quarta-feira, 4 de abril de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 04/04/2018

ANO B


Lc 24,13-35

Comentário do Evangelho

O Senhor está vivo!

Cristo Ressuscitou! Aleluia! Aleluia!
O espaço de que dispomos não nos permite, como em todos os outros dias, um comentário exaustivo. Somente umas pouquíssimas palavras.
Se a morte de Jesus e a frustração abatem (cf. vv. 16-21), a presença do Ressuscitado permite refazer o longo caminho através da Escritura que abre os olhos e suscita o reconhecimento: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” (v. 32). O tempo que separa o “ver”do “reconhecer” permite a lição de exegese a que os dois discípulos confessarão mais tarde que os transformou, conforme o texto supracitado. Eles fazem a experiência de que a visão física não é mais um absoluto ou necessária. Mesmo invisível aos olhos, o Ressuscitado permanecerá presente. A invisibilidade, nós também o sabemos, não equivale mais à ausência. Aliás, eles nem sequer mencionam a ausência, como se isso não lhes tocasse ou preocupasse. O tempo que precedeu o reconhecimento, a viagem para Emaús, tempo de escuta, é o que retém a atenção deles.
Se a paixão e a morte dispersavam os discípulos, o Ressuscitado os congrega: “Naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e os outros discípulos. E estes confirmaram: ‘Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!’” (vv. 33-35).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, não permitas que eu caia na tentação de viver distante de meus irmãos e irmãs de fé, pois o Senhor Ressuscitado nos quer todos reunidos em seu nome.
Fonte: Paulinas em 31/03/2013

Comentário do Evangelho

O caminho de Emaús

O capítulo 24 é um resumo de todo o evangelho. Durante a viagem a Emaús, os discípulos retomam ponto por ponto as grandes etapas do ministério de Jesus. O evangelho de hoje, nós já o comentamos brevemente no último dia 31 de março. Vale ressaltar um aspecto que com frequência é esquecido: o tempo que separa o “ver” do “reconhecer” permite a lição de exegese que os dois discípulos confessarão ter transformado suas vidas (cf. v. 32). O caminho de Jerusalém a Emaús é o suporte simbólico de outro caminho: através das Escrituras. Viagem longa e necessária para que se abram os corações, a inteligência e os olhos dos discípulos.
Fonte: Paulinas em 03/04/2013

Comentário do Evangelho

Do ver ao reconhecer

A riqueza do evangelho é tal que ele precisa ser saboreado internamente. Todo o capítulo 24 de Lucas pode ser considerado como um resumo de todo o seu evangelho. Cada um dos evangelhos é fruto da experiência pascal dos discípulos. Nesse sentido, trata-se de um testemunho de fé. Cada trecho do evangelho é uma verdadeira Páscoa: da cegueira à visão, da enfermidade à cura, da morte à vida, da tristeza à alegria, da falta da esperança à esperança, do ódio e rancor ao amor. O relato dos discípulos de Emaús é, do início ao fim, uma Páscoa. O caminho que separa Jerusalém de Emaús é metáfora de um caminho muito mais longo, o caminho através das Escrituras, em que a lição de exegese dada por Jesus aos dois discípulos oferece condições de eles reconhecerem o Senhor no partir o pão.
A morte de Jesus representou uma forte frustração para aqueles que punham nele as esperanças messiânicas (cf. v. 21) e fez com que, por um instante, a comunidade dos discípulos entrasse em crise. O nosso texto visa transmitir o fato que permitiu a passagem do abatimento à alegria, do ver ao reconhecer. O espaço teológico-espiritual entre o ver e o reconhecer permitiu a Jesus a lição de exegese. No tempo do reconhecimento os discípulos confessarão que foi ela que os transformou (cf. v. 32). A explicação e compreensão da Escritura, à luz da ressurreição do Senhor, abriram os olhos para o reconhecimento. A primeira ressurreição, para os discípulos é, então, a da memória. Eles compreenderam, então, que o Senhor que se apresenta vivo no meio deles, de alguma forma, estava presente em toda a Escritura que, por sua vez, encontra nele sua plenitude e sentido. Quando do reconhecimento o Senhor desapareceu da vista deles. É que a visão física não é mais necessária para “ver” o Senhor. Mesmo invisível aos olhos, o Senhor está e permanecerá presente. A invisibilidade não significa, no que diz respeito à fé, ausência. Fato, aliás, que eles nem sequer mencionam, como se a visibilidade não tivesse a menor importância. O que retém a atenção deles, e torna-se objeto da mensagem transmitida aos demais discípulos, é o acontecido no caminho para Emaús, no tempo que precedeu o reconhecimento (cf. v. 35), tempo de escuta, em que o Mestre ressuscitado continua a instruir os seus discípulos. Se a morte dispersou os discípulos, a experiência do Ressuscitado os congrega (cf. v. 33).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, não permitas que eu caia na tentação de viver distante de meus irmãos e irmãs de fé, pois o Senhor Ressuscitado nos quer todos reunidos em seu nome.
Fonte: Paulinas em 04/05/2014

