segunda-feira, 22 de abril de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 21/04/2024

ANO B


4º DOMINGO DA PÁSCOA

Ano B - Branco

Domingo do Bom Pastor

DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

“Jesus é o Bom Pastor.”

Jo 10,11-18

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Cristo é o Bom Pastor que cuida de suas ovelhas a ponto de dar sua vida por elas. É o único salvador, apesar de tantas vezes rejeitado por aqueles que ainda não tiveram seu encontro com ele. Ao celebrarmos o dia de Oração pelas Vocações Sacerdotais peçamos que o Divino Pastor nos dê santos e dedicados sacerdotes segundo o seu coração.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Neste domingo, dia do Senhor, a Igreja volta-se para contemplar o Cristo, Bom Pastor, que nos amou, entregando-se na cruz. Aqui estamos para bendizer ao Pai que nos ofereceu, em seu Filho Jesus, o seu coração, cheio de compaixão e de misericórdia para com todos, especialmente para os que se encontram feridos e machucados. Somos convidados a nos unir em prece pelas vocações, suplicando ao Senhor que envie pastores santos e de- dicados ao seu povo.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: O Bom Pastor nos reúne, fazendo de nós um só rebanho. Numa relação de amor, ouvimos sua voz e damos graças sobre o pão e o vinho, sinais da sua vida que nos é dada. Esta participação na Eucaristia nos leva, como bons pastores, a doar livremente, com ele, nossa vida a serviço dos irmãos. Hoje celebramos o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, lembramos que as vocações são dons do amor de Deus e instrumentos através dos quais o Divino Mestre salva seu povo. Peçamos ao Senhor que envie novos operários à sua messe.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Neste domingo, dia do Senhor, a Igreja volta-se para contemplar o Cristo, Bom Pastor, que nos amou, entregando-se na cruz. Aqui estamos para bendizer ao Pai que nos ofereceu, em seu Filho Jesus, o seu coração, cheio de compaixão e de misericórdia para com todos, especialmente para os que se encontram feridos e machucados. Somos convidados a nos unir em prece pelas vocações, suplicando ao Senhor que envie pastores santos e dedicados ao seu povo.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: O quarto domingo da Páscoa é conhecido como o domingo do Bom Pastor. Proteger a vida é a principal atividade do Bom Pastor. Tanto protege que dá a vida e conhece as ovelhas. Proteger a vida é um gesto amoroso de Deus em favor seja da vida em geral, como da vida de cada um, em particular. Jesus se apresenta como o Bom Pastor. Ele é a referência suprema. A intenção principal da nossa celebração atual é pelas vocações sacerdotais e religiosas, pois, como é sabido, hoje celebramos o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Juntos, queremos interceder ao Pai, por Cristo, o Bom Pastor, que desperte entre nós e no mundo inteiro, vocações sacerdotais e religiosas.
Fonte: NPD Brasil em 22/04/2018

O BOM PASTOR DÁ A VIDA POR SUAS OVELHAS

O discurso de Jesus no evangelho de hoje é dominado pela figura do Bom Pastor. Se estrutura, segundo a técnica de São João que nos apresenta, uma antítese: “pastor mercenário”. O mercenário foge na hora do perigo, não tem nenhuma relação de comunhão com as ovelhas, por isso, as abandona à própria sorte, deixando-as por conta própria. O pastor, por sua vez, estabelece uma íntima comunhão com as ovelhas, ou seja, Jesus nesta simbologia do pastor delineia positivamente a figura de estreita comunhão que o liga a nós: Ele conhece. O verbo “conhecer”, no vocabulário bíblico, é expressão viva do diálogo de amor que Jesus estabelece com a humanidade, é uma expressão da morte de Jesus como gesto de amor — doação do verdadeiro pastor por suas ovelhas. Jesus, o Bom Pastor, é íntimo da vida humana, se importa com a nossa vida e isso deve ecoar para todos nós como a certeza de que o Deus cristão jamais é asséptico, ausente, distante da nossa vida. Jamais caminhamos pela vida sozinhos e desamparados. O Bom Pastor nos acompanha e nos defende de todos os “lobos”, isto é, de todos os males. É Ele que nos dá a vida eterna, por isso, no cotidiano da nossa vida devemos buscar o Ressuscitado na luz, não na escuridão das más intenções. É Jesus Ressuscitado que ilumina, orienta e anima nossa vida no dia a dia até a vida eterna.
A figura de Jesus Bom Pastor, tornou-se a imagem mais querida dos primeiros cristãos, conforme nos atesta as catacumbas de Roma, onde Jesus é representado carregando sobre seus ombros a ovelha perdida. Não podemos confundir Jesus com um pastor autoritário, dedicado a exercer controle e vigilância sobre seus discípulos, mas como um pastor que é bom e que, portanto, cuida de suas ovelhas, dando por elas a sua própria vida. Não é possível contemplarmos esta imagem de Jesus como pastor, desvinculando-a do mistério da sua morte e ressurreição. A primeira característica do Bom Pastor é se preocupar: isto significa que ele não as esquece, não as abandona nunca. Está sempre atento, sobretudo às mais fracas e as doentes.
Ao celebrarmos o “domingo do Bom Pastor”, Jesus nos deixa uma mensagem que jamais poderá ser esquecida: devemos nos preocupar com os enfermos, com os fracos, com os marginalizados, com os esquecidos, com os indefesos. Esta lembrança é um grande convite a “conversão” do nosso próprio ego, isto é, sairmos da centralidade do próprio eu e irmos ao encontro do outro, pois o Bom Pastor não parece preocupar-se consigo, mas com os outros. Nós, discípulos do Bom Pastor, precisamos nos curar da tentação da “amnésia espiritual” que nos faz esquecer que o Bom Pastor dá a vida por suas ovelhas e que podemos recorrer a Ele, sobretudo, quando nos sentimos cansados, sem forças, perdidos ou desorientados.
Dom Cícero Alves de França
Bispo Auxiliar de São Paulo

O BOM PASTOR

Hoje, celebramos o ‘Domingo do Bom Pastor’ e o ‘Dia Mundial de Orações’ pelas vocações ao sacerdócio e à vida consagrada. Justamente, por isso, o evangelho apresenta Cristo como o pastor modelo (cf. Jo 10, 11-18). Ao comparar-se a um pastor, Jesus parte da vida cotidiana de seu povo. Os seus ouvintes tinham familiaridade com o mundo rural, sabiam por experiência própria o laço que unia o pastor às suas ovelhas. Este conhecia suas ovelhas, chamava-as inclusive pelo nome. Conhecer, na bíblia, significa comunhão de vida, relação pessoal, ativa, amorosa e recíproca. Jesus mantém com cada ovelha uma relação única, especial, pessoal, conhece os seus sofrimentos, dramas, sonhos e esperanças.
Não somos número nem massa, mas pessoas únicas para Jesus. O qualificativo ‘Bom’ que Jesus acrescenta ao ofício de pastor tem também um sentido especial. ‘Bom’ não é uma simples conotação sentimental, mas a indicação de que Jesus é o verdadeiro pastor, o homem forte, destemido, que luta contra os inimigos para defender seu rebanho. Como o rei Davi corajosamente lutava por suas ovelhas (cf. 1Sm 17, 34-35), muitíssimo mais forte e valente é Jesus que se entrega totalmente por seu rebanho.
O ofício de pastor é próprio de pessoas corajosas e destemidas; covardes e mercenários jamais serão pastores na acepção do termo. O mercenário está com as ovelhas por interesse, não por uma motivação de amor. Por isso, diante do perigo ele foge, não se importando com as ovelhas (cf. Jo 10, 13). O salário do mercenário não é somente dinheiro, pode ser também honrarias, bajulações. São pastores deles mesmos, não das ovelhas; cuidam dos seus interesses e prestígio e não do povo a cujo serviço dizem estar. Rezemos para que o “Senhor da messe” suscite jovens determinados e corajosos a consumir a própria vida no serviço ao Reino de Deus.
Dom José Roberto Fortes Palau
Bispo Auxiliar de São Paulo

