sexta-feira, 24 de março de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 24/03/2023

ANO A


Jo 7,1-2.10.25-30

Comentário do Evangelho

Deus é surpreendente

Os evangelhos sinóticos e João coincidem ao afirmar que Jesus foi, se não em todo o período de sua vida pública, em boa parte dela, perseguido e sua vida, ameaçada, e que era pública a intenção de matá-lo; e, ao menos em determinadas circunstâncias, como o relato de hoje nos permite concluir, Jesus não andava com os seus discípulos. O relato é, ainda, ocasião de o leitor compreender a mentalidade equivocada acerca do Messias: para um bom número de judeus o Messias não teria origem humana. Pensando conhecer a origem de Jesus, esses anônimos do versículo 25 se equivocam, ignoram os desígnios de Deus e se esquecem de que Deus é surpreendente. O ensinamento de Jesus no Templo revela com uma fina ironia a ignorância deles. A verdadeira origem de Jesus é divina. O hermetismo no qual estão enredados lhes impediu, inclusive, de conhecer verdadeiramente Deus e o seu desígnio. Essa crítica revela a verdadeira razão da ignorância deles: não chegaram, de fato, a conhecer Deus. A oposição passional, diga-se irracional, leva os adversários de Jesus a querer prendê-lo. Descoberto, o mal mostra toda a sua armadilha maléfica. Mas a história relida à luz do mistério de Cristo mostra que o desígnio de Deus tem o seu dinamismo e tempo próprios.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, minha vida está colocada em tuas mãos, pois tu és o Senhor do meu destino. Movido por esta certeza, dá-me a graça de testemunhar, com coragem, o teu Reino.
Fonte: Paulinas em 04/04/2014

Vivendo a Palavra

Nosso Mestre não escondia a Verdade – que era Ele mesmo! – para garantir sua segurança diante das autoridades injustas de seu tempo. Por isto, deixou a Galiléia, indo para Jerusalém, na Judéia. Este é o exemplo de fidelidade e coragem que lega para os seus discípulos de todos os tempos, que hoje somos nós. Sigamo-lo!
Fonte: Arquidiocese BH em 04/04/2014

VIVENDO A PALAVRA

Jesus não escondia a Verdade – que era Ele próprio! – para garantir sua segurança diante das autoridades injustas de seu tempo. Por isto, deixou a Galileia, indo para Jerusalém, na Judeia. Este é o exemplo de fidelidade e coragem que lega para os seus discípulos de todos os tempos, que hoje somos nós. Que O sigamos!
Fonte: Arquidiocese BH em 27/03/2020

Reflexão

A descrença pode ter consequências terríveis como nos revela o Evangelho de hoje. As pessoas que acreditaram em Jesus procuraram seguir seus ensinamentos e viver uma nova forma de relacionamento com Deus, de modo que a sua fé gerava a vida em abundância. Os que não aceitavam as palavras de Jesus não só se privavam desta vida como também procuravam tirar a vida de Jesus. Mas o nosso Deus é o Deus da vida. A descrença luta contra a vida e pode até mesmo tirar a vida das pessoas, mas tira apenas a vida biológica, e o sangue que é derramado fertiliza a terra para que nela brote as sementes de vida eterna. O sangue de Jesus foi derramado, assim como o de muitos mártires, e isso faz com que as sementes do Reino cresçam e deem fruto.
Fonte: CNBB em 04/04/2014

Reflexão

Por prudência, Jesus evita circular pela Judeia, já que os judeus “pretendiam matá-lo”. Mesmo assim, vai a Jerusalém, “não publicamente, mas às escondidas”. Infelizmente, os chefes do povo querem emudecer aquele que tem palavras de vida eterna e acorrentar o libertador de tantos corações! O mundo cometerá o grave erro de eliminar o Inocente, deixando livres os malfeitores. Contudo, a “palavra de Deus não está algemada” (2Tm 2,9). Mesmo correndo perigo de vida, Jesus continua ensinando no Templo e, em voz clara, desafia seus ouvintes: “Será que vocês me conhecem mesmo e sabem de onde sou?”. Segue reafirmando que conhece a Deus e vem de junto dele. Movimentam-se os chefes para prender Jesus, mas ainda não o conseguem: “Ninguém tira a minha vida; eu a dou livremente” (Jo 10,18).
Oração
Ó destemido Jesus, mesmo sabendo que tua vida corre perigo por causa dos inimigos, continuas falando bem alto e ensinando no Templo. Teu testemunho de fidelidade ao Pai nos incentiva a sermos, também nós, fiéis cumpridores da vontade de Deus. Dá-nos, Senhor, coragem e força para a missão. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 27/03/2020

