terça-feira, 3 de setembro de 2013

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 03/09/2013

3 de Setembro de 2013

Ano C


Lc 4,31-37

Comentário do Evangelho

A palavra de Jesus é um sopro de vida

No final do episódio na sinagoga de Nazaré, o narrador faz observar que os concidadãos de Jesus querem precipitá-lo morro abaixo, mas ele, “porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho” (vv. 29-30). Não há nada, nem mesmo a rejeição e a ameