quarta-feira, 15 de março de 2023

Palavra se fez carne - 14 de março, 3ª feira, 3ª semana da Quaresma


14 de março, 3ª feira, 3ª semana da Quaresma


- Hoje é dia 14 de março, 3ª feira da 3ª semana da Quaresma.

- O evangelho de hoje tem como tema principal o perdão. Mateus recolhe as instruções de Jesus sobre a maneira como os irmãos devem proceder dentro da comunidade cristã. Sem o perdão mútuo torna-se impossível qualquer tipo de comunidade. O perdão é a mais alta manifestação do amor. Em outras palavras, é impensável um verdadeiro amor que não traga consigo o perdão. Peça ao Senhor que te ajude a ter um coração capaz de perdoar sempre.

- Com disposição interna, escute o Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus, capítulo 18, versículos 21 a 35.

Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: "Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?' Jesus respondeu: "Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: 'Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo'. Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: 'Paga o que me deves'. O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: 'Dá-me um prazo! e eu te pagarei'. Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: 'Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?' O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão".

- A compaixão e o perdão são sinais da adesão à missão de Jesus. Este é o caminho da conversão para quem quer ser discípulo e discípula. Na parábola, o empregado fora vendido, como escravo, junto com sua família e seus bens para poder pagar a dívida para com o rei. O empregado suplicou ao patrão um prazo para sanar sua dívida. O rei se encheu de compaixão e perdoou-lhe a dívida. A história se repetiu e, infelizmente, o empregado perdoado, tendo alguém que lhe devia, não soube agir com misericórdia e perdão. A consequência foi a ira do patrão ao saber da perversidade do empregado que não entendeu a linguagem e a prática da compaixão. Pense e Reflita: perdoar setenta vezes sete é romper com todos os esquemas de vingança e crueldade. Jesus queria livrar seus discípulos desse esquema e ensiná-los o perdão ilimitado de Deus.

- Tens a coragem de se colocar no papel do empregado a quem muito foi perdoado? Não será exatamente assim? Deus te perdoa sempre que Lhe pede e você que cobra dos seus irmãos?

- “...o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida”, diz o evangelho. Deixemos claro que o perdão não é negar, nem esquecer, nem forçar os sentimentos. Pelo contrário, o ponto de partida do perdão é o pleno reconhecimento da ofensa que rompeu a relação. Mas, quem perdoa, não se deixa conduzir pela “memória mórbida”, ou seja, não fica “remoendo” o que de mal aconteceu; pelo contrário, reconstrói, através de uma memória sadia, a identidade do outro, deixando de ver nele o mero causador da ofensa para captar sua dignidade mais profunda como ser humano valioso que é, apesar das fraquezas e limitações. Diz Pe. Adroaldo Palaoro:

“O perdão não é uma operação do tipo “de vez em quando”. É um estilo de vida. É uma disposição permanente. Na verdade, no nível mais profundo, o “perdão não é algo que a pessoa faz, é algo que a pessoa é”. O perdão precisa ser um gesto repetido muitas vezes até se tornar um “hábito do coração”.

- Fale com o Senhor como tem sido suas experiências de ser perdoado por Ele. Louve ao Senhor pela infinita misericórdia que Ele tem por você. Peça a Deus a graça de perdoar a quem Ele te mostrar e a quem você sentir que é o momento certo para tomar a iniciativa. Não tenha medo. Se experimentamos do seu amor e do seu perdão, Ele nos capacita para seguir os passos de Jesus, como discípulos e discípulas.

- Gloria ao Pai, o Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre Amém!


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