Reflexão

Jesus ainda está às voltas com os judeus que tentam matá-lo. Ao mesmo tempo que é cauteloso, Jesus mostra-se provocativo. Mais uma vez, Jesus diz quem é e em nome de quem realiza sua missão. Ao falar da sua identidade, Jesus mostra-se sem reservas; entretanto, os judeus não são capazes de reconhecê-lo, pois não conhecem aquele que o enviou, o Pai. Parte da atitude de Jesus é provocativa, pois, ao revelar-se, ele instiga seus opositores a mostrarem-se, ou seja, a apresentarem suas credenciais. Estamos diante de um jogo de forças e interesses. Ao final, contudo, deve prevalecer a palavra que gera e promove a vida.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 01/04/2022

Reflexão

Por saber que corria sério perigo de morte, Jesus evita circular pela Judeia. Mesmo quando vai a Jerusalém para a festa das Tendas, ele o faz ocultamente. Não procura o martírio gratuitamente. Entretanto, longe de se omitir ou calar, ele é visto falando abertamente. Aliás, fala bem alto ao ensinar no templo. Permanece fiel à sua missão de ensinar a verdade. As autoridades, bem ciosas de seu espaço e de seu poder, tomam essa atitude de Jesus como provocação. Por sua vez, a qualquer momento, Jesus poderia ser vítima da fúria de seus adversários. Estes, em vez de se converterem ao Deus de Jesus, escolhem eliminar o Jesus de Deus. Enquanto não chega a sua hora, a hora da paixão e morte, Jesus segue testemunhando, diante de todos, que ele vem de junto do Pai.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Ninguém lhe deitou as mãos, porque ainda não era chegada a sua hora»

Fr. Matthew J. ALBRIGHT
(Andover, Ohio, Estados Unidos)

Hoje, o Evangelho permite-nos contemplar a confusão que surgiu quanto à identidade e missão de Jesus Cristo. Quando nos pomos cara a cara com Jesus, há mal-entendidos e conjecturas acerca de quem Ele é, como se cumprem n’Ele, ou não, as profecias do Antigo Testamento e sobre o que Ele fará. As suposições e os preconceitos conduzem à frustração e à ira. Isto sempre foi assim: a confusão à volta de Cristo e dos ensinamentos da Igreja desperta sempre controvérsia e divisões religiosas. O rebanho dispersa-se se as ovelhas não reconhecem o seu pastor!
As pessoas dizem: «Este nós sabemos de onde vem. Do Cristo, porém, quando vier, ninguém saberá de onde seja» (Jo 7,27), e concluem que Jesus não pode ser o Messias porque Ele não corresponde à imagem de “Messias” em que tinham sido instruídos. Por outro lado, sabem que os Príncipes dos Sacerdotes O querem matar, mas ao mesmo tempo vêem que Ele se movimenta livremente sem ser preso. De modo que se perguntam se talvez as autoridades «terão reconhecido verdadeiramente que este é o Cristo» (Jo 7,26).
Jesus atalha a confusão identificando-se a si próprio como o enviado por Ele que é “verdadeiro” (cf. Jo 7,28). Cristo tem consciência da situação, tal como João a retrata, e ninguém lhe deita a mão porque ainda não tinha chegado a hora de revelar plenamente a sua identidade e missão. Jesus desafia as expectativas ao mostrar-se, não como um líder conquistador para derrotar a opressão romana, mas como o “Servo Sofredor” de Isaías.
O Papa Francisco escreveu: «A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira dos que se encontram com Jesus». É urgente que ajudemos os outros a irem mais além das suposições e dos preconceitos sobre quem é Jesus e o que é a Igreja, e ao mesmo tempo facilitar-lhes o encontro com Jesus. Quando uma pessoa consegue saber quem é realmente Jesus, então abundam a alegria e a paz.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Muitas vezes, procurar Jesus é uma coisa boa porque é a mesma coisa que procurar a Palavra, a verdade e a sabedoria. Enquanto mantivermos a semente da verdade depositada na nossa alma, e os mandamentos, a Palavra não se afastará de nós» (Orígenes)