Comentário do Evangelho

Jesus o modelo dos pastores

Jesus já havia proclamado: "Eu sou a porta do redil das ovelhas". Agora se identifica com o bom pastor. Com estas proclamações, Jesus afirma-se como o modelo para os que têm a responsabilidade de estar à frente das comunidades. Qualquer imagem é limitada para exprimir a realidade da missão de Jesus, que ultrapassa as nossas comuns experiências de vida. Em contraste à imagem do bom pastor é apresentada a imagem do "assalariado" (misthôtós). Esta imagem, que pode comportar certa ambiguidade, indica a situação de alguém que se coloca a serviço de outrem em troca de um salário, situação esta questionável do ponto de vista socioeconômico e dos direitos humanos. O termo pejorativo "mercenário" se aplica àquele que só se importa com o dinheiro que vai receber; na história é comum a formação de exércitos de mercenários para fazer a guerra, o que acontece, hoje, com os exércitos que estão sendo enviados para fazer a guerra no Oriente. Isto não significa que os assalariados, em geral, sejam mercenários, pois, diante da necessidade da sua sobrevivência, comumente eles se dedicam ao cumprimento dos deveres impostos pelos patrões. Com a imagem do assalariado mercenário é feita uma alusão aos chefes das sinagogas e do Templo de Jerusalém que rejeitam Jesus e oprimem o povo, cuidando apenas do dinheiro que sua função proporciona. Na primeira leitura, Pedro, que havia sido encarcerado, ao ser trazido diante dos membros do Sinédrio, do sumo sacerdote, de anciãos e escribas, destemidamente, acusa-os de terem rejeitado Jesus e de o terem crucificado. Esta imagem do mercenário é, também, uma advertência contra aqueles que, na comunidade, assumem posições de liderança por interesses pessoais, por vaidade, ou por desejo de poder. Na hora das dificuldades são omissos em seus compromissos com a comunidade. A imagem do "bom pastor", na parábola, se aplica àquele que cuida das ovelhas fazendo a vontade do Pai em comunhão de amor. Jesus é o bom pastor. É ele quem comunica a vida plena. Em Jesus habita o Pai, e o amor que o une ao Pai é uma fonte de vida que transborda para todos os homens e mulheres que vivem no mundo. É por este amor que somos filhos de Deus, participantes da vida divina e eterna (segunda leitura). Como bom pastor, Jesus conhece suas ovelhas e elas o conhecem. O conhecer as ovelhas, e ser conhecido por elas, é uma qualidade fundamental do pastor, sendo fruto do convívio e do diálogo, fortalecendo o amor. O conhecer leva à proximidade, à solidariedade, à comunhão. Ao dedicar sua vida a suas ovelhas, o pastor está comunicando vida a elas. E foi esta a missão que Jesus recebeu do Pai: como pastor, dar sua vida divina pelas ovelhas de todos os redis, sem fronteiras, sem eleições particulares e sem limites. João, já no prólogo de seu evangelho, caracteriza esta dimensão universal do dom de Jesus: Jesus é a luz verdadeira que ilumina todo homem, e a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus (Jo 1,9.12). Para Jesus não existe massa humana amorfa. Jesus mantém uma relação pessoal e amorosa com cada um. Chama a cada um pelo nome e a cada um fala ao coração. A relação de conhecimento e amor entre Jesus e suas ovelhas é de mesma natureza que a relação entre Jesus e o Pai. Pelo conhecimento e pelo amor a Jesus e ao nosso próximo, inserimo-nos na vida divina trinitária, em comunhão de vida com o Pai e o Filho, no Amor.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, que eu saiba entregar-me com toda confiança nas mãos de teu Filho - o bom Pastor -, pois só assim estarei seguro de estar trilhando o caminho para ti.
Fonte: Paulinas em 29/04/2012

Comentário do Evangelho

Um Pastor segundo o coração de Deus

Jesus entra na corrente dos profetas que denunciam os falsos pastores e anunciam para Israel um pastor segundo o coração de Deus, compassivo, misericordioso. No século VI a.C., Jeremias denunciava que os falsos pastores, os reis aos quais era atribuído o título de pastor, conduziram o povo para longe do Deus único e verdadeiro; levaram o povo a adorar os ídolos e a abandonar os mandamentos de Deus. A aflição do povo, o desejo de um único e verdadeiro pastor para que as ovelhas não se desgarrassem, fará com que Deus, diante da fraqueza e da infidelidade dos que estavam à frente do povo, prometa conduzir, ele mesmo, a porção de sua herança, qual um pastor. Essa promessa nós a vemos realizada em Jesus, Bom Pastor. Jesus é o Pastor segundo o coração de Deus, Pastor compassivo e misericordioso que conduz e protege as suas ovelhas. Não somente isso, mas Jesus é o Bom Pastor porque entrega livremente a própria vida em favor de suas ovelhas. A cada celebração da Eucaristia recordamos essa palavra do Senhor: “Isto é o meu corpo entregue por vós… isto é o meu sangue derramado por vós”.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu saiba entregar-me com toda confiança nas mãos de teu Filho – o bom Pastor –, pois só assim estarei seguro de estar trilhando o caminho para ti.
Fonte: Paulinas em 12/05/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Eu sou o bom pastor.


No capítulo décimo de São João, Jesus diz: “Eu sou o bom pastor, o bom pastor dá sua vida pelas suas ovelhas”. “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas me conhecem.” Ele mesmo se dá o título de bom pastor, o melhor título para o Cristo ressuscitado. Estamos no centro do Tempo Pascal, professando que o Cristo ressuscitado é o bom pastor. Muitos de nós nunca vimos um pastor e menos ainda um rebanho, mas esta é a ideia que está dentro da figura do pastor: ele é alguém que cuida do seu rebanho com carinho e atenção.
Quando Jesus diz que é pastor, é porque ele cuida dos seus seguidores; quando diz que é bom pastor, é porque cuida bem. Não só cuida bem, mas dá a sua vida por nós. Ele se preocupa também com as pessoas que não fazem parte do seu rebanho e espera que um dia haja um só rebanho e um só pastor.
Os católicos pensariam em uma só Igreja conduzida por um só papa. Um pensamento justo, mas talvez não realista. Jesus desejou a unidade de seus discípulos e disse ao Pai: “Que eles sejam um como tu e eu somos um”. Talvez essa unidade não seja visível no sentido de uma só Igreja e um só bispo presidindo a todos. Até mesmo a afirmação de Jesus, seja como Mestre e Profeta, seja como Deus, pode não ser aceita na variedade das religiões. Quem crê em Jesus como o Messias de Israel e a segunda pessoa da Santíssima Trindade, vê nele o ponto de convergência de todos os que o aceitam. Todos os que têm o nome de cristãos podem se encontrar nele, embora suas expressões religiosas sejam distintas.
Não sendo membros de Igreja comercial, e sim de uma denominação religiosa séria que procura viver o Evangelho e tem Jesus Cristo como bem supremo, todos os cristãos formam uma unidade, porque olham para o mesmo fim. Todos consideram tudo perda diante da excelência do conhecimento de Jesus Cristo, nosso Senhor. Jesus Cristo é o único bom pastor de todos. Este Jesus, Filho de Deus, veio a este mundo por nossa causa.
O seu rebanho são homens e mulheres desta terra. Aqueles que não são cristãos e que não têm Cristo como ponto de referência, conservando suas práticas religiosas, encontram-se com todos os que têm sentimentos humanos, têm sensibilidade em relação às pessoas enquanto seres humanos, porque são todos iguais. O que eu sinto, o outro também sente. É evidente que haverá entre os cristãos quem diga “Sou filho de Abraão” e não mostre os frutos; ou “Sou discípulo de Jesus”, sem nenhuma demonstração visível.
Até as pedras podem se tornar filhas de Abraão. E há quem não é cristão nem é humano. A dor do ser humano não lhe diz nada. Normalmente tais pessoas são resultado de uma ideologia religiosa incapaz de aceitar a existência do diferente, ou de uma ideologia social para a qual as pessoas nascem em camadas fixas. Os que tiverem a convicção de que para se conviver nesta terra é preciso estar humanizado, e que Jesus Cristo veio a este mundo exatamente para humanizar os seres humanos, terão uma grande missão pela frente.
Na profecia de Isaías, com exceção da criança de peito que põe a mão na cova da serpente, a boa convivência existe apenas entre animais irracionais. Isaías não fala, naquela passagem, da boa convivência entre os humanos. Todos os que professam uma religião não deveriam atacar a religião dos outros, e os que não professam religião alguma, junto com os que professam, deveriam dedicar-se com ardor à humanização do mundo.
Cônego Celso Pedro da Silva,

