sexta-feira, 4 de outubro de 2013

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 04/10/2013

4 de Outubro de 2013

Ano C


Lc 10,13-16

Comentário do Evangelho

Apelo veemente à conversão.

O texto está diretamente ligado ao envio dos setenta e dois discípulos. É uma lamentação de Jesus sobre as cidades próximas ao Mar da Galileia, lugar privilegiado do ensinamento e da ação de Jesus. Não obstante terem sido beneficiadas pela presença do Senhor, não se converteram. Em razão de sua resistência em acolher Jesus e reconhecer, por ele, o tempo da visita salvífica de Deus, são comparadas a Tiro e Sidônia, símbolos da infâmia e exploração dos mais frágeis (ver: Is 23,1-11; Ez 26–28). As palavras de Jesus sobre estas cidades não são, antes de tudo, um juízo condenatório, mas um apelo veemente à conversão. Não são aos discípulos simplesmente que estas cidades mencionadas rejeitam, mas ao próprio Senhor, pois há uma identificação profunda entre os discípulos e seu Mestre: “Quem vos escuta, a mim escuta; e quem vos despreza, a mim despreza” (v. 16). E como há uma comunhão profunda entre o Pai e o Filho, quem despreza o Filho despreza, igualmente, Aquele que o enviou (v. 16).
Carlos Alberto Contieri,sj

Vivendo a Palavra

O Mestre continua o envio dos setenta e dois discípulos, lembrando que a quem muito foi dado, muito será pedido. Nós, que recebemos a revelação do Reino, devemos ser os primeiros a nos converter, a procurar a porta estreita e o caminho áspero. Vivamos com alegria a Revelação – a Boa Notícia que Jesus nos trouxe!

Reflexão

Existem pessoas que vivem profundamente uma religião, mas na verdade essas pessoas não possuem fé. Fazem da religião um ritualismo e um cumprimento de preceitos e conhecem todos os seus dogmas e suas normativas morais, porém não possuem fé, porque não se sentem interpelados por Deus para a mudança de vida tanto em nível pessoal como comunitário. São pessoas que como diz o profeta Isaías, louvam a Deus com os lábios, mas seus corações estão longe dele, porque na verdade, não compreenderam que Deus é amor. O coração que se aproxima de Deus é o coração que é capaz de amar, não com romantismo, mas com compromisso de solidariedade, de busca de libertação, de luta contra a exclusão. Este sim, é o verdadeiro amor, e esta é a verdadeira conversão.

Meditação


Será que somos tão bons que nada temos para melhorar? - Nosso modo de pensar e agir é sempre coerente com o Evangelho? - Você procura pedir as luzes do Espírito Santo para agir bem sempre? - A vida com Deus já não é fácil. Imaginou como seria sem Ele? - Será que estamos sempre abertos a ouvir os que, por palavras ou ações, nos anunciam o Reino de Deus? - É fácil deixar-se levar pelo desânimo diante das dificuldades?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R

