quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 30/12/2022

ANO A



FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ

Ano A – Branco

Amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição.” Cl 3,14)

Mt 2,13-15.19-23

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Celebramos hoje a festa da Sagrada Família de Nazaré, contemplando-a como modelo de santidade para nossas famílias. Encarnando- -se num núcleo familiar, o Senhor nos ensina que a vida nova alcançada no natal tem como objetivo restaurar as os vínculos fraternos, de modo que os seres humanos se compreendam como irmãos na vivência diária! Celebremos, alegremente.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Celebrando o mistério do nascimento de Cristo, a Igreja comemora hoje a Sagrada Família de Nazaré: Jesus, Maria e José. Nessa família nasceu e cresceu o Verbo de Deus, para um dia assumir sua missão salvadora no mundo. Podemos dizer com segurança que o Amor, vínculo da perfeição, fez da Sagrada Família o modelo do lar cristão. Em Nazaré, a família vivia em torno de Jesus. Da mesma forma, deve viver a família cristã. Somente assim poderá experimentar o dom da paz. Rezemos também para que todas as famílias obtenham dos poderes políticos apoio e incentivo para desempenhar seu papel insubstituível na sociedade.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: As características da família descritas nos trechos do Antigo Testamento, sobre as quais se modelavam as nossa famílias patriarcais, eram: a paz, a abundância de bens materiais, a concórdia e a descendência numerosa - sinais da benção do Senhor; a obediência e o amor eram a lei fundamental; essa obediência não era só sinal e garantia de benção e prosperidade para os filhos, mas também um modo de honar a Deus nos pais. A esse tipo de família o cristianismo trouxe um convite a uma contínua vitória sobre si em vista do Reino: São Paulo pede aos esposos e aos filhos cristãos que vivam a vida familiar como se já vivessem na família do Pai Celeste. Apresentando-nos a experiência de Cristo que entra no contexto de uma família humana concreta, o evangelho traça um quadro realista dos reveses e vicissitudes a que está sujeita a vida de uma família. Nem tudo é idílio, paz e serenidade na família: ela passa pelos sofrimentos e dificuldades do exílio e da perseguição; pelas crises do trabalho, da separação, da emigração, do afastamento dos pais, e outras dificuldades. Na Sagrada Família, como em todas as outras, há alegrias e sofrimentos, desde o nascimento até a infância e a idade adulta; ela amadurece através de acontecimentos alegres e tristes para cada um de seus membros.
Fonte: NPD Brasil em 29/12/2019

FOI MORAR EM NAZARÉ

A imigração foi um fator importante na construção e evolução da sociedade humana. Muitos povos, ao longo da história, fizeram caminhos migratórios em busca de melhores condições e de adaptação. A princípio, a busca de novas terras e mais recursos naturais eram a motivação para os processos de migração. Aos poucos, com a definição de territórios, esse processo foi diminuindo, apenas alguns grupos mantiveram suas características como nômades. Com o avanço das culturas a migração também mudou.
As experiências humanas ganham sentido à medida que se deixam iluminar pela Palavra de Deus. Foi por isso que Abraão deixou sua terra e foi para onde o Senhor indicou. Também foi por isso que o povo saiu do Egito e caminhou pelo deserto até a terra prometida. Mais que imigrantes, o povo de Deus é um povo peregrino, que caminha para a terra prometida. Mas aquilo que acontece hoje é mais que apenas um movimento migratório. Como isso nos afeta enquanto cristão?
Todos os dias milhares de pessoas se colocam a caminho, deixando seu país, sua cultura, suas seguranças e sua história de vida. Caminham para outros lugares, uns vão em busca de segurança, de trabalho e de uma vida digna. Enquanto outros, fogem da guerra, da perseguição, da violência e da morte, mas todos querem viver. A imigração tornou-se a única possibilidade de sobrevivência, e por isso as pessoas arriscam tudo, até mesmo perder a própria vida na tentativa de chegar numa nova “terra prometida”.
A Sagrada Família viveu essa dura realidade da imigração, foram realmente peregrinos. José e Maria foram obrigados a deixar sua casa, a família e suas seguranças para proteger a vida do recém-nascido. Viveram em terra estrangeira, e como estrangeiros foram acolhidos. Em todo esse caminho se deixaram iluminar e orientar pela Palavra de Deus, e quem os acolheu, recebeu a Cristo. Assim também hoje, aquele que foge de sua terra e parte em busca da vida também é Cristo. Cabe a nós, pelo testemunho cristão acolher esses peregrinos, pois somos todos peregrinos até chegarmos à Pátria definitiva, e aqui também é “Nazaré”.
Dom Devair Araújo da Fonseca
Bispo auxiliar de São Paulo
Fonte: NPD Brasil em 29/12/2019

Comentário do Evangelho

A família de Nazaré

Já começamos a dizer antes que Jesus realiza um novo êxodo, que vai culminar, de modo definitivo, na sua Páscoa. Já dissemos que Jesus é apresentado como o novo Israel e o novo Moisés. Ele é também comparado a Jacó (cf. Gn 46,2-5), que desceu ao Egito, aí cresceu e, ao sair, saiu como se fosse um povo numeroso. José, como no anúncio do nascimento de Jesus, é o destinatário da mensagem do anjo. É apresentado como homem justo, pois realiza o que lhe é pedido da parte de Deus (cf. vv. 13.19).
Com a citação de Oseias no centro do relato: “Do Egito chamei o meu filho” (Os 11,1), na qual o profeta se referia à saída do Egito, o evangelista parece querer comunicar que Jesus percorre as etapas fundamentais da história do seu povo, e que, por isso, ele é plenamente membro do povo eleito.
Estamos celebrando a festa da Sagrada Família de Nazaré. O que a faz santa? É a presença do Filho de Deus que assumiu a nossa humanidade. A presença do Emanuel permitiu revelar Maria como a que recebeu o favor de Deus e José, como o homem justo. A sua presença aproxima a realidade celeste da nossa humanidade. Ademais, a santidade da família de Nazaré se exprime no engajamento em realizar a vontade de Deus. Por isso, o desejável é o que São Paulo exprime tão bem: “Revesti-vos do amor, que une a todos na perfeição”. O amor é a expressão máxima da vida cristã.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que a fidelidade demonstrada pela Sagrada Família de Nazaré seja exemplo para as famílias cristãs, cuja fé é provada em meio a tribulações.
Fonte: Paulinas em 29/12/2013

