quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Palavra se fez carne - 8 de agosto, 3ª feira, Memória de São Domingos


8 de agosto, 3ª feira, Memória de São Domingos


- Hoje é dia 8 de agosto, 3ª feira, Memória de São Domingos

- O trecho do Evangelho de Mateus que ouviremos fala diretamente de fé e incredulidade. Os discípulos acabaram de ouvir como Jesus saciara multidões com sua Palavra e depois com sua ação milagrosa, mas não são sequer capazes de reconhecer a figura de Jesus que caminha até eles. Peça ao Senhor capacidade de reconhecê-lo mesmo em meio a tempestades que surgem na sua vida.

- Escuta o Evangelho de Mateus capítulo 14, versículo 22 a 36:

Depois que a multidão comera até saciar-se, Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho. A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados, e disseram: "É um fantasma". E gritaram de medo. Jesus, porém, logo lhes disse: "Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!" Então Pedro lhe disse: "Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água". E Jesus respondeu: "Vem!" Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e começando a afundar, gritou: "Senhor, salva-me!" Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: "Homem fraco na fé, por que duvidaste?" Assim que subiram na barca, o vento se acalmou. Os que estavam na barca, prostraram-se diante dele, dizendo: "Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!" Após a travessia desembarcaram em Genesaré. Os habitantes daquele lugar, reconheceram Jesus e espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a ele todos os doentes; e pediram que pudessem, ao menos, tocar a barra de sua veste. E todos os que a tocaram, ficaram curados.

- O desespero com a tempestade tem mais lugar no coração dos discípulos do que a fé em Jesus. Pedro, demonstrando de modo muito fiel a nossa humanidade, quer uma prova: se é mesmo o Senhor, ele quer então andar sobre as águas. Quando ele vê, no entanto, seu desejo realizado, o temos por testar o Senhor deve ter se apoderado de sua coragem e então o medo de novo supera a fé: Pedro começa a afundar. Jesus os repreende porque parece que qualquer coisa é mais forte do que a fé que eles tinham – e que acabara de ser alimentada ao presenciarem a ação de Jesus alimentando multidões apenas com alguns pães e peixes. Diferente dos discípulos são as multidões, que acreditam tanto em Jesus, que a elas basta tocar a barra de suas vestes para alcançarem a cura.

- É importante pensar como anda a nossa fé: será que a deixamos adormecer diante de qualquer dificuldade será que dizemos que temos fé, mas vacilamos diante do primeiro desafio? Será que temos desejado provas para acreditar que o Senhor está conosco, mesmo em meio às maiores tempestades?

- “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!”, diz Jesus. Com frequência somos assim: dizemos ter uma fé inabalável, mas na primeira tribulação nos desesperamos e duvidamos da companhia do Senhor. Diz a Gilberto Gil na música Se eu quiser falar com Deus:

“Se eu quiser falar com Deus tenho que aventurar, tenho de subir aos céus, sem cordas pra segurar...”

- Senhor, pedimos que fortaleças cada vez mais a nossa fé a fim de que tenhamos a certeza de que estás conosco, ainda que a tempestade seja tão furiosa que nos impeça de reconhecer o seu resto. Dá-nos uma fé cada vez mais firme, para que possamos manter a tranquilidade e a calma mesmo quando enfrentamos os maiores desafios, porque a paz inabalável de quem crê em vós é vosso sinal mais expressivo. Que sejamos como as multidões fervorosas: basta-nos um pequeno sinal de vossa presença para alcançarmos grandes feitos. Livra-nos do risco de sermos como os vossos primeiros discípulos: tão próximos de vós em presença, mas tão distantes de vós em fé e confiança.

- Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.


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