sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 27/12/2019

ANO A


Jo 20,2-8

Comentário do Evangelho

O salto da fé.

Há uma tristeza que imobiliza e impede de dar o salto da fé. As lágrimas impedem de ver com clareza a realidade própria da fé. Este relato deve ser a expressão da experiência feita do Cristo Ressuscitado, do itinerário pelo qual se chega à fé na ressurreição. Maria Madalena, que corre desesperada ao encontro de Simão Pedro e do discípulo que Jesus amava, tem razão de dizer que tiraram o Senhor do sepulcro e que ele não está lá (v. 2). O túmulo vazio não é prova da ressurreição de Jesus, e os sinais da presença do Ressuscitado não são evidentes, precisam ser sempre discernidos. Simão Pedro e o discípulo amado correm para o sepulcro; Pedro tem precedência, entra primeiro, depois entra o outro discípulo. Ambos viram a mesma realidade, mas ela não teve para os dois o mesmo significado, pois do discípulo que Jesus amava o narrador do evangelho diz que “viu e creu” (v. 8).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito de fé no Ressuscitado, a exemplo do discípulo amado, faze-me professar a fé no Senhor que está vivo e presente em nosso meio, sempre pronto a nos ajudar.
Fonte: Paulinas em 27/12/2013

Vivendo a Palavra

Os escritos de João – Evangelho, Apocalipse e três Cartas – refletem sua profunda experiência do Senhor. Que nós, pela fé, possamos repetir com ele: meus olhos viram, meus ouvidos escutaram e minhas mãos tocaram a Palavra Criadora do Pai que se fez humana como nós e dela nós damos testemunho!
Fonte: Arquidiocese BH em 27/12/2013

VIVENDO A PALAVRA

Os escritos de João – Evangelho, Apocalipse e três Cartas – refletem sua profunda experiência vivencial com o Senhor. Que nós, pela fé, possamos repetir com ele: meus olhos viram, meus ouvidos escutaram e minhas mãos tocaram a Palavra Criadora do Pai que se fez humana como nós e dela nós damos testemunho!

Reflexão

Representado por uma águia, que atinge vertiginosas alturas e voa na direção do sol, São João é conhecido como o evangelista que mais se elevou na contemplação dos mistérios de Deus. Filho de Zebedeu e irmão de Tiago, a tradição o apresenta como “o discípulo que Jesus amava”. Ele e seu irmão Tiago receberam de Jesus o apelido de “filhos do trovão” (Mc 3,17), indicando talvez seu caráter ardente e impetuoso. João testemunhou curas operadas por Jesus e, juntamente com Pedro e Tiago, contemplou a transfiguração de Jesus e sua agonia no horto das Oliveiras. É o único discípulo presente aos pés da cruz ao lado de Maria. Com Pedro, viu o sepulcro vazio e acreditou na ressurreição do Senhor. É considerado autor do quarto Evangelho, em que ele deixa transparecer sua profunda amizade com o Mestre.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

João e Pedro descobrem que o corpo de Jesus não está mais no túmulo. João viu o túmulo vazio e, como num “estalo”, acreditou na Ressurreição. Eles deviam estar confusos com a ausência de Jesus. Tenho às vezes uma sensação de que Deus me abandonou? O que faço diante de tais situações? - Procuro me instruir através dos Evangelhos para ter sempre em mente o verdadeiro sentido da vida? - Tenho consciência de que quanto mais me ocupo das coisas de Deus mais me aumentam suas bênçãos e graças? - Testemunho minha fé com atos?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 27/12/2013

Meditando o evangelho

O DISCÍPULO AMADO

A acolhida de Jesus e sua mensagem deram à comunidade de discípulos aos quais foi confiada a tarefa de levar adiante a missão do Mestre: estender, a toda humanidade, os benefícios da salvação. A convivência com Jesus como também o testemunho de seu modo de ser e de agir predispunham os corações dos discípulos para o aprofundamento da adesão a ele, explicitada no ato de fé.
A profundidade do relacionamento com Jesus variava de discípulo para discípulo. Esta é uma dinâmica própria da realidade humana. A figura do discípulo amado evocava um tipo de relacionamento profundamente afetivo com o Senhor. Relacionamento de confiança, de entrega da própria vida nas mãos do Mestre, de comunhão de sentimentos, de transparência mútua. Não se tratava, porém, de uma escolha arbitrária de Jesus, privilegiando, indiscriminadamente, certas pessoas e marginalizando outras. Antes, foi este discípulo que se deixou amar por Jesus e soube corresponder ao amor que lhe fora oferecido. Todos os discípulos poderiam ter feito o mesmo. 
Ser discípulo amado, de certa forma depende do próprio discípulo, uma vez que o Mestre quer fazer morada no mais íntimo de cada um de seus seguidores. Deixar-se amar por Jesus comportava deixar-se plasmar e transformar por ele. Por isso, muitos se recusaram!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, quero viver a experiência de ser amado por ti, a ponto de toda minha existência ser plasmada e transformada por tua presença em mim.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. São João explica...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

