terça-feira, 30 de maio de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 30/05/2023

ANO A


Mc 10,28-31

Comentário do Evangelho

No seguimento de Cristo tudo adquire sentido

“... nós deixamos tudo e te seguimos” (v. 28). Podemos interpretar este versículo de duas formas: a) nós deixamos tudo e te seguimos, qual será a nossa recompensa?; b) nós deixamos tudo e te seguimos, então, teremos a vida eterna.
A resposta de Jesus vai noutra direção. As “cem vezes mais” prometidas para esta vida (v. 30) significam que no seguimento de Cristo tudo adquire sentido e ocupa o seu devido lugar. A “recompensa é dom”. A “vida eterna”, comunhão plena com o Pai e o Filho, no Espírito Santo, é dom que, como num espelho, se experimenta aqui, em nossa peregrinação terrestre, e tende ao definitivo, na vida transfigurada em Cristo.
A vida eterna não é conquista, é dom de Deus. A recompensa do discípulo é seguir Jesus Cristo (cf. Mc 10,21).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me a graça de entregar-me totalmente ao serviço do Reino, sem esperar outra recompensa além de saber-me amado por ti.
Fonte: Paulinas em 28/05/2013

Comentário do Evangelho

Deixar para ter a plenitude

A resposta de Jesus ao homem que era possuidor de muitos bens deixou os discípulos inseguros e os incitou a um forte questionamento. A afirmação de Pedro deixa entrever o desejo de uma recompensa adequada ao fato de terem deixado tudo para seguir Jesus. Esse diálogo dá a Jesus a possibilidade de afirmar que, deixando tudo em razão do chamado ao seu seguimento, é que se tem o cêntuplo. Deixar para ter a plenitude. “Cem vezes mais” não é uma operação matemática; significa que no seguimento de Jesus Cristo tudo adquire sentido para o discípulo e tudo ocupa o seu devido lugar. A recompensa do discípulo é o chamado a seguir Jesus e o próprio seguimento, pois ele permite a graça de viver a vida do Senhor. A recompensa não é o acerto de contas por algo realizado e merecido. Na vida cristã a recompensa é um dom de Deus. A vida eterna, enquanto dom, é a comunhão com o Pai e o Filho (cf. Jo 17,2.3) no Espírito Santo. Nesse sentido, ela não é um dom exclusivo para a “outra vida”, mas uma graça dada na fugacidade do tempo para que se possa desejar essa comunhão na eternidade, onde nossa vida será plenamente transfigurada em Cristo.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, dá-me a graça de entregar-me totalmente ao serviço do Reino, sem esperar outra recompensa além de saber-me amado por ti.
Fonte: Paulinas em 26/05/2015

Vivendo a Palavra

Jesus ensina um jeito novo de posse: dar e receber. Dar por amor, sem interesse de retribuições, por pura gratuidade. E receber da misericórdia do Pai a Paz que só Ele é capaz de nos dar; a alegria que brota da certeza de que caminhamos, já nesta vida, nas terras do Reino de Deus.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/05/2013

Vivendo a Palavra

O Mestre deixa sua lição: não basta ‘deixar coisas’... vale mais a motivação: deve ser ‘por causa da Boa Notícia’. A nossa generosidade não deve visar à retribuição prometida no próprio texto, mas deve ser motivada pelo Amor gratuito e misericordioso, que nada pede em troca, nem mesmo que seja reconhecido.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/05/2015

VIVENDO A PALAVRA

Deixar casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos… esta ideia nos espanta e enche de medo. Mas Jesus nos encoraja: se nossa decisão for ‘por causa dele e da Boa Notícia do Reino de Deus’, não precisamos nos preocupar: vamos receber tudo isso desde agora e, no futuro, a abraço terno e definitivo do amado Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/03/2019

VIVENDO A PALAVRA

Jesus ensina uma sábia lição: não basta ‘deixar coisas’. Vale mais a motivação: deve ser ‘por causa da Boa Notícia’. A nossa generosidade não deve visar à retribuição que o próprio texto promete, mas deve ser movida pelo Amor a Deus – que se concretiza na solidariedade aos que estão próximos e que deve ser espontâneo, libertador e misericordioso, além de nada pedir em troca, nem mesmo que seja reconhecido.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/05/2021

Reflexão

Eu posso contribuir para a minha salvação na medida em que eu faço de Deus o centro da minha vida e a causa da minha felicidade, submetendo-me totalmente a ele. Se eu vivo apegado às coisas do mundo, eu vivo em função delas e coloco nelas a minha felicidade, fechando o meu coração à ação divina e a minha vida ao projeto do reino dos céus. Para conseguir o desapego das coisas do mundo, é necessário que a gente procure assumir uma nova hierarquia de valores que faz com que sejamos capazes de desprezar os bens materiais, mas rejeitar os valores do mundo significa sofrer perseguições nesta vida. É preciso renunciar aos valores do mundo para ter a vida em Cristo.
Fonte: CNBB em 28/05/2013 e 26/05/2015

