para meu Pai e Vosso Pai, Meu Deus e Vosso Deus. Eis a grande novidade, renovados em Cristo, remidos por ele, salvos pela sua paixão e morte, nos tornamos novas criaturas.

2. Os anjos perguntaram: Mulher, por que choras? - Jo 20,11-18
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

“Saber chorar com os outros, isto é santidade”, diz o Papa Francisco. São Paulo já dizia: “Chorem com os que choram”. Maria Madalena chorou junto ao sepulcro de Jesus. Quem de nós já não chorou no túmulo de alguém que ama? As lágrimas são um dom, sobretudo quando são de arrependimento. Elas também expressam o amor. Maria Madalena ficou aflita diante do túmulo vazio e seu coração chorou, mas foi consolada, com a consolação de Jesus que a chamou pelo nome. “Por que choras?”, perguntaram os anjos e perguntou Jesus. O sofrimento de Madalena nos ensina que a vida tem sentido quando procuramos compreender e socorrer os outros em suas angústias e aflições, quando aliviamos o peso que muitos carregam a duras penas.
Fonte: NPB Brasil em 14/04/2020

HOMILIA DIÁRIA

O amor não se contenta com um único olhar

Postado por: homilia
abril 2nd, 2013

Maria, em lágrimas, inclina-se e olha para dentro do túmulo. Ela já tinha, todavia, constatado que o túmulo estava vazio e tinha anunciado o desaparecimento do Senhor. Por que se inclina, então, ainda? Por que quer ver de novo? Porque o amor não se contenta com um único olhar. O amor é uma conquista sempre mais ardente. Ela já O procurou, mas em vão. Obstina-se e acaba por descobrir.
No Cântico dos Cânticos, a Igreja dizia do mesmo Esposo: «No meu leito, de noite, procurei aquele que o meu coração ama. Procurei-o, mas não o encontrei. Vou levantar-me e percorrer a cidade; pelas ruas e pelas praças, vistes aquele que o meu coração ama?» (Ct 3, 1-2). Duas vezes ela exprime a sua decepção: «Procurei-o, mas não o encontrei!» Mas o sucesso vem, por fim, coroar o esforço: «Os guardas encontraram-me, aqueles que fazem ronda pela cidade. Vistes aquele que o meu coração ama? Mal os ultrapassei, encontrei aquele que o meu coração ama. » (Ct 3,3-4)
E nós, quando, nos nossos leitos, procuraremos o Amado? Durante os breves repousos desta vida, quando suspiramos na ausência do nosso Redentor. Nós O procuramos na noite, pois, apesar do nosso espírito já estar desperto para Ele, os nossos olhos só veem a Sua sombra. Mas como não encontramos nela o Amado, levantemo-nos! Percorramos a cidade, ou seja, a assembleia dos eleitos. Procuremos de todo o coração. Procuremos nas ruas e nas praças, ou seja, nas passagens escarpadas da vida ou nos caminhos espaçosos. Abramos os olhos, procuremos aí os passos do nosso Amado.
Esse desejo fez Davi dizer: «A minha alma tem sede do Deus da vida. Quando irei ver a face de Deus? Sem descanso, procurai a Sua face» (Sl 42,3).
Lembro a você que “ver o Senhor é ver nosso próprio destino”. Nós fomos criados para a eternidade, na vida em comunhão com Deus. Chore! Grite! Apresente a Jesus sua tristeza e necessidade. Pois Ele lhe responderá chamando o seu nome, como chamou a Maria. E dirá: “Por que choras? Eu estava morto, mas agora vivo para sempre e tenho as chaves de tudo nas mãos. Posso abrir e fechar. Peça o que quiser e Eu lhe darei o que pedir”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 02/04/2013

HOMILIA DIÁRIA

Sejamos testemunhas de que Jesus está vivo no meio de nós!

Nós precisamos testemunhar e anunciar para o mundo que Jesus está vivo, que Ele não está morto, que a nossa vida tem sentido. Que a nossa vida tem um novo sabor porque Ele está no meio de nós!

”Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: ‘Eu vi o Senhor!’, e contou o que Jesus lhe tinha dito.” (João 20, 18)

Ah, Madalena, discípula de Jesus, mulher abençoada, iluminada pelo alto para ser testemunha da verdade fundamental da nossa fé! Ela se encontrou com Jesus Ressuscitado, ela imaginou que Ele fosse um jardineiro, quando ela estava ali, chorando, desamparada, tudo o que ela queria era se encontrar com o Senhor, ainda que fosse com o Seu Corpo morto. Porque Jesus de Nazaré tinha dado sentido à sua vida, tinha mudado para sempre a vida dela.
Quando nós nos encontramos com Jesus em alguma ocasião, em alguma situação da nossa vida, e nós permitimos que Ele ilumine a nossa vida e conduza os nossos passos, Cristo transforma a nossa vida.
Existem muitas histórias a respeito de Maria Madalena, alguns acham que ela era é uma prostituta, outros que era uma grande pecadora, uma endemoniada, a verdade eu não sei. A verdade era que Maria Madalena, Maria de Mágdala, tinha uma vida que não era em Deus, ela tinha uma vida escravizada pelo pecado, mas não sei e não importa qual era o pecado que oprimia essa mulher. O que importa é que, no dia que ela se encontrou com Jesus, Ele deu sentido à vida dela, sua vida foi iluminada e transformada para sempre; por isso, ela se apaixonou por Jesus e pelo Evangelho de Jesus e e se tornou para sempre seguidora do Senhor, porque Jesus passou a ser a razão da sua vida e a alegria da sua existência.
Ela não se conformava pelo fato de o Corpo de Jesus ter desaparecido, mas quando ela se encontra com Jesus, quando ela vê Jesus a chamando pelo nome, dizendo: “Maria”, ela logo reconhece o seu ”Raboni”, o seu Mestre. Ah, uma alegria sem fim tomou conta de Maria, ela queria abraçar o Senhor para nunca mais largá-Lo, e o Senhor lhe disse: ”Ide anunciar que eu estou vivo!”. E assim foi fazer Maria, ela foi testemunhar: ”Eu vi o Senhor!”
O testemunho dela move até hoje a nossa fé porque ela viu o Ressuscitado. O mesmo Jesus, que se manifestou a Madalena, se manifesta também em nossa vida, para nós que colocamos n’Ele a nossa confiança e a nossa esperança. Nós também nos encontramos com o Senhor e nós precisamos ir testemunhar, nós precisamos anunciar para o mundo que Jesus está vivo, que Ele não está morto, que a nossa vida tem sentido! Que a nossa vida tem um novo sabor porque Ele está no meio de nós!
Sejamos todos nós testemunhas vivas de que Jesus está vivo e é o Senhor!
Uma feliz Páscoa para você!

HOMILIA DIÁRIA

Jesus Cristo ressuscita a nossa vida

Quando nos encontramos com Jesus, Ele ressuscita a nossa vida e se torna o grande amor da nossa existência

“Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: ‘Eu vi o Senhor!’, e contou o que Jesus lhe tinha dito.” (João 20,18)

