quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 30/12/2016 A 31/12/2016

Ano C




30 de Dezembro de 2016

Mt 2,13-15.19-23

Comentário do Evangelho

A família de Nazaré

Já começamos a dizer antes que Jesus realiza um novo êxodo, que vai culminar, de modo definitivo, na sua Páscoa. Já dissemos que Jesus é apresentado como o novo Israel e o novo Moisés. Ele é também comparado a Jacó (cf. Gn 46,2-5), que desceu ao Egito, aí cresceu e, ao sair, saiu como se fosse um povo numeroso. José, como no anúncio do nascimento de Jesus, é o destinatário da mensagem do anjo. É apresentado como homem justo, pois realiza o que lhe é pedido da parte de Deus (cf. vv. 13.19).
Com a citação de Oseias no centro do relato: “Do Egito chamei o meu filho” (Os 11,1), na qual o profeta se referia à saída do Egito, o evangelista parece querer comunicar que Jesus percorre as etapas fundamentais da história do seu povo, e que, por isso, ele é plenamente membro do povo eleito.
Estamos celebrando a festa da Sagrada Família de Nazaré. O que a faz santa? É a presença do Filho de Deus que assumiu a nossa humanidade. A presença do Emanuel permitiu revelar Maria como a que recebeu o favor de Deus e José, como o homem justo. A sua presença aproxima a realidade celeste da nossa humanidade. Ademais, a santidade da família de Nazaré se exprime no engajamento em realizar a vontade de Deus. Por isso, o desejável é o que São Paulo exprime tão bem: “Revesti-vos do amor, que une a todos na perfeição”. O amor é a expressão máxima da vida cristã.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que a fidelidade demonstrada pela Sagrada Família de Nazaré seja exemplo para as famílias cristãs, cuja fé é provada em meio a tribulações.
Fonte: Paulinas em 29/12/2013

Vivendo a Palavra

Acompanhemos José com admirada gratidão: em silêncio, ele assume seu papel na História da Salvação. Na fuga para o Egito, no retorno a Canaã, no cuidado para evitar as ameaças da Judéia e na escolha da Galiléia como nova morada, José vai se mostrando protetor do Menino e preservando sua vida para a Missão Redentora.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/12/2013

Vivendo a Palavra

O Senhor está à porta de nossa casa e bate. Abramos o coração e a morada para que Ele entre e, conforme sua promessa, faça sua refeição conosco. Que os lares cristãos sejam fontes de Amor fraterno a derramar dos corações para conforto dos irmãos, especialmente dos que sofrem as asperezas do caminho nesta terra abençoada.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Recadinho

Também a Sagrada Família teve que experimentar o drama do exílio e da imigração! Tenho contato com imigrantes? Sendo a resposta positiva, como os trato? Há muito racismo no contexto social em que vivo? - Jesus, já em pouca idade, é incômodo aos poderosos! José, deixando de lado interesses pessoais, assume sua tarefa de protetor do Menino Jesus. Não me importando com a idade, faço o que está a meu alcance em favor da paz? - Coloco a família acima de tudo? Jesus, Maria e José nos indicam o melhor caminho para revitalizar nossas famílias. Vamos colocar a Sagrada Família no centro de nosso lar?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 29/12/2013