Vivendo a Palavra

O conforto, a paz e a alegria de nos sentirmos carinhosamente amados pelo Pai do Céu deve se revelar no cuidado que devemos dispensar aos irmãos de caminhada. Deus nos faz ricos, mas nós só temos, de verdade, aquilo que oferecemos com generosidade e desapego ao nosso próximo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/04/2012

Vivendo a Palavra

Relembremos os costumes do tempo de Jesus. Ele usa a imagem do pastor e suas ovelhas – era o que havia de mais carinhoso e gentil, uma verdadeira troca de calor entre cuidador e seus cuidados, que os preservava do frio das noites veladas ao relento. Uma imagem bonita para ser seguida por irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/05/2014

VIVENDO A PALAVRA

O cuidado que devemos aos que estão próximos de nós é como aquele que o bom pastor dedica às suas ovelhas: na sua Carta, João nos revela que somos todos filhos muito amados do Pai Misericordioso e, portanto, devemos a cada ser humano o carinho de irmão. Esta era a novidade trazida por Jesus e cabe a nós vivê-la em comunidade!
Fonte: Arquidiocese BH em 22/04/2018

Reflexão

Deus afirmou, através do Profeta Jeremias, que ele daria ao seu povo pastores segundo o seu coração e, mais tarde, pela boca do Profeta Ezequiel, que ele mesmo seria o pastor do seu povo. O Evangelho de hoje nos mostra que Deus está cumprindo a sua promessa, pois o Filho, segunda Pessoa da Santíssima Trindade, é quem afirma: "Eu sou o bom pastor". É o próprio Deus que se coloca a serviço das pessoas com a finalidade de reuni-las num único rebanho. E hoje a Igreja, o Corpo Místico de Cristo, é a continuadora da obra do Pastor, de modo que nela o ser humano é convidado a participar da divina missão do pastoreio.
Fonte: CNBB em 12/05/2014

Reflexão

Pe. José Luiz Gonzaga do Prado

O MODELO DE PASTOR

I. INTRODUÇÃO GERAL

Estamos habituados a repetir a expressão “Bom Pastor”, aludindo sempre ao trecho do evangelho a ser lido hoje. O adjetivo bom é muito pouco para o que Jesus quer dizer. Ele não é apenas um pastor bom, ele é o verdadeiro, o autêntico pastor, o modelo de pastor.
Ezequiel (cap. 34) já falara dos dirigentes do povo como pastores, para os quais só interessavam a carne e a lã das ovelhas, que não cuidavam da fraca e da doente e ainda permitiam que as mais fortes afastassem do cocho as mais fracas com os chifres ou com as ancas. No lugar deles, Deus, o dono das ovelhas, iria ele mesmo ser o pastor.
Jesus se apresenta como verdadeiro pastor em oposição ao assalariado, a quem, naturalmente, o que interessa é garantir o seu salário, as ovelhas que se danem. O autêntico pastor arrisca a vida pelas ovelhas.
Pouco antes ele havia dito que os outros dirigentes do judaísmo só vieram para roubar, sacrificar, destruir, enquanto ele veio para que todos tenham vida e vida plena. O verdadeiro pastor dá a vida para que as ovelhas tenham vida.

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. I leitura (At 4,8-12)

Só a fé na ressurreição de Jesus, na sua vida nova, a certeza de que Deus está do lado dele e aprovou sua morte dão a Pedro, que tremeu diante de uma empregada, a coragem de dizer o que diz agora diretamente aos chefes.
Reúnem-se todas as autoridades judaicas: Anás, Caifás e toda a família de sumos sacerdotes, os anciãos, os grandes proprietários membros do Sinédrio, como também escribas que faziam parte desse conselho. Interrogam Pedro e João para saber com que autoridade, em nome de quem, eles fizeram o paralítico se levantar.
A resposta de Pedro é o texto da primeira leitura de hoje. O mesmo que negara ser discípulo diante de uma funcionária de um desses chefes agora fala abertamente a todos eles. Eles mesmos o reconhecem na continuação do episódio. Onde ele encontrou tamanha força?
“Estamos sendo acusados de fazer o bem”, diz Pedro. Isso mostra que esses chefes preferem que o povo continue sofrendo, contanto que eles não percam a sua autoridade. Não querem que os paralíticos se levantem.
Pedro os acusa diretamente: foram eles mesmos que, como maus pedreiros, descartaram aquela pedra que Deus, o verdadeiro mestre de obras, colocou como pedra principal.
“Pedra angular”, o termo hebraico que se encontra no Salmo 118(117), pode significar tanto a pedra da quina do alicerce, que apoia duas paredes, como a pedra que fecha um arco e lhe dá estabilidade.
O rejeitado pelas autoridades religiosas deste mundo, o que foi descartado por aqueles que se julgavam os donos da situação, tornou-se único caminho de salvação para a humanidade. Outro caminho não há a não ser o que passa pela cruz.

2. II leitura (1Jo 3,1-2)

O autor tinha dito no final do trecho anterior que “todo aquele que pratica a justiça nasceu de Deus”. Agora ele passa a falar da grandeza de sermos filhos de Deus. O prólogo do evangelho já colocava no seu centro (vv. 12-13) o pensamento de que Cristo nos deu o poder de nos tornarmos filhos de Deus.
Só que, na rede de comunidades do Discípulo Amado, algumas estavam dizendo que quem já é filho de Deus nada mais tem a esperar depois da morte, já está glorificado com Cristo. Não separavam o “já” do “ainda não”.
Sim, é um grande dom do amor do Pai, já somos filhos de Deus não só de nome, mas de verdade. É por isso que o mundo não nos entende nem reconhece a nós nem ao Pai.
Mas o que temos como um botão de rosa ainda não desabrochou. Isso só vai acontecer quando o Cristo vier. Só então seremos plenamente semelhantes a ele, porque o estaremos vendo ou sentindo como ele é de verdade.

3. Evangelho (Jo 10,11-18)

O pastor, para um povo de origem nômade, é figura de grande importância. A comparação do pastor na Bíblia foi usada primeiramente para falar dos governantes, quase sempre para criticar a corrupção e o descaso com o povo.
O capítulo 34 de Ezequiel é clássico nesse sentido. Os governantes ou pastores só estavam interessados no que podiam aproveitar das ovelhas, a carne e a lã.
Das ovelhas mesmo não cuidavam, não curavam a ferida, não procuravam a que se perdera, não enfaixavam a que quebrou a perna, não cuidavam de alimentar as fracas e magras e ainda permitiam que as mais fortes afastassem as mais fracas do cocho, impedindo que elas se alimentassem. Ao final, o próprio Deus será o verdadeiro pastor, ele que é o dono das ovelhas.
O capítulo 10 do Evangelho de João está ainda no contexto da cura do cego de nascença e do conflito a propósito disso entre Jesus e os chefes judeus. O cego de nascença representa bem quem nasceu naquele sistema que um grupo de fariseus, na época em que o evangelho foi escrito, estava impondo a todos. Eles eram os guias, e o restante do povo era cego e devia continuar como cego. Jesus, porém, abre-lhe os olhos.
Jesus havia dito um pouco antes: “Aqueles que vieram antes de mim vieram para roubar, sacrificar, destruir; eu vim para que todos tenham a vida e vida plena”. Aí está o grande contraste entre os falsos e o verdadeiro pastor.
A conhecidíssima expressão “Bom Pastor” pode prestar-se à confusão, pode levar a pensar em Jesus somente como um Pastor bom. É muito mais: o adjetivo grego utilizado pelo evangelista, kalós, não significa bom, e sim correto, legítimo, verdadeiro, autêntico. Com esse sentido, ele aparece em várias palavras do nosso vocabulário, como em “caligrafia”, escrita correta, dentro dos padrões, elegante, e em “califasia”, pronúncia correta, elegante.
Jesus é o autêntico Pastor, modelo dos pastores. No evangelho, ele é posto em contraste com o assalariado ou mercenário, aquele que só pensa em receber seu salário. Os que vieram antes de Jesus (depois, não se sabe) só vieram para cuidar dos próprios interesses “roubar, sacrificar, destruir”. Intencionalmente, o evangelista usa o verbo “sacrificar” e não “matar”, como muitas vezes se traduz, para lembrar justamente o sacrifício das ovelhas no Templo.
O Verdadeiro Pastor faz o contrário: sacrifica a própria vida para que as ovelhas tenham vida. O mercenário, o assalariado, o mero funcionário, não é o lobo que ataca e dispersa as ovelhas, mas tem medo dele; está ali, ele pensa, para cuidar de si e não das ovelhas; ele não é capaz de se arriscar, de se sacrificar, mas foge, e o lobo fica livre para agir.
O Verdadeiro Pastor conhece as ovelhas e é conhecido por elas. Não apenas conhece cada uma pelo nome, como já foi dito no início do capítulo, mas tem íntima relação com o conjunto das ovelhas. Elas têm experiência do seu amor, que o levou a dar a vida por elas e a comunicar-lhes o espírito desse amor. Sua intimidade é grande, à semelhança da intimidade entre Jesus e o Pai.
Jesus diz ter outras ovelhas que não são “deste aprisco”, costuma-se traduzir. O evangelho utiliza aqui a mesma palavra (aule) empregada para falar do átrio ou recinto do sumo sacerdote. O átrio, o recinto, a área, o espaço, o “aprisco” do sumo sacerdote é o ambiente da religião judaica, de onde vieram os primeiros discípulos. Mas Jesus tem outros, de fora, das nações; ele é o “Salvador do mundo”, já disseram os samaritanos (Jo 4,42).
Todos hão de seguir a voz do Pastor, e único será o rebanho, como único é o pastor. As dificuldades porventura existentes devem ser superadas. Isso vai acontecer na “hora” de Jesus, quando sua mãe, representando as ovelhas deste aprisco, e o Discípulo, representando as que “não são”, vão se acolher como mãe e filho.
O Pai ama Jesus porque ele dá a vida para que tenha vida novamente; ele o faz livremente, ninguém lhe tira a vida. Amor sob coação não é amor. O Pai o ama porque ele nos ama. Era isso o que o Pai queria. O mandamento do Pai era que Jesus amasse até o fim. O mandamento de Jesus é que nós façamos o mesmo.