(Mais uma conversa com São João, para entender o ponto chave desse evangelho)
___São João, hoje é o Dia do Senhor, a gente queria louvar a Deus pela sua Santidade e aproveitar para fazer algumas perguntas sobre este evangelho....
___Muito obrigado por lembrar-se de mim, quantas as perguntas, vamos lá..
___Bom, o pessoal está dizendo que neste evangelho acontece a Maratona da Ressurreição, que correria hein São João!
___Pois é, essa correria do evangelho não quer dizer que a gente estava afobado, não era uma corrida maluca.
___Sei lá São João, Maria Madalena correu contar para vocês, a gente a imagina correndo com aquele cabelão cumprido esvoaçando ao vento.
___ A Maria Madalena queria confirmar aquilo que seu coração lhe dizia, que o Senhor havia ressuscitado, e buscou o lugar ideal para o fazê-lo: a comunidade.
___Olha que legal São João, a gente não havia pensado nisso, é na comunidade que a gente confirma e celebra o Senhor Ressuscitado...
___Exato... Todos os relatos pós-pascais são experiências da comunidade com o Senhor Ressuscitado.
___Pois é, mas vocês da comunidade parece que entraram em pânico e também saíram correndo, que história é essa, São João? Estava na cara que você sendo mais jovem iria passar a perna no Velho São Pedro...
___(risos...) De fato, eu era bem mais jovem que ele, mas não é isso que o evangelho quer dizer exatamente, não se trata de uma disputa para ver quem chega primeiro... Se fosse assim, ele teria de correr na categoria Master e eu na Juvenil... (mais risos).
___São João, explica então esse final aí, que parece meio enrolado, você chegou na frente, mas quem passou pela faixa de chegada por primeiro foi São Pedro...
___Pois é... O amor é paciente, tudo crê, tudo espera, não tem cobiça, não busca vantagem, não é esnobe, não quer ser o melhor, nunca atropela o outro, mas é sempre paciente... Quem verdadeiramente ama a Deus manifestado e revelado em Jesus, faz essa experiência de amor precisamente com os irmãos e irmãs da comunidade. O amor de Deus, quando não é experimentado, vivenciado e partilhado na comunidade deixa de ser amor para ser egoísmo... Eu esperei Pedro chegar exatamente por isso.

2. Ela viu e creu - Jo 20,2-8
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

João, irmão de Tiago Maior, filhos de Zebedeu e de Salomé, foi discípulo de São João Batista e depois fiel seguidor de Jesus. Foi ele quem, na última Ceia, reclinou a cabeça sobre o peito do Senhor. Feliz é este Apóstolo a quem foram revelados os mistérios celestes e que anunciou a todo o mundo a Palavra da vida. Segundo tradições muito antigas, João foi para Éfeso com Nossa Senhora. Por causa da pregação do Evangelho, foi desterrado na ilha de Patmos, onde teria escrito o Apocalipse. Voltou a Éfeso para continuar sua missão e, mais tarde, levou Maria de volta a Jerusalém, ao Monte Sião, onde João tinha casa. Lá ela adormeceu no Senhor e foi levada para o céu. João morreu em Éfeso, onde foi sepultado. Há em Éfeso ruínas de uma basílica com o túmulo de São João. Pela qualidade de seus escritos é chamado de “o teólogo”. Seu Evangelho proclama desde o início a divindade do Verbo e oferece os elementos fundamentais para a doutrina da Santíssima Trindade. Ao mesmo tempo, em suas cartas, ele defende a humanidade de Jesus.