- «A liberdade nem sempre é poder fazer o que se quer: isto torna-nos fechados, distantes e impede-nos de ser amigos abertos e sinceros. A liberdade é o dom de se poder escolher o bem: isto sim é liberdade» (Francisco)

- «Jesus, como antes d'Ele os profetas, professou pelo templo de Jerusalém o mais profundo respeito. Ali foi apresentado por José e Maria, quarenta dias depois do seu nascimento. Na idade de doze anos, decidiu ficar no templo para lembrar aos seus pais que tinha de Se ocupar das coisas de seu Pai. Ao templo subiu todos os anos, ao menos pela Páscoa, durante a vida oculta. O seu próprio ministério público foi ritmado pelas peregrinações a Jerusalém nas grandes festas judaicas» (Catecismo da Igreja Católica, nº 583)

Reflexão

«Mas ninguém lhe pôs as mãos, porque ainda não tinha chegado a sua hora»

Rev. D. Josep VALL i Mundó
(Barcelona, Espanha)

Hoje, o evangelista João diz-nos que a Jesus «não tinha chegado a sua hora» (Jo 7,30). Refere-se à hora da Cruz, no preciso e precioso momento de dar-se pelos pecados de toda a Humanidade. Ainda não tinha chegado a sua hora, mas estava muito próxima. Será na Sexta-feira Santa quando o Senhor levará até ao fim a vontade do pai Celestial e sentirá —como escrevia o Cardeal Wojtyla— todo «o peso daquela hora na qual o servo de Yahvé deverá cumprir a profecia de Isaías, pronunciando o seu “sim”»
Cristo —no seu constante desejo sacerdotal— fala muitíssimas vezes desta hora definitiva e determinante (Mt 26,45; Mc 14,35; Lc 22,53; Jo 7,30; 12,27; 17,1). Toda a vida do Senhor será dominada por uma hora suprema e irá desejá-la com todo o seu coração: «Um batismo eu devo receber, e como estou ansioso até que isto se cumpra!» (Lc 12,50). E «na véspera da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a sua hora, a hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim» (Jo 13,1). Naquela sexta-feira, o nosso Redentor entregará o seu espírito nas mãos do Pai, e desde esse momento a sua missão, já cumprida, passará a ser a missão da Igreja e de todos os seus membros, animados pelo Espírito Santo.
A partir da hora de Getsemaní, da morte do Senhor na Cruz e da Ressurreição, a vida começada por Jesus «guia toda a História» (Catecismo da Igreja n.1165). A vida, o trabalho, a oração, a entrega de Cristo torna-se presente agora na sua Igreja: é também a hora do Corpo do Senhor; da sua hora advém a nossa hora, a de o acompanhar na oração de Getsemaní, «sempre despertos —como afirma Pascal— apoiando-o na sua agonia, até ao final dos tempos». É a hora de agir como membros vivos de Cristo. Por isso, «tal como a Páscoa de Jesus, acontecida “uma vez por todas” permanece sempre atual, da mesma forma a oração da Hora de Jesus continua sempre presente na Liturgia da sua Igreja» (Catecismo da Igreja n. 2746).