Meditando o evangelho

UMA FAMÍLIA PROVADA

A Sagrada Família de Nazaré, apesar de sua relação privilegiada com Deus, em nada foi poupada dos infortúnios próprios dos seres humanos. Seria enganoso imaginá-la gozando de regalias inacessíveis a qualquer pessoa comum. Talvez, exatamente porque tão intimamente ligada a Deus, tenha sido posta à prova, de maneira tão dura.
Já os fatos inerentes ao nascimento de Jesus comportaram motivos de aflição. É fácil de imaginar quanta angústia acarretaram a concepção misteriosa de Maria, a obrigação de se deslocar para Belém, quando o tempo de dar à luz estava se aproximando, a falta de lugar adequado para o parto e as condições precárias em que o menino Jesus nasceu.
A fuga apressada para o Egito, para escapar da fúria homicida de Herodes, foi mais um sofrimento imposto à Sagrada Família. À perspectiva de morte somava-se a de ver-se obrigada a fugir para o estrangeiro, de maneira imprevista, como também, a de ter de voltar para Israel, a fim de não cair nas garras de Arquelau, sucessor de Herodes, devendo escolher, como lugar de moradia, a humilde e sem importância Nazaré.
A Sagrada Família jamais esteve isenta de tribulações. Mas nem por isso desviou-se do caminho da fé e obediência a Deus. Sua fidelidade foi continuamente posta à prova. E, na provação, foi se consolidando. Desta forma, tornou-se modelo de família cristã que, experimenta as dificuldades da vida, sem se desviar dos caminhos de Deus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, que a fidelidade demonstrada pela Sagrada Família de Nazaré seja exemplo para as famílias cristãs, cuja fé é provada em meio a tribulações.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-12-30

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a seguir o exemplo de Maria e José, os pais de Jesus de Nazaré. Que o nosso lar seja lugar de paz, fraternidade, justiça, alegria e temor da tua Lei. Que a tua Palavra Encarnada seja ouvida e seguida, para que um dia recebamos, na companhia do próprio Jesus, o teu abraço de Pai Misericordioso.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php


31 de Dezembro de 2016

Jo 1,1-18

Comentário do Evangelho

Um mundo novo

Já brilha a luz da qual João Batista foi testemunha, a qual iluminará o novo ano civil que se aproxima. Esta luz é a vida comunicada pela Palavra de Deus que veio habitar entre nós. Toda a criação foi feita pela Palavra e, agora, quem crer nela e a acolher torna-se filho de Deus, participante de sua vida eterna. Tudo foi feito pela Palavra e o universo criado é a expressão do poder de Deus.
E o Verbo se faz carne, Jesus nasce. A carne, a individualidade de Jesus, é solidária com todo o universo. Jesus é o homem novo e com ele surgem os novos homens e as novas mulheres, o novo céu e a nova Terra, transcendendo o tempo.
Agora, homens e mulheres que creem na Palavra são gerados por Deus, na comunicação do seu amor. Na sua relação com os homens e as mulheres, Deus é amor. Deus comunica sua vida a eles por amor. E este amor é plenamente revelado e glorificado por Jesus.
José Raimundo Oliva
Oração
Senhor Jesus, que eu veja tua glória de Filho de Deus resplandecer em teus gestos misericordiosos em favor da humanidade.
Fonte: Paulinas em 31/12/2012

Vivendo a Palavra

O apóstolo João se joga inteiro nesta página inicial de seu Evangelho. Um texto que ilumina tudo o que se segue. Assim como o Rio e a Fonte são Um, o Cristo e o Pai são Um. Em Jesus se encarna a Palavra do Pai que constrói, a Palavra eficaz do Criador. Diante Dela, só cabem o silêncio e a adoração.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/12/2012