Vivendo a Palavra

O companheiro desconhecido de Cléofas bem que poderia ser cada um de nós que não poucas vezes nos vemos na situação de desânimo e tristeza daqueles discípulos. Nestas horas, procuremos nas Palavras de Jesus o conforto e consolo para nossa angústia e coragem para anunciar aos irmãos o Reino do Pai que já mora em nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/04/2013

Vivendo a Palavra

Sob variadas formas o Cristo Jesus se faz também nosso companheiro de viagem. Estejamos vigilantes e atentos à sua Presença. Ele vem até nós nos irmãos de caminhada, na natureza, na história, nos sinais dos tempos, nas Escrituras Sagradas e na Igreja-Povo de Deus, com seu Magistério e Tradição.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/05/2014

VIVENDO A PALAVRA

A caminhada dos discípulos para a vilazinha de origem se parece com o nosso cansaço pelos desencontros, frustrações e incompreensões que vamos sofrendo pela vida afora. Prestemos atenção, porque mesmo que ainda não o tenhamos percebido, Cristo vai ao nosso lado e chegará a hora da partilha do pão. Então O reconheceremos. E a nossa alegria será completa.

Reflexão

Este trecho nos mostra todas as etapas do trabalho evangelizador. Inicialmente, as pessoas estão caminhando em comunidade. Ninguém caminha verdadeiramente quando está sozinho. Jesus é o verdadeiro evangelizador, que entra na caminhada das pessoas, caminha com elas. Durante a caminhada, faz seus corações arderem, porque desperta neles o amor, permanece com eles, formando uma nova comunidade, e se dá verdadeiramente a conhecer quando as pessoas dão respostas concretas aos apelos do amor, fazendo com que elas sejam novas testemunhas da ressurreição.
Fonte: CNBB em 03/04/2013

Recadinho

Quando Deus se manifesta em sua vida? - Você se desespera facilmente ou confia em Deus? - Você sabe encontrar a força de sua fé na Eucaristia? - Você faz como os discípulos de Emaús: caminha desanimado pelo mundo afora? - Você vê Deus presente e que lhe fala através dos acontecimentos da vida?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 04/05/2014

Reflexão

O episódio de Emaús reflete a estrutura fundamental da missa. Com efeito, distinguem-se, com nitidez, a Mesa da Palavra e a Mesa do Pão eucarístico. Antes de tudo, a Palavra de Deus que se encarnou revela-se aos discípulos na proclamação da Palavra, “começando por Moisés e percorrendo todos os Profetas”. Quão rica deve ter sido essa catequese ministrada por Jesus! Depois, o Pão vivo descido do Céu manifesta-se ao partir o pão: “Estando com eles à mesa, tomou o pão, abençoou, partiu e deu a eles”. A Eucaristia é o sacramento que nos põe em íntima comunhão com o mistério pascal: paixão, morte e ressurreição-glorificação de Jesus. Bem compreendida e celebrada com fé, a Eucaristia incendeia o coração do cristão e o projeta para a missão: “Na mesma hora se levantaram e voltaram a Jerusalém”.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

