segunda-feira, 3 de agosto de 2020

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 03/08/2020

ANO A


Mt 14,22-36

Comentário do Evangelho

Vacilação de Pedro

Após a partilha dos pães, Jesus envia os discípulos de barco, enquanto despede as multidões e recolhe-se para orar. O temor dos discípulos diante do mar agitado, o não reconhecimento de Jesus que se aproxima e a vacilação de Pedro ao caminhar ao encontro de Jesus são expressões da incompreensão que ainda existia diante da missão de Jesus e de sua própria pessoa. Mateus faz um contraste. Enquanto os discípulos na barca não reconheceram Jesus, ao chegarem a Genesaré, uma região periférica do judaísmo, os habitantes o reconhecem.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, aproxima-me de Jesus de quem brota a salvação e a vida, para que eu possa ser curado do egoísmo que me impede de fazer o bem ao próximo.
Fonte: Paulinas em 07/08/2012

Comentário do Evangelho

A falta de fé

Jesus está continuamente a caminho, deslocando-se de uma margem a outra do mar, de uma aldeia a outra e de uma região a outra. Passa por todos os lugares, visita todas as situações em que a vida humana acontece. Esse episódio de Jesus caminhando sobre o mar encontra-se também em Marcos e João, com a particularidade própria a cada evangelista (Mc 6,45-52; Jo 6,16-21). No Antigo Testamento, é Deus quem domina o mar (Sl 89,9-10). Para o imaginário do homem bíblico, o mar é símbolo do mal e da morte. Diante dele o ser humano sente uma força indomável. Recolhido em sua oração, Jesus vê a dificuldade da travessia em razão do vento contrário. Ao amanhecer, Jesus vai ao encontro deles, caminhando sobre as águas . O Senhor não é alheio às dificuldades da vida humana, e nenhuma súplica do ser humano cai no vazio. O novo Pastor de Israel, que sustenta o seu povo pela palavra e por sua vida, é aquele que, como Deus, tem o poder sobre o mal e a morte. Diante dele o mal não triunfa e a agitação e o medo são vencidos por uma Palavra e uma presença que transformam: “Coragem, sou eu!”. A falta de fé, no entanto, impede de reconhecer no episódio dos pães a força e o sustento para viver com fé o tempo da adversidade e da ameaça do mal. A intervenção de Pedro é própria a Mateus e visa mostrar o seu itinerário de fé. Quando ele fraqueja e afunda, o Senhor o salva.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, aproxima-me de Jesus de quem brota a salvação e a vida, para que eu possa ser curado do egoísmo que me impede de fazer o bem ao próximo.
Fonte: Paulinas em 04/08/2015

Vivendo a Palavra

Despediu a multidão e subiu sozinho ao monte para rezar’. O Mestre ensina o caminho aos discípulos, que hoje somos nós: o profundo gosto pelo encontro com o Pai. Oração de qualidade e não em quantidade, onde nos colocamos na presença carinhosa Pai Misericordioso, entregues à ação do Espírito que, em nós e por nós, dirá as melhores palavras ou nos silenciará.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/08/2012

Vivendo a Palavra

Jesus sempre aparecia nas horas de aflição de seus discípulos, mas eles tinham dificuldade em reconhecê-lo. Não será esse o nosso caso? Quantas vezes, em períodos de grande dificuldade, sinais acontecem em nossa vida, mas nós tardamos em reconhecer a Presença companheira do Mestre…
Fonte: Arquidiocese BH em 04/08/2015

VIVENDO A PALAVRA

Despediu a multidão e subiu sozinho ao monte para rezar’. O Mestre ensina o caminho aos discípulos, que hoje somos nós: o profundo gosto pelo encontro com o Pai. Oração de qualidade e não em quantidade, onde nos colocamos na presença carinhosa do Pai Misericordioso, entregues à ação do Espírito que, em nós e por nós, dirá as melhores palavras ou nos manterá silenciosos.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/08/2018

VIVENDO A PALAVRA

Jesus alterna momentos de envolvimento com o povo e momentos íntimos de oração – só os dois: Ele e o Pai querido. Os problemas que surgirem depois, sejam mares tempestuosos, sejam discípulos amedrontados, Ele os enfrenta com a força que recebeu do Pai na solidão da montanha. Uma receita que deveríamos anotar e seguir, pois sabemos onde procurar a Esperança: junto ao Pai misericordioso!