Recadinho

Quais as celebrações da Igreja que mais nos atraem? - Ainda há muita gente no mundo que não conhece Cristo? - Para nós é difícil crescer no conhecimento das coisas de Deus? - E para partilhar a fé? - Agradeçamos a Deus que nos dá o dom de conhecer e testemunhar o Evangelho.
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 04/04/2014

Meditação

Jesus sabia que era perigoso ir para a Judéia. Por isso e porque era prudente, viajou ocultamente. Mesmo assim os adversários o localizaram. Diziam que Ele não podia ser o Messias, porque todos sabiam de onde era. Em sua resposta, Jesus deixa claro que Ele era muito mais do que podiam saber, não era um simples profeta vindo da Galileia. Vinha de mais alto, vinha do Pai, que só Ele como Filho podia conhecer.
Oração
Ó Deus, que preparastes para a nossa fraqueza os auxílios necessários à nossa renovação, dai-nos recebê-los com alegria e vê-los frutificar em nossa vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Meditando o evangelho

A CORAGEM DO MESSIAS

Na medida em que avançava no seu ministério, levantavam-se, para Jesus, toda espécie de barreiras. Seus adversários sentiam-se questionados por ele, e não sabiam como enfrentá-lo, na base do diálogo. Os argumentos do Mestre deixavam-nos desarmados. E eles não tinham a quem apelar, mesmo recorrendo à sabedoria que pensavam possuir.
A decisão de matar Jesus visava eliminar o mal pela raiz. Seria uma maneira de fazer calar, para sempre, aquela voz incômoda, banindo-o do meio do povo. Recorrendo à violência, os inimigos de Jesus pensavam resolver um problema com o qual recusavam defrontar-se: é possível Deus fazer-se presente na história humana, na pessoa de um homem
Apesar de se precaver, o Mestre não se deixou levar pelo medo. Antes, mostrou-se suficientemente corajoso para defrontar-se, cara-a-cara, com quem ameaçava tirar-lhe a vida.
O templo de Jerusalém foi o palco do confronto. Aí ele se pôs a pregar, abertamente, sua condição de enviado do Pai, ou seja, sua condição divina. Sua pregação derrubava o orgulho de seus adversários, pois ele é quem tinha o verdadeiro conhecimento do Pai. Enganavam-se seus adversários ao cultuar um Deus diferente daquele anunciado por ele. Por isso, a atitude mais sensata seria a de converter-se ao Deus de Jesus, deixando de lado a violência inútil.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de destemor, em meio às contrariedades por causa da fé, faze-me imitar a coragem do Mestre Jesus.
Fonte: Dom Total em 27/03/2020

Meditando o evangelho

MINHA HORA NÃO CHEGOU!

A vida de Jesus estava toda colocada nas mãos do Pai. Com esta consciência, ele enfrentava os desafios do ministério, sem se deixar abater pelos mal-entendidos, pelas hostilidades evidentes ou veladas ou mesmo pela ameaça de morte que pairava sobre a sua cabeça. Sua coragem manifestava-se na maneira aberta com que proclamava sua doutrina, em plena Jerusalém – no Templo –, mesmo sabendo que os judeus buscavam matá-lo.
Importava-lhe unicamente manter-se fiel a quem o enviou, pois não tinha vindo por si mesmo, nem proclamava uma doutrina de sua autoria e propriedade. As hostilidades contra ele provinham do desconhecimento do Pai. Logo, fruto da ignorância! Bastava que se abrissem para o Pai, para estarem em condições de compreender a veracidade do testemunho de Jesus.
A vida do Filho estava nas mãos do Pai. Isto impedia que os adversários assumissem o controle do destino de Jesus. Por isso, em vão, procuravam detê-lo e infligir-lhe a pena capital. "Sua hora ainda não chegara".
A coragem do Mestre serviu de exemplo para os discípulos, sobretudo nos momentos difíceis de seu ministério apostólico. Também a vida deles estava nas mãos do Pai. Sendo assim, nenhum inimigo, por pior que fosse, haveria de se transformar em senhor de seus destinos. Somente o Pai pode determinar a hora de cada um!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, minha vida está colocada em tuas mãos, pois tu és o Senhor do meu destino. Movido por esta certeza, dá-me a graça de testemunhar, com coragem, o teu Reino.
Fonte: Dom Total em 04/04/2014 01/04/2022