Vivendo a Palavra

Acompanhemos José com admirada gratidão: em silêncio, ele assume seu papel na História da Salvação. Na fuga para o Egito, no retorno a Canaã, no cuidado para evitar as ameaças da Judéia e na escolha da Galiléia como nova morada, José vai se mostrando protetor do Menino e preservando sua vida para a Missão Redentora.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/12/2013

Vivendo a Palavra

O Senhor está à porta de nossa casa e bate. Abramos o coração e a morada para que Ele entre e, conforme sua promessa, faça sua refeição conosco. Que os lares cristãos sejam fontes de Amor fraterno a derramar dos corações para conforto dos irmãos, especialmente dos que sofrem as asperezas do caminho nesta terra abençoada.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/12/2016

VIVENDO A PALAVRA

Acompanhemos José com a merecida gratidão: em silêncio, ele assume seu papel na História da Salvação. Na fuga para o Egito, no retorno a Canaã, no cuidado para evitar as ameaças da Judeia e na escolha da Galileia como nova morada, José vai se mostrando protetor do Menino, preservando sua vida para a Missão Redentora.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/12/2019

Reflexão

Sagrada Família - A FAMÍLIA DE NAZARÉ E AS FAMÍLIAS DE HOJE

A fuga da família de Jesus para o Egito, relatada no evangelho deste domingo, retrata a situação de muitas famílias da atualidade, vítimas de um sistema que oprime e mata.
Vemos que o evangelho escolhido pela liturgia para a festa da Sagrada Família, em vez de apresentar momentos felizes da infância do Senhor, nos fala de circunstâncias conflituosas e difíceis da vida de Jesus, José e Maria. Entre elas, o fato de que tiveram de fugir, à noite, para uma terra desconhecida, a fim de livrar Jesus da morte.
Pensemos nisto: será que o evangelho não estaria querendo mostrar que a família é uma das realidades que carregam vários tipos de tensões, paradoxos e contradições dentro de si? E mais: frente a isso, onde nossas famílias depositam suas esperanças?
É interessante exercício pensar nas famílias sob os aspectos cultural, existencial e estatístico. Por exemplo, não raro deparamos com escritos nos quais a família é conceituada com palavras bonitas e coloridas, próprias para serem lidas nas comemorações do dia dos pais e das mães. Como resultado, alimenta-se o imaginário coletivo com a ideia de que a condição da família é marcada tão somente pela harmonia e pelo benquerer mútuo. Por outro lado, se tomamos conhecimento dos dados da realidade, acabamos descobrindo que há muitas situações de conflito – e em alguns casos até de violência — desencadeadas no âmbito familiar.
A liturgia de hoje nos apresenta o exemplo de Maria, José e Jesus, que viveram grandes tribulações. Ou seja, conflitos e perigos não pouparam a família de Jesus, já desde o seu nascimento. De fato, como nos relata o evangelho, Jesus nasceu no contexto de uma viagem, em meio ao desconforto, à pobreza e à indiferença de muitos que foram chamados a ser solidários, mas não o foram. Logo depois, ele com sua família foram forçados a fugir; mais tarde, Jesus, já jovem, perdeu-se dos pais.
A sagrada família, portanto, viveu os mesmos dramas das famílias contemporâneas. Famílias que caminham em meio às mais diversas dificuldades, sofrimentos e desânimo. A festa de hoje leva-nos a perguntar: como estamos enfrentando essas dificuldades? Onde estamos depositando nossas esperanças? A família de Nazaré depositou a sua esperança nas mãos de Deus, que jamais a decepcionou. E quanto às nossas famílias?
Jorge Alves Luiz, ssp
Fonte: Paulus em 29/12/2013

Reflexão

A narrativa de Mateus não pode ser tomada como uma crônica jornalística. É uma narrativa teológica da infância de Jesus e nos mostra que este e sua família estão inseridos na realidade humana, com seus dramas e esperanças. O relato de Mateus tem a finalidade de mostrar como Jesus revive, desde a infância, a experiência do povo de Israel. Do mesmo modo que Moisés, salvo das águas, foi o libertador do povo da escravidão no Egito, assim Jesus, salvo das mãos de Herodes, será o libertador do novo povo de Deus. Desde criança, é rejeitado e perseguido pelo poder opressor (Herodes); por outro lado, é procurado pelos pobres e desprezados (magos). A Família de Nazaré é uma família normal, como qualquer outra; é amada por Deus, como todas as outras. Ela não é livre do destino dos mortais, mas é acompanhada e salva pela providência divina. Todas as nossas famílias têm seus altos e baixos, mas não podemos esquecer que é nessa realidade que elas são acompanhadas, iluminadas e abençoadas por Deus. Todas as famílias têm suas dificuldades, as quais serão superadas com o amor. “Só o amor é capaz de superar a dificuldade. O amor é festa, o amor é alegria, o amor é seguir em frente” (papa Francisco). Família de Nazaré, tornai nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, tornando-as “igrejas domésticas”.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 29/12/2019