III. DICAS PARA REFLEXÃO

– Pedro, que tremeu diante de uma empregada, agora, na segurança de que Jesus está vivo e está com ele, tem toda a tranquilidade para falar claro e acusar os próprios patrões daquela empregada. Isso é testemunhar a ressurreição do Senhor.
– Aquela pedra, que os que se consideravam construtores do mundo descartaram, foi escolhida por Deus para ser a pedra principal, seja do alicerce, seja do acabamento. Acreditamos nisso?
– Jesus não é um pastor bonzinho. É o único e autêntico capaz de livremente entregar a sua vida pelas ovelhas. Não há como fugir disso aí.
– Os falsos pastores só pensam no seu interesse. Em vez de se sacrificarem pelo povo, tendem a sacrificar o povo em seu proveito próprio.
– A eucaristia celebra sempre o sacrifício do Verdadeiro Pastor em prol das ovelhas, para que tenham vida e vida plena. Ele se dá em pedaços e deixa beber o seu sangue para chegarmos à comunhão, à plenitude de vida, assim na terra como no céu.
Fonte: Paulus em 29/04/2012

Reflexão

No evangelho deste domingo, Jesus se apresenta como o bom pastor. Ora, se há o bom pastor, é sinal de que pode haver também o mau pastor. Quem é o bom e quem é mau pastor? Jesus se diz bom pastor, porque conhece seu povo e o povo o conhece. Conhecer, em sentido bíblico, é ter consciência que cria comunhão de vida, relação pessoal de amor e amizade. Conhecer de verdade as pessoas implica disposição a pagar o preço de se colocar ao lado delas. Jesus é o bom pastor, porque dá a vida para que as pessoas a tenham em plenitude. Toda a prática de Jesus foi a favor da vida do mais necessitado. Quem ama de verdade é capaz de se doar pela vida do amado e não foge diante do perigo. Jesus é o bom pastor, porque se preocupa com todos e não apenas com um pequeno grupo. Jesus não é exclusividade de um único povo. Sua proposta de vida é para todas as pessoas e para todos os povos. Infelizmente existem também maus pastores. São os mercenários que se preocupam consigo mesmos; não têm interesse pela vida do povo. O mercenário instrumentaliza as pessoas para seu próprio fim, porque só vê e valoriza as pessoas enquanto lhe são “úteis”.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 22/04/2018

Reflexão

No Evangelho deste domingo, Jesus se apresenta como o bom pastor. Ora, se há o bom pastor, é sinal de que pode haver também o mau pastor. Quem é o bom e quem é o mau pastor? Jesus se diz bom pastor, porque conhece seu povo e o povo o conhece. Conhecer, em sentido bíblico, é ter consciência que cria comunhão de vida, relação pessoal de amor e amizade. Conhecer de verdade as pessoas implica disposição a pagar o preço de se colocar ao lado delas. Jesus é o bom pastor, porque dá a vida para que as pessoas a tenham em plenitude. Toda a prática de Jesus foi a favor da vida do mais necessitado. Quem ama de verdade é capaz de se doar pela vida do amado e não foge diante do perigo. Jesus é o bom pastor, porque se preocupa com todos, e não apenas com um pequeno grupo. Jesus não é exclusividade de um único povo. Sua proposta de vida é para todas as pessoas e para todos os povos. Infelizmente, existem também maus pastores. São os mercenários que se preocupam consigo mesmos; não têm interesse pela vida do povo. O mercenário instrumentaliza as pessoas para seu próprio fim, porque só vê e valoriza as pessoas enquanto lhe são “úteis”.
(Dia a dia com o Evangelho 2024

Reflexão

«Eu sou o bom pastor»

Mons. José Ángel SAIZ Meneses, Arcebispo de Sevilha
(Sevilla, Espanha)

Hoje celebramos do domingo do Bom Pastor. Em primeiro lugar, a atitude das ovelhas deve ser a de escutar a voz do pastor e segui-lo. Escutar com atenção, ser dóceis à sua palavra, segui-lo com uma decisão que compromete a toda a existência: o entendimento, o coração, todas as forças e toda a ação, seguindo seus passos.
Por outro lado, Jesus, o Bom Pastor, conhece a suas ovelhas e lhes dá a vida eterna, de tal maneira que não se perderão nunca e, além disso, ninguém vai tirá-las de suas mãos. Cristo é o verdadeiro Bom Pastor que deu sua vida pelas ovelhas (cf. Jn 10,11), por nós, imolando-se na cruz. Ele conhece suas ovelhas e suas ovelhas o conhecem a Ele, como o Pai o conhece e Ele conhece o Pai. Não se trata de um conhecimento superficial e externo, nem tão somente de um conhecimento intelectual; trata-se de uma relação pessoal profunda, um conhecimento integral, do coração, que acaba transformando-se em amizade, porque esta é a consequência lógica da relação de quem ama e de quem é amado; de quem sabe que pode confiar plenamente.
É Deus Pai quem confiou o cuidado de suas ovelhas. Tudo é fruto do amor de Deus Pai entregado a seu Filho Jesus Cristo. Jesus cumpre a missão que seu pai lhe encomendou, que é a cura de suas ovelhas, com uma fidelidade que não permitirá que ninguém as arrebate de sua mão, com um amor que o leva a dar a vida por elas, em comunhão com o Padre porque «Eu e o Pai somos um» (Jn 10,30).
Eis aqui exatamente onde radica a fonte de nossa esperança: em Cristo Bom Pastor a quem queremos seguir e a voz de quem escutamos porque sabemos que só nEle se encontra a vida eterna. Aqui encontramos a força ante as dificuldades da vida, nós, que somos um rebanho débil e que estamos submetidos a diversas tribulações.
Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Cristo Jesus é o nosso sumo sacerdote, e o seu precioso corpo, que imolou no altar da cruz pela salvação de todos os homens, é o nosso sacrifício: Cristo Jesus, nosso salvador» (São João Fisher)

- «Eu sou o bom pastor —diz Jesus— e conheço as minhas e as minhas conhecem-me. Como é maravilhoso este saber!: “Eu conheço... e elas conheçem”» (São João Paulo II)

- «Este sacrifício de Cristo é único, leva à perfeição e ultrapassa todos os sacrifícios. Antes de mais, é um dom do próprio Deus Pai: é o Pai que entrega o seu Filho para nos reconciliar consigo. Ao mesmo tempo, é oblação do Filho de Deus feito homem, que livremente e por amor oferece a sua vida (…) para reparar a nossa desobediência» (Catecismo da Igreja Católica, n. 614)