A FRUSTRAÇÃO SUPERADA

A crucifixão de Jesus foi um duro golpe para a comunidade cristã. Com ela, vieram abaixo os projetos de libertação, carinhosamente acalentados pelos discípulos. As palavras e as ações do Mestre pareciam dignas de fé. Seu modo de ser tinha algo de especial, bem diferente do que até então se tinha visto. Sua morte na cruz, no entanto, deixou, nos discípulos, o sabor da frustração e da desilusão!
Foi preciso que o Ressuscitado os chamasse à realidade. Eles não estavam dispensados da missão. Por conseguinte, não havia motivo para se dispersarem e voltarem para sua cidade de origem, uma vez que tinham, diante de si, um mundo a ser evangelizado. Era insensato cultivar sentimentos de morte, quando a vida já havia despontado e se fazia presente no Ressuscitado. Por que fixar-se no aspecto negativo da vida, já que a realidade vai muito além?
Os discípulos de Emaús retratam os cristãos desiludidos de todos os tempos, uma vez que não acreditam na possibilidade de se criar um mundo fraterno. São os pessimistas, centrados em si mesmos, incapazes de projetar-se para além dos próprios horizontes. Ou seja, são cristãos nos quais a ressurreição ainda não produziu frutos.
Só a descoberta do Ressuscitado permite ao cristão superar os reveses da vida. Aí então, ele se dará conta de que, apesar da cruz, vale a pena somar esforços para construir o Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de otimismo, abre meus olhos para que eu perceba a presença do Ressuscitado junto de mim, e assim, reencontre a razão de viver.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. CAMINHANDO COM JESUS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nhá Maria era uma senhora bem pobre que gostava muito de vir em nossa casa para receber alguma ajuda. Naquele tempo, o pedinte não era um estranho que causava medo e insegurança como hoje, e nós a acolhíamos na mesa da refeição, porque jamais minha mãe permitia que ela ficasse na porta ou na calçada, um filho de Deus tem que sentar-se á mesa, nos dizia sempre. Claro que os tempos eram outros e ninguém pensava em seqüestro ou assalto. Depois de ouvi-la atentamente, a conversa sempre terminava com a frase tão batida lá em casa, “Se for da vontade de Deus, tudo vai melhorar e dar certo”, que minha mãe dizia, enquanto preparava um cafezinho fresco que a Nhá Maria tomava antes de ir embora, toda agradecida, não sem antes ajudar a arrumar a cozinha.
Este evangelho mostra algo que hoje não se pratica muito em nossas relações: ouvir as pessoas, caminhar com elas, saber como está a vida, o que anda pensando ou sonhando, ou porque andam tristes. Passamos de carro, sempre apressados, e no máximo fazemos um aceno ou buzinamos para os conhecidos.
O caminhante que se junta aos dois peregrinos age diferente, percebe que estão tristes e desanimados, se junta a eles, quer saber o que aconteceu, qual a causa da tristeza, ouve com atenção e somente depois é que vai falar, não deixou suas inquietações sem uma resposta, não terminou a prosa com aquele jeito resignado “fazer o que, a vida é assim mesmo...” Como muitas vezes encerramos nossa conversa com alguém que está sofrendo ou desanimado. É bem verdade que os censurou por serem tão lerdos na compreensão da escritura antiga, mas a conversa foi agradável, marcada pela ternura, pois não se pode anunciar o evangelho com gestos bruscos e cara feia, como se quisesse dar uma lição de moral em quem ouve, isso é perda de tempo! O texto não deixa dúvidas quanto a isso, seus corações ficaram abrasados, enquanto Jesus lhes falava, levando-os a descoberta de algo novo, o sofrimento faz parte da vida, mas não é a última palavra.
Considerando-se a intencionalidade do autor, o texto trata de uma celebração eucarística, com duas partes bem distintas: a Palavra e a Eucaristia, aliás, coisa que nós cristãos herdamos do Judaísmo em uma junção da Sinagoga, lugar da reflexão da Palavra, e Templo, lugar do Sacrifício. Vivemos um tempo histórico diferente do que viveram esses discípulos, porém a situação é quase a mesma, achamos difícil perceber a presença do Senhor em meio a um quadro muitas vezes desolador, e a história de Emaús, mais parece uma bela lembrança. Eis uma fé distorcida e fragilizada como a dos dois discípulos peregrinos!
No coração do Cristão, Jesus Ressuscitado na maioria das vezes é alguém distante de nossa vida e de nossos problemas, parece que o Jesus da história é um, e o Jesus da Salvação é outro, pois esse evangelho, belíssimo por sinal, nos mostra que na comunidade, em cada celebração a história se repete o Senhor nos questiona sobre o que estamos falando pelo caminho desta vida, em que acreditamos, quais são nossas aspirações, o que queremos ver realizado. A palavra que celebramos nos fala da vida de Jesus e de nossa vida também, ela nos encoraja porque penetra em nosso coração, não se restringindo a um mero rito.