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Parábola do Menino de rua...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Era um menino pobre que vivia na miséria total, dormia em baixo da ponte ou nas marquises dos prédios, não tinha a segurança de um lar, de uma família, não tinha quem olhasse por ele. Um certo dia um homem sentou-se ao seu lado e começou a conversar com ele.
Comprou e comeu com ele um cachorro quente e um refrigerante, depois passou uma noite com o menino, dormiram em baixo de uma marquise porque naquela noite choveu muito e de manhã convidou o menino a ir para sua casa.
___O Senhor tem uma casa? Uma família? Como é isso...?
___Sim, tenho uma família e uma casa e queria levar você para morar com a gente.
___Mas por quanto tempo vou poder ficar por lá? Perguntou o menino desconfiado.
___Filho, você não vai como hóspede, mas sim como membro da família, poderá ficar a vida inteira e tudo o que é nosso será também seu, e um dia serás Herdeiro...
Uma pergunta para os leitores: Quem é que recusaria uma proposta dessa? Só se o sujeito for ruim da cabeça e não estiver em seu juízo perfeito, não é mesmo?
Pois aqui está o evangelho de São João, neste último dia do ano civil, a encarnação de Jesus, aquele que pré existia junto ao Pai, e que assumiu a nossa natureza humana, tornando-se um de nós, nos convida a participarmos na comunhão de vida com a Trindade Santa, Jesus não só assumiu a nossa natureza humana, mas nos divinizou fazendo-nos participantes da Trindade, mesmo na caminhada terrena, com as nossas fragilidades.
É isso que João Batista anunciou: mudança de casa, mudança de rumo e de direção, a Graça e a Verdade em Cristo Revelada nos deu acessibilidade total á comunhão com Deus. Agora acabou o tempo da Lei, pois em vez de simplesmente obedecermos ordens (seguirmos a Lei) nos tornamos íntimos daquele que nos deu a Lei, e por esta nossa ligação com Jesus o Pai nos acolhe em sua casa e somos inseridos na comunhão, podendo contemplar a sua glória e a sua luz maravilhosa.
Encarnação, assim resumida por João, consiste precisamente nisso: Jesus vem á nossa vida e nos leva a participar da Vida de Deus. Nele nasce um Novo homem, que agora renovado pela Graça e Salvação, se reencontra diante de Deus em imagem e semelhança, como em sua origem...

2. A TENDA DIVINA ARMADA ENTRE NÓS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Só uma reflexão atenta sobre o nascimento de Jesus permitiu ao evangelista compreender, em profundidade, o que se passou na humildade de Belém. Aí, o Filho de Deus armou sua tenda entre nós, na qualidade de enviado para nos falar de Deus e nos levar a conhecê-lo. Ele veio para nos transmitir tudo quanto aprendeu do Pai.
Sua condição divina foi descrita num linguajar elevado. Ele era a Palavra de Deus, estava em Deus e gozava da condição divina. Toda a Criação traz a sua marca, por ser obra sua. Nenhum ser existe independente de seu querer, pois nele estava a fonte da vida. Foi ele que arrancou o ser humano das trevas do erro, sendo uma luz brilhando nas trevas. Desde então, toda pessoa pode beneficiar-se desta luz, oferecida abundantemente.
Fazendo-se carne, em Jesus de Nazaré, a Palavra divina tornou-se visível. E assim, toda a humanidade passou a ter acesso a Deus, de maneira nova, por meio do Filho único, "cheio de graça e verdade". Só ele pode nos falar do Pai.
Todas estas credenciais não foram suficientes para que os seus acolhessem Jesus. Antes, movidos pelas paixões humanas – "a vontade da carne" –, muitos o rejeitaram recusando-se a partilhar da plenitude que lhes tinha sido oferecida.
Contudo, a insensatez humana não foi suficientemente forte para anular o projeto do Pai. A tenda do Verbo encarnado continua armada entre nós. Aproximemo-nos dela!
Oração
Pai, em teu Filho Jesus tu te fazes presente no meio de nós. Que eu saiba reconhecer-te e acolher-te na fragilidade humana do Verbo encarnado.