REFLEXÕES DE HOJE

04 DE OUTUBRO - SEXTA



Liturgia comentada
 
Quem vos ouve, a mim ouve... (Lc 10,13-16)
Nós sabemos que a Igreja é o Corpo de Cristo. Neste “corpo”, Cristo é a cabeça; nós, os membros. (Cf. Rm 12,4-5; 1Cor 12,12ss; Ef 5,30; Cl 1,18.) Por isso mesmo, Cristo e sua Igreja são inseparáveis, vivem em simbiose, uma vida comum. São Cirilo de Jerusalém observa que nós, ao participarmos da Santíssima Eucaristia, alimentando-nos com o Corpo e o Sangue de Cristo, nos tornamos com ele um só corpo (sýssomos) e um só sangue (sýnaimos).
E São João Crisóstomo ouve dizer-lhe o Cristo: “Desci novamente à terra, não só para me misturar com os da tua gente, mas também para te abraçar: deixo-me comer por ti e deixo-me partir em pequenos pedaços, para que a nossa união e amálgama sejam verdadeiramente perfeitas. De fato, enquanto os seres que se unem mantêm perfeitamente distinta a sua individualidade, Eu, invés, formo uma unidade contigo. Aliás, não quero que nada se meta entre nós; só quero o seguinte: que ambos formemos uma só coisa”.
Além dessa união individual com cada fiel, cada batizado, Jesus Cristo está unido a toda a Igreja. O Espírito Santo, dado à Igreja em Pentecostes, é o mesmo Espírito de Jesus, que ele, na cruz, entrega ao Pai: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu Espírito”.(Lc 23,46.) O Espírito Santo é o “outro Consolador” (cf. Jo 14,16) que Jesus prometera pedir ao Pai.
Quando a sociedade humana olha para a Igreja como se ela fosse apenas uma organização jurídica, administrativa e hierárquica, ignora sua realidade mística, isto é, sua profunda identidade com o próprio Senhor. Fixam seu olhar desatento apenas nas aparências externas, deixando de perceber a vida de Deus que pulsa na Igreja, sua profunda unidade com Cristo.
Se tivessem noção dessa in-corporação, certamente aceitariam que Deus fala pela boca da Igreja, mesmo quando esta, com base no Evangelho, parece emitir conceitos e sugerir princípios éticos para o tratamento de questões estranhas à sua natureza íntima, como quando analisa problemas sociais, ambientais e econômicos.
Há muita gente falando mal da Igreja, como se ela fosse apenas uma sociedade humana, um clube de religiosos. No fundo, porém, ainda se ouve a voz do Senhor: “Quem vos ouve, a mim ouve. Quem vos rejeita, é a mim que rejeita. Quem me rejeita, rejeita o Pai, que me enviou.” (Lc 10, 16.)
Orai sem cessar: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim.” (Gl 2,20)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Que São Francisco nos ajude a reconstruir nossa própria vida
Que Francisco, o homem da paz universal, nos ajude a reconstruir nossa própria vida para que, assim, colaboremos para reconstruir a Igreja e o mundo!
“Francisco de Assis, homem de Deus, deixou sua casa e sua herança e se fez pobre e desvalido. O Senhor, porém, o acolheu com amor”.
A Igreja celebra no dia de hoje, com muito júbilo, um dos maiores santos de todos os tempos: São Francisco de Assis. Querido, amado, venerado, exemplo de virtude evangélica, de desprendimento, de amor e paixão pelo Reino de Deus.
O nosso atual Papa se chama Francisco em uma referência direta a esse santo, que veio para reconstruir a Igreja do Senhor. E assim como fez São Francisco e está fazendo nosso Papa Francisco, cada um de nós é chamado a reconstruir a Igreja do Senhor.
Nós olhamos para esse grande santo italiano e nos perguntamos: Como é que o “Pobrezinho de Assis” deu a sua contribuição para a reconstrução da Igreja? Ao olhar para o exemplo dele, nós também queremos aprender a dar nossa contribuição.
Primeiro, Francisco procurou reconstruir sua própria vida; ele que vivia uma vida fútil, uma vida em busca de prazeres, em busca das coisas e dos bens deste mundo; não tinha o olhar voltado para as coisas do Céu.
Filho de um pai rico, grande comerciante, ele vivia no mundo do luxo, da riqueza e das competições; quando foi alcançado pelo amor misericordioso do Senhor, abriu seu coração para que Deus o pudesse reconstruir interiormente. Começou revendo seus valores, até que, um dia, disse a si mesmo: “Aquilo que, para mim, antes era amargo se tornou doce e o que era doce se tornou amargo!”
O que era doce para São Francisco? Era doce a vida frívola, uma vida mundana, buscava os prazeres, a competição, aquilo que para ele em um dia era tão doce, passou a perder o sentido e por isso ele se despojou dos bens, do mundo, dos prazeres para começar uma vida verdadeiramente evangélica; uma vez que o Evangelho o alcançou.
E o que era amargo para esse santo? Os pobres, os leprosos, a Igreja, os bens espirituais, os quais se tornaram a grande riqueza de seu coração.
Olhando para o “Pobrezinho de Assis”, queremos aprender com ele a rever nossa vida. Nós, muitas vezes, invertemos a ordem das coisas, e saboreamos demais as coisas materiais , os prazeres e bens deste mundo, e não damos valor para as coisas eternas.
Que Francisco, o homem da paz universal, nos ajude a reconstruir nossa própria vida para que, assim, colaboremos para reconstruir a Igreja e o mundo!
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE

Lc 10,13-16 - "Ai de ti!"