Maria Madalena era a discípula amada. A vida dela, o que ela viveu, os amores que ela teve na vida, ficaram para trás porque Jesus tornou-se o grande amor da sua vida. Por isso, ela foi ao encontro d’Ele, com todo amor do seu coração. Maria é a discípula que não deixou o medo falar mais alto do que o seu amor e a sua fé.
Temos, muitas vezes, amor por Jesus e não é pouco. Entretanto, o nosso amor se mistura com os nossos medos, com as nossas confusões, inquietações, preocupações e frustrações. Maria Madalena teve tudo isso, mas o sentimento que norteou o seu coração foi o amor profundo ao Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Alguns, por não conhecerem o amor de Deus da sua forma mais sublime, querem até confundir esse amor de Madalena, querem colocar no coração dela sentimentos que ela não teve. Os sentimentos de Madalena foram os sentimentos de uma mulher que apaixonou-se pelo Evangelho e teve a vida transformada por Ele. Madalena foi uma testemunha digna, fiel e amada; ela teve olhos e coração para ouvir o Ressuscitado falar ao seu coração, por isso ela foi testemunha.
Testemunha é quem vê e experimenta e, Maria Madalena, experimentou o Ressuscitado, ainda quando não tinha morrido, e depois, Ele se manifestou a ela e plenificou tudo aquilo que ela havia experimentado na sua vida.
Permitamos nos encontrar, de fato, com Jesus, permitamos que Ele ressuscite a nossa vida, ressuscite e inflame o nosso coração para que, também, sejamos apaixonados por Ele, para que possamos proclamar que Jesus está vivo.
Maria viu, acreditou e foi contar, testemunhar que Jesus estava vivo. Não anunciamos que Jesus está vivo, paramos nas decepções, nas dificuldades, nas coisas que estão negativas porque, muitas vezes, a nossa experiência com o Ressuscitado não é uma experiência que transforma o nosso coração e os nossos afetos.
Quando nos encontramos com Jesus, Ele ressuscita a nossa vida e se torna o grande amor da nossa existência.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 03/04/2018

HOMILIA DIÁRIA

Jesus é a nossa razão de viver

“Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo.” (João 20,11)

Maria é a mulher que chora, Maria Madalena são todas as mulheres, são todos os homens que choram, porque estão em busca da razão e da alegria de viver.
Para Maria Madalena, a alegria da sua vida, a razão da sua vida se chamava Jesus. Desde que ela se encontrou com Jesus, Ele se tornou a alegria e a razão da sua vida, que foi transformada, e ela nunca mais foi a mesma mulher.
Quando Maria encontrou Jesus, toda a sua vida velha, tudo o que tinha acontecido com aquela mulher, foi transformado pelo amor misericordioso de Jesus. Por isso, quando mataram o Senhor, seu coração também foi arrasado, tomado pela tristeza, porque ela não tinha outra razão para viver a não ser Ele, por isso ela chorava e o seu coração estava amargurado e soltando lágrimas.
Por que você chora? O que tira a alegria da sua vida? Qual é a sua razão de viver? Onde você está colocando o sentido da sua existência? Se é em Jesus, em Deus, não chore. Foi isso que o anjo disse a Maria: “Mulher, por que choras?”.
E lhe pergunto: “Por que choras?” “Por que seu coração solta lágrimas?” “Por que, muitas vezes, até lágrimas de sangue estão correndo dentro de você?”.

É Jesus quem nos consola, alegra-nos e dá-nos a razão de viver

Encontre-se com o Ressuscitado em meio às trevas e à escuridão que, muitas vezes, estão envolvendo a humanidade, a sociedade, o nosso coração e a nossa vida. Recolha-se, vá para o túmulo como foi Maria Madalena para buscar o Senhor, para encontrar o Senhor que lhe haviam roubado e matado. Ela O buscava onde Ele foi colocado.
Busque Jesus onde Ele se encontra, busque Jesus no túmulo do seu coração, busque Jesus no túmulo do seu cantinho. Encontre-se com Jesus, permita que Ele enxugue as suas lágrimas, tire toda a tristeza do seu coração e console o seu choro.
Todos nós passamos por decepções, situações amargas e complicadas da vida, em que perdemos até o alento de viver. É Jesus, entretanto, quem nos consola, alegra-nos e dá-nos a razão de viver. É Jesus quem transforma a nossa vida, como transformou o coração de Maria Madalena. Ela se encontrou com o Ressuscitado e suas lágrimas se transformaram em fé, esperança e anúncio, porque ela foi anunciar aos discípulos: “Eu encontrei o Senhor”, e contou tudo o que Ele fez no seu coração.
Por que não estamos contando tudo o que Jesus fez e faz em nossa vida? É porque ficamos no túmulo vazio sem nos encontrarmos com Ele, com a alma e o coração vazios, ou porque estamos presos à morte e não à vida.
Anunciemos que Jesus está vivo e que Ele é a nossa razão de viver.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 14/04/2020