Reflexão

O relato de Mateus tem a finalidade de mostrar como Jesus revive, desde a infância, a experiência do povo de Israel. Do mesmo modo que Moisés, salvo das águas, libertou o povo da escravidão no Egito; assim Jesus, salvo das mãos de Herodes, será o libertador do novo povo de Deus. Desde criança enfrenta a rejeição e a perseguição do poder opressor (Herodes); por outro lado, é procurado e bem-querido pelos pobres e desprezados (magos). É nessa criança frágil e perseguida que Deus se encarna. A Família de Nazaré é uma família humana, não está livre do destino dos mortais, como qualquer outra. Todas as famílias têm seus altos e baixos, mas é nessa realidade que elas crescem e amadurecem no seu relacionamento com Deus e com tantas outras famílias. As dificuldades e os desafios podem ser superados mais facilmente quando seus membros vivem o amor e o apoio mútuos, e não se fecham em si mesmos. “Só o amor é capaz de superar a dificuldade. O amor é festa, o amor é alegria, o amor é seguir em frente” (papa Francisco). A Família de Nazaré pode ser vista como modelo para as famílias que se deixam iluminar pelo Espírito de Deus. Família de Nazaré, tornai nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, para que sejam pequenas “igrejas domésticas”.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Recadinho

Também a Sagrada Família teve que experimentar o drama do exílio e da imigração! Tenho contato com imigrantes? Sendo a resposta positiva, como os trato? Há muito racismo no contexto social em que vivo? - Jesus, já em pouca idade, é incômodo aos poderosos! José, deixando de lado interesses pessoais, assume sua tarefa de protetor do Menino Jesus. Não me importando com a idade, faço o que está a meu alcance em favor da paz? - Coloco a família acima de tudo? Jesus, Maria e José nos indicam o melhor caminho para revitalizar nossas famílias. Vamos colocar a Sagrada Família no centro de nosso lar?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 29/12/2013

Meditação

Deus quis revelar-se a nós no seio de uma família: a Família de Nazaré. É uma família que escuta Deus e anda no caminho que Ele propõe. Ela teve de enfrentar também suas dificuldades, teve de fugir para o Egito e preservar a vida de Jesus. Por ser uma família obediente, Deus pode realizar nela seu projeto redentor. Perguntemos se nós estamos dispostos a escutar Deus aqui e agora, aceitando o que Ele nos propõe. A fé exige decisão, aceitação e mudança.
Oração
Ó Deus de bondade, que nos destes a Sagrada Família como exemplo, concedei-nos imitar em nossos lares as suas virtudes, para que, unidos pelos laços do amor, possamos chegar um dia às alegrias da vossa casa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Meditando o evangelho

UMA FAMÍLIA PROVADA

A Sagrada Família de Nazaré, apesar de sua relação privilegiada com Deus, em nada foi poupada dos infortúnios próprios dos seres humanos. Seria enganoso imaginá-la gozando de regalias inacessíveis a qualquer pessoa comum. Talvez, exatamente porque tão intimamente ligada a Deus, tenha sido posta à prova, de maneira tão dura.
Já os fatos inerentes ao nascimento de Jesus comportaram motivos de aflição. É fácil de imaginar quanta angústia acarretaram a concepção misteriosa de Maria, a obrigação de se deslocar para Belém, quando o tempo de dar à luz estava se aproximando, a falta de lugar adequado para o parto e as condições precárias em que o menino Jesus nasceu.
A fuga apressada para o Egito, para escapar da fúria homicida de Herodes, foi mais um sofrimento imposto à Sagrada Família. À perspectiva de morte somava-se a de ver-se obrigada a fugir para o estrangeiro, de maneira imprevista, como também, a de ter de voltar para Israel, a fim de não cair nas garras de Arquelau, sucessor de Herodes, devendo escolher, como lugar de moradia, a humilde e sem importância Nazaré.
A Sagrada Família jamais esteve isenta de tribulações. Mas nem por isso desviou-se do caminho da fé e obediência a Deus. Sua fidelidade foi continuamente posta à prova. E, na provação, foi se consolidando. Desta forma, tornou-se modelo de família cristã que, experimenta as dificuldades da vida, sem se desviar dos caminhos de Deus.

Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Pai, que a fidelidade demonstrada pela Sagrada Família de Nazaré seja exemplo para as famílias cristãs, cuja fé é provada em meio a tribulações.
Fonte: Dom Total em 29/12/201330/12/2016 e 29/12/2019

Oração
Ó Deus de bondade, que nos destes a Sagrada Família como exemplo, concedei-nos imitar em nossos lares as suas virtudes para que, unidos pelos laços do amor, possamos chegar um dia às alegrias da vossa casa. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 29/12/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