Uma caminhada com uma prosa saudável e edificante, fortalecedora e motivadora, não tem coisa mais revigorante neste mundo, assim é que Jesus vem ao nosso encontro em cada domingo. A palavra de Jesus que caminha com eles, não é conversa fiada, lamentação e choramingos, porque as coisas não vão bem, em casa, na comunidade, no trabalho ou na política, Jesus é alguém diferente, que encontrou um sentido novo e sua palavra renovadora, fortalecedora é revigorante, porque nos faz dar a volta por cima, por isso, aos seus discípulos de ontem e de hoje, ele vem confirmar o seu projeto de salvação, anunciando que a morte e a força do mal, não têm nenhum poder sobre o Reino que ele instalou no meio dos homens.
E depois de uma boa conversa, em uma mesa de refeição, Cleofas e seu amigo de caminhada sentem que não podem mais viver sem aquele homem, e o acolhem no coração, quando o conhecem no partir do pão, onde o Senhor partilha com eles seus sonhos e projetos de vida, que ajudam a construir o reino novo.
Não tenhamos medo de percorrer o caminho de Emaús, onde levamos, é verdade, nossos desânimos e fracassos, mas diante da palavra que nos aquece o coração, , manifestemos o desejo de que o Senhor fique sempre conosco, “Fica conosco Senhor pois é tarde, e a noite vem chegando”. E no pão que se parte e reparte, nos fortalecemos, e voltamos com pressa á nossa comunidade, onde não há mais noite, mas na fé caminhamos com os irmãos e irmãs, diante da luz sempre reluzente que é o próprio Deus, presente em Cristo - Jesus!
Fonte: NPD Brasil em 03/04/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Jesus, a presença contagiante...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O evangelho da Oitava da Páscoa vem mostrando de maneira mais clara e objetiva essa presença de Jesus Vivo em nossas comunidades, e como ela motiva e influencia diretamente a ação pastoral da Igreja, sempre a direcionando para o anúncio e o testemunho. O caminho de Emaús mostra, em um primeiro momento, que rumo tomou a comunidade, marcada pela decepção, frustração, e um profundo desânimo. O que faremos sem Jesus?
O sonho do Novo Reino havia se acabado, o que era Eterno, Imortal e Poderoso, havia sido submetido a uma morte infame, humilhante e vergonhosa. Não há nada mais a fazer a não ser voltar para casa e ficar a espera de um Novo Messias, guardar aquele sonho bom, e a esperança que ele havia despertado no coração dos discípulos.
Mas um estranho se junta a eles nessa estrada de Emaús, que não leva a lugar nenhum, o estranho logo manifesta aquilo que os dois discípulos desanimados transmitem: desânimo e tristeza. Nada pior do que quando em nossas comunidades instala-se o desânimo e a tristeza, diante de projetos pastorais que fracassam, diante de eclesiologias que não se harmonizam com a Vida Paroquial, diante da falta de comunhão, pastores que não pastoreiam, evangelizadores que não evangelizam, profetas que calam a boca…ah que quadro desolador!
Deixamos que esses fracassos humanos ofusquem a presença da Vida Plena, Jesus, sua Graça Operante e Santificante, seu ato Salvívico, que nos redime e nos revigora, olhamos a instituição e não sentimos o seu Coração bater, uma Igreja sem alma e sem dinamismo, nossos olhos velados pelo desânimo e tristeza, anda com o Senhor, dialoga com Ele nessa caminhada, ouve sua Palavra proclamada na liturgia, vê e toca no Jesus presente na Eucaristia, mas não o percebe.
Ora, de onde vem tanto desânimo senão de uma má compreensão da Palavra Libertadora? A Palavra é viva e eficaz e até a celebramos, mas não permitimos que a Palavra se torne ação concreta em nossa vida pessoal e na vida em comunidade. Teorizamos a Palavra, nos encantamos com ela, a achamos belíssima, mas não identificamos a sua Fonte que é o Senhor, há quem confunda a Santa Palavra com alguma ideologia…nascida da carne e não do Espírito.
O Verbo Encarnado faz ferver o coração dos discípulos que finalmente se abrem para ouvi-la, o quadro não havia mudado, o enredo ainda trazia a tristeza, mas agora algo mudou no coração dos dois companheiros e irmãos de caminhada: descobriram que não estavam mais sozinhos, que Jesus caminhava com eles. A Palavra proclamada pelo próprio Senhor, aponta para sua presença real no partir do pão.
Palavra e Eucaristia, a porta que se abre no mistério da Fé, para mostrar e revelar a presença real de Jesus que caminha com a sua Igreja desde a sua origem até o presente e assim será até o final dos tempos. Ter Fé é saber enxergar nas ações da Comunidade o AGIR de Jesus, manifestado nas ações e pensamentos humanos, que chegarão um dia à sua plenitude, percorrendo os mesmos caminhos de Jesus de Nazaré, que não excluem o fracasso e a derrota, mas que o olhar da Fé consegue descortinar o novo Horizonte para onde caminha e hão de chegar todos os que creem...
Os discípulos compreenderam que tudo isso estava ali diante deles, como uma feliz possibilidade, e por isso voltaram correndo para a Comunidade, lugar por excelência onde Jesus tornou possível viver a aventura da Fé, celebrada e vivida...