Reflexão

Jesus acabara de comentar com seus apóstolos como é difícil um rico entrar no Reino de Deus. Eles não alimentam ilusões, sabem que o Mestre vive pobremente, não possui bens materiais, não paga salário. Pedro, representando os demais, quer saber qual será a situação dos que deixam tudo em vista de assumir as exigências do Reino. Jesus conta a própria experiência de vida: deixou sua família de sangue, mas tem uma família bem mais ampla, unida pelos laços da fé. Não tem sua própria casa; porém, como missionário do Reino, está sempre em casa, não lhe faltam alimento nem roupa. Na nova sociedade, sem desigualdade nem opressão, haverá afeto e abundância para todos. Neste mundo, os seguidores de Jesus terão sua recompensa multiplicada por cem, acompanhada de perseguições. E no futuro, herdarão a vida eterna.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 05/03/2019

Reflexão

Jesus acabara de comentar com seus apóstolos como é difícil um rico entrar no Reino de Deus. Eles não alimentam ilusões, sabem que o Mestre vive pobremente, não possui bens materiais, não paga salário. Pedro, representando os demais, quer saber qual será a situação dos que deixam tudo com vista a assumir as exigências do Reino. Jesus conta a própria experiência de vida: deixou sua família de sangue, mas tem uma família bem mais ampla, unida pelos laços da fé. Não tem sua própria casa; porém, como missionário do Reino, está sempre em casa, não lhe faltam alimento nem roupa. Na nova sociedade, sem desigualdade nem opressão, haverá afeto e abundância para todos. Neste mundo, os seguidores de Jesus terão sua recompensa multiplicada por cem, acompanhada de perseguições. E, no futuro, herdarão a vida eterna.
Oração
Ó Jesus, nosso Mestre e Senhor, em nome do grupo, Pedro quer saber qual será a recompensa para os que deixam tudo e te seguem. Esclareces que terão vida digna e abundante, mas não lhes faltarão também perseguições e riscos, realidade que acompanha os que se dispõem a te seguir. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 25/05/2021

Reflexão

Jesus acabara de comentar com seus apóstolos como é difícil um rico entrar no Reino de Deus. Eles não alimentam ilusões, sabem que o Mestre vive pobremente, não possui bens materiais, não paga salário. Pedro, representando os demais, quer saber qual será a situação dos que deixam tudo em vista de assumir as exigências do Reino. Jesus conta a própria experiência de vida: deixou sua família de sangue, mas tem uma família bem mais ampla, unida pelos laços da fé. Não tem sua própria casa; porém, como missionário do Reino, está sempre em casa, não lhe faltam alimento nem roupa. Na nova sociedade, sem desigualdade nem opressão, haverá afeto e abundância para todos. Neste mundo, os seguidores de Jesus terão sua recompensa multiplicada por cem, acompanhada de perseguições. E, no futuro, herdarão a vida eterna.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

A chamada de Deus e a entrega do homem (a vocação cristã)

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje consideramos que a salvação precisa se abrir com fé à graça de Cristo, o qual, porém, põe uma condição exigente: «Vem e segue-me» (Mc 10,21). Os santos tiveram a humildade e a valentia de lhe responder ”sim” e renunciaram a tudo para serem seus amigos. Seu único tesouro está no céu. Deus.
Compreender isto é fruto da sabedoria, mais valiosa que a prata e o oro É o dom que vem de Deus e se obtém com a oração. Esta sabedoria não permaneceu longe do homem, se aproximou ao seu coração tomando forma na Lei da primeira Aliança selada entre Deus e Israel. Esta Lei a deu Moises: É necessária, mas não suficiente..., porque a salvação —a santidade— vem da graça por meio de Jesus Cristo.
Pedro e os demais Apóstolos e, inumeráveis amigos de Deus, percorreram este itinerário evangélico, que é exigente, mas colma o coração e, receberam “cem vezes mais...” porque para Deus não há impossíveis.

Meditação

Diante do recuo do jovem e das palavras de Jesus, Pedro diz que ele e os outros discípulos deixaram tudo. Fica no ar a pergunta: “E qual será nossa recompensa?” Disse Jesus que, já nesta vida, terão muito mais do que deixaram, e ainda a vida eterna. Sabemos que não promete vantagens terrenas e materiais. Promete a paz e a alegria de quem aceita os convites do Evangelho. Seguimento de Cristo é gratuidade, e não jogo de interesses.
Oração
Fazei, ó Deus, que os acontecimentos deste mundo decorram na paz que desejais, e vossa Igreja vos possa servir, alegre e tranquila. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Meditando o evangelho