Oração
Ó Deus, que preparastes para a nossa fraqueza os auxílios necessários à nossa renovação, dai-nos recebê-los com alegria e vê-los frutificar em nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 04/04/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Humano demais...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Há até uma bela música com este nome, e aqui está o problema dos Judeus para com Jesus: eles queriam um MESSIAS misterioso, de origem desconhecida, talvez vindo de alguma nuvem do céu e eis que aparece no meio deles um homem comum como qualquer outro judeu, mas que se diz um enviado do Pai em uma missão especial.
Como pode um ser humano anunciar-se como um enviado especial do Pai? Para o Judaísmo é uma afronta! Pois esse anúncio explicita a divindade de Jesus, foi Deus quem o enviou e ele, apesar de homem, é o Filho de Deus. De um modo bem simples eis aí a razão da condenação de Jesus.
Talvez ao ler o evangelho de João aonde o confronto com o Judaísmo vai ficando cada vez mais acirrado, alguém possa pensar que Jesus "Gostava de cutucar a onça com a vara curta", fazendo provocação aos Judeus. Entretanto é a fidelidade ao Pai e a sua Vontade que leva Jesus a agir desse modo. Se ele não falar de onde veio e quem o enviou, não estará revelando o Pai, impossibilitando aos homens o conhecerem.
Sendo quem é, e assumindo com fidelidade a missão que lhe foi confiada, Jesus age com inteira liberdade, de fato, no evangelho de João é Jesus quem se entrega, tudo aconteceu pela vontade do Pai, mas com o seu consentimento. Por isso, embora já ameaçado de morte, ele anda livremente por Jerusalém pregando e ensinando, fazendo prodígios, e as pessoas se admiram que ninguém o tenha impedido. Na hora da sua glorificação na cruz ele irá se entregar, pois na visão joanina, ninguém tem força e poder, para impedir a obra da Salvação que em Cristo irá se realizar.
Nos dias de hoje há uma multidão de homens e mulheres que se dizem Filhos e Filhas de Deus, ou porque receberam um Batismo, como nós cristãos, ou porque assim se sentem. Entretanto, falta a coragem a ousadia e a fidelidade de Jesus, para de fato viver e pensar como autênticos Filhos e Filhas de Deus, já que qualquer poder do mundo, as vezes é suficiente para nos fazer dobrar os nossos joelhos diante das forças do mal.
Ser livre não é falar e fazer sempre o que se quer, mas a nossa verdadeira liberdade está em Deus, no exato cumprimento da sua Santa Vontade.

2. Não é este a quem procuram matar? Ele fala publicamente e ninguém lhe diz nada... - Jo 7,1-2.10.25-30
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Quem é esse Jesus? É ele o Cristo? Por que não o prendem, se querem matá-lo? Ninguém porá as mãos nele antes que chegue a sua hora. “O Cristo, quando vier, ninguém saberá de onde é”, diziam os judeus. Pensavam saber de onde Jesus era. Nós também hoje, às vezes, pensamos saber quem é Jesus e de onde vem. Criamos dele uma imagem a nosso gosto. Ele afirma com segurança que conhece o Pai, porque vem dele e foi ele quem o enviou. Ninguém jamais viu o Pai, e queremos vê-lo. Enquanto a visão não acontece, fiquemos unidos a Jesus. Só está com Jesus quem a ele é levado pelo Pai. Não é fantástico estar com Jesus, que vê o Pai e vem do Pai? Não sabemos como Deus é, mas sabemos que Jesus é o caminho para a vida verdadeira que se realiza em Deus. Ele se fez semelhante a nós em tudo, menos no pecado, para que pudéssemos sentir o sabor da presença de Deus em nossa vida.
Fonte: NPD Brasil em 27/03/2020