É necessário tomar muito cuidado ao refletirmos este evangelho na Festa da Sagrada Família formada pelos pais José e Maria, e o Menino Jesus. Se não compreendermos o contexto em que São Mateus escreve e reflete com suas comunidades, teremos uma conclusão errada, de que aquela Família era Sagrada e como tal gozava de todos os benefícios Divinos, pois a cada perigo eminente José é avisado em sonhos por um anjo do Senhor que lhe dá a orientação segura do que e como fazer para escapar desses perigos.  E daí, o Cristão Pai de Família de hoje vai apenas pensar: que bom se isso acontecesse comigo e minha família. Mas não tenho a mesma Fé de José, Pai adotivo de Jesus, não fui escolhido para uma missão tão bonita como a dele. E a reflexão desse pai de família poderá terminar com uma invocação a São José e a Sagrada Família, pedindo proteção Divina para os terríveis perigos que rondam nossas famílias hoje.
Há na Bíblia um recurso literário chamado Midraxe, que não esvazia a reflexão, ao contrário a torna mais rica e profunda. Mateus é Judeu e escreve para Judeus, suas comunidades 50 anos após a Morte de Jesus, prevalece o Cristianismo Judaico onde a Tradição da História de Israel é sempre colocada em relevo. O Deserto fora uma experiência libertadora para o Povo de Deus da Antiga Aliança. José do Egito, das Doze Tribos de Israel, Filho de Jacó, tinha o carisma do sonho, onde Deus se revelava, e a ele pode ser atribuída a formação do Povo de Israel que é gestado no Egito e de lá é chamado para voltar a Israel. José, Pai adotivo do Menino Jesus, dá início a uma nova história, colaborando de maneira decisiva para a Encarnação Divina, não mais no meio de um Povo em especial, mas de toda a humanidade. Mateus coloca como base para a origem do Povo da Nova Aliança, a mesma História do Povo da Antiga Aliança. E assim, seus conterrâneos poderiam abrir o coração para acolher a Boa Nova.
Mas voltemos ao nosso tempo, que reflexão fica para nós, sobre a Sagrada Família? Pois somos da cultura ocidental, bem longe das relações familiares do Mundo Judaico, marcada pela obediência, Fidelidade e acolhimento do outro. A carta Paulina da segunda leitura tem seu foco na caridade em nossas relações, como vínculo da perfeição.
José, o esposo de Maria e Pai adotivo de Jesus, é um Homem Justo que se move pela Fé no Deus Vivo, que norteia todas as suas decisões. Cada passo, decisão ou escolha que ele faz, enquanto Pai de Família, está sempre coerente com a sua Fé, por isso Deus o inspira, porque ele está sempre aberto á sua Palavra e Revelação que acontece no dia a dia. Nossas Famílias também são Sagradas, como a de Nazaré, O patrimônio que Deus nos confia é a Vida, da qual a Família deve ser a primeira guardiã.
Em José, o Agir de Deus numa ação conjunta, é tão forte que ele próprio, percebeu que o tirano Arquelau, Filho de Herodes, representava um perigo para a Vida de Jesus e por isso vai morarem Nazaré, lugar de gente simples, de onde Jesus sairá anunciando um Reino que se estendeu ao mundo inteiro.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Ele será chamado nazareno - Mt 2,13-15.19-23
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Estamos no tempo litúrgico do Natal, tempo de festas nas quais celebramos o nascimento de Jesus no seio de uma família, na qual a Mãe tem o título especial de Mãe de Deus. Na Epifania ele se manifesta ao mundo, representado pelos Sábios do Oriente e, depois de trinta anos de vida oculta, é batizado por João Batista. São as cinco festas do Tempo do Natal. Hoje celebramos a festa da Sagrada Família. Os textos bíblicos nos falam da família de Jesus e da nossa família.
O Evangelho faz o relato da fuga para o Egito, próprio de São Mateus, que nos permite imaginar a viagem da Sagrada Família, seu tempo de permanência no Egito e seu retorno para Nazaré. A comunidade copta do Cairo conserva uma igreja no local onde Maria, José e o Menino moraram logo que chegaram ao Egito.
O anjo das aparições a São José alertou-o sobre os maus propósitos do rei Herodes, encaminhando a Sagrada Família para o Egito. São José se desdobrou como verdadeiro pai para que tudo corresse bem. Perguntam por que ele não avisou os moradores de Belém sobre o projeto de Herodes de matar as crianças. De fato, ele pensava que se tratasse apenas de salvar a vida do Menino Jesus. Não imaginava a extensão da crueldade do rei.
No Eclesiástico, vemos o bom relacionamento dos filhos com os pais. Quem honra os pais têm o perdão dos pecados, ajunta tesouros, tem alegria com os próprios filhos, é atendido nas orações, tem vida longa. A caridade feita aos pais não será esquecida e, no juízo final, será nossa honra.
A carta aos Colossenses descreve o cristão equilibrado, que sabe viver com os outros. Suas virtudes são a misericórdia, a bondade, a humildade, a mansidão, a paciência. Sabe suportar e perdoar, e sabe que o amor é o vínculo da perfeição. As esposas são atenciosas para com os maridos. Os maridos amam as esposas e nunca são grosseiros. Os filhos sabem obedecer, e os pais não assustam os filhos para que eles não desanimem.
Tudo isso parece coisa antiga, e é antigo que “Deus criou o ser humano à sua imagem, homem e mulher ele os criou”, como é antigo que “o desejo da mulher a impele a seu marido” e vice-versa. É segundo a natureza que um homem e uma mulher se queiram e gerem filhos no amor que os une. Aceitamos o diferente e com ele convivemos naturalmente, sem que para isso se negue o que é segundo a natureza.
Fonte: NPD Brasil em 29/12/2019

Reflexão

SAGRADA FAMÍLIA, JESUS, MARIA E JOSÉ

FELIZ QUEM AMA O SENHOR E ANDA EM SEUS CAMINHOS!

I. INTRODUÇÃO GERAL

A liturgia de hoje põe em relevo o fato de que o Filho inseriu-se na humanidade, numa família, ele não é um mito. Ele fez o mesmo caminho de cada ser humano, pertenceu a um lar, a uma pátria e a uma cultura. Os percalços vividos pela família de Jesus não são muito diferentes dos que são experimentados por muitas pessoas ainda hoje. A família é a base dos valores, as atitudes de José e de Maria se tornam modelo de vida para os pais e mães hoje, animando-os a percorrer sua trajetória em atenção à vontade de Deus. Os demais textos são um desdobramento do quarto mandamento da Lei de Deus.