Reflexão

«Eu sou o bom pastor»

Rev. D. Josep VALL i Mundó
(Barcelona, Espanha)

Hoje, Jesus nos diz: «Eu sou o bom pastor» (Jo 10,11). Comentando Santo Tomás de Aquino esta afirmação, escreve que «é evidente que o título de “pastor” lhe convém a Cristo, já que da mesma maneira um pastor conduz o rebanho à pastagem, assim também Cristo restaura os fiéis com um alimento espiritual: seu próprio corpo e seu próprio sangue». Tudo começou na Encarnação, e Jesus o cumpriu ao longo de sua vida, levando-o ao fim com sua morte redentora e sua ressurreição. Depois de ter ressuscitado, confiou este pastoreio a Pedro, aos Apóstolos e à Igreja até o fim dos tempos.
Através dos pastores, Cristo dá sua Palavra, reparte sua graça nos sacramentos e conduz o rebanho para o Reino: Ele mesmo se entrega como alimento no sacramento da Eucaristia, e comunica a Palavra de Deus e o seu Magistério, e guia com solicitude o seu Povo. Jesus tem procurado para sua Igreja pastores segundo seu coração, quer dizer, homens que, impessoalizando-o pelo Sacramento da Ordem, doem sua vida pelas ovelhas, com caridade pastoral, –com humilde espírito de serviço, com clemência, paciência e fortaleza. Santo Agostinho falava frequentemente desta exigente responsabilidade do pastor: «Esta honra de ser pastor me tem preocupado (...), mas lá onde me aterra o fato de que sou para vocês, me consola o fato de que estou entre vocês (...). Sou bispo para vocês, sou cristão com vocês».
E cada um de nós, cristãos, trabalhamos apoiando os pastores, rezamos por eles, amamos-lhes e obedecemos-lhes. Também somos pastores para os irmãos, enriquecendo-os com a graça e a doutrina que temos recebido, compartindo preocupações e alegrias, ajudando todo o mundo com o coração. Interessamo-nos por todos aqueles que nos rodeiam no mundo familiar, social e profissional até dar a vida por todos com o mesmo espírito de Cristo, que veio ao mundo «Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos» (Mt, 20,28).

Reflexão

João 10: antecedentes e cumprimento da imagem do "bom pastor"

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, a imagem do "pastor" introduz a missão de Jesus. Já no antigo Oriente, se considerava o rei como o "pastor" estabelecido por Deus. No Antigo Testamento, o próprio Deus aparece como o pastor de Israel (cf. Sal 23: "O Senhor é meu pastor"). A imagem de "Deus pastor" é mais desenvolvida nos capítulos 34-37 de Ezequiel: promete-se que o próprio Deus procurará as suas ovelhas e cuidará delas.
As profecias vetero-testamentárias mais tardias dão uma nova volta, apontando diretamente para o mistério de Cristo. Mateus narra que Jesus, depois da Última Ceia, predisse aos seus discípulos o que estava anunciado em Zacarias 13,7: «Ferirei o pastor e espalharei as ovelhas». Os últimos profetas de Israel vislumbram, sem poder explicá-la melhor, a figura do Redentor que sofre e morre, o pastor que se converte em cordeiro.
—João termina o relato da crucifixão com uma referência a Zacarias 12,10: «Olharão para o que trespassaram». Agora já está claro: o assassinado e o salvador é Jesus Cristo, o Crucificado.

Recadinho

Jesus faz um paralelo entre um pastor e um empregado. Um age em busca em primeiro lugar de seu salário. O outro age como dono das ovelhas. Qual a diferença entre o modo de agir deles? - O que acontece quando não se trabalha por amor? - O que devemos fazer pelas ovelhas que não pertencem ao rebanho de Cristo? - Você ajuda na evangelização? Como? - Qual a atividade de Igreja que mais lhe agrada?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 12/05/2014

Comentário sobre o Evangelho

Parábolas de Jesus: o bom pastor


Hoje ouvimos a "parábola do bom pastor". Para explicar o amor de Deus, Jesus usa parábolas: são pequenas narrações que, com imagens tiradas da vida humana (o pastor, o médico, o agricultor ...), nos dizem como é Deus.
- Um pastor é bom se, quando o lobo chega, ele não foge: ele confronta o lobo e defende suas ovelhas. O bom pastor está disposto a dar a vida pelas ovelhas. Isto é o que Jesus Cristo fez dando sua vida na cruz!

Comentário do Evangelho

A QUEM SEGUIR?

Os discípulos devem estar alertas. De todos os lados, surgem pressões, visando afastá-los do projeto de Jesus. Quem não está atento, corre o risco de ser enganado. O pastor das ovelhas age de maneira muito diferente dos salteadores e ladrões. Cada um é reconhecido por seu modo de proceder.
O pastor tem com as ovelhas um relacionamento feito de confiança e amizade. A intimidade permite que se conheçam mutuamente. As ovelhas conhecem-no pela voz. Ele as chama pelo nome. Cada ovelha tem um valor particular. Elas são levadas para pastar, sob a atenta vigilância do pastor, que lhes dá segurança e as defende.
Esta é a imagem do relacionamento de Jesus com seus discípulos.
Contrariamente ao pastor, agem os estranhos que não nutrem um autêntico interesse pelas ovelhas. Atuando com engodo, podem colocá-las em perigo. Sua única preocupação consiste em tirar proveito de sua ingenuidade, abandonando-as quando não se prestam às suas perversas intenções. A atitude natural das ovelhas é fugir, quando se aproxima um estranho, cuja voz não conhecem. Elas sabem que estão correndo perigo. Contudo, são suficientemente espertas para não se deixarem levar por quem é ladrão e salteador.
O discípulo de Jesus não se deixa enganar. Ele sabe distinguir muito bem entre o pastor e os ladrões e salteadores. Por isso, não hesita em fugir, quando estes se aproximam.
Oração
Espírito de sagacidade, que eu não seja enganado por aqueles que querem me afastar do projeto de Jesus. Antes, ensina-me a reconhecê-los e a fugir deles.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir, apesar de sua fraqueza, a fortaleza do Pastor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 12/05/2014

Meditando o evangelho

O BOM PASTOR

A atitude mais dignificante de um pastor consiste em estar disposto a dar a sua vida em defesa do rebanho. Esquecendo-se de si mesmo, luta para garantir a sobrevivência de suas ovelhas, embora venha a morrer. Não existe forma melhor de comprovar a condição de guia do rebanho! Só quem age assim merece o título de pastor.
No trato com seus discípulos, Jesus inspirava-se neste modelo de pastor. Conhecia os que havia chamado para estar com ele e partilhar a sua missão e o seu destino. Colocava-se no meio deles como amigo e servidor, interessado em que tivessem vida abundante – a vida eterna, oferecida pelo Pai. Cuidava para que a ação perversa dos adversários – certas alas radicais do farisaísmo, as autoridades religiosas e políticas etc. – não viesse a prejudicá-los. Defendia-os dos ataques dos inimigos, calando a boca de acusava falsamente seus discípulos. Colocava-se a serviço deles, desejoso de que fizessem uma verdadeira experiência de Deus, reconhecido como Pai misericordioso. Lutava para congregar quem vivia disperso, vagando por caminhos impróprios, por ser mal-orientados.
Toda esta ação de Jesus resultava do cumprimento da ordem que recebera de seu Pai: ser Mestre para guiar a humanidade para ao reencontro com Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que eu saiba entregar-me com toda confiança nas mãos de teu Filho – o bom Pastor –, pois só assim estarei seguro de estar trilhando o caminho para ti.
Fonte: Dom Total em 22/04/2018

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. O BOM PASTOR
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)