HOMILIA

QUERIAM PRENDER JESUS

No Evangelho de hoje João mostra-nos como diferentemente do que os sinóticos fazem o grande destaque ao conflito entre Jesus e os judeus em geral. Pois naqueles, Jesus se restringe aos dirigentes, fariseus, escribas e sacerdotes. A razão será porque este evangelho tem como base a comunidade cristã samaritana? Talvez sim, mas talvez não. Estamos diante da expressão do tradicional conflito entre Israel, reino do norte, e Judá, reino davídico do sul. O messias esperado pelo judaísmo seria um líder que conquistaria a liberdade nacional dos judeus e imporia ao mundo sua religião. Portanto, trata-se de uma salvação que atingirá a todos os homens e mulheres do mundo inteiro já que os destinatários da salvação o rejeitam.
A atividade de Jesus denuncia o agir perverso da sociedade, e por isso provoca ódio. Os parentes de Jesus pensam no sucesso. As autoridades o procuram, vendo nele um perigo. E o povo expressa opiniões diversas a respeito dele: uns o julgam a partir das obras que ele realiza, e outros a partir de leis e estruturas estabelecidas. Assim a presença de Jesus é sinal de contradição que vai revelando a face das pessoas.
Os chefes religiosos do templo e das sinagogas rejeitavam o messianismo de Jesus e procuravam e tentam prender matá-lo. Pois para eles é uma ameaça. E no meio do povo a divisão continua: o tema da discussão é sobre a origem do Messias. Uns não aceitam Jesus, baseados numa tradição teórica sobre a origem do Messias. Outros que já são muitos, acreditam que Jesus é o Messias, porque prestam atenção na sua prática libertadora e vêem nisso sinal da presença de Deus.
Jesus, descartando qualquer aspiração ao poder, revela-se como o enviado que comunica a verdadeira vida vinda do Seu Pai. Desafiando-lhes diz: Será que vocês me conhecem mesmo e sabem de onde eu sou? Eu não vim por minha própria conta. Aquele que me enviou é verdadeiro, porém vocês não o conhecem. Mas eu o conheço porque venho dele e fui mandado por ele.
Assim Jesus mostra o verdadeiro critério para reconhecer o Messias: não é o lugar de sua origem, mas o fato de Ele ser o enviado de Deus, cuja atividade deve ser reconhecida pelas obras que faz.
Depois de tudo o que você ouviu, viu e leu e tocou sobre o Verbo Divino feito homem para a tua salvação, que critérios estabeleces para reconhecer Jesus.
Pai ajuda-me a acolher, sem preconceitos, a revelação de Jesus, pois sua identidade messiânica de Filho de Deus transparece nas palavras e nos sinais que Ele realizou.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 04/04/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SEXTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 04/04/2014

HOMILIA DIÁRIA

Precisamos eliminar o nosso orgulho e aceitar a Luz de Deus

A Palavra de Deus molda, forma, restaura e renova aqueles que se abrem para acolhê-la, mas quem se fecha no seu orgulho e na sua obstinação permanece velho, acabado, permanece na escuridão e nas trevas, porque não aceita que a Luz de Deus o renove a cada dia.

”Então, queriam prendê-lo, mas ninguém pôs a mão nele, porque ainda não tinha chegado a sua hora.” (João 7,30)