A RECOMPENSA PROMETIDA

Os discípulos não se contentaram de seguir Jesus na gratuidade e lhe apresentaram a questão da recompensa pela ajuda prestada a ele. Pensando bem, os discípulos tinham razão. Para seguir Jesus, tiveram que romper os laços familiares, abandonar as atividades profissionais, deixar para trás suas propriedades e por-se à disposição do Mestre. Era justo quererem conhecer, de antemão, o prêmio reservado para si.
Jesus não descarta a questão, mas a responde de maneira enigmática. O discípulo, já nesta vida, receberá o cêntuplo de quanto renunciou e, no futuro, a vida eterna. Esta resposta deve ser interpretada não numa perspectiva puramente materialista e, sim, na perspectiva das nova relações propiciadas pela opção do discípulo. O Reino estabelece vínculos consistentes de comunhão entre seus membros, formando uma grande família onde todos se sentem irmãos, irmãos, mães, pais, filhos e filhas. Ninguém se apega a seus bens a ponto de se tornar insensível à carência do próximo. A solidariedade é um imperativo do Reino. A ruptura exigida pelo Reino, portanto, não deveria deixar o discípulo na insegurança.
A recompensa terrena prometida por Jesus chega em meio a perseguições e dificuldades. O discípulo, neste caso, dá-se conta de que o cêntuplo terreno ainda não é o bem definitivo a ser almejado. O Pai lhe reserva a vida eterna.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, possa eu experimentar, na solidariedade dos irmãos e irmãs, o cêntuplo reservado para mim, sem perder de vista a vida eterna.
Fonte: Dom Total em 26/05/201505/03/2019 e 25/05/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Renunciar por causa do Reino, não é perder...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quando estamos diante de um evangelho como esse, onde fica explicitada a necessidade do discípulo renunciar algo, deixar para trás tantas outras coisas, em um primeiro momento pensamos em uma perda. Lembro-me quando me preparava para a ordenação Diaconal e estava  exatamente naquele tempo conseguindo me realizar na área da comunicação, que eu tanto amava, atuando no jornal da minha cidade, fazendo locução de jogos decisivos da nossa Várzea e já dando também os primeiros passos em uma emissora AM participando em um programa de esportes e iniciando uma possível carreira de comentarista esportivo. Lembro-me de uma certa nostalgia nos primeiros domingos em que já tinha me afastado das lides esportivas de repórter varzeano. Acho que isso também aconteceu com os primeiros discípulos que largaram na praia o barco e as redes.
Isso acontece porque olhamos só o Débito e não temos noção, naquele primeiro momento, dos grandiosos Créditos que o Senhor nos dará. Posso testemunhar com alegria, sinceridade e Fidelidade que, decorridos mais de 30 anos desses episódios anteriores a minha ordenação, sinto-me plenamente realizado porque o Trabalho de Comunicação acabou vindo a ser uma diakonia dentro do meu Ministério onde respondo pela Coordenação da Pascom arquidiocesana, como responsável direto pelo Portal, pelo Jornal Arquidiocesano edições impressas e online. É inexplicável a alegria que sinto ao fazer esse trabalho, posso dizer que consegui unir o útil ao agradável, pois, atuar na área de comunicação na vida civil, já me alegrava, agora então, atuando no seio da nossa Mãe Igreja, a alegria é redobrada. Se eu insistisse na carreira de Comunicação, não seria um bom profissional.
Deus Pai presente em Jesus Cristo, nos carismas do Espírito Santo, nunca vai nos chamar para fazer algo para o qual não temos a mínima inclinação, mas dentro do próprio carisma vai pedir de nós uma renúncia, um deixar algo para trás, algo que gostamos muito de fazer. Em uma linguagem bem popular, nãop se trata aqui de “Trocar seis por meia dúzia”, pois quando descobrimos o que Deus quer de nós, no mesmo lugar onde estamos, e com o carisma que dele recebemos, sempre saímos no lucro, deixamos “pouco” e ganhamos “muito”. Evidentemente que o retorno é total e completo, pois não se restringe a esta Vida Terrena, mas a supõe, como caminho para a Plenitude de uma Vida Eterna, quando daí sim, nos realizaremos de maneira perfeita como pessoas e como Filhos e Filhas de Deus.
Os que se realizam, ou pensam se realizar sem essa opção pelo Reino de Deus e pela adesão total a Jesus Cristo, são os “Primeiros” citados nesse evangelho, que buscam desfrutar o máximo dessa vida, sem se importar com a possibilidade de uma outra, super melhor, e os “Últimos” são os que, pacientemente, com muita Fé, vão construindo a História, vivendo intensamente esta Vida, com todas as alegrias que ela pode nos oferecer, mas muito conscientes de que o “Melhor” ainda está por vir.
Fonte: NPD Brasil em 28/05/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Riqueza, concorrente do Reino dos Céus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Dá-se a impressão de que o Jovem mencionado no evangelho anterior, ainda estava se afastando muito triste, quando Jesus começou a falar com os Discípulos "Em verdade vos declaro, é difícil um rico entrar no Reino dos Céus... É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha” Como já refletimos anteriormente, não é proibido ter Fé e ser Rico, o único problema, é que a tal Riqueza é forte concorrente do Reino dos Céus, a riqueza me faz pensar que posso ter tudo e fazer tudo. Tive um amigo de Fábrica muito equilibrado, íntegro e de boa índole, ele acabou fazendo fortuna fácil, por conta da loteria, e algum tempo depois, quando já tinha saído da Fábrica para tocar seu próprio negócio, chegou até mim a informação de que não era mais o mesmo, separara da esposa, deixou a Família para ir embora com uma jovem que dele se enamorou, e ainda aumentou seus rendimentos com alguns negócios ilícitos.
O Dinheiro nos garante tudo, temos todos os desejos alcançados, e desfrutamos de todos os prazeres, mesmo aqueles proibidos, pois nossas ações se baseiam na falsa segurança que o poder econômico nos dá e em um caso assim, o Reino dos Céus nada representa, e a religião não passa der uma prática religiosa sem nenhum comprometimento de nossa vida.
Há também ricos que tentam comprar Deus e aliviar suas consciências, participando de projetos sociais ou Filantrópicos, onde fazem uma espécie de investimento a longo prazo para comprar um "lugarzinho" nesse Céu que Jesus promete.
A indagação do Apóstolo Pedro parece meio interesseira: Nós que tudo deixamos para te seguir, o que havemos de ganhar, em outras palavras, que vantagens levamos? Em nosso contexto de uma Sociedade que faz apologia do Consumismo exacerbado, essa pergunta não cai bem, mas no tempo de Jesus a Realidade era outra, Pedro quer saber se estão no caminho certo, se a escolha que fizeram de serem seguidores de Jesus, traria a eles alegria e satisfação interior.
Só pode julgar se as escolhas estão certas ou não, quem tem uma referência segura, e os Discípulos tem em Jesus Cristo a única referência, por ele tudo deixaram e por isso, a alegria que lhes está reservada, ainda nesta vida, não dá para ser dimensionada. Retomando o evangelho anterior, o jovem que no final da história ficou triste, não queria trocar a alegria imediata desse mundo, pela posse dos bens materiais, por uma alegria escatológica, alimentada pela Esperança de algo que ainda virá, e que nem toda riqueza do mundo poder é nos dar...Que os Bens materiais e os poderes desse mundo, nos dá alegrias, isso é indiscutível, o único e maior problema é que lá um belo dia, ela se acaba no Nada...