Reflexão

O fato de Jesus caminhar sobre as águas é causa de assombro para os seus discípulos, principalmente porque, segundo o livro de Jó, somente Deus caminha sobre o mar, de modo que este fato revela aos discípulos que estão diante do verdadeiro Deus que se fez homem e está no meio de nós, mas inicialmente a surpresa é tão grande que gera dúvida em seus corações que, depois de serem iluminados pela fé, os levam ao reconhecimento da pessoa divina que está diante dele. Assim também nós, que recebemos muitas graças de Deus, só o reconheceremos quando nossos corações forem iluminados pela fé, de modo que possamos superar o nosso assombro inicial.
Fonte: CNBB em 02/08/2016

Reflexão

Por informação ou experiência pessoal, todos sabemos que o mar e as águas em geral são perigosos e traiçoeiros. No entanto, Jesus caminhou sobre as águas. Tanto podia caminhar nas ondas do mar, quanto subir ao céu: são prerrogativas divinas. Um de seus discípulos, Pedro, com a permissão do Mestre, também caminhou sobre as águas. Só não resistiu por mais tempo nessa nova modalidade, porque era “fraco na fé”. Não faltam em nossa vida as dificuldades de ordem pessoal ou social; tampouco faltam as tribulações da missão. São ingredientes inevitáveis. O que precisamos ter, em qualquer circunstância, é total confiança em Deus. Com sua presença e comando sobre as forças da natureza, Jesus acalmou os discípulos e o mundo ao redor deles.
Oração
Ó Jesus, Filho de Deus, quão intensa é tua dedicação ao Reino. Despedes a multidão saciada, sobes ao monte para rezar, acalmas os discípulos assustados, censuras a fé inconsistente de Pedro, vais a outro lugar, onde curas todos os doentes que tocam no teu manto. A ti nossa imensa gratidão. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Meditando o evangelho

TOCANDO A SALVAÇÃO

A fé pequena dos discípulos contrasta com a do povo de Genesaré, impressionado pelo que Jesus realizava em favor dos desvalidos. Enquanto Pedro foi censurado por ter uma fé demasiado pequena, os habitantes da cidade vizinha ao lago, movidos pela fé, imediatamente, reconheceram Jesus e mandaram avisar o povo da região. Trouxeram até ele "todos os doentes", pedindo-lhe apenas permissão para tocar a orla do seu manto. Nada mais!
Em outros relatos de milagres, Jesus exige uma profissão explícita de fé, antes de atender o pedido de cura. Era um pré-requisito para que o pedido fosse atendido. Isto não acontece no caso do povo que quer tocar-lhe o manto. Basta-lhe a fé implícita que tem no coração. Afinal, se tinham vindo de longe, trazendo os seus doentes, e tinham a certeza de que voltariam para casa curados, é porque confiavam no poder taumatúrgico de Jesus. Se tivessem dúvida, jamais teriam se submetido ao sacrifício de transportar os seus doentes. "E quantos o tocaram, recobraram a saúde!" Isto é um evidente indício de que Jesus captara a sinceridade da súplica daquele povo.
A fé que traziam no coração permitiu-lhes chegar a salvação. Recobrar a saúde significa beber da fonte da verdadeira vida.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, aproxima-me de Jesus de quem brota a salvação e a vida, para que eu possa ser curado do egoísmo que me impede de fazer o bem ao próximo.
Fonte: Dom Total em 02/08/2016