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. Evangelho (Mt 2,13-15.19-23): Quem ama o Senhor lhe obedece

O evangelho de hoje narra a fuga de José, Maria e o menino Jesus para o Egito. Revela-nos a importância da obediência e da colaboração humana para que se realizem os desígnios de Deus para a salvação humana. Em Jesus, a figura do povo de Israel é recapitulada e levada à plenitude. O que acontece a ele refere-se ao seu povo.
O Egito, em muitos textos bíblicos, é visto de forma negativa por remeter às nações que oprimiram Israel. No entanto, durante séculos o Egito havia sido um lugar de refúgio para os judeus que fugiam de risco de morte (cf. 1Rs 11,40; Jr 43,7). Daí se entende o porquê da fuga da sagrada família para lá.
Em ambos os casos, Deus deu ordens para sair do Egito e para voltar à terra prometida. Israel desceu ao Egito quando era uma nação muito jovem, e Jesus desceu quando era um menino. Deus escolheu Moisés para libertar Israel da escravidão do Egito e assim salvar o povo, levando-o à terra prometida. Da mesma forma, aconteceu com Jesus, Deus o chamou do Egito para salvar os homens de seus pecados e conduzi-los ao reino de Deus.
Em todos esses passos, Deus guiou Israel e a família de Jesus pelos caminhos que o próprio Deus escolheu. Tanto os hebreus, no tempo de Moisés, quanto a família de Jesus permitiram que Deus os conduzisse pelo caminho. É um testemunho concreto de que a salvação se torna eficaz na medida de quem colabora com a ação de Deus mediante a obediência aos seus desígnios.

2. I Leitura (Eclo 3,3-7.14-17a): Quem ama o Senhor honra pai e mãe

A fidelidade para com o Deus da aliança exige o amor ao próximo. Isso implica numerosas exigências éticas. Entre elas, o livro do Eclesiástico dá referência ao amor que deve ser dispensado ao pai e à mãe.
O texto que foi proclamado hoje é um comentário ao mandamento de Ex 20,12. Não há desculpa alguma para o não cumprimento dessa norma. Na época em que o livro do Eclesiástico foi escrito, as motivações para se seguir uma norma se davam através de um elenco de recompensas e de castigos decorrentes do cumprimento ou não do mandamento. Por isso, o texto exorta que Deus não atenderá as orações de quem não cuidar dos próprios pais. Da mesma forma, enumera as vantagens para aqueles que dão especial atenção ao pai e à mãe.
A recompensa para quem honrasse pai e mãe seria uma vida longa e próspera, porque naquela época as pessoas ainda não tinham clareza sobre a ressurreição dos mortos, portanto, a longevidade e a prosperidade eram o que de melhor poderia acontecer com uma pessoa.
Para o cristão, esse elenco de bênçãos e castigos não é necessário. Cristo nos deu o exemplo quando decidiu nascer numa família, e nós nos sentimos motivados pela ação do Espírito Santo a configurar nossa vida à vida de Cristo.

3. II Leitura (Cl 3,12-21): O amor é o vínculo da perfeição

O texto da segunda leitura faz uma descrição da vida na comunidade cristã dos primórdios.
O emprego dos termos “eleito, santo, amado”, que antigamente se referiam a Israel, sublinha o fato de que os cristãos estavam conscientes de formar uma nova comunidade como povo de Deus, e isso devia se refletir em suas mútuas relações.
Segue-se uma lista de virtudes que destacam a transformação interna necessária para se adquirir um novo comportamento, uma vida nova configurada à de Cristo, com humildade, mansidão, paciência etc.
A expressão “uns aos outros”, repetida duas vezes (v. 13.16), sublinha que as responsabilidades são mútuas. A obediência ao Senhor será demonstrada através do modo como as responsabilidades comunitárias e familiares são assumidas por todos como testemunho para o mundo. O elenco das regras familiares acentua muito mais as responsabilidades que os direitos de cada um. Isso é um testemunho para nossa época, na qual as pessoas geralmente colocam a exigência dos direitos em primeiro lugar, seja no ambiente eclesial ou familiar.

III. PISTAS PARA REFLEXÃO

O presidente da celebração deverá destacar alguns problemas da família na atualidade sem, contudo, cair no sermão moralista e ofensivo. Não se trata de mencionar assuntos polêmicos, mas de orientar as famílias nas luzes do Espírito Santo. Destacar que Jesus está empenhado em resgatar o valor da família, pois ele mesmo quis pertencer a uma.

Aíla Luzia Pinheiro Andrade
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje - BH), onde também cursou mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos. Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
E-mail: aylanj@gmail.com
Fonte: Vida Pastoral em 29/12/2013