2. Os primeiros serão os últimos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus estava dizendo que as riquezas podem dificultar a entrada no Reino de Deus. Pedro, então, se adianta e quer saber o que vão ganhar, eles que deixaram tudo para segui-lo. Jesus responde que quem deixar o que o impede de viver por causa de Cristo e de seu Evangelho receberá cem vezes mais neste mundo e, no mundo futuro, a vida eterna. O impedimento pode ser ou a casa, ou os irmãos, ou as irmãs, ou a mãe, ou o pai ou os filhos, ou os campos. Não é para deixar tudo. É para deixar o que se torna obstáculo ao seguimento de Cristo. Receberá cem vezes mais de tudo o que deixou, menos o pai. O pai aparece na primeira lista, mas não na segunda, porque na vida eterna somente Deus é o Pai e nos dará tudo o que for preciso para a nossa plena realização, inclusive o nosso querido pai deste mundo. Tudo, porém, será dado com perseguições. Seremos testados o tempo todo de diversas maneiras. A fidelidade ao nosso projeto de viver por causa de Cristo e do seu Evangelho será testada pelas perseguições. O que se requer é fidelidade ao projeto. Hoje é carnaval. Antigamente era o dia de comer carne, daí o nome “carnaval”, antes da grande abstinência da Quaresma. Brinquemos hoje honestamente e comecemos amanhã, com boa disposição, o sagrado Tempo da Quaresma, que nos levará à Páscoa da ressurreição.
Fonte: NPD Brasil em 05/03/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Fazer, esperando uma recompensa...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Este evangelho é sequência do anterior, meditado ontem, Jesus nem tinha acabado de falar e o apóstolo Pedro, todo garboso, achando que ele e o grupo de discípulos eram bem melhores do que o homem rico, que foi embora de cabeça baixa, disse a Jesus "Eis que deixamos tudo e te seguimos...", e em seguida a pergunta que com certeza ele fez ou deixou no ar "Vamos ganhar o que?".
Na parábola dos empregados convidados para trabalharem na Vinha, aqueles primeiros que madrugaram receberam uma moeda de ouro, e imaginavam que os últimos que começaram as cinco da tarde, receberiam um valor menor. O Filho mais velho, na Parábola do Filho Pródigo, irritou-se e encheu-se de ódio contra o Pai, porque ele dava uma recompensa a quem não merecia, referindo-se a festa e ao boi gordo abatido para o churrasco na recepção do Filho mais novo, que tinha partido um dia dissipando os seus bens em uma vida devassa.
Embora o Judaísmo não influencie mais a vida dos cristãos da Pós-modernidade, mas a questão da recompensa ainda existe, nos impedindo de amar gratuitamente e incondicionalmente as pessoas. Nas Famílias, mesmo nas cristãs bem constituídas, ainda se premia o filho ou a filha mais comportado, mais estudioso, mais trabalhador. Na sociedade, as pessoas boas sempre são lembradas pelos nossos políticos, ainda em vida, ou virando nome de rua depois de mortas. Quando alguém de uma vida Santa, consegue um ótimo emprego, ou algum prêmio que vai mudar sua vida, tipo ganhar na Mega sena acumulada, na própria comunidade irão dizer "Deus te abençoou, porque você merece..." E por fim, temos a Teologia da Retribuição e Prosperidade, que lotam templos enriquecendo pastores mal-intencionados, tudo para prosperar e ser bem-sucedido nesta vida.
Lembro-me dos meus tempos de catequese lá nos anos sessenta, onde aprendíamos a ser bons para poder ir para o céu, e quando aprontávamos alguma, em casa ou na catequese, alguém nos alertava "Olha, desse jeito você não vai para o céu". Será que hoje em nossas comunidades muita gente não pensa assim? E pode acontecer ainda pior, alguém ser bom para que nenhum mal lhe aconteça... Essa conduta e modo de pensar está muito longe de SER CRISTÃO de verdade.
Jesus garante que a renúncia e o desapego a tudo nesta vida, para ficar com ele e se tornar um discípulo, não ficará sem recompensa, de fato, as alegrias que se sente, quando se ama e se doa gratuitamente é algo fantástico, mas que, porém, pode se tornar frustrante, quando esperamos algum retorno, algum elogio, algum confete, quando queremos uma boa alisada em nosso ego...por conta de sermos bons...
Termino com uma bela oração do Século XVI "Meu Deus, não é o céu que prometestes que me leva a querer-te, também não é o inferno tão temido que me leva a deixar de te ofender... somente o teu amor leva-me a agir, e de tal modo, que mesmo que não houvesse o céu eu te amaria, e mesmo que não houvesse o inferno eu te temeria. Nada o Senhor tem que me dar para que eu o ame, pois ainda que não esperasse o que espero, eu te amaria do mesmo modo como eu te amo"