Jesus já se autoproclamara a porta do redil das ovelhas, pela qual entra o pastor. Agora se declara como o bom pastor. É ele quem conduz para a vida plena. A imagem do pastor e das ovelhas é comum nos textos dos profetas no Primeiro Testamento, sendo o povo de Israel as ovelhas de Javé.
O mercenário, alusão aos fariseus e chefes religiosos de Jerusalém que rejeitaram Jesus (cf. primeira leitura), não se importa com as ovelhas. O que lhe importa é o dinheiro que o beneficia em S. Filipe e S. Tiago, Apóstolos sua função de pastor.
Jesus é o bom pastor que dá a vida por suas ovelhas. Toda sua vida foi dom e comunicação do amor que vivifica. Neste dom não há temor nem fuga diante da morte. Em Jesus habita o Pai, e o amor que o une ao Pai é uma fonte de vida que transborda para todos, homens e mulheres que vivem no mundo. Como bom pastor, ele conhece suas ovelhas e elas o conhecem. O conhecimento é fruto do convívio e do diálogo, e gera o amor.
Para Jesus não existe massa humana amorfa. Ele mantém uma relação pessoal e amorosa com cada um. Chama cada um pelo nome e para cada um fala ao coração. A relação de conhecimento e amor entre Jesus e suas ovelhas é da mesma natureza que a relação entre Jesus e o Pai. Pelo conhecimento e pelo amor a Jesus nos inserimos na vida divina trinitária com o dinamismo da união entre o Pai e o Filho, no Amor. As relações de conhecimento e amor de Jesus não se restringem a um único rebanho, a um único grupo de eleitos. O dom da vida de Jesus tem um alcance universal.
João, já no prólogo de seu Evangelho, caracteriza a dimensão universal deste dom: Jesus é a luz verdadeira que ilumina todo ser humano, e a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus (Jo 1,9.12). O vínculo de unidade em torno de Jesus é amor que liberta, promove a justiça e gera a vida, e não é restrito a nenhuma profissão de fé particular.
Deus é a plenitude do amor e da vida. A vida de Jesus está, por sua natureza divina, toda perdida e reencontrada nesta plenitude. Presente entre nós, ele quer que sejamos mergulhados em sua vida divina. Entregando nossa vida a Jesus, em comunhão de conhecimento e amor, fazendo a vontade do Pai, nos tornamos filhos de Deus (segunda leitura) e participamos da vida eterna.
Fonte: NPD Brasil em 29/04/2012

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Dou a Vida pelas Ovelhas...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Confesso que ás vezes como católico, sinto uma “pontinha” de ciúmes dos dirigentes das Igrejas Históricas, que são denominados de “Pastores”, que a meu ver é um título mais profundo e sublime do que “Padre”, que por sua vez significa “Pai”.Entretanto, ambos estão corretos e de acordo com o evangelho, pois a palavra “Padre”, embora signifique “Pai” é compreendida no sentido de ser aquele que cuida, toma conta, zela, dirige, mantém, e não aquele que “gera”, embora ainda haja o argumento de que, no batismo a igreja filhos e filhas de Deus, entretanto, o Batismo é realizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, portanto, a palavra pastorear é uma ação mais humana e esta é, a meu ver, uma das mais belas alegorias aplicadas a Jesus, pelo evangelista.
No antigo Testamento, a maioria dos pastores não eram donos do rebanho, mas trabalhavam para alguém que era o verdadeiro proprietário. Em Ezequiel 34, Deus censura os maus pastores e garante que ele mesmo irá cuidar do seu rebanho “Eu mesmo apascentarei o meu rebanho, eu mesmo lhe darei repouso, buscarei a ovelha que estiver perdida, curarei a ferida, reconduzirei a que estiver desgarrada”
Em Jesus Cristo essa profecia se cumpre, e quando ele se apresenta como o Bom Pastor, está dizendo a todos aqueles a quem confiou as ovelhas : “Vejam, é assim que eu quero que tratem as minhas ovelhas”. Portanto, nenhum dirigente de uma Igreja Cristã, poderá ter dúvidas sobre como tratar as ovelhas, a consciência de que elas não são suas, não fazem parte de sua propriedade, deve estar sempre presente na missão de um verdadeiro pastor. As ovelhas pertencem a Deus, devem ser conduzidas até sua casa, e cabe ao pastor apenas mostrar o caminho.
Há neste evangelho um versículo que ensina de modo muito claro como age o verdadeiro pastor, e aqui a reflexão se torna mais ampla, porque o recado não é direcionado apenas aos dirigentes, mas a qualquer cristão que tenha na comunidade alguma responsabilidade pastoral. Na nossa compreensão do dia a dia, alguém que é BOM, é aquela pessoa quietinha, que não tem boca pra nada, que não reclama, não critica, só faz o bem, é muito boazinha. Mas o conceito de BOM, nesse evangelho, sendo aplicado a Pastor, quer antes de tudo nos mostrar que Jesus, enquanto modelo perfeito de homem, no seu jeito de amar, vai além dos limites.
Podemos entender melhor esse pensamento na comparação entre o Pastor e o mercenário, que também é um pastor, porém, profissional contratado, uma espécie de “Tarefeiro”, que pastoreia o rebanho apenas pelo salário, tendo certas obrigações e deveres constantes do contrato, por exemplo, diante de algum perigo que rondasse as ovelhas, ele teria que defendê-las, porém, desde que a sua vida não estivesse sendo colocada em risco: diante de um Leão faminto e feroz, ele podia abandonar o rebanho á sua própria sorte, pois não tinha como enfrentar um leão, ou seja, na defesa da vida das ovelhas há um limite. Então não vamos fazer mau juízo do mercenário.
Entretanto, é bom fazer uma pergunta fundamental: quem é que irá contratar um profissional, que trabalhe apenas pelo salário, que apenas faça aquilo que é necessário, ou que apenas cumpra o contrato? Se fosse em um time profissional, seria aquele jogador que só entrou para ganhar o “bicho”, nunca vai “suar” a camisa, aliás, nem a camisa do time ele vai vestir. É aquele agente de pastoral, ou participante de um movimento, que sempre diz de peito estufado “A minha parte eu sempre faço!”. Esse é o mercenário, que sempre faz o que tem que fazer, e que é sua obrigação.
Jesus Cristo, o único e verdadeiro Pastor, apresenta-se como BOM nesse sentido, de que as ovelhas, cada uma delas em particular, são o alvo de sua atenção, de modo que o seu interesse está voltado totalmente para elas, a vida do rebanho todo e de cada ovelha, é mais preciosa do que a sua própria Vida, e se vier uma matilhas de Lobos ferozes, ou um bando de leões famintos, ele nunca “dá no pé”, mas fica e enfrenta, ainda que esse ato, marcado de um amor extremoso e infinito, represente a perda da sua vida.
Há uma tentação muito grande, de nesse Domingo do Bom Pastor, olharmos para os nossos dirigentes e pastores, ministros ordenados e servos de Deus, colocados pela Instituição à frente da comunidade, paróquia ou Diocese, criticar duramente sua conduta e condená-los ao inferno ainda em vida, mas pensemos um pouco naquelas ovelhas, numerosas ou não, ou quem sabe apenas uma ovelha, que Deus colocou sob os nossos cuidados, na vida comunitária ou familiar, se a nossa relação com elas, não se modelar em Jesus, o Bom Pastor, nosso pecado será tão grave como o das lideranças, e também iremos um dia prestar conta dessas ovelhas diante do único e verdadeiro DONO do rebanho. (Domingo do Bom Pastor – João 10, 11-18)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. O bom pastor dá a vida
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

No capítulo décimo de São João, Jesus diz: “Eu sou o bom pastor, o bom pastor dá sua vida pelas suas ovelhas”. “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas me conhecem.” Ele mesmo se dá o título de bom pastor, o melhor título para o Cristo Ressuscitado. Estamos no centro do Tempo Pascal, professando que o Cristo Ressuscitado é o bom pastor. Muitos de nós nunca vimos um pastor e menos ainda um rebanho, mas esta é a ideia que está dentro da figura do pastor: ele é alguém que cuida do seu rebanho com carinho e atenção. Quando Jesus diz que é pastor, é porque ele cuida dos seus seguidores; quando diz que é bom pastor, é porque cuida bem. Não só cuida bem, mas dá a sua vida por nós. Ele se preocupa também com as pessoas que não fazem parte do seu rebanho e espera que um dia haja um só rebanho e um só pastor. Os católicos pensariam em uma só Igreja conduzida por um só papa. Um pensamento justo, mas talvez não realista. Jesus desejou a unidade de seus discípulos e disse ao Pai: “Que eles sejam um como tu e eu somos um”[...]. Este Jesus, Filho de Deus, veio a este mundo por nossa causa. O seu rebanho são homens e mulheres desta terra. Aqueles que não são cristãos e que não têm Cristo como ponto de referência, conservando suas práticas religiosas, encontram-se com todos os que têm sentimentos humanos, têm sensibilidade em relação às pessoas enquanto seres humanos, porque são todos iguais [...].
Fonte: NPD Brasil em 22/04/2018