Meditando o evangelho

FÉ VACILANTE

A experiência de se encontrar num pequeno barco, no meio do mar agitado, serviu, para por à prova, a fé dos discípulos de Jesus. A fé vacilante deles não lhes permitiu perceber a presença do Senhor. Por isso, gritaram de pavor, pensando que iriam morrer. No momento de dificuldade, a fé dos discípulos fraquejou.
Pedro, líder da comunidade, também passou pela provação da fé. Jesus foi desafiado por ele, quando este lhe pediu permissão para caminhar sobre as águas. Seria um sinal de que, de fato, o Senhor estava com ele. As palavras - "Se és tu, Senhor! - soam como um desafio.
O apóstolo, porém, já próximo de Jesus, deixou-se vencer pelo medo, quando o vento soprou furioso. E começou a afundar. No auge do desespero, recorreu a Jesus. Este o salvou, censurando-lhe, porém, a pouca fé.
A cena da tempestade transmite uma mensagem importante. É nos momentos de tribulação que a fé do discípulo é posta à prova. Ninguém pode estar seguro de não vacilar. Pedro e os líderes da comunidade vacilaram. Quiçá, por confiar nas próprias forças, prescindindo do Senhor. Foi preciso que o Mestre fosse em seu socorro e os salvasse. De igual modo, a comunidade, esquecendo-se do Senhor, não seria capaz de sobreviver diante das perseguições. Ela só será salva, se segurar na mão estendida de seu Mestre.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, revigora minha fé vacilante, fazendo-me lembrar que tu estás sempre junto de mim, para me estender a mão.
Fonte: Dom Total em 07/08/2018

Meditando o evangelho

EM MEIO ÀS TEMPESTADES

A cena evangélica desenrola-se em meio aos ventos, tempestades e ondas encapeladas, que põem em risco a vida dos discípulos, enquanto atravessam o mar da Galiléia. Além disso, é noite! A natureza toda parece ter-se colocado contra o pequeno grupo. O quê fazer neste contexto desesperador, quando todos já haviam sido tomados pelo medo?
A salvação aparece com a chegada de Jesus. Embora a tempestade continue, ele lhes recomenda a não temer, mas confiar. Quando o Mestre está com eles, podem estar seguros de que não perecerão.
A ousadia de Pedro, querendo por à prova o Mestre, acabou em fracasso. Amedrontado pelo vento furioso, começou a afundar. Sua falta de fé levou-o a duvidar da presença do Senhor. Donde o risco de quase ter sido tragado pelas ondas. Só se salvou porque recorreu a Jesus.
Este fato ilustra a vida da comunidade cristã, atribulada por perseguições, verdadeiras tempestades que devem enfrentar. Quando tudo parece concorrer para fazer a comunidade sucumbir, é preciso reconhecer a presença salvadora do Mestre. Até mesmo as lideranças, representadas por Pedro, correm o risco de perder a fé. Atitude arriscada, que pode levar a todos de roldão. Só é possível salvar-se, recorrendo a Jesus: "Senhor, salva-nos!"
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de entrega nas mãos de Deus, nos momentos de tempestade, faze-me perceber a presença salvadora de quem pode impedir-me de sucumbir.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. “Os Vendavais na Vida dos Discípulos”
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Uma boa pergunta para entrarmos de cabeça nessa reflexão: por que os discípulos ficaram com medo e pensaram que Jesus, caminhando sobre as águas na direção deles, era um fantasma? Porque era exatamente o clima das primeiras comunidades cristãs naqueles primeiros anos do cristianismo. Tinham medo porque não sabiam em que ia dar tudo aquilo, segundo, Jesus de Nazaré tinha morrido e portanto, se apareceu andando sobre as águas, era mesmo um fantasma. Era Jesus mas se tratava de uma aparição fantasmagórica, que de concreto nada pode fazer a não ser passar por paredes, andar sobre as águas e outras coisas desse tipo, próprias de um fantasma.
Então no diálogo com Jesus, feito por Pedro, vem a primeira prova de que não é um fantasma, pois Pedro queria saber se era Jesus mesmo, e se ele pudesse fazer as mesmas coisas que Jesus fazia, então sua presença era real. Á ordem de Jesus “Vem” o velho Pedro andou sobre as águas exatamente como Jesus. Jesus tinha o mar sobre seus pés, dominava as forças do mal presente no fundo do mar, segundo os antigos acreditavam, em sua vida Jesus venceu essas forças e agora, á sua Igreja também poderá fazê-lo entretanto...
A Comunidade não supera as Forças do mal com seus próprios recursos, sua capacidade, seu conhecimento sobre o assunto, suas ideologias. Nada disso! Enquanto Pedro caminhava ao encontro de Jesus, isso é, pensava e agia exatamente como o Mestre, conseguia superar as forças malignas dos vendavais e tempestades que assolavam as comunidades.
Mas há momentos desse embate, que nos julgamos perdidos, o medo e o desânimo nos domina, e quando sentimos que tudo vai acabar, isso é, que as forças contrárias ao evangelho e á Igreja, são maiores e mais poderosas do que a nossa Fé, só há uma coisa a fazer: reconhecer que a Salvação vem de Jesus e somente dele! Não é a estrutura da Instituição que nos salva, não são os métodos pastorais ou as estratégias dos movimentos, ou a fama e o sucesso da Igreja na Mídia, mas somente e unicamente Jesus.
Há em nossa Igreja muitas vezes movimentos super bem organizados em nível de arquidiocese, de cidades, de região, de estado e até mundialmente. Que sempre reconheçamos a importância desses movimentos mas tenhamos muito claro que o centro da Salvação está no Cristo anunciado pelo Santo Evangelho. Jesus entra para dentro da barca após tomar Pedro pela mão. Jesus não leva Pedro junto a si, em um lugar exclusivo e isolado, mas ele entra na barca junto com os demais, que ao verem cessar a tempestade professaram a Fé “Tu és verdadeiramente o Filho de Deus!”
Não há nenhum outro lugar, fora da comunidade eclesial, onde se possa fazer essa experiência da presença real do Senhor agindo com os que creem, no combate interminável contra a ventania, as ondas e temporais que tentam em vão afundar essa Barca. Acreditamos no sucesso da missão evangelizadora, por causa do nosso desempenho, ou porque vemos em tudo a ação misteriosa de Jesus, fazendo a Salvação acontecer na vida das pessoas?