2. Nós deixamos tudo e te seguimos - Mc 10,28-31
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Deixar e seguir. Deixamos tudo e te seguimos. Quem assim procede, não ficará sem recompensa ainda nesta vida. Terá em dobro o que deixou, com perseguições nesta terra, e a vida eterna no mundo futuro. Isto foi dito por Jesus no segundo anúncio de sua Paixão e Morte, quando os apóstolos discutiam quem dentre eles era o maior. São Marcos organiza o seu texto de modo a compreendermos que não há maior nem menor porque somos todos servidores. As diferenças sociais entre homens, mulheres e crianças devem ser superadas. Todos são igualmente filhos de Deus, com os mesmos direitos e deveres. A diferença entre ricos e pobres deve ser superada pela prática da justiça e pela liberdade do coração. Compreendendo que há bens maiores que as riquezas deste mundo, é possível deixar tudo e seguir Jesus Cristo. Na conclusão do episódio narrado por Marcos, ouvimos Pedro afirmar em alto e bom som: “Nós deixamos tudo e te seguimos”. E ouvimos a resposta: “Vocês terão sua recompensa com perseguições. E lembrem-se de novo de que não há maior nem menor, de que os últimos serão primeiros e os primeiros, últimos”. Por que as perseguições? Porque deixar tudo num mundo marcado por ganâncias é uma atitude crítica que incomoda o ganancioso. Mas, se o que temos é o vazio de coisas vãs, não haverá o que deixar.
Fonte: NPD Brasil em 25/05/2021