Preparo-me para a Leitura Orante, rezando, com todos os usuários da web, 
invocando a rede de comunicação mais perfeita:
 
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 
Creio, meu Deus, que estou diante de Ti. 
Que me vês e escutas as minhas orações. 
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro. 
Tu me deste tudo: eu te agradeço. 
Foste tão ofendido por mim: 
eu te peço perdão de todo o coração. 
Tu és tão misericordioso: eu te peço todas as graças 
que sabes serem necessárias para mim. 

1. Leitura (Verdade) 
O que diz o texto do dia?
 
Na minha Bíblia, leio atentamente o texto: Lc 10,13-16.
Jesus continuou:
- Ai de você, cidade de Corazim! Ai de você, cidade de Betsaida! Porque, se os milagres que foram feitos em vocês tivessem sido feitos nas cidades de Tiro e de Sidom, os seus moradores já teriam abandonado os seus pecados há muito tempo. E, para mostrarem que estavam arrependidos, teriam se assentado no chão, vestidos com roupa feita de pano grosseiro, e teriam jogado cinzas na cabeça. No Dia do Juízo, Deus terá mais pena de Tiro e de Sidom do que de vocês, Corazim e Betsaida! E você, cidade de Cafarnaum, acha que vai subir até o céu? Pois será jogada no mundo dos mortos!
Então disse aos discípulos:
- Quem ouve vocês está me ouvindo; quem rejeita vocês está me rejeitando; e quem me rejeita está rejeitando aquele que me enviou.

Jesus fala, neste texto, a três cidades da Galileia onde havia feito muitos milagres: Corazim, Betsaida e Cafarnaum. E fala no tom de  recriminação: "Ai de você!" Isto porque são cidades que se fecharam à mensagem. Estas três cidades haviam recebido atenções especiais de Jesus. Ele chegou a morar em Cafarnaum (Mt 4,13). Lá ele curou o criado do centurião (Mt 8,5-13),  libertou o endemoninhado (Mc 1,21-28). Em Betsaida curou um cego (Mc 8,22-26),  e, ali,  alimentou cinco mil homens com cinco pães e dois peixes (Lc 9,10-17). Com estes e outros tantos sinais, sobretudo com sua presença de amor, a resistência à graça de Deus é gravíssima.

2. Meditação (Caminho) 
O que a Palavra diz para mim?
Atualizo a Palavra, ligando-a à minha vida.
Também sou uma pessoa ingrata?
Depois de receber a vida e com ela tantos bens de Deus, ainda resisto?
Como disseram os bispos, em Aparecida, às vezes recusamos a vida nova: "No exercício de nossa liberdade, às vezes recusamos essa vida nova (cf. Jo 5,40) ou não perseveramos no caminho (cf. Hb 3,12-14). Com o pecado, optamos por um caminho de morte. Por isso, o anúncio de Jesus sempre convoca à conversão, que nos faz participar do triunfo do Ressuscitado e inicia um caminho de transformação."(DAp 351).

3. Oração (Vida) 
O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
 
Em silêncio, dou minha resposta de adesão ao Senhor que me oferece uma vida nova. E rezo:
 
Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Mestre Caminho, Verdade e Vida, tende piedade de nós.

4. Contemplação(Vida/Missão) 
Qual o novo olhar que a Palavra despertou em mim?
 
Com os olhos iluminados pela luz de Jesus Cristo ressuscitado, assumo uma vida nova, acolhendo os anúncios de Verdade, Caminho e Vida que o Senhor me faz a cada dia.

Bênção 
O Senhor o abençoe e guarde! 
O Senhor lhe mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de você! 
O Senhor lhe mostre seu rosto e lhe conceda a paz!' (Nm 6,24-27). 
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 

Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, nós te damos graças pela vida de Francisco de Assis, de quem nós celebramos hoje a memória. Que nos lembremos de seu exemplo de humildade e do seu jeito pessoal de seguir os passos do Mestre. E que, como ele, nós te glorifiquemos com nossa vida e testemunho de amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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