2. No caminho para Emaús...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Os discípulos de Emaús conversavam sobre os acontecimentos que foram iluminados pela Palavra de Deus. Sentaram-se para partir o pão e reconheceram Jesus. Saíram imediatamente e foram anunciar que Jesus estava vivo. Fatos, palavra, partilha, anúncio.

Homilia - Pe. Paulo Ricardo

A luz sobrenatural da fé

O Evangelho que narra o episódio dos discípulos de Emaús, é muito importante para nós, que já cremos, mas temos consciência de que precisamos aumentar a nossa fé. Note-se que aqueles homens que iam para Emaús eram bons discípulos – no caminho, falam de Jesus como "um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo", e narram perfeitamente os acontecimentos relativos aos últimos dias. Tinham entrado em contato com o que era necessário para ter fé – a obra de Cristo e a Sua pregação –, mas terminaram escandalizados com a Sua morte, com o absurdo do amor de Deus escondido nessa injustiça; tinham diante de si todos os preambula fidei, mas, ao invés de crerem, se detiveram diante da Cruz.
Hoje, é possível que muitos ainda conheçam o Cristianismo de forma puramente carnal, como os discípulos de Emaús. Eles viam que havia, na história de Jesus, algo de sobrenatural, mas não creram, porque a fé não é uma dedução simples de raciocínios humanos, mas uma virtude teologal infundida por Deus no coração do homem. É claro que os raciocínios são importantes – existe na fé um aspecto racional –, mas o simples olhar à "história profana", por assim dizer, não conduz à fé. A fé é um dom sobrenatural, está além de nossa natureza. Por isso, não se pode lidar com as verdades de fé como se lida com as coisas meramente naturais. Seria como tentar carregar um tesouro de muitas toneladas com as próprias forças. Para "carregar" a verdade sobrenatural da vida de Cristo, é necessário um "guindaste" também sobrenatural: a fé. Nas palavras de Santo Tomás de Aquino:
"Quanto ao assentimento do homem às verdades da fé, podem ser apontadas duas causas. Uma o induz exteriormente, por exemplo, a visão de um milagre ou a pregação de outros homens que o impulsiona à fé. Mas esta causa não é suficiente, porque a experiência ensina que, vendo um mesmo milagre e ouvindo um mesmo pregador, uns creem e outros não. É preciso, pois, apontar outra causa que mova interiormente o homem para que preste seu assentimento às verdades da fé. Os pelagianos diziam que esta causa interior era unicamente o livre arbítrio do homem... Mas isto é completamente falso porque, como o homem, ao assentir às verdades da fé, se eleva sobre sua própria natureza, é necessário que esta elevação seja produzida por um princípio sobrenatural que a mova interiormente, que é o próprio Deus. Portanto, a fé, quanto ao seu ato principal, que é o assentimento, procede de Deus, que nos move interiormente pela graça." [1]
Portanto, a fé não vem de nós mesmos, como queriam os pelagianos. Podemos preparar todo o terreno, estudar assiduamente o Catecismo, perscrutar obras de teologia e apologética e meditar todas as Sagradas Escrituras; se Deus não intervier, não teremos a fé. O padre Reginald Garrigou-Lagrange, em um artigo a respeito da certeza sobrenatural da fé, cita as seguintes palavras de Lacordaire:
"Um convertido vos dirá: eu li, raciocinei, quis, e não consegui; mas um dia, sem que eu possa dizer como, na esquina de uma rua, ao pé da minha lareira, eu não sei, mas já não era mais o mesmo, eu tinha fé; depois li de novo, meditei, confirmei minha fé pela razão; mas o que se passou em mim no momento da convicção final é de uma natureza absolutamente diferente de tudo que havia precedido..." [2]
O que se passou com o convertido desta passagem foi ação da graça. Os seus esforços humanos não conseguiram conduzi-lo à fé, assim como a mera investigação histórica não tornou crentes os discípulos de Emaús. Só quando Jesus – depois de repreendê-los e explicar-lhes "todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele" – partiu o pão foi que caíram as escamas de seus olhos e eles reconheceram que estavam andando com o Senhor: "Não estava ardendo o nosso coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?"
Quando alguém, à procura da verdade, espera um "argumento fatal" para crer, está cometendo um grande erro, pois a fé é livre. É claro que existe, para todos, o dever moral de crer. A incredulidade, por exemplo, é um pecado terrível. E pode acontecer com pessoas que, tendo a fé, a corroem com seus hábitos imorais. No entanto, um pecado, por si mesmo, não destrói a fé na alma. Como ensina o Concílio de Trento, "por qualquer (...) pecado mortal se perde a graça (...), embora não se perca a fé" [3].
Ao encontrar-se com Jesus Eucarístico, os discípulos de Cristo saem de Emaús e voltam para Jerusalém, porque agora creem no Amor que os amou. Nesta Liturgia, também nós, ajoelhemo-nos diante da Cruz de Cristo e peçamos o dom da fé.
Fonte: Reflexões Franciscanas em 04/05/2014