2. FÉ VACILANTE
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A experiência de se encontrar num pequeno barco, no meio do mar agitado, serviu, para por à prova, a fé dos discípulos de Jesus. A fé vacilante deles não lhes permitiu perceber a presença do Senhor. Por isso, gritaram de pavor, pensando que iriam morrer. No momento de dificuldade, a fé dos discípulos fraquejou.
Pedro, líder da comunidade, também passou pela provação da fé. Jesus foi desafiado por ele, quando este lhe pediu permissão para caminhar sobre as águas. Seria um sinal de que, de fato, o Senhor estava com ele. As palavras - "Se és tu, Senhor! - soam como um desafio.
O apóstolo, porém, já próximo de Jesus, deixou-se vencer pelo medo, quando o vento soprou furioso. E começou a afundar. No auge do desespero, recorreu a Jesus. Este o salvou, censurando-lhe, porém, a pouca fé.
A cena da tempestade transmite uma mensagem importante. É nos momentos de tribulação que a fé do discípulo é posta à prova. Ninguém pode estar seguro de não vacilar. Pedro e os líderes da comunidade vacilaram. Quiçá, por confiar nas próprias forças, prescindindo do Senhor. Foi preciso que o Mestre fosse em seu socorro e os salvasse. De igual modo, a comunidade, esquecendo-se do Senhor, não seria capaz de sobreviver diante das perseguições. Ela só será salva, se segurar na mão estendida de seu Mestre.
Oração
Senhor Jesus, revigora minha fé vacilante, fazendo-me lembrar que tu estás sempre junto de mim, para me estender a mão.
Fonte: NPD Brasil em 07/08/2012

HOMILIA DIÁRIA

Salva-me, Senhor!