Nós estamos acompanhando, na Palavra de Deus, a tramoia que um grupo de judeus está fazendo para eliminar Jesus, o que eles querem é justamente isto: prender Jesus e impedi-Lo de continuar agindo, pregando e manifestando o Reino de Deus no meio do povo. Uma vez,  prendendo-O, passam a julgá-Lo e condená-Lo para, assim, levá-Lo à morte.
E por que eles querem isso? Porque Jesus é o justo injustiçado; porque Jesus é aquele que veio trazer a verdade e esta não é aceita e não é acolhida. Por isso, de algum modo, aqueles que se sentem incomodados com a verdade e com a pregação do Senhor precisam dar um jeito de eliminá-Lo.
Jesus não acusa ninguém, Ele apenas anuncia a verdade; e esta, uma vez pregada e anunciada, causa incômodo, causa reflexão e o desejo de tomarmos alguma iniciativa para que nós possamos mudar as nossas atitudes.
É verdade que, assim como o grupo de judeus se rebelou, não aceitou e planejou, de fato, eliminar Jesus; nos dias de hoje, muitos ainda se opõem à pregação da verdade, à pregação do Evangelho, se opõem a Jesus. Mais ainda: muitos de nós, por orgulho, por obstinação e por falta de humildade, não somos capazes de aceitar a correção fraterna; não somos capazes de aceitar que outros nos corrijam, que a Palavra de Deus nos corrija e oriente a nossa vida e nos dê a direção de como devemos viver.
Nós, muitas vezes, ficamos chateados, revoltados; nós nos viramos contra pessoas que queriam o nosso bem, porque o nosso orgulho foi muito maior do que a nossa capacidade de reflexão. Pode até ser que os outros usaram de métodos errados para nos corrigir, mas não nos custa nada olhar para dentro de nós e perceber onde os nossos gestos, as nossas atitudes e  o nosso modo de viver não estão de acordo com a verdade, de acordo com a caridade e de acordo com a retidão de vida.
Nós não precisamos eliminar ninguém da nossa vida porque este tenta nos orientar e nos mostrar o caminho da vida; o que nós precisamos é eliminar o nosso orgulho, o nosso jeito obstinado de querer viver e de não aceitarmos ser corrigidos.
A Palavra de Deus molda, forma, restaura e renova aqueles que se abrem para acolhê-la; contudo, quem se fecha no seu orgulho e na sua obstinação permanece velho, acabado e permanece na escuridão e nas trevas, porque não aceita que a Luz de Deus o renove a cada dia.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 04/04/2014

HOMILIA DIÁRIA

Jesus veio nos trazer o Reino dos Céus

“Em alta voz, Jesus ensinava no Templo, dizendo: ‘Vós me conheceis e sabeis de onde sou; eu não vim por mim mesmo, mas o que me enviou é fidedigno’.” (João 7,28)

Mesmo não sendo acolhido, aceito nem amado, Jesus ensinava, pregava, exortava e cumpria a Sua missão de trazer o Reino de Deus e anunciar Sua Palavra aos corações.
Jesus não veio buscar o acolhimento nem os aplausos humanos, Ele veio nos trazer o Reino dos Céus. Mesmo que você não acolha nem abra o seu coração, mesmo que você coloque obstáculos ou dificuldades, Jesus não vai deixar de nos dizer, em alta voz, que nos convertamos, que mudemos a nossa vida e permitamos que a Sua Palavra mude a direção e o sentido do nosso viver.
Abramos o nosso coração para que nele penetre a Palavra do Senhor. Abramos o coração para acolher Jesus, o Divino Salvador. Não caíamos no perigoso caminho da hipocrisia religiosa, de acharmos que sermos pessoas religiosas nos coloca na presença de Deus. O que nos coloca na presença d’Ele é sermos verdadeiros acolhedores do Mestre Jesus, é nos deixarmos ser corrigidos, formados, ensinados e orientados por  Ele.

Jesus não veio buscar o acolhimento nem os aplausos humanos, Ele veio nos trazer o Reino dos Céus

Sei que, por aí, basta receber um diploma para ser considerado um doutor, um profissional nisso e naquilo. Não há diploma para entrar no Reino dos Céus. Não é porque você recebeu os sacramentos, que pode pensar: “Eu sou crismado. Fiz Primeira Comunhão. Estou na Igreja há tanto tempo! Sou ministro da Sagrada Eucaristia”. Isso não diz nada! Os nossos títulos humanos, eclesiásticos ou divinos não dizem nada. O que diz é sermos seguidores de Jesus, é sermos ensinados, sermos acolhedores ao que Ele, de fato, realiza em nós.
Queriam prender Jesus, queriam colocar a mão n’Ele para impedi-Lo de pregar. Ninguém pode impedi-Lo de pregar, porque, mesmo morto, Ele está pregando, ensinando e ressuscitando. Ninguém mais O contém. Não podemos conter a ação salvadora de Deus entre nós
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 27/03/2020

HOMILIA DIÁRIA

Acolha em seu coração a presença de Cristo

“Naquele tempo, alguns habitantes de Jerusalém disseram então: ‘Não é este a quem procuram matar? Eis que fala em público e nada lhe dizem. Será que, na verdade, as autoridades reconheceram que ele é o Messias? Mas este, nós sabemos donde é. O Cristo, quando vier, ninguém saberá donde é’.” (João 7,25-27)