HOMILIA

PEDRO

O texto do Evangelho de ontem no qual Jesus apresentava a incapacidade dos homens e mulheres apegados aos bens seguirem Jesus, põe-se ao de hoje. Vemos Pedro a professar o seu despojamento de tudo para ir a traz do mestre: Veja! Nós deixamos tudo e seguimos o senhor.
Quero crer que nas palavras de Pedro, não só estavam as dos outros apóstolos ontem, como também estão as minhas e as tuas. Estão as palavras de todos nós quando nos desfazemos nos despimos dos nossos orgulhos, vaidades, soberbas. Assim como Pedro nos evangelhos, tomava decisões em nome da Comunidade dos Apóstolos, assim continua nos dias de hoje falando e nos representando.
É necessário que tu e eu façamos nossa a proposta e escolha de Pedro abandonar o apego ao bem privado e gozar do bem partilhado, comunitário. Alías a partilha, o abandonar-se a si mesmo e o tomar a cruz todos os dias e seguir Jesus, é o caminho certo para a construção do mundo novo de justiça e paz.
Cristo chama-nos, para nos justificar sem cessar; e cada vez mais, Ele quer santificar-nos e nos glorificar. Veja o que Ele diz: aquele que, por causa de mim e do evangelho, deixar casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras receberá muito mais, ainda nesta vida. Receberá cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos, terras e também perseguições.
Devemos compreendê-lo, mas somos lentos a dar-nos conta dessa grande verdade – que Cristo caminha de alguma forma no meio de nós e que, com a sua mão, os seus olhos, a sua voz, nos faz sinal para que o sigamos. Não percebemos que o seu apelo é qualquer coisa que tem lugar neste mesmo momento. Pensamos que teve lugar no tempo dos apóstolos; mas não acreditamos nele, não o ouvimos verdadeiramente para nós próprios.
O seu chamado é atualíssimo e nos propõe vida em plenitude. Ele é a concretização de uma nova criação e de uma paz total entre os homens entre si e entre estes e Deus.
Pai, dá-me a graça de entregar-me totalmente ao serviço do Reino, sem esperar outra recompensa além de saber-me amado por ti.
Padre BANTU SAYLA
Fonte: Liturgia da Palavra em 26/05/2015

REFLEXÕES DE HOJE

TERÇA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 26/05/2015

HOMILIA DIÁRIA

Chamados a viver a espiritualidade da renúncia

Todos nós discípulos de Jesus Cristo somos chamados a viver a espiritualidade da renúncia. É impossível sermos discípulos de Jesus Cristo e sermos pessoas apegadas às coisas desse mundo.

“Muitos que agora são os primeiros serão os últimos. E muitos que agora são os últimos serão os primeiros” (Mc 10,31).

Hoje, Jesus nos apresenta a espiritualidade do segmento, daqueles que, de forma radical, são capazes de deixar tudo para seguir o Senhor. Ele mesmo dirá que, aquele que deixou casa, mãe, irmãos, campos, por causa do Evangelho, receberá cem vezes mais, ainda aqui no mundo e também na vida futura, a vida eterna.
Se olharmos para os consagrados a Deus, vemos que eles tiveram a ousadia da renúncia, a capacidade de entender o chamado de Jesus, deixaram tudo por causa do Senhor e vivem, com fidelidade, a sua vocação, seu chamado, o segmento de Cristo. É o próprio Senhor a sua recompensa, aqui, nessa vida e também na vida futura, o prêmio da bem-aventurança eterna.
Todos nós discípulos de Jesus Cristo somos chamados a viver a espiritualidade da renúncia. É impossível sermos discípulos de Jesus Cristo e sermos pessoas apegadas às coisas desse mundo. Para irmos à Missa, viver o Evangelho a cada dia, a vida de oração, para vivermos no segmento de Jesus Cristo é necessário renúncia, é necessário deixar aquilo que seria mais prazeroso para nós.
Aquilo que o mundo valoriza, aquilo que o mundo diz – ser o primeiro, ganhar muito dinheiro, dar-se bem nas coisas – é contrário à lógica do Evangelho. O que o mundo valoriza, em primeiro lugar, os valorizados como ‘o mais importante’, poderá ficar em último lugar no Reino de Deus, porque os primeiros serão os últimos e vice-versa.
Valorize a simplicidade, dê valor aos pequenos, dê atenção aos que sofrem, àqueles que precisam de presença fraterna, evangélica e amorosa. Seja sinal do Reino do Senhor onde quer que você se encontre. É Deus quem olha o nosso desprendimento, o qual nos deixa mais próximos do coração de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 28/05/2013

HOMILIA DIÁRIA

Os humildes são reconhecidos no coração de Deus

Os humildes são reconhecidos no coração de Deus. Quem é considerado o último, sem prestígio e sem valor algum neste mundo tem um lugar muito especial no coração de Deus!

"Muitos dos primeiros serão os últimos, e dos últimos serão os primeiros” (Marcos 10, 31).