Postado por: homilia
agosto 7th, 2012

Depois de Jesus ter alimentado, milagrosamente, o povo que estava como “ovelha sem pastor”, manda Seus discípulos navegarem de volta a Genesaré, enquanto Ele despedia as multidões.
Após isso, o Senhor subiu o monte, a sós, para orar. Era uma situação difícil. Ele tinha que se fortalecer mediante a oração para agir sabiamente conforme a vontade do Pai. No crepúsculo do monte, Jesus viu os discípulos ao longe remando, vigorosamente, na escuridão, pois enfrentavam um forte vento contrário.
Em altas horas da madrugada, Seus discípulos O viram andando sobre a água, em vias de ultrapassar o seu barco. Assustados, pensaram que fosse um fantasma. E gritaram, com medo. Nunca haviam visto um fantasma, mas um homem de verdade não podia andar sobre a água assim! Assustados, ficam sem rumo a tomar. Quantas vezes também passamos por “tempestades” nesta vida e, com perplexidade, lutamos para vencer os problemas que nos parecem insolúveis.
Não devemos nos desesperar, porque sabemos que nosso Salvador sabe da nossa situação e virá nos socorrer a tempo. Saiba que o Senhor não se divertiu com a aflição dos discípulos, mas, imediatamente, os tranquilizou: Coragem! Sou eu. Não tenham medo”.Pedro se animou tanto – ao vê-Lo andando sobre a água assim – que pediu permissão para fazer o mesmo e ir até Ele.
Aqui vemos a fé de Pedro: estava disposto a fazer uma coisa que era naturalmente impossível, mesmo arriscando sua própria vida naquelas águas perigosas, convicto de que o Senhor Jesus lhe daria o amparo necessário se Ele assim quisesse! A fé é provada pelas obras.
O Senhor disse a Pedro, simplesmente: Venha!”. O apóstolo desceu do barco e andou sobre a água para ir ter com o Mestre. Não ficou na intenção, mas demonstrou a legitimidade da sua fé. Nossa fé é, muitas vezes, forte na teoria, mas fraca na prática. Sejamos como Pedro, obedecendo às ordens do Senhor: notem que ele pediu que o Senhor o mandasse ir, ele não foi por conta própria. O Senhor aproveitou a ocasião para nos dar uma lição. Pedro estava andando sobre a água, confiante no poder de Cristo para sustê-lo. Mas, quando reparou no vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: ‘Senhor, salva-me!’”
Pedro sentiu o poder do vento e teve medo, porque começou a duvidar. Sabia que ele próprio não tinha condições para andar na água, duvidou do poder do Senhor e, em consequência, começou a afundar.
A lição é que, quando o Senhor nos chama para Si, podemos estar certos de que Ele é poderoso para afastar todos os obstáculos do caminho. Deixemos todo embaraço e pecado, que tão de perto nos rodeia, e corramos, com fé e paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual – pelo gozo que Lhe estava proposto – suportou a cruz, desprezando a afronta para que todos nós fôssemos salvos pela Sua Morte e Ressurreição.
Pedro não procurou nadar – o que parece que ele sabia fazer -, mas, sabiamente, recorreu logo ao Senhor Jesus. Não foi preciso uma oração comprida, cheia de lindos termos de linguística e citações bíblicas, senão ele teria se afogado antes mesmo de terminar; mas curta, objetiva, para a pessoa certa: Senhor, salva-me!”
No momento mais difícil da sua vida, com grande fé, este deve ser o seu grito: “Salva-me, Senhor!”
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 07/08/2012

HOMILIA DIÁRIA

O medo é um mal a ser combatido

O medo afunda a nossa vida, nos faz sofrer antecipadamente e perder a confiança em Deus e em nós mesmos, por isso deve ser combatido.

Mas, quando sentiu o vento, Pedro ficou com medo e começando a afundar, gritou: ‘Senhor, salva-me!’” (Mateus 14, 30).