Liturgia comentada

Foge para o Egito! (Mt 2,13-15.19-23)
Jamais conseguiremos esgotar o realismo da encarnação do Verbo de Deus. Jesus Cristo experimentou todos os aspectos de nossa humanidade, exceto o pecado. Entre outras facetas do drama humano – fome e sede, hesitações e cansaços, calúnias e perseguições -, Jesus passou também pela experiência da migração forçada.
Para livrá-lo da fúria infanticida de Herodes, Maria e José precisaram migrar para o Egito. Na prática, deixar a segurança da terra natal e viver em terra estranha, com tudo o que o antigo Egito oferecia: cultura diferente, idioma estrangeiro, ambiente politeísta, culinária incomum e, acima de tudo, a impressão de estar à margem da sociedade local.
Ao recordar a situação da Sagrada Família em sua “fuga para o Egito”, o cristão deveria devotar aos migrantes uma atenção especial. Ao divulgar sua Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado (2014), o Papa Francisco refletia:
“Os migrantes e refugiados não são peões no tabuleiro de xadrez da humanidade. Trata-se de crianças, mulheres e homens que deixam ou são forçados a abandonar suas casas por vários motivos, que compartilham o mesmo desejo legítimo de conhecer, de ter, mas, acima de tudo, de ser mais. É impressionante o número de pessoas que migram de um continente para outro, bem como aqueles que se deslocam dentro de seus próprios países e áreas geográficas. Os fluxos migratórios contemporâneos são o maior movimento de pessoas, se não de povos, de todos os tempos.”
“No caminho, ao lado dos migrantes e refugiados – prossegue o Papa - a Igreja se esforça para compreender as causas que estão na origem das migrações, mas também se esforça no trabalho para superar os efeitos negativos e aumentar os impactos positivos nas comunidades de origem, de trânsito e de destino dos fluxos migratórios.”
Assim, entre outras tarefas das comunidades eclesiais, não pode ser descurada a Pastoral do Migrante, em especial nos grandes centros urbanos, onde se concentram os estrangeiros e as vítimas do êxodo rural. O ideal cristão de fraternidade e comunhão nos arranca do estreito círculo de nossa vida pessoal para nos impelir n direção de todas as minorias com as quais o próprio Jesus se identifica (cf. Mt 25,35-36).
Orai sem cessar: “O Senhor protege os estrangeiros.” (Sl 146,9)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
Fonte: NS Rainha em 29/12/2013

HOMILIA

A FUGA PARA O EGITO

É característico de Mateus elaborar suas narrativas teológicas como sendo atualizações de antigas narrativas do Primeiro Testamento. Neste texto, sobre a ameaça de Herodes ao menino e a fuga de José, com o menino e a mãe, para o Egito, pode-se ver uma alusão à história de José do Egito. José, o sonhador, um dos doze filhos de Jacó (Ex 37,5-11.19), ameaçado de morte pelos irmãos, encontra refúgio no Egito. Depois, os descendentes de Jacó no Egito são conduzidos de volta para Canaã (Palestina) por Moisés. Na narrativa de Mateus, José, como José do Egito, também tem sonhos reveladores. Advertido em sonho por um anjo, diante da ameaça de morte para o menino Jesus, José também busca refúgio no Egito. Mateus, então, afirma o cumprimento da escritura na volta de José, do menino e da mãe: “Do Egito chamei meu filho” (Os 11,1). De volta à Judéia, José é novamente advertido em sonho sobre o cruel Arquelau, indo buscar refúgio no norte da Palestina, na Galiléia, em Nazaré. Jesus, um novo Moisés na visão de Mateus, ficou conhecido como “o nazareno”. Na família e nas comunidades de discípulos, apesar de todas as tribulações, deve vigorar sempre a harmonia, na estima, no respeito e na gratidão mútuos. Jesus testemunhou um amor vivido na família aberto e transbordante para com todos os demais carentes da sociedade e do mundo.
Aqui Mateus mostra como a revelação do nascimento de Jesus foi recusada por Herodes, que tinha de seu lado “toda a cidade de Jerusalém”, e como fracassou a trama que pretendia entravar o projeto divino.
O Egito sempre representou, para os judeus residentes na Terra Santa, o mais prático lugar de refúgio. Isso valia também no tempo de Herodes Magno, quando os romanos dominavam o Egito.
Encontramos no texto, um profeta não nomeado. Fazendo uma releitura descobrimos que se trata de Oseias (Os 11,1). O profeta fala do povo de Israel, que Deus tirou da escravidão do Egito, tratando-o como filho, enquanto este se tornou indigno desse amor. É assim acenado um tema que será bem desenvolvido no resto do evangelho de Mateus, isto é, que em Jesus se realizou plenamente tudo o que Deus havia pedido em vão ao seu povo.
Nos vv. 19-20, falando no plural “os que buscavam tirar a vida ao menino”, talvez o evangelista queira aludir a toda Jerusalém que era solidária com Herodes e, sobretudo, aos muitos futuros inimigos de Jesus que depois quiseram a sua morte. Arquelau foi mal-visto pelos seus súditos, por causa de sua crueldade, a tal ponto que os romanos o depuseram no ano 6 d. C. Portanto, é historicamente certo o julgamento de Mateus, que considera a Galileia como uma região politicamente mais tranquila do que a Judeia.
No v. 23, a frase, aqui genericamente atribuída aos profetas, não aparece em nenhum lugar do antigo testamento. É claro, porém, que o evangelista pretende retrucar a quem defendia que o Messias não poderia vir de Nazaré, nem da Galileia (cf. Jo 1,46; 7,41.52). Entretanto, juntamente com esse significado, para o evangelista, o termo “Nazareno” devia ter um outro: provavelmente aludia ao termo hebraico, que significa “broto”. Haveria assim uma alusão ao oráculo messiânico de Is 11,1. Este fato, de que Jesus realiza o Êxodo definitivo, é sublinhado pelo uso do texto de Oséias, 11, 1. Na profecia original, o “Filho” era o próprio povo de Israel. Aqui Mateus a aplica a Jesus como indivíduo, pois Ele representa o início da restauração de todo Israel. A fuga e a volta constituem o Novo Êxodo, com um novo e maior Moisés – Jesus.
No que se refere à família moderna, podemos ver como a família de Nazaré pôs-se no seguimento da vontade de Deus. Sendo pessoas “justas”, José e Maria não hesitam, mas colocam as suas vidas a serviço da vontade divina, de realizar a salvação de Jesus. Era uma família tipicamente judaica - com a sua fé alimentada pela espiritualidade dos “anawim”, ou dos “pobres de Javé”, tão bem expressada pelos profetas Segundo-Isaías, Sofonias e Segundo-Zacarias, entre outros. Foi no seio desta família, com esta espiritualidade, que Jesus descobriu a sua identidade, a sua fé e a sua missão.
Que a celebração desta festa anime a todas as famílias cristãs, num mundo onde a vida familiar é desprezada e até atacada, a fortalecer a sua vivência da fé, criando laços de amor e doação, baseando-se nos valores evangélicos de solidariedade, justiça e partilha. No nosso mundo da idolatria do consumo, do “ter”, e do ‘poder”, a nossa vivência familiar é instrumento valioso na realização permanente do processo do Êxodo em nossa vida, hoje. Que Deus abençoe as nossas família. Jesus Maria e José, nossa família vossa é!
Pai, que a fidelidade demonstrada pela Sagrada Família de Nazaré seja exemplo para as famílias cristãs, cuja fé é provada em meio a tribulações.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 29/12/2013