HOMILIA

JESUS, O BOM PASTOR

Depois de Jesus ter proclamado que Ele é a porta por onde passam as ovelhas, agora vemo-l’O afirmar: “Eu sou o bom pastor”. Enquanto o bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas, O empregado não! Ele somente trabalha por dinheiro; ele não é pastor, e por outra, as ovelhas não são dele. Por isso, quando vê um lobo chegar, deixa as ovelhas entregues à sua sorte e desaparece fugindo. Então o lobo ataca e espalha as ovelhas. O empregado foge porque não busca senão o salário, a recompensa do seu trabalho. E por isso, não lhe importa que aparecendo o  lobo as ovelhas sejam atacadas e devoradas.
Assim como o Pai me conhece, e eu conheço o Pai, assim também conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem. E estou pronto para morrer por elas. Tenho outras ovelhas que não estão neste curral. Eu preciso trazer essas também, e elas ouvirão a minha voz. Então elas se tornarão um só rebanho com um só pastor.
Jesus é quem comunica a vida plena. Em Jesus habita o Pai, e o amor que o une ao Pai é uma fonte de vida que transborda para todos os homens e mulheres que vivem no mundo. Como bom pastor, Jesus conhece suas ovelhas e elas o conhecem.
E por nos conhecer nos compreende e perdoa os nossos deslizes e quedas. Trata as nossas feridas e nos reveste de dignidade de filhos. O conhecimento dele é fruto do convívio e do diálogo com Deus seu Pai e que gera o amor. Para Jesus não existe massa humana amorfa. Jesus mantém uma relação pessoal e amorosa com cada um. Chama a cada um pelo nome e a cada um fala ao coração. A relação de conhecimento e amor entre Jesus e suas ovelhas é de mesma natureza que a relação entre Jesus e o Pai.
O Pai me ama porque eu dou a minha vida para recebê-la outra vez. Ninguém tira a minha vida de mim, mas eu a dou por minha própria vontade. Tenho o direito de dá-la e de tornar a recebê-la, pois foi isso o que o meu Pai me mandou fazer!
Fonte Canção Nova
Fonte: Liturgia da Palavra em 12/05/2014

HOMILIA

ESPIRITUALIDADE BÍBLICO-MISSIONÁRIA

A presença de Cristo ressuscitado entre nós é absolutamente certa e indispensável. Ele é o Bom Pastor, que recordamos no Tempo Pascal, pois seu coração é terno, compassivo e misericordioso.
Certamente há vozes de todos os matizes que ressoam em nossos ouvidos ou em nosso coração. Há muitas vozes que são importantes e necessárias. Outras, nem tanto... O importante é notar que em Cristo encontramos a voz necessária e indispensável para nossa realização humana e salvífica. Sua voz é a do Bom Pastor e Ele conhece bem de perto “seu rebanho”. Ele nos ama na gratuidade de seu amor incondicional, e por isso dispôs-se a entregar a vida por nossa redenção. Cristo busca o bem de seu povo (suas ovelhas) e sua “preocupação” é doar-se inteiramente por nossa redenção.
O centro do Evangelho é o Reino de Deus. Quando afirmamos que Jesus é o Bom Pastor significa que Ele é o Senhor de todo o rebanho e convida-nos a pertencer a ele. Por isso, Ele conhece as “ovelhas”, ou seja, àqueles que disseram sim a seu convite, ao projeto do Reino. Não podemos, portanto, ficar presos à imagem do campo, do pastor pastoreando realmente as ovelhas, mas entender o sentido de pertença ao Reino.
Ele nos chama para pertencer ao seu Reino, nos convida com insistência, mas não nos obriga ao sim. Ele nos dá a plena liberdade de escolha. Porém, bem sabemos que aceitá-lo é dispor-se à pertença do Reino, escutar sua proposta sempre transformadora e andar pela vida seguindo seu jeito de agir e reagir com a realidade cercante. Portanto, nada há de difícil e incompreensível na escolha dos valores do Reino. Só é preciso ter a disposição do acolhimento fervoroso do que é divino.
É importante notar o que afirma o apóstolo Lucas nos Atos dos Apóstolos: “Não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos”. É o mesmo que dizer: “Sem Ele não há salvação. Ele é o único Salvador”; e o é de verdade. Portanto, pertencer ao Reino de Cristo não equivale em sair à procura de outras ofertas de vida ou de redenção, iludir-se por outros caminhos, por outras propostas. O Evangelho tem todos os valores de que necessitamos para viver dignamente a plena realização.
Contemplemos o amor de Deus por nós, convida-nos o apóstolo João. O amor de Deus é incomparável, extremamente admirável, pois nos leva a superar tantas debilidades e fraquezas humanas. Quem faz a experiência desse amor-pertença sabe a força que tem e o que ele realiza em nós. Deixemo-nos, pois, que o Senhor conheça a cada um de nós. Só o amor do Bom Pastor pode nos fazer semelhantes a Ele.
Redação “Deus Conosco”

REFLEXÕES DE HOJE

DOMINGO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 22/04/2018

HOMILIA DIÁRIA

Você tem sido bom pastor às ovelhas de Deus?

Postado por: homilia
abril 29th, 2012

Jesus nos responde: “Eu sou o Bom Pastor”. Se entendermos, na palavra “bom”, o sentido de “modelo”, então teremos a resposta certa, porque o Senhor é modelo de Pastor ideal.
O verdadeiro pastor é aquele que presta o seu serviço por amor e não por dinheiro. Ele não está apenas interessado em cumprir o contrato, mas em fazer com que as ovelhas tenham vida e se sintam felizes. A sua prioridade é o bem do rebanho que lhe foi confiado. Por isso, ele arrisca tudo em benefício das ovelhas e está disposto a dar sua própria vida por elas, porque as ama. Nele, as ovelhas podem confiar, pois sabem que seu cuidador não defende interesses pessoais.
Você, presidente, governador, prefeito, político, bispo, sacerdote, diácono, consagrado, catequista, casado, pai, mãe ou jovem, como tem sido bom pastor para as ovelhas que lhe foram confiadas por Deus?
O Bom Pastor dá a sua vida por nós. Isso requer de nós a consciência de nossa tarefa, de nosso dever. Ao dar a Sua vida, Jesus estava consciente de que não perderia nada. Quem se gasta a serviço do projeto de Deus não perde a vida, mas constrói para si – e para o mundo – a vida eterna e verdadeira. O seu dom não termina em fracasso, mas em glorificação. Para quem ama não há morte, pois o amor gera vida verdadeira e definitiva.
O apascentador dá a vida por suas ovelhas. Jesus se apresenta como modelo de Pastor ideal, fato polêmico com os sumos sacerdotes e mestres da Lei, denunciando o modo como o povo era tratado por seus líderes. Diferente do mercenário – como bem nos escreve João -, que não se importa com as ovelhas, Jesus é Aquele que vive para os Seus.
Ele, o Homem da substituição solidária, conhece e dá Sua vida para que tantos a tenham. Por isso, o Pai Lhe ama e Lhe concede o poder de tirar e receber a vida: “Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo; tenho poder de entregá-la e tenho poder de recebê-la novamente; essa é a ordem que recebi do meu Pai” (Jo 10,18). Essa missão é marcada por uma relação pessoal e íntima com as ovelhas: conhece a cada uma, fruto de amor-doação. Mas, ao mesmo tempo, não se limita às fronteiras de Israel: “Tenho também outras ovelhas…”. Seus cuidados de Pastor destinam-se a levar vida a todos os povos da Terra.
Em Jesus se realiza a ação do Pai. N’Ele e por Ele a salvação chega ao universo, como Lucas reconhece nos Atos dos Apóstolos: “Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual possamos ser salvos”.
Em Jesus recebemos o grande presente do Pai: somos todos considerados filhos de Deus. Desta consciência deve nascer toda a nossa alegria e esperança. Se o mundo em que vivemos nos revela que perdeu seu sentido de ser entregue à violência, à corrupção exagerada e ao consumismo desaforado, nós temos o grande compromisso de levar a Boa Nova mediante atitudes cristãs que nos empenham na luta por ver triunfar, neste mundo, o amor do Bom Pastor por Suas ovelhas.
A entrega de Jesus não é um acidente nem uma inevitável fatalidade, mas um gesto livre de alguém que ama o Pai, ama os homens e escolhe o amor até às últimas consequências. O dom de Jesus é um dom livre, gratuito e generoso. Sua decisão em oferecer, livremente, a própria vida, manifesta Seu amor pelo Pai e pelos homens.
Jesus é a porta que introduz o ser humano na vida de Deus. Entrando por essa porta, as ovelhas se encontram com o Pai e com o Seu projeto de salvar a todos, inclusive você, meu irmão e minha irmã!
A salvação está entrando em sua casa pela parábola do Bom Pastor. Louve e agradeça a Deus, porque Ele é bom, pois em Jesus se manifesta a ternura do Pai que quer nos conduzir.
Veja que Pedro, cheio do Espírito Santo, disse: “É pelo nome de Jesus Cristo, de Nazaré – Aquele que vós crucificastes e que Deus ressuscitou dos mortos – que este homem está curado diante de vós”, ou seja, que nossas ações possam revelar o Cristo. Somente por Ele sejam feitas nossas ações pastorais e sociais. Pedro, nessa passagem do Livro dos Atos dos Apóstolos, nos inspira a ser reveladores do Bom Pastor. Portanto, alegremo-nos no Senhor fazendo o bem, mesmo quando encontrarmos oposição. Isso enriquece nossa vida, porque o amor de Jesus é salvação, é Páscoa, é Ressurreição!
Que neste domingo, eu e você busquemos ser sinal do Bom Pastor que “dá a vida por suas ovelhas” e faz-se Pão partilhado. Que cada batizado se sinta chamado e comprometido com Sua causa. Que Sua ação seja a nossa ação mediante participação, a cada domingo, no memorial eucarístico, e concretizado na perfeita busca pela justiça e paz. Que possamos, verdadeiramente, ser bons pastores e revelar o Reino de Deus nas nossas manifestações de carinho e atenção mútua, em especial pelo pobre e sofredor, figura predileta da ternura e do cuidado do Bom Pastor.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 29/04/2012