Nós hoje contemplamos essa passagem maravilhosa na qual Jesus saciou aquela multidão faminta e seguiu mar adiante, pegou a barca e foi para um mar mais à frente. Contudo a barca se agitou pelas ondas e pelo vento contrário e, às três da manhã, Jesus andava sobre o mar.
Então os discípulos ficaram demasiadamente apavorados e Jesus lhes diz a primeira vez: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” (Mateus 14, 17). Pedro foi chamado a ir ao encontro do Senhor e, ao ir ao encontro d’Ele, o vento continuou e o mar continuou agitado e, diante do vento, o apóstolo ficou com medo, começou a afundar e a gritar: “Senhor, salva-me!”.
O medo afunda a nossa vida e o nosso coração. O medo nos afoga, nos apavora e nos faz perecer diante das circunstâncias difíceis da vida. Por mais corajosos que pareçamos ser e por mais audaciosos que demonstramos ser, o medo está sempre nos rondando. Ele é um verdadeiro fantasma em nossa vida que nos apavora, nos tira da realidade, estremece a nossa fé e nos faz desconfiar de Deus e de nós mesmos.
Existem pessoas que se aproximam de Deus por medo de perdê-Lo, medo disso e daquilo, mas, o medo, na verdade, não é um amigo, é um grande inimigo para o nosso coração, para a nossa alma, para nossa fé, para nossas escolhas e para as nossas opções de vida. Medo de errar de novo, medo de cair, de perecer e de não dar conta [de realizar algo].
O medo é um mal a ser combatido! Nós não podemos viver como se nada de perigoso fosse nos acontecer, não cuidar da nossa segurança e não ser responsáveis. Não se trata de nada disso, pois a fé vem conjugada com a prudência. Ser prudente é saber fazer escolhas certas e corretas para a vida; já o medo é uma realidade psicológica que nos faz antecipar fatos e realidades e viver apavorados com coisas que nem aconteceram. E o pior do medo é que ele evoca sobre nós o que de pior poderia acontecer.
É Jó quem exclama: “Que meus medos não se realizem!”. Por isso Jesus vem hoje até nós como já veio em tantas outras ocasiões para nos dizer que é preciso combater o medo.
[No Evangelho] O problema não é o mar, não são as ondas, não é a falta de segurança, ainda que existam tantas realidades perecíveis e inseguras neste mundo; o medo não pode nos dominar nem mandar em nossa vida. Nós precisamos nos purificar de tudo aquilo que o medo já fez em nós, precisamos combatê-lo e viver da fé a cada dia da nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 04/08/2015

Oração Final
Pai Santo, infunde em nós o desejo de procurar tua Presença e, diante de Ti, mantém-nos conscientes, encantados e agradecidos pelo Amor que nos dedicas, criando-nos e nos mantendo vivos, cheios de fé, esperança e amor – por Ti, pelos companheiros do caminho e pelo universo encantado em que nos colocaste.. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/08/2012

Oração Final
Pai Santo, que te manifestas por tantas formas em nossa vida, dá-nos discernimento para acolher tua Presença amiga e protetora; faze-nos encantados e agradecidos por ela e nos inspira para anunciarmos o teu Reino de Amor entre os homens. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/08/2015

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, infunde em nós o desejo de procurar a tua Presença e, diante de Ti, mantém-nos conscientes, encantados e agradecidos pelo Amor que nos dedicas, criando-nos e nos mantendo vivos e cheios de Fé, Esperança e Amor. Amor por Ti, Pai querido, pelos companheiros do caminho e pelo universo em que nos colocaste. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/08/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai muito amado, não permitas que a nossa fé – ela é tão pequenina… – duvide de tua Presença em nossos corações e no nosso meio, especialmente nestes momentos de crise e de pandemia que vivemos. Que nas águas revoltas do mar da vida nós aprendamos a identificar o teu Caminho e a navegar por ele, acompanhando o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

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