HOMILIA DIÁRIA

Deus toma conta dos sentimentos do nosso coração

“Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: ‘Eu vi o Senhor!’, e contou o que Jesus lhe tinha dito.” (João 20,18)

Quando olhamos o Evangelho de hoje, vemos Maria Madalena do lado de fora do túmulo chorando, e do seu choro ela se inclina para dentro do templo.
O choro de Maria é o nosso choro, é o choro de tantas mulheres, de tantas mães, é o choro da humanidade que chora suas dores, suas perdas, suas frustrações, seus medos e suas angústias; e nós não podemos ter medo de chorar. O choro vem para fora para expressar aquilo que nos faz sofrer.
Quem de nós não sofre? Uns sofrem mais, outros sofrem com uma intensidade tão intensa, que a alma mergulha numa angústia profunda.
Deus, no Seu Filho Jesus vivo e ressuscitado, vem consolar todas as lágrimas dos nossos olhos. Ele vem consolar todas as nossas noites de choro. Temos muitas coisas que nos fazem chorar, mas temos o mais sublime consolo, o consolo que vem do coração de Deus, o consolo que nos diz que nenhuma dor tem a palavra final, nenhuma angústia determina ou aprisiona a nossa vida.

Precisamos abrir o nosso coração para que sejamos iluminados pela presença de Cristo

O que dá sentido a nossa vida é a luz de Deus, e essa luz é viva, essa luz tem nome, essa luz é Jesus, o Cristo vivo e ressuscitado que está no meio de nós. Precisamos abrir o nosso coração, a nossa mente e os nossos sentimentos para que estes sejam iluminados pela presença de Cristo.
É verdade que no meio do choro dessas mulheres, entre elas, sobretudo Maria, os anjos vêm consolar, vêm perguntar por que ela chora, assim como os anjos vêm nos consolar e perguntar por que nós choramos.
Tem hora que o choro, que a dor é maior até do que a nossa fé, e não enxergamos nem quem está ao nosso lado, não enxergamos nem a dimensão mais profunda da nossa existência.
Maria chorava tanto, que não percebeu Jesus ao lado dela. Maria angustiava-se tanto, que não foi capaz de reconhecer que Jesus falava com ela.
Deixemos Deus enxugar as nossas lágrimas, deixemos Deus tomar conta dos sentimentos do nosso coração. Deixemos Deus tomar conta daquilo que nos faz chorar para podermos reconhecer que Ele está no meio de nós, que Ele vive, que Ele é o Senhor e cuida de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo

Oração Final
Pai Santo, dá-nos discernimento para perceber e amar a tua Presença no Universo, obra de tua criação, e nos irmãos que nos deste como companheiros de jornada nesta terra. E ensina-nos a gratidão, especialmente pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/04/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a Ressurreição de Jesus de Nazaré nos dê coragem para enfrentar, como Ele, os obstáculos oferecidos pela vida. As dores, a solidão, a traição de amigos e até a morte sejam para nós motivo para testemunhar nossa fé nas promessas do teu Amor eterno. Pelo mesmo Cristo Jesus, que contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos um novo olhar – puro e simples, como o das crianças – que seja capaz de ver além das aparências a tua Presença Paternal neste Universo encantado que crias constantemente, e nos homens e mulheres que nos dás como irmãos peregrinos. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/04/2020

ORAÇÃO FINAL
Pai, que és Bom e cheio de Misericórdia, nós rogamos que a Ressurreição de Jesus de Nazaré nos dê coragem para enfrentar, unidos a Ele, os obstáculos que encontramos em nosso caminho pela vida. As dores, a solidão, a traição de amigos e até a morte sejam para nós motivo para testemunhar a Fé na Promessa do teu Amor Imortal. Pelo mesmo Cristo Jesus, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/04/2021

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