HOMILIA

Jesus, o Bom Pastor, dá a vida por nós!

Ainda que sejamos a ovelha machucada, ferida, maltratada, Jesus, o Bom Pastor, dá a vida para curar o nosso coração e para restituir a nossa vida!

”Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas.” (João 10, 11)

Nós queremos continuar contemplando a imagem maravilhosa de Jesus, o Bom Pastor. Sabem, meus irmãos, faz parte da cultura hebraica, faz parte realmente do sistema de economia dos judeus, a figura das ovelhas. Porque é muito comum vermos, na região de Israel, as ovelhas, que estão nas principais regiões daquele país. E é claro que para cuidar das ovelhas existe o pastor, que está ali observando cada uma delas, alimentando-as, vendo o que elas precisam, as conduzindo para que estejam no redil, cuidando das que estão doentes ou das que se perdem.
A figura do pastor é uma figura muito cara, ele é muito bem visto pelo trabalho que faz e pela forma como ele cuida das suas ovelhas. E assim como existe o pastor, que cuida das suas ovelhas no campo, Jesus diz a nós que Ele também é um Pastor, mas Ele não é um pastor qualquer, Ele é o Bom Pastor! E por que Ele é um Bom Pastor? Porque Ele é capaz de dar a vida por Suas ovelhas, Ele não só cuida, ama, trata e dá o que a ovelha precisa, mas o fundamental: todas as vezes que preciso for, Ele dá a vida pelas ovelhas!
Dar a vida pelas ovelhas não significa apenas morrer por elas, Ele também é capaz de morrer e morreu por Suas ovelhas num gesto supremo de amor e de entrega total por aqueles a quem Ele ama, pois Ele dá a vida por cada uma a cada dia, Ele se sacrifica, cuida dela. E, mesmo que a ovelha seja rebelde, mesmo que a ovelha fuja, Ele vai atrás dela para poder cuidar dela.
Do mesmo modo como Jesus é o Bom Pastor, eu e você precisamos ser também “a boa ovelha”, precisamos nos deixar ser cuidados pelo nosso Bom Pastor; precisamos permitir que Ele, com todo o amor e ternura, cuide de nós. Ainda que sejamos a ovelha machucada, ferida, maltratada, o Bom Pastor dá a vida para curar o nosso coração, para restituir a nossa vida, para dar um vigor novo à nossa vida de ovelha!
O Bom Pastor não olha para as Suas ovelhas no plural, no rebanho, no coletivo. Ele as olha de forma individual, cada ovelha é única, por isso Ele a toma pela mão, a conduz nos Seus braços e lhe dá todo o amor, carinho e ternura. Porque Ele quer que Suas ovelhas estejam bem cuidadas, tratadas, alimentadas, mas, sobretudo, que elas tenham vida plena e abundante em Deus!
Que o Bom Pastor nos abençoe!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 12/05/2014

HOMILIA DIÁRIA

Só Jesus tem palavras de vida eterna

Somente Jesus tem palavras que trazem a eternidade para a nossa alma, para o nosso coração e para a nossa vida

"Simão Pedro lhe respondeu:" Senhor, para quem iremos nós? Você tem palavras de vida eterna. Cremos e sabemos que és o Santo de Deus." (Jo 6, 68-69)

As palavras que Jesus afirmou sobre o Pão da Vida, que era necessário comer a Carne do Filho do Homem e beber do Seu sangue, causaram certa perplexidade e rejeição por parte dos outros. Aqueles que não submeteram a fé serão perdidos diante dessa situação; e muitos preferiram deixar Jesus, eles não queriam mais ser discípulos Dele.
Quantas pessoas andaram na companhia de Jesus, frequentando Sua casa, eram discípulas do Senhor e, por causa de situações particulares, por motivos de fé ou porque as exigências de seguir a Jesus eram grandes, pararam de segui-Lo. Não é simples ser um discípulo de Jesus, e não é porque as exigências são muito difíceis; nós que não nos "amolecemos" para ser moldados pelas exigências do Reino de Deus, portanto, o caminho mais fácil é abandonar; desistir e não perseverar.
A grande graça que temos de olhar para o Reino de Deus é a graça da perseverança, temos de perseverar nos caminhos do Senhor, perseverar na Palavra Dele, crescer na intimidade com Ele, e é necessário aceitar as Palavras do Mestre no coração.
A pergunta de Pedro era: "Para quem vamos?" Podemos nos sentir perdidos, cansados, não nos sentimos bem em muitos momentos da vida, mesmo em nosso próprio seguimento de Cristo, mas o questionamento de Pedro é também uma resposta para nossa alma. "Para quem iremos? Quem nós serviremos? Somente Jesus tem palavras de vida eterna, palavras que trazem eternidade para nossa alma, para nosso coração e para nossa vida.
A tentação de abandonar o Mestre muitas vezes é grande; e vem em diferentes circunstâncias da nossa vida, por isso, é necessário ter humildade para se submeter à Palavra do Senhor, para nos colocarmos a Seus pés, para não desanimar e seguir em frente. Somente Jesus tem palavras que nos trazem a eternidade. Apenas o Senhor que reconhecemos como o único Filho de Deus.
Vamos permanecer firmes e perseverantes no seguimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Deus te abençoe!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 21/04/2018

Oração Final
Pai Santo, que nos ofereces como Bom Pastor o teu Filho Unigênito, dá-nos generosidade e grandeza de alma para que também nós nos tornemos bons pastores para os homens e mulheres que colocaste ao nosso lado nos caminhos desta vida. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/04/2012

Oração Final
Pai Santo, dá-nos a consciência de que como ovelhas da tua Igreja, também somos pastores. Por mínimo que seja nosso rebanho, ajuda-nos a assumir seu cuidado, oferecendo aos companheiros do Caminho testemunho de compaixão e fé. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/05/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos a olhar com mansidão – sem julgamentos! – os nossos companheiros de peregrinação. Que vejamos em cada um deles um irmão, um filho Teu, que muito amas. Veremos, assim, apenas o Bem em cada um, o reflexo nele da Presença do teu Espírito. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/04/2018

Oração
DEUS ETERNO E TODO-PODEROSO, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que a fragilidade do rebanho chegue onde a precedeu a fortaleza do pastor, Jesus Cristo. Ele, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.

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