A quem procuram matar? A Jesus Cristo que, na verdade, já estava de alguma forma morto dentro deles. Na verdade, Jesus não havia nem nascido dentro desses corações porque não aceitaram a encarnação do Verbo, não aceitaram que Deus havia se tornado homem para a nossa salvação. Se esse mistério não é acolhido, as outras realidades também vão ter muita dificuldade de cair dentro de nós.
Precisamos aceitar que Deus veio ao nosso encontro, precisamos aceitar que Deus assumiu a nossa natureza humana para redimi-la, porque, do contrário, em situações da nossa vida, nós também vamos querer matar essa Palavra da Verdade.
Os fariseus, aqueles que são interlocutores de Jesus, esses habitantes de Jerusalém, dizem: “Este, nós sabemos de onde é”. Vejam a que ponto chega a autossuficiência, a presunção, a tentativa de querer calar a voz de Jesus dessa forma, com a autossuficiência, dizendo: “Já conhecemos”, “Sabemos quem este é”, a arrogância no coração daquelas pessoas.
Muitas vezes, esses sentimentos perturbam o nosso coração, muitas vezes, o tentador também rouba de dentro de nós aquela fé genuína, aquela fé de entrega total e de confiança. E, muitas vezes, rondam nos nossos corações esses sentimentos e nós também temos a presunção ou a autossuficiência de já saber o que nós devemos ou não fazer; e esquecemos de confiar em Jesus Cristo.

Esses sentimentos perturbam o nosso coração, muitas vezes, o tentador também rouba de dentro de nós aquela fé genuína

Qual é o resultado dessa autossuficiência e dessa presunção? O erro! Todas as vezes que nós também experimentamos isso, tocamos na realidade do erro. Eles dizem: “O Cristo, ninguém saberá de onde é”. Aqui é uma demonstração clara da ignorância a respeito de Jesus Cristo, a ignorância de não conseguir enxergar, diante dos próprios olhos, a presença do Messias em Jesus, a revelação de um total desconhecimento sobre a pessoa de Jesus. Uma doença dos tempos atuais: basta você entrar em diálogo com alguém para você também ter a noção de como as pessoas hoje desconhecem Jesus.
São Jerônimo dizia que ignorar a Escritura é ignorar o próprio Cristo. Bom, quantas realidades hoje, no nosso tempo, que nós vivenciamos por causa desse esfriamento do amor à Palavra de Deus, do contato com a Palavra de Deus.
O mundo vai nos bombardeando de outras informações, outras fontes aparentemente boas e interessantes, e nós nos desviamos, nos afastamos da Palavra de Deus — lugar privilegiado de encontro com o Senhor, de conhecimento de Jesus Cristo —, e passamos também a ser “analfabetos” de Jesus Cristo, não sabemos dizer nada porque não temos a experiência com Cristo, não temos o conhecimento de Jesus Cristo, e por isso não O amamos.
Hoje, a Palavra de Deus nos convida a dar um salto, a não nos comportarmos como esses habitantes de Jerusalém que ignoraram a presença do Cristo, que não perceberam n’Ele a ação de Deus, a presença de Deus e caíram no erro, perderam o tempo da graça.
A graça de Deus nos visita hoje… Acolha de coração aberto o que Deus quer falar ao seu coração.
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

Oração Final
Pai Santo, o mundo não aceita a Verdade. A sociedade de consumo nos seduz com as enganadoras promessas egoísticas do ter, do poder e do prazer cada vez maiores, fugindo à porta estreita e ao caminho áspero que nos levam ao teu Reino. Dá-nos, Pai amado, força e coragem para seguirmos o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/04/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, o mundo não aceita a Verdade. A sociedade de consumo nos seduz com as enganadoras promessas egoísticas do ter, do poder e do prazer cada vez maiores e mais abrangentes, fugindo da porta estreita e do caminho áspero que nos levam ao teu Reino. Dá-nos, amado Pai, força e coragem para seguir o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/03/2020

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