A lógica do Reino de Deus não é a mesma lógica deste mundo. Neste mundo os primeiros são os que mais têm, são os que mais possuem, são os que mais podem, porque a lógica dele [mundo] é baseada no ter, no poder e no prazer. Por isso quem pode mais e quem tem mais sempre manda, comanda e é exaltado pelos homens.
Muitas vezes, nós nos preocupamos com o lugar que podemos ocupar no coração de Deus, contudo, algumas vezes, a nossa inquietação é com relação ao lugar que nós ocupamos neste mundo e no coração das pessoas.
A respeito do coração de Deus, deixe-me dizer uma coisa a você: quem este mundo considera último, sem prestígio, sem valor algum, esse tem um lugar muito especial no coração de Deus! Da minha parte, uma veneração muito grande pelos pobres, pelos sofridos e pelos desprovidos de bens materiais! A minha total veneração por aqueles que trabalham honestamente e dão o melhor de si para ganhar o pão sofrido do trabalho com o suor do seu rosto! Não são reconhecidos, não são aplaudidos, muitas vezes, são injustiçados com salários que não são dignos, com a falta de promoção e de reconhecimento. Mas não se esqueça de que esses são os reconhecidos e os promovidos no coração de Deus!
Há aqueles que já nasceram pobres e muito pobres por condições materiais e por terem vindo de famílias que não lhes puderam lhes dar uma vida mais digna e mais justa. Há aqueles que sofrem nas sarjetas deste mundo, que não tiveram oportunidade nenhuma de melhorar de vida, de crescer e evoluir; porque a sociedade não lhes deu espaço, não lhes deu voz nem vez. Essas pessoas não conseguiram, como queriam, chegar um pouco mais longe. Saiba que essas pessoas não são esquecidas por Deus, Ele está com elas!
E também há aqueles que se fizeram pobres, se colocaram para viver e ser como os pobres. Há aqueles que de uma forma muito espiritual vivem isso. Conheço tantas pessoas ricas, no meio de nós, que têm um coração humilde, uma vivência e uma simplicidade encantadoras. Há aqueles que deixam tudo: oportunidades, serviços e trabalhos para viver uma vida de radicalidade e entrega a Deus e ao Seu Reino.
Nenhuma pessoa que tenha deixado pai, mãe, bens materiais ou a possibilidade de adquiri-los por causa de Deus deixará de receber de Deus cem vez mais aqui e depois na vida futura.
Você é um abençoado de Deus e será muito mais abençoado quando souber ser livre, despojado e usar tudo o que tem e pode em favor dos outros, dos menos favorecidos e dos mais sofridos deste mundo! O mundo talvez não vá valorizá-lo, não vá reconhecê-lo; talvez você não seja aplaudido (e os aplausos do mundo não nos fazem bem!), mas no coração de Deus você ocupará um lugar primordial, que é somente seu!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 26/05/2015

HOMILIA DIÁRIA

Quem tiver deixado a tudo, por causa de Jesus, receberá cem vezes mais

Retire-se para encher da graça e, cem vezes mais, Deus te dará a graça para cuidar daquilo que é o seu dever

“Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de Mim e do Evangelho, receberá cem vezes mais agora, durante esta vida” (Marcos 10, 29-30).

Talvez tenhamos ouvido esse Evangelho sempre no tom da radicalidade, de quem deixa tudo por causa de Jesus e do Seu Evangelho. Quem deixa sua vida para seguir uma vida consagrada, uma vida toda entregue a Deus, e segue a Ele, é óbvio que será muito mais livre e disponível.
Como louvo a Deus pela minha vocação, escolha; por ter deixado, ainda na adolescência, meus sonhos e ideais, a minha casa, a minha mãe, meus irmãos. E Deus me deu cem vezes mais: os irmãos, os filhos; a graça dos pais e das mães, de tantas pessoas que me assumiram e me adotaram. E, desse modo, cada um que vive a sua entrega a Deus, poderá experimentar essa graça.
Mas, aqui, há uma dimensão que todos precisam viver em sua vida, a dimensão da entrega, da renúncia. Dimensão essa que precisamos aplicar até no contexto da vida familiar. Pois, só assumo integralmente aquilo que sou capaz de entregar. Você só poderá ser um bom marido, uma boa esposa; um bom pai, uma boa mãe para os seus filhos, se for capaz de entregar os seus filhos aos cuidados de Deus.
Mas, cuidado! Entenda bem essa reflexão. Pois, entregar não quer dizer que tenha de abandonar, porque a responsabilidade é sempre sua. Nenhum pai, nenhuma mãe, nenhuma pessoa ajuizada pode deixar as suas responsabilidades por nenhuma obrigação de Igreja, e jamais use isso como justificativa. Apenas é necessário saber significar as coisas.
Ter o tempo que é de Deus e ser d’Ele neste tempo. Ter momentos em que você, mãe, após colocar seus filhos para dormirem; se dedica a ser toda de Deus; e o homem. também, todo de Deus. Porque esse tempo que você deixa para Deus, é o tempo necessário para se reabastecer, para ser cem vezes mais capaz de amar seus filhos, sua esposa (o). Para ser, cem vezes mais, capaz de dedicar-se para o outro, que é a sua primeira responsabilidade.
Mas, não nos esqueçamos de que precisamos, muitas vezes, deixar para poder assumir; deixar para nos abastecer. Precisamos nos afastar para estarmos mais próximos; precisamos da graça da dinâmica evangélica para sermos melhores naquilo que precisamos realizar.
Não é fuga. Não é abandonarmos as nossas responsabilidades, e sim assumi-la cem vezes melhor, com a graça de Deus. Tem mãe que não está dando mais conta de cuidar dos filhos; tem esposa não dando conta do casamento. Têm pessoas que não têm dado mais conta de cuidar nem dos próprios pais. Então, abasteça-se! Retire-se para encher da graça e, cem vezes mais, Deus te dará a graça para cuidar daquilo que é o seu dever, suas obrigações e responsabilidades.
Que cem vezes mais, Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 05/03/2019

HOMILIA DIÁRIA

A maior graça e vocação é o amor de Deus

“Começou Pedro a dizer a Jesus: ‘Eis que nós deixamos tudo e te seguimos’” (Marcos 10,28).