Fonte: NPD Brasil em 31/12/2012

HOMÍLIA DIÁRIA

Ver a glória de Cristo por meio da fé

Postado por: homilia
dezembro 31st, 2012

Uma mulher deu à luz o Filho de Deus concebido em seu ventre. É a Palavra de Deus que se fez carne e veio morar entre nós. O Senhor se fez humano para tornar divinos os humanos. Jesus, Filho de Maria, Filho de Deus, carne da nossa carne, é a luz do mundo que a todos ilumina.
Vivemos este tempo de alegria por termos Jesus entre nós, tudo renovando. Findo o ano, esperamos construir um ano novo. Está em gestação o mundo novo possível, sem exclusões, na fraternidade universal, na partilha, na compaixão e na paz.
O seu eterno desejo para a salvação do Seu povo é expresso por João: “Para que vejam a minha glória” (Jo 17,24). José pediu a seus irmãos que contassem a seu pai sobre toda a sua glória no Egito (Gn 45,13), não para dar uma amostra ostensiva dela, mas para dar a seu pai a alegria de saber a sua alta posição naquela terra. Da mesma forma, Cristo desejava que seus discípulos vissem a sua glória, para que pudessem estar satisfeitos e usufruir a plenitude de suas bênçãos para todo sempre.
Uma vez tendo conhecido o amor de Cristo, o coração daquele que crê estará sempre insatisfeito até a glória de Cristo ser vista. O auge das petições que Cristo faz a favor dos Seus discípulos é que possam contemplar a sua glória.
Desde que o nome do cristão é conhecido no mundo, não tem havido tanta oposição direta à singularidade e glória de Cristo como nos dias atuais. É dever de todos aqueles que amam o Senhor Jesus testemunhar, conforme suas habilidades, a singularidade de sua glória.
Eu gostaria, portanto, de fortalecer a fé dos verdadeiros cristãos ao mostrar que ver a glória de Cristo é uma das maiores experiências e privilégios possíveis neste mundo ou no outro. “Mas todos nós, com a cara descoberta, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2Cor 3,18) Na eternidade “seremos como Ele, porque O veremos tal como Ele é”(1Jo 3,2).
Este conhecimento de Cristo é a via contínua e a recompensa de nossas almas. Aquele que tem visto a Cristo também tem visto o Pai; a luz do conhecimento da glória de Deus é vista apenas na face de Jesus Cristo (Jo 14,9; 2Cor 4,6).
Há duas maneiras de ver a glória de Cristo: mediante a fé, neste mundo, e, por meio da fé, no céu eternamente. É a segunda maneira que se refere principalmente a oração sacerdotal de Cristo – que seus discípulos possam estar onde Ele está, para contemplar sua glória.
Nenhum homem jamais verá a glória de Cristo no futuro se ele não tiver alguma visão dela, pela fé, no presente. Devemos estar preparados pela graça para a glória, e pela fé para a visão. Algumas pessoas, que não tem fé verdadeira, imaginam que verão a glória de Cristo no céu; porém, estão apenas se iludindo. Os apóstolos viram a glória d’Ele:“Vimos a sua glória como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1,14). Essa não era uma glória deste mundo como a dos reis… Apesar de ter criado todas as coisas, Cristo não tinha onde reclinar a cabeça.
Não havia glória ou beleza incomum em sua aparência como homem. A sua face e suas formas se tornaram mais desfiguradas do que as de qualquer homem (cf. Is 52,14; 53,2). Não era possível ser vista neste mundo a glória total da Sua natureza divina. Como então os apóstolos viram a sua glória? Foi pela compreensão espiritual da fé.
Quando eles viram como Ele era cheio de graça e de verdade e o que Ele fazia e como falava, eles “o receberam e creram no seu nome” (Jo 1,12). Aqueles que não tinham essa fé não viram a glória em Cristo, pois ela está muito além do alcance de nossa presente compreensão humana. Não podemos olhar diretamente para o sol sem ficarmos cegos. Semelhantemente, com nossos olhos naturais não podemos ter nenhuma visão verdadeira da glória de Cristo no céu; ela apenas pode ser conhecida pela fé.
Aqueles que falam ou escrevem sobre a imortalidade da alma, sem ter conhecimento de uma vida de fé, não podem ter convicção daquilo que dizem… O entendimento que vê apenas através da fé é que nos dará uma ideia verdadeira da glória de Cristo e criará um desejo para um completo desfrute dela.
Entretanto, se quisermos ter uma fé mais ativa e um maior amor para com Cristo, que deem descanso e satisfação às nossas almas, precisamos ter um maior desejo de compreender melhor a Sua glória nesta vida. Isto significará que cada vez mais as coisas deste mundo terão menor atração para nós até que se tornem indesejáveis como algo morto. Não deveríamos procurar por nada nesta vida. Se estivéssemos totalmente convencidos disso estaríamos pensando mais nas coisas celestiais do que normalmente estamos.
Seremos moldados por Deus para o céu. Muitos pensam que já estão suficientemente preparados para a glória, como se eles a pudessem alcançar. Mas não sabem o que isso significa. Não há o menor prazer na música para o surdo, nem nas belas cores para o cego. Da mesma forma, o céu não seria um lugar de prazer para as pessoas que não tivessem sido preparadas para ele nesta vida pelo Espírito. O apóstolo dá “…graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz…” (Cl 1,12). A vontade de Deus é que devemos conhecer as primícias da glória aqui e a sua plenitude no futuro. Porém, somos feitos capazes de receber o conhecimento dessa glória pela atividade espiritual da fé. O nosso conhecimento atual da glória é nossa preparação para a glória futura.
Uma visão verdadeira da glória de Cristo tem o poder de mudar-nos até que nos tornemos semelhantes a Cristo (cf. 2Cor 3,18).
Uma meditação constante sobre a glória de Cristo dará descanso e satisfação às nossas almas. Trará paz às nossas almas que tantas vezes estão cheias de medos e pensamentos perturbadores. “Porque a inclinação da carne é a morte; mas a inclinação do espírito é vida e paz” (Rm 8,6). As coisas desta vida nada são quando comparadas com o grande valor da beleza de Cristo, como Paulo disse: “E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas as coisas, e as considero como esterco para que possa ganhar a Cristo” (Fl 3,8).
O conhecimento da glória de Cristo é a fonte de nossa bem-aventurança eterna. Vendo-O como Ele é, seremos feitos em semelhança a Ele. (1Ts 4,17; Jo 17,24; 1Jo 3,2).
Ao encerrarmos o ano civil louvemos e agradeçamos a Deus por tudo o que nos concedeu ao longo de 2012 e peçamos-lhe que nos faça contemplar a Sua glória – já aqui na terra – para que nos céus nos configuremos à ela.
Aproveito para expressar os meus sinceros votos de um Ano Novo repleto de paz e saúde a você e seus familiares.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 31/12/2012

