segunda-feira, 17 de setembro de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 17/09/2018

ANO B


Lc 7,1-10

Comentário do Evangelho

O poder da fé

Enquanto no evangelho de Mateus o centurião romano vai, pessoalmente, encontrar-se com Jesus, na narrativa de Lucas ele envia alguns anciãos para pedir a Jesus por seu servo. Lucas realça a ação à distância de Jesus, mantendo-o afastado do centurião e do servo doente. Mesmo quando Jesus se dirige à casa do centurião, este, através de emissários, humildemente dispensa a entrada de Jesus em sua casa, pedindo apenas por uma palavra sua. A fé do centurião foi tão grande, sem igual em Israel. A narrativa inspira a universalidade da missão. A presença do amor vivificante faz germinar a fé em qualquer povo ou nação, em qualquer época.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, dá-me um coração misericordioso e humildade que me leve a compadecer-me do meu semelhante.
Fonte: Paulinas em 17/09/2012

Vivendo a Palavra

O oficial romano acredita que em Jesus está encarnado o Poder de Deus, a Palavra que cria e cura; e, em sua rude simplicidade, compara a sua autoridade – o domínio sobre seus comandados – com a autoridade que Jesus teria sobre a Palavra que nele habitava. Quando anunciamos Jesus, nós temos o mesmo discernimento daquele centurião?
Fonte: Arquidiocese BH em 17/09/2012

VIVENDO A PALAVRA

O oficial romano acredita que em Jesus está encarnado o Poder de Deus, a Palavra que cria, cura e santifica. E, em sua rude simplicidade, compara a sua autoridade – o domínio sobre seus comandados – com o poder que Jesus tinha sobre a Palavra de Deus que nele habitava. Quando anunciamos Jesus, nós temos o mesmo discernimento daquele centurião?

Reflexão

Uma coisa é a fé em si, e outra coisa é como ela se expressa. Para muitos, a fé em si nem sequer é percebida, de modo que existe uma necessidade muito grande de ritualismo e de formas exteriores de expressão da fé. Quem tem verdadeiramente fé em Jesus, acredita na autoridade do seu nome e na força da sua Palavra, e não necessita de manifestações exteriores para acreditar na eficácia da sua ação. Deste modo, todos nós somos convidados a reconhecer que a grandiosidade da fé do Centurião que acreditou plenamente no poder da Palavra de Jesus e não exigiu dele nenhum rito ou gesto exterior e, porque acreditou, foi atendido naquilo que desejava.
Fonte: CNBB em 17/09/2012

Reflexão

Movido por constante zelo missionário, Jesus quer chegar a todos: ao povo eleito, seus conterrâneos, e aos de fora, os pagãos. A este último grupo pertence o centurião. Serve-se de intermediários, “anciãos dos judeus”, para levar seu pedido a Jesus: que fosse curar seu servo. Com essa atitude, ele reconhece que a fé devia ser comunicada aos pagãos por meio de Abraão e seus descendentes. Jesus se põe a caminho. Não chega à casa do enfermo. Não se encontra com o centurião, que se acha indigno de recebê-lo, porém acredita firmemente que basta uma palavra do Mestre para que seu servo recupere a saúde. A cura se dá, e Jesus salienta a profunda fé do centurião: “Nem mesmo em Israel encontrei fé tão grande”. Acaso nossa fé é suficiente para fazer Deus vir em nossa direção e atender nossos pedidos?
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