REFLEXÕES DE HOJE

29 de DEZEMBRO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 29/12/2013

REFLEXÕES DE HOJE

29 DE DEZEMBRO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 29/12/2019

HOMILIA DIÁRIA

A família tem um grande valor para Deus

A sua família é a coisa mais sagrada para Deus, e toda família tem um sentindo único para o Senhor.

”Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe” (Eclo 3, 3).

Nós celebramos, hoje, a Sagrada Família, Jesus, Maria e José. Deus no Seu plano maravilhoso de amor, quis que o Seu filho único, viesse nascer no seio de uma família. Quis o Pai, que o seu Filho no meio de nós tivesse um pai e uma mãe; quis que este mesmo menino crescesse, junto a uma família e formasse o sentido ”Sagrado” da família. É por isso, que hoje, chamamos a festa da Sagrada Família, na confirmação da graça maior, de que toda família é sagrada.
A sua família é a coisa mais sagrada para Deus, e toda família tem um sentindo único para o Senhor. Deus veio no meio de nós, primeiro para resgatar, salvar e dar sentido ao ser família. Ainda que nós, contemplemos as diversas dificuldades que hoje se encontra, para uma família permanecer junta, estável, unida. Porque, são tantas as ameaças que as famílias sofrem. A ameaça do divórcio, da separação, dos desentendimentos; ameaça da traição, ameaça dos filhos que se rebelam contra os pais. São tantos pecados, e tantas coisas que impedem nossas famílias de permanecerem juntas; a família não perde diante de Deus o seu sentido.
Não importa, agora o ponto em que se encontra a sua família. Se ela já sofreu, se ela já teve altos e baixos. No ponto em que você se encontra, lute pela sua família, ore pela sua família, honre a sua família, e peça para Deus, o mesmo Jesus que habitou no meio de uma família, que Ele também habite na sua casa e na sua família.
Primeira coisa: filhos amem, respeitem e cuidem dos pais! Nada justifica os filhos serem grossos, mal educados, responderem, desrespeitarem e desonrarem os seus pais. A benção vai permanecer, para sempre na sua vida, na medida em que você saiba respeitar, honrar e compreender os defeitos do seu pai ou da sua mãe. Mas que os pais saibam ter paciência, também com seus filhos, não sejam egoístas, não tratem seus filhos da mesma forma que foram tratados. No sentido, de que um dia você foi educado com muita dureza, você foi maltratado, não significa que você precisa fazer o mesmo, também com seus filhos!
A base de uma família, é o amor de um pai e de uma mãe. Como o marido precisa se desprender para amar sua esposa, e vice-versa. Estou, hoje, pedindo a Deus, a começar de marido e mulher, de onde brota e nasce toda família; que muitas famílias sejam resgatadas, sejam ali cessadas no amor divino, que as tempestades que batem na porta, das casas de muitas famílias passe. E as famílias permaneçam firmes, de pé, lutando para dar um sentido sagrado ao ”ser família”.
Que Deus, hoje, abençoe sua casa, que Ele abençoe o seu lar. Que cada vez mais, você compreenda que a sua família, é uma Sagrada Família.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 29/12/2013

HOMILIA DIÁRIA

Deus cuida de nossas famílias

Precisamos dar o melhor de nós para que nossas famílias sejam santas, iluminadas, abençoadas e benditas

“Deus honra o Pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe” (Eclesiástico 3,3).

Hoje, celebramos a Festa da Sagrada Família: Jesus, Maria e José. Deus quis viver no meio de nós, Ele quis ter uma família. Deus é uma família no Céu, é o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O céu também veio habitar no meio de nós vivendo numa família, a qual chamamos Sagrada Família, mas é importante dizer a você que toda família é sagrada e preciosa aos olhos de Deus, por isso precisamos assumir, a cada dia, o valor sagrado e essencial que ela tem. O bem mais precioso e sacro que a humanidade tem se chama: família.
Como precisamos cuidar das nossas famílias, dar o melhor de nós para que elas sejam santas, iluminadas, abençoadas e benditas!
Deus quis resgatar a humanidade formando uma família, para que todas elas fossem cuidadas no coração d’Ele. Por isso, dê atenção àquilo que sua família precisa, para que ela seja cada vez mais sagrada segundo os desígnios de Deus.
A leitura do dia de hoje, no Livro do Eclesiástico, traz para nós alguns elementos importantes, que não podem ser desprezados na vivência de uma família. Eu destaco, sobretudo, o respeito que deve haver dos pais para com os filhos e dos filhos para com os pais.
O bom filho é aquele que honra seu pai e sua mãe, é aquele que lhes deve respeito e obediência, mesmo que seus eles tenham defeitos, limites, coisas que todos nós temos. Muitas vezes, queremos que os outros tolerem nossos limites, mas não temos paciência para tolerar os defeitos e limites dos nossos.
Temos que vencer aquela impetuosidade que o mundo gera em nós de perdermos a paciência, a tolerância, o respeito e o cuidado para com os nossos pais. Quem honra seu pai e sua mãe está honrando e respeitando Deus. O quarto mandamento não pode ser negligenciado, é nossa responsabilidade cuidar dos nossos pais, amá-los e respeitá-los até o último dia da nossa vida.
Do outro lado, é muito importante que os pais saibam também respeitar, amar, cuidar e dar a atenção que os filhos merecem. que não queiram somente receber respeito, mas saibam respeitar, cuidar dos filhos e ter para com eles as responsabilidades próprias de um pai e de uma mãe.
Não irrite seus filhos, não queira ser um pai e uma mãe autoritários. O excesso de autoritarismo gera muitos traumas, ressentimentos e mágoas. Aliás, a graça que Deus quer nos dar, no dia de hoje, é superarmos todos os traumas que adquirimos dentro da nossa própria casa. O ideal é que cada família seja um nicho de amor, cuidado e ternura. Nem sempre isso é possível ser vivido na plenitude, pois há os arranhões, as dificuldades, o próprio relacionamento.
A família começa entre marido e mulher, e esse encaixe nem sempre acontece da melhor maneira. O mais bonito é que em Deus tudo se supera, a vida nova acontece cada vez que pedimos e permitimos que Ele renove nossas casas e nossas famílias.
Deus quer que sua família seja sagrada sempre mais, seja sempre mais santa. É preciso permitir que a santidade de Deus purifique, renove os sentimentos familiares que ficaram manchados, marcados por traumas, ressentimentos e coisas negativas. É preciso que a luz de Jesus, que nasceu para nos salvar, traga luz para que as famílias sejam cada vez mais santas e sagradas. Diga comigo: “A minha família é uma bênção de Deus!”.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Caão Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