Meditando o evangelho

A GLÓRIA DO FILHO DE DEUS

O prólogo do Evangelho joanino projeta a trajetória do Messias Jesus, para além dos limites da História. Explicita o que havia no princípio, para chegar à experiência da comunidade, que viu a glória do Filho único de Deus.
Em que consiste esta glória? A glória de Jesus provém de sua condição divina. Ele é, desde sempre, a Palavra de Deus, existindo junto de Deus, de cuja divindade participava. Toda a criação encontra nele seu referencial, por ter vindo à existência por obra do Pai, segundo a imagem do Filho. Dele brota a luz e a vida, de forma que toda a humanidade depende dele.
Embora revestido de tamanha magnificência, assumiu a condição humana, inserindo-se na História para a salvação da humanidade. Encarnando-se, viveu sua opção até às últimas conseqüências. Foi rejeitado por aqueles a quem viera servir. Passou como desconhecido, no meio de quem tinha sido "feito por ele". Os seus preferiram continuar a caminhar nas trevas, ainda que lhes tenha sido oferecida a possibilidade de caminhar na luz. A força do egoísmo pareceu suplantar a oferta do amor.
Entretanto, quem soube reconhecer a condição divina do Messias, recebeu a graça de se tornar filho de Deus. O caminho da fé no Verbo encarnado é obra de Deus no coração das pessoas; não depende da vontade humana. O Pai é quem nos move a reconhecer, no mistério da Encarnação, a presença da divindade em nossas vidas.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Espírito de amor à humanidade, concede à minha vida a mesma dinâmica da vida de Jesus, que se encarnou para fazer a salvação chegar a cada ser humano.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-12-31

Oração Final
Pai Santo, envia o Teu Espírito sobre a Igreja. Ainda que incapazes de compreender o inefável Mistério da Palavra Encarnada, nós nos colocamos diante dela com Amor e gratidão, sempre abertos para reconhecer o Novo em cada manifestação da tua Graça. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/12/2012



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