REFLEXÃO

RECORDE-SE MAIS DE JESUS

O relato dos discípulos de Emaús nos descreve a experiência de dois seguidores de Jesus durante o caminho de Jerusalém para a pequena aldeia de Emaús, a oito quilômetros de distância da capital. O narrador faz isso com tal habilidade que nos ajuda hoje também a reavivar a nossa fé em Cristo ressuscitado.
Dois discípulos de Jesus se afastam de Jerusalém, abandonando o grupo de seguidores que se formou ao redor dele. Morto Jesus, o grupo vai se desfazendo. Sem ele, não tem sentido continuar reunidos. O sonho se desmanchou. Quando Jesus morreu, morreu também a esperança que ele havia despertado em seus corações. Não está acontecendo algo assim em nossas comunidades? Não estamos deixando morrer a fé em Jesus?
No entanto, estes discípulos seguem falando de Jesus. Eles não conseguem esquecê-lo.Comentam o acontecido. Tratam de buscar algum sentido para o que viveram junto com ele."Enquanto conversam, Jesus se aproxima e se põe a caminhar com eles." É o primeiro gesto do Ressuscitado. Os discípulos não são capazes de reconhecê-lo, mas Jesus já está presente caminhando junto com eles, Não caminha Jesus hoje veladamente junto a tantos crentes que abandonam a Igreja, mas continuam recordando-se dEle?
A intenção do narrador é clara: Jesus se aproxima, quando os discípulos se recordam dEle e falar dEle. Ele se faz presente ali onde se comenta o seu evangelho, onde há interesse por sua mensagem, onde se conversa sobre seu estilo de vida e seu projeto. Não estaria Jesus tão ausente entre nós porque pouco falamos dele?
Jesus está interessado em falar com eles: "que conversa é essa que fazeis durante o vosso caminho?" Não se impõe revelando-lhes a sua identidade. Pede-lhes que continuem contando a sua experiência. Falando com Ele, irão descobrindo a sua cegueira. Seus olhos se lhes abrirão quando, guiados por sua palavra, fazem um itinerário interior. É assim. Se na Igreja se falar mais de Jesus e falar mais com Ele, nossa fé vai reviver.
Os discípulos lhe falam de suas expectativas e decepções, e Jesus os ajuda a aprofundar mais a identidade do Messias crucificado. O coração dos discípulos começa a arder, eles sentem a necessidade de que o "desconhecido" permaneça com eles. Ao celebrar a ceia eucarística, os olhos deles se abrem os olhos e o reconhecem: Jesus está com eles!
Nós, cristãos, temos de recordar-nos mais de Jesus: citar suas palavras, comentar o seu estilo de vida, mergulhar em seu projeto. Devemos abrir mais os olhos da nossa fé e descobri-lo cheio de vida nas nossas Eucaristias. Ninguém há de estar mais presente. Jesus caminha junto conosco.
Fonte: José Antonio Pagola.
Tradução: Redacción de Eclesalia – Irmãs Franciscanas de Allegany em 04/05/2014