Na verdade, o apóstolo Pedro está questionando Jesus sobre qual é a consequência de segui-Lo, o que vão receber em troca disso, sobretudo eles que deixaram tudo para seguir Jesus. Algumas pessoas até perguntam: “Mas Pedro era casado?”, “Ele abandonou a família?”. Já estava com a família criada, então, os apóstolos já tinham uma certa idade. Não sabemos dizer se Pedro teve filhos, mas o fato é que, se tinha, já estavam criados e encaminhados.
Eis que eles deixaram a missão que tinham, eram pescadores de peixes, e se tornaram pescadores de homens, segundo a própria missão que Jesus lhes confiou. É claro que outros tinham outras profissões, como Mateus, que era um cobrador de impostos; enfim, eles deixaram tudo por causa de uma missão.
O grande questionamento: O que ganhamos para seguir Jesus? Primeiro, nós já ganhamos Jesus. A graça de tornar-se discípulo já é uma graça sublime, única e incomparável, não se compara a nada material, a nada humano, a graça de segui-Lo e amá-Lo. Por isso, independentemente daquilo que seja a sua missão no mundo e da responsabilidade que lhe é confiada, seguir Jesus é o fundamental. Saiba que a recompensa é Ele mesmo, Ele é o tesouro, Ele é a graça, e não podemos perdê-Lo.

Se o Senhor o chama, não deixe de segui-Lo, porque a maior graça e vocação é o amor

Se, muitas vezes, somos chamados a abnegar, a renegar o que temos para segui-Lo, não nos preocupemos, porque Ele não vai deixar de cuidar de nós. “Todo aquele que tiver deixado casa, irmãos, irmãs, pai, mãe, campos por causa de mim e do Evangelho, não se preocupe porque teremos cem vezes mais – irmãos, irmãs para cuidar, pais, mães” (cf. Mateus 10,29).
Tenho que testemunhar que, há 30 anos, quando tinha 15 anos, fui para o seminário seguir Jesus. Tudo deixei, os sonhos, as expectativas de vida, para gerir um novo sonho: ser também um pescador do Evangelho. Digo isso a jovens, moças, rapazes, homens e mulheres que são chamados nas mais diversas realidades e situações para o seguimento de Jesus: não seja movido pelo medo.
É verdade! Se o que move o nosso coração é a ganância do mundo, Deus não satisfaz a ganância, a avareza nem a cobiça do mundo, mas Ele satisfaz as necessidades do nosso coração, da nossa alma; Ele se torna o alimento, a riqueza, e nos dá toda a dimensão da eternidade sem nunca deixar que nos iludamos no caminho. Teremos tudo isso com tribulações, com perseguições, mas a Sua graça está conosco e na vida futura, a vida eterna.
Se o Senhor o chama, não deixe de segui-Lo nem de amá-Lo, porque a maior graça e maior vocação é o amor. Quanto mais você se doar pelo amor, mais o amor de Deus estará em você!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 25/05/2021

Oração Final
Pai Santo, concede-nos o dom da gratidão pelos bens que nos emprestas nesta vida. E nos dá, Pai amado, desapego e generosidade para partilhá-los com os irmãos que estão ao nosso lado neste planeta encantado que entregaste ao nosso cuidado. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/05/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos a coragem que deste a Pedro e aos Apóstolos: eles deixaram tudo pelo teu Reino de Amor. Que jamais nos descuidemos dos pequeninos que caminham ao nosso lado nesta viagem que fazemos de volta para o Lar Paterno, buscando seguir o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/05/2015

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, abre nosso coração para acolher a contabilidade nova do Reino de Amor. É difícil para nós, acostumados a escriturar débitos e créditos para verificar saldos, compreender, aceitar, amar e viver a gratuidade, o desprendimento e a entrega total aos irmãos de tudo que pertence a Ti, mas por um tempo nos emprestas, para seguir o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/03/2019

ORAÇÃO FINAL
Pai querido, Rocha em que nos ancoramos, dá-nos força para a conversão de nossa vida ao Caminho de Jesus. Queremos seguir nosso Mestre, mas somos frágeis e o temor nos paralisa. Envia o teu Espírito para que os seus Dons nos revigorem a Fé, a Esperança e o Amor – Amor a Ti, Pai que amamos, e à humanidade. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/05/2021

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