A sua família é muito sagrada para Deus

José levantou-se, pegou o Menino e Sua mãe, e entrou na terra de Israel” (Mateus 2,21).

Celebramos a graça da Sagrada Família, Jesus Maria e José. É preciso dizer que nada é mais sagrado para Deus do que a família, porque Ele é a família divina, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.Deus nos deu o Seu Filho para que viesse morar numa família. Jesus poderia ter vindo morar sozinho, ter nascido de forma milagrosa, mas, nos desígnios eternos de Deus, a salvação passa pela família.
Em primeiro lugar, é a família que precisa ser salva para que a humanidade seja salva. Não há como salvarmos a humanidade e a vida, se não salvarmos nossas famílias, se não tomarmos consciência do valor sagrado da nossa família. Deus quis se fazer homem na família para que toda família se torne, n’Ele, sagrada.
A sua família é muito sagrada para Deus, ela é sublime. Nada é mais importante para você do que sua família. Lute, reze e esteja com a sua família, valorize a sua família acima de qualquer coisa. Nenhum amigo, nenhum trabalho, nenhuma conquista da vida é maior do que a conquista, o resgate e a salvação da família.
A nossa sociedade moderna não promove a família como família, pelo contrário, promove muitos ataques à família. E quem é que pode defender as nossas famílias? Aquele que veio salvá-la: Jesus.
Por isso, no centro de nossas casas e das nossas famílias, Jesus precisa estar em primeiro lugar. Mas se você coloca a situação econômica, os valores materiais, o consumismo, se no centro da sua casa o mais importante é a televisão e os meios de comunicação tantas outras coisas, sua família vai diluindo o valor sagrado que ela tem. Se você coloca os seus interesses em primeiro lugar, a sua família vai se dilacerando.

Deus quis se fazer homem na família para que toda família se torne, n’Ele, sagrada

Eu digo a você, de todo o meu coração: coloque Jesus no centro da sua família e da sua casa, deixe Ele morar na sua família como Ele morou na família de Nazaré, no meio de Maria e de José. Jesus também quer estar na sua casa.
Que a sua casa se reúna em torno de Jesus, que a sua casa se reúna para se entregar a Jesus, que a sua casa se reúna para invocar o nome d’Ele.
Isso tem de começar das nossas próprias refeições. É triste como as famílias se alimentam porque não se alimentam de Deus, da Palavra de Deus, e, quando se reúnem para comer juntos, outras coisas têm mais importância; um vai para a sala ver televisão, o outro não tira o celular da mão e mal se faz uma oração para expressar a comunhão familiar.
Comece a prestar atenção em coisas que parecem simples e insignificantes, mas são tão importantes para resgatar o valor sagrado de uma família.
Quando a sua família se reúne para rezar? Quando vocês expressam a comunhão de Deus na vivência familiar?
Reflitamos, hoje, sobre a importância sagrada que a nossa família tem.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal CançãNova.
Fonte: Canção Nova em 29/12/2019

Oração Final
Pai Santo, que o exemplo de José penetre no fundo do nosso coração, para que, como ele, nós sigamos as intuições interiores com fé. E que mantenhamos silêncio, agradecidos pela tua Presença misericordiosa em nós, assistindo-nos pelas estradas da vida. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/12/2013

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a seguir o exemplo de Maria e José, os pais de Jesus de Nazaré. Que o nosso lar seja lugar de paz, fraternidade, justiça, alegria e temor da tua Lei. Que a tua Palavra Encarnada seja ouvida e seguida, para que um dia recebamos, na companhia do próprio Jesus, o teu abraço de Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/12/2016

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que o exemplo de José penetre bem fundo no nosso coração, para que, como ele, nós sigamos as intuições interiores com inabalável fé e ousada coragem. E que mantenhamos o silêncio, agradecidos pela tua Presença misericordiosa em nós, amado Pai, assistindo-nos pelas estradas da vida. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/12/2019


QUE O MENINO JESUS NASÇA,


TODOS OS DIAS EM SECORAÇÃO.


Ano Novo é tempo de rever prioridades, abraçar sonhos e preservar as coisas boas.


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