HOMILIA

DOS NOSSOS DIAS

Naquela hora de desespero, alguém se aproxima e começa a caminhar com eles. Uma simples pergunta do novo companheiro os faz parar: De que estais falando? Não é possível que exista uma única pessoa neste país que desconheça os fatos cruéis da semana passada! Poderia ser a primeira reação. Mas logo aproveitam para partilhar a dor, a saudade, a frustração. Corriam notícias sobre o túmulo vazio e a aparição de anjos. Mesmo assim continuam inconsoláveis e reclamam: Ninguém viu Jesus!
Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Que voz é esta? Os dois a conhecem. Soa-lhes tão familiar! Embora os olhos permaneçam vedados e a razão obscurecida, o coração se abre, se dilata, começa a arder no peito. Ninguém jamais falou como esse homem! responderam até os guardas, tempos atrás encarregados de prender Jesus. Nem estes homens rudes conseguiram resistir às suas palavras! As multidões ficaram extasiadas com o seu ensinamento, porque as ensinava com autoridade. Toda experiência do convívio com o Mestre nos anos que passaram emerge do fundo da alma, vem, de repente, à tona enquanto o companheiro de viagem explica as passagens da Escritura, evocando Moisés e os Profetas. Sua fala pelo caminho alivia a dor, derrete a saudade, afoga o desânimo. Não querem deixá-lo ir adiante quando chegam ao destino. “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando! É como se dissessem: A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna! A solidão machuca. Ficar novamente só, fará reaparecer a tristeza e a dor. “Fica conosco!“ é o pedido insistente, dirigido a quem ainda não reconhecem. No fundo do coração, porém, já experimentam a alegria que tantas vezes sentiam quando o Mestre lhes falava.
“Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!“ “Tu tens palavras de vida eterna!“ O companheiro do caminho para Emaús não abandonou os discípulos! “Entrou para ficar com eles. Sentou-se à mesa com os dois, tomou o pão e abençoou, depois o partiu e deu a eles“ (Lc 24,29-30). E na fração do pão acontece o milagre da Páscoa: os dois reconhecem o Mestre. Vêem as mãos perfuradas e aquele inigualável semblante do Filho de Deus. Mas, ao mesmo tempo, Ele “tornou-se invisível“ (Lc 24,31).
Ficou o pão partido e uma taça de vinho partilhada. Ficaram as palavras que fizeram arder os corações. Ficou a inebriante alegria em que Ele transformou o desespero dos discípulos. Agora não é mais necessário ver Jesus com os olhos do corpo. Com a experiência que tiveram em Emaús, os discípulos encarregar-se-ão de anunciá-lo e testemunhá-lo pelo mundo afora.
Nos momentos difíceis grite como os dois Apóstolos: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Ele entra para ficar com eles. À mesa, Jesus toma o pão, abençoa e lhes dá. “Seus olhos se abriram, e eles o reconheceram”. Jesus desaparece da vista deles, mas fica no seu coração. “Não estava ardendo o nosso coração, quando ele nos explicava as Escrituras?” A experiência é tão extraordinária, que os discípulos precisam levar à notícia, naquela mesma noite, a Jerusalém.
No momento em que Jesus parte o pão, os discípulos de Emaús se tornam missionários, mensageiros da Boa Nova. “Na mesma hora eles se levantaram e voltaram para Jerusalém… e contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus quando ele partiu o pão. Ao distanciarem-se da comunidade, caminharam para Emaús à luz do dia, mas havia escuridão por dentro. Depois que o Mestre se revelou, atravessam a escuridão da noite, sem medo de tropeçar, porque o coração pulsa de alegria, cheia de luz. Há um novo olhar, uma nova motivação, uma nova e luz no horizonte.
A missão nasce sempre de um encontro com Jesus vivo, com o Cristo pascal. Os Evangelhos não terminam na Sexta-feira Santa, com o Cristo morto e sepultado. O grande e retumbante final da sinfonia é a esplêndida aurora da Páscoa, aquele deslumbrante primeiro dia da semana: o Cristo ressuscitado, vivo, vencedor da morte, o triunfo do bem sobre o mal, a vitória da graça sobre o pecado, a alegria do amor e da paz contra as tramas diabólicas do ódio e da guerra. “Realmente o Senhor ressuscitou! Proclamam os “Onze, reunidos com os outros“ em Jerusalém.
Celebramos a real presença deste Deus conosco na Eucaristia, memória do mistério pascal, mistério da cruz e ressurreição, mistério da redenção e reconciliação, que inicia a Nova Aliança. Em cada Eucaristia olhamos para Deus, celebramos o Deus conosco, sua encarnação, paixão morte e ressurreição. “É Deus Pai quem nos atrai por meio da entrega eucarística de seu Filho, dom de amor com o qual saiu ao encontro de seus filhos, para que, renovados pela força do Espírito, possamos chamá-lo de Pai” . Da ação de graças, da doação gratuita do Cordeiro de Deus, emerge a energia missionária da Eucaristia. A Eucaristia é a ponte para o ministério apostólico. Eucaristia é Nova Aliança que pressupõe reconciliação, unidade na diversidade, solidariedade até as últimas conseqüências.
Ao partir o pão, eles o reconhecem e retornam ao Caminho. Nossa fé é o encontro pascal com o Senhor Jesus. É a certeza de que ele está vivo. Nossa fé é uma fé pascal e pessoal. Não se trata apenas de crer em alguma coisa. A profissão fundamental é: “Eu creio em Ti, Senhor! E por isso me comprometo e me torno evangelizador.
Evangelizar, ser missionário, é irradiar “o que ouvimos, o que vimos com nossos olhos, o que contemplamos e o que nossas mãos apalparam do Verbo da vida porque a Vida manifestou-se. Sejam quais forem nossas fraquezas, misérias, limitações, o que contagia todas as culturas, o que convence todos os povos e raças, é o testemunho da alegria e da graça de termos encontrado o Senhor Ressuscitado. Tudo isso é graças à força do pão partido de Emaús, é o vigor do fruto da videira no cálice da Nova Aliança, é o corpo entregue e o sangue derramado de Jesus, morto e ressuscitado.
Fonte: Liturgia da Palavra em 04/05/2014

HOMÍLIA DIÁRIA

O caminho requer capacidade de mudar

Postado por: homilia
abril 3rd, 2013

Lucas é o único que narra a volta de dois discípulos de Jesus para a cidade de Emaús, após terem vivenciado o martírio de seu Mestre, em Jerusalém.
Jesus havia morrido e uma sensação depressiva tomava conta de Seus muitos discípulos - não apenas de Seus doze apóstolos. Cada um fugiu como pôde da presença das autoridades que queriam incriminar a todos os que seguiram Aquele que agora estava morto, por conta deste ter levantado tanta insurreição e contradição em Jerusalém e circunvizinhanças.
Aqueles dois discípulos sabiam de tudo. Tinham todas as últimas informações sobre a vida e a morte de uma pessoa conhecida deles. Mas não sabiam que Aquele que a eles se dirigia – e que outrora estivera morto e agora estava vivo – era a própria fonte de toda vida, o único capaz de lhes tirar daquele estado de profunda angústia.
Porque “sabia-se e sabe-se de tudo”, mas desconhece-se, ainda, o que o Senhor pode fazer, pois Ele é uma resposta que não mais agrada a uma sociedade encantada por tudo o que aprendeu e sabe fazer e ter.
Jesus faz menção de ir embora, mas os dois O convidam a repousar na cidade deles, já que a hora avançara bem. Jesus aceita o convite e compartilha com eles do pão. A partilha fraterna, a solidariedade e o amor constituem a prática que a todos revela a presença viva do Senhor nas comunidades e no mundo. É reconhecido, neste instante, mas desaparece do meio dos dois, segundo o texto.
Comentando o estranho episódio, um deles diz: “Por acaso não ardia o peito dentro de nós enquanto Ele nos falava aquelas coisas?”.
Estar a caminho, à procura, exprime a situação da nossa vida. O caminho requer, também, capacidade de mudar. A Bíblia indica-nos qual é a direção melhor, aquela que nos dá a liberdade dos filhos de Deus. Descubramos que nossos companheiros de viagem são especialmente as pessoas que sofrem. Reconheçamo-nos a nós mesmos como portadores de sofrimentos e necessitados de acompanhamento.
Em nossas convivências, como os dois discípulos a caminho para Emaús, falemos das coisas da vida, de acontecimentos e problemas concretos. Deus faz-se presente na história e indica-nos a direção duma mudança capaz de oferecer uma grande alegria. Então, como os discípulos, também nós diremos: “Não parecia que o nosso coração queimava dentro do peito, quando Ele nos falava na estrada e nos explicava as Sagradas Escrituras?”
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção nova em 03/04/2013

HOMILIA DIÁRIA

Tenha um encontro pessoal com a Palavra de Deus!

É na Eucaristia e alimentados pela Palavra de Deus que os nossos olhos vão reconhecer a presença do Senhor no meio de nós por intermédio da Eucaristia!
”Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus” (Lucas 24, 30-31).
Os discípulos de Emaús caminham tristes, lembrando-se de todos os acontecimentos que ocorreram em Israel por aqueles dias. Ainda estavam pesarosos com a Morte do Senhor Jesus e com todo o drama que fora a perda de Jesus no meio deles. No entanto, quando o próprio Jesus Ressuscitado se manifestou a eles, estes não foram capazes de O reconhecer. Seus olhos estavam vendados, como que cegos, a mente fechada, então eles não foram capazes de reconhecer a presença de Jesus no meio deles.
Deixe-me dizer uma coisa a você: assim acontece também com a nossa vida, muitas vezes, o próprio Senhor se manifesta a nós, se faz presente em nossa vida, Ele está no meio de nós, mas nós não somos capazes de reconhecê-Lo, porque nossos olhos estão fechados, nós estamos demasiadamente pesarosos, tristes, preocupados, tensos, nervosos. Estamos envoltos em nossos ressentimentos, em nossas mágoas, em nossas dores, em nossas paixões e nas nossas tristezas, de modo que os nossos olhos também se fecham e não somos capazes de reconhecer a presença de Jesus no meio de nós.
A pedagogia que Deus usa para abrir os nossos olhos é a mesma que Ele usou para com aqueles discípulos. O Senhor caminha conosco, primeiro para nos relembrar das Sagradas Escrituras, para abrir a nossa mente, para que nela entre a Palavra de Deus. A Palavra de Deus semeada em nosso coração, semeada em nossos pensamentos e em nossos sentimentos vai quebrando o que há de mais duro em nós, vai quebrando a nossa ignorância, a nossa resistência; vai amolecendo o nosso coração para que possamos na verdade encontrar o Senhor.
Você sente Deus distante de você? Você não consegue reconhecer a presença d’Ele na sua vida? Comece pela Palavra de Deus, se alimente dela, medite-a, tenha um encontro pessoal com o Senhor na Sua Palavra!
Depois os discípulos reconheceram o Senhor ao partir o pão. É na fração do pão, é na Eucaristia e alimentados pela Palavra que os nossos olhos vão reconhecer a presença do Senhor no meio de nós por intermédio da Eucaristia! Seu Corpo e Seu Sangue são o alimento para a nossa vida, por meio dos quais Ele mesmo vem socorrer a nossa pobreza e a nossa fraqueza.
Que hoje nossos olhos se abram, a nossa inteligência se abra e todo o nosso ser possa estar aberto para reconhecer Jesus, porque Ele está vivo, está presente no meio de nós! O que nós precisamos é abrir os nossos olhos e abrir a nossa cabeça para poder reconhecê-Lo vivo e presente no meio de nós!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 04/05/2014

Oração Final
Pai Santo, fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando... Abrasa o nosso coração com tua Palavra Criadora, com teu Amor inefável e faz de nós arautos para anunciar o teu Reinado de Amor já presente entre nós, ainda que não em sua plenitude. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/04/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos ouvidos capazes de ouvir, coração sábio para compreender, disposição e coragem para viver a tua Mensagem de Amor à humanidade – trazida, proclamada e vivida pelo Cristo Jesus, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/05/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nossos caminhos neste mundo nem sempre são floridos. Às vezes a tristeza tenta tomar conta de nós. Ajuda-nos, Pai amado, especialmente nesses momentos, a lembrar que o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão, caminha conosco. Ilumina-nos para que consigamos perceber a sua Presença e a anunciemos com alegria e gratidão aos que peregrinam ao nosso lado. Amém.

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