HOMILIA

O DISCÍPULO AMADO

A liturgia de hoje traz o testemunho de São João, o discípulo amado que conta todas as coisas que aconteceram com Jesus para que nós também acreditemos. Por isso, hoje nós meditamos no Evangelho em que é narrada a ressurreição de Jesus e que tem em São João um dos protagonistas deste acontecimento. Quando Maria Madalena deu aos discípulos a notícia de que tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram, nós verificamos que os primeiros a correrem ao túmulo, foram Simão Pedro, que se afigurava como líder de todos e o discípulo que se considerava o mais amado por Jesus, no caso, João.
Jesus já os havia advertido e anunciado a eles o que iria lhe acontecer, porém eles estavam ainda como que cegos. Mesmo diante de tantas evidências, de tantos sinais eles ainda não tinham tido o entendimento completo. Por isso, nós imaginamos o que não se passava dentro dos seus corações e qual não deve ter sido a sua surpresa quando chegaram ao túmulo de Jesus. Estavam agora em busca do corpo de Jesus. Procuravam um morto, mas Jesus estava vivo. Porém o fato de eles terem ido rapidamente a busca do que “ouviam falar” comprova para nós a fé que os movia. A surpresa transformou-se em alegria depois que eles viram Jesus e puderam perceber que tudo que Jesus lhes anunciara estava se comprovando. E nós? O que estamos esperando para assumirmos de vez a nossa condição de homens e mulheres salvos em Jesus Cristo? Aonde O temos procurado? Será que nós conseguimos vê-Lo na hora da escuridão? Será que, a fé e a esperança ainda nos movem ou ainda estamos parados, inertes esperando alguma coisa que já aconteceu?
Será que você tem procurado Jesus no túmulo quando lá só existem os vestígios? Onde verdadeiramente Jesus está na sua vida? Você também acredita como se estivesse estado presente? Você se considera um discípulo amado? Por que?
Espírito de fé no Ressuscitado, a exemplo do discípulo amado, faze-me professar a fé no Senhor que está vivo e presente em nosso meio, sempre pronto a nos ajudar.
Postado há 27th December 2010 por Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 27/12/2013

HOMÍLIA DIÁRIA

É preciso viver e encontrar o sentido para a vida!

Não basta estar vivo, não basta caminhar, respirar. É preciso viver e encontrar o sentido para a vida!

”De fato, a Vida manifestou-se e nós a vimos, e somos testemunhas, e a vós anunciamos a Vida eterna, que estava junto do Pai e que se tornou visível para nós” (1Jo 1, 2).

Celebrando a alegria do Natal do Senhor, nós celebramos hoje o apóstolo São João. O João evangelista, o autor das três cartas, um dos prováveis autores do Livro do Apocalipse. João, aquele que recebeu Maria como mãe e a levou para casa, João o discípulo amado. João, o discípulo poeta, apaixonado por Jesus. João, o discípulo da espiritualidade mística e profunda que nos leva aos mais significativos ensinamentos da vida do Mestre.
João, o poeta, é aquele que nos escreve o relato do nascimento de Jesus em forma de poesia, falando-nos sobre o relato da vida, aquela vida que estava no princípio junto do Pai. Aquela vida, então, se revelou a nós e se manisfestou a nós, porque a vida, que era a Luz do mundo, agora se manifesta a nós. O Verbo se fez carne e habitou no meio de nós. E agora é essa vida que nós anunciamos; essa vida, que estava no Pai, se torna visível a nós.
Entre tantas coisas que poderíamos falar a respeito do anúncio de João –, aquele que foi uma testemunha bem próxima do Senhor, afinal de contas, foi ele quem repousou no peito de Jesus, durante a última ceia –,  ele experimentou a vida. A vida em plenitude que Deus trouxe a nós.
É sobre essa vida que nós queremos refletir. Não basta estar vivo, não basta caminhar, respirar. É preciso viver e encontrar o sentido para a vida! Encontrar o sentido para a vida não é o mesmo que dizer: ”Não vamos mais sofrer, ter dificuldades ou problemas”. As nossas dificuldades, os nossos problemas, sofrimentos, tormentos e as nossas alegrias têm um ”porquê”.
Essa vida, que nos é revelada, se chama Jesus: a vida plena de Deus no meio de nós. Hoje, contemplamos a vida encarnada no meio de nós. E então questionamos a nossa própria vida: Como é que a estamos vivendo? Como é que estamos levando a nossa vida? Qual é o sentido que estamos dando à nossa vida e à nossa existência?
Nós contemplamos Jesus Cristo e perguntamos: Jesus é o sentido da minha vida? Jesus trouxe sentido para a minha vida? Eu levo uma vida de acordo com a vida que Cristo trouxe a mim?
Como nós precisamos dar, cada vez mais, um sentido à nossa existência, aos nossos dias aqui na terra, à nossa possibilidade de viver! E o que Deus nos deu foi a vida, que estava n’Ele; essa vida está entre nós para dar pleno sentido àquilo que nós somos.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 27/12/2013

Oração Final
Pai Santo, a recordação do Apóstolo João nos conduz sempre para bem perto de tua Palavra Criadora. Ensina-nos a acolhê-la com gratidão e a fazer dela o nosso jeito de nos relacionarmos com os irmãos, com a Natureza e Contigo, Pai amado! Nós te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/12/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, a recordação do apóstolo João nos conduz sempre para bem perto de tua Palavra Criadora. Ensina-nos a acolhê-la com gratidão e a fazer dela o nosso jeito de nos relacionarmos com os irmãos, com a Natureza e contigo, amado Pai! Nós Te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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