UM EXEMPLO DE BONDADE

A atitude do oficial romano de Cafarnaum é um modelo de bondade. Apesar de ser estrangeiro, portanto, um pagão e de estar a serviço dos opressores, era amado pelo povo. Sua bondade manifestava-se na forma caridosa como tratava seus empregados, preocupando-se com a sua saúde deles. Mas expressava-se, também, no trato gentil com o povo da cidade, pois até mandou construir para estes a sinagoga local. Longe de ser uma pessoa arrogante e prepotente, sabia cativar as pessoas e manifestar-lhes apreço.
Sua relação com Jesus foi igualmente exemplar. Apesar do cargo que ocupava e ter muita gente sob seu comando, sentia-se indigno de encontrar-se com Jesus e acolhê-lo em sua casa. Por isso, mandou-lhe mensageiros. Bastaria que o Mestre, mesmo de longe, ordenasse a cura de seu servo, pois acreditava no poder de Jesus.
A reação do Mestre foi de profunda admiração. Entre os judeus, ele não havia encontrado tamanha fé como a daquele pagão. Fé que se manifestava num amor entranhado ao próximo. Por isso, fez exatamente como o oficial romano havia sugerido. Os enviados voltaram para casa e encontraram o servo em perfeita saúde.
A bondade do oficial romano, para com seus súditos e o povo da Galiléia, teve como contrapartida a misericórdia de Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, dá-me um coração amável e bondoso que saiba compadecer-se e ser solidário com o sofrimento e as necessidades dos outros.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Sinal de Fé
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Ninguém melhor do que o próprio Centurião para dar seu testemunho nesta reflexão:
___Por que vocês, de fora de Israel, tidos como pagãos, acreditam em Jesus de Nazaré demonstrando uma Fé muito maior do que a de um Israelita?
___Primeiro porque o conhecia e ouvia falar muito dele, era um Judeu diferente, se dava com todas as pessoas, conversava com elas, ia a suas casas, fosse quem fossem não tinha tanto preconceito como o restante da comunidade de Israel.
___E como foi o seu encontro com ele em Cafarnaum?
___Eu estava muito triste e desesperado com o meu servo enfermo e acamado, os médicos do Império Romano já tinham o desenganado, eu o estimava muito e por isto estava triste.
___Escuta Centurião, mas um servo é tão importante assim em sua vida?
___Talvez para os demais oficiais um servo seja apenas um escravo, uma peça que se substitui quando não serve mais para o trabalho, mas eu não penso desta forma e sabia que Jesus de Nazaré concordava com esse meu jeito de ser. Afinal, meu servo é um ser humano e não um animal, respira como eu, tem sentimentos, dores, necessidades, devo tratá-lo como meu semelhante...
___O Senhor pediu a cura do servo?
___Na verdade não, mas queria muito que Jesus fizesse algo por ele, pois seu sofrimento era muito grande e me comovia... Quando Jesus falou que iria até lá para curá-lo, me senti pequeno para receber tão grande graça...
___Mas o Senhor é um centurião, comanda cem homens, é respeitado e dá ordens a todos...
___Pois é, mas o poder de Jesus é maior que o meu, não há nada nesta vida e nem no império romano que seja superior a ele, e ao perceber a sua grandeza senti que estava diante de Deus e confessei a minha pequenez dizendo "Senhor, não sou digno de que entreis em minha casa, mas dizei uma palavra e meu servo ficará curado”.
___O Senhor sabe que ficou famoso? Sua frase é repetida até hoje na missa, na apresentação do Cordeiro. Poderia nos explicar o por que dessa frase?...
___Sim, senti que Jesus queria fazer parte da minha vida, e que eu fizesse parte da vida dele, mas pobre de mim, imperfeito, pecador, nem ao povo escolhido eu pertencia.
___E como terminou essa bela história?
___Bom, meu servo foi curado e eu também... Algo novo começou em minha vida, continuei a ser um Centurião Romano, mas agora seguidor de Jesus. A verdade é que, eu é que fui curado, pois quem nesta vida não conhecer a Jesus e não experimentá-lo, permanecerá sempre enfermo...
___E sobre o elogio que Jesus fez a você publicamente, enaltecendo a sua grande Fé?
___Olha, a Fé é apenas uma resposta que damos a Deus quando ele nos toca através de Jesus, mas é preciso abrir-se e se deixar ser tocado por ele, os Israelitas não faziam isso, iludidos com suas tradições religiosas e suas leis rigorosas e moralistas. Nós de fora, aderimos sem reservas a Jesus e o aceitamos... E espero que vocês, cristãos aí do terceiro milênio, não se acomodem na religião do formalismo religioso, do trabalho pastoral e do sacramentalismo, mas façam uma experiência íntima com Jesus, a Vida da gente nunca mais é a mesma.... Eu garanto!
Fonte: NPD Brasil em 17/09/2012

HOMILIA DIÁRIA

Por que tanta pressa?

Postado por: homilia
setembro 17th, 2012

Meus irmãos, São Paulo escrevendo à comunidade de Corinto, faz uma exortação bem atual: “Irmãos, no que tenho a dizer-vos, eu não vos louvo, pois vossas reuniões não têm sido para o vosso bem, mas para o mal. Com efeito, e em primeiro lugar, ouço dizer que, quando vos reunis em assembleia, têm surgido divisões entre vós. E, em parte, acredito” (I Cor 11,17-18).
A Eucaristia não divide, ela nos une. E isto é muito sério! Será que – como ensina o apóstolo – as nossas celebrações podem ser elogiadas? Será que, quando vamos celebrar a Eucaristia, não temos nos fechado, de forma egoísta em nosso “mundinho”?
A Palavra de Deus vem nos questionar neste início de semana. A palavra “Eucaristia” significa “ação de graças”. Temos participado da Eucaristia com um coração agradecido?
Não podemos nos apresentar diante do Senhor com um coração soberbo. Faz-se necessário a humildade diante d’Aquele que detém todo o poder: Deus. É o que vemos no Evangelho de hoje.
Aquele oficial romano sabia que não era digno de se encontrar com o Senhor. De fato, ele tinha uma autoridade própria decorrente da sua atividade como oficial militar, mas ele não se apegou a isso. Aquele homem vivia uma fé humilde.
Eu peço, hoje, ao Senhor esta graça: uma fé humilde como a daquele oficial romano.
Hoje é um dia para refletirmos sobre como temos trabalhado nossa fé. Se, de fato, ela é uma fé humilde, de confiança. E esta fé exige também um esforço da nossa parte, portanto, nada de “moleza”, meus irmãos!
Quantos são aqueles que vão participar da Santa Eucaristia com uma pressa enorme! O mundo em que vivemos nos leva a sermos apressados. E, infelizmente, trazemos toda essa pressa também para a nossa vida espiritual. Conheci uma pessoa que disse conseguir rezar as “Mil Ave-Marias” em apenas uma hora. Meu Deus! O que é isso?
Essa pressa toda é prejudicial à fé. Porque somos tão apressados, não conseguimos mais esperar em Deus.
Hoje, refletindo sobre tudo isso, que você possa dizer a exemplo daquele oficial romano: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa” (Lc 7,6). Abra as portas do seu coração e deixe o Senhor agir do jeito d’Ele e não do seu jeito. Peça a graça de ter um coração aberto à humildade, a graça da disposição em viver bem a Santa Missa. E não queira nada apressadamente. Saiba “degustar” tudo aquilo de maravilhoso que o Senhor lhe oferece neste dia.
Padre Toninho - Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 17/09/2012

Oração Final
Pai Santo, o Mistério do teu Filho nos desafia e seduz. Desafia os nossos limites e seduz nosso desejo de mergulhar no oceano do teu Amor, que tão grande dom nos concede. Aumenta, Pai Amado, nossa fé, pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/09/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, o Mistério do teu Filho nos desafia e seduz. Desafia os nossos limites e seduz nosso desejo de mergulhar no oceano do teu Amor, que tão grande Dom nos concede. Aumenta, amado Pai, a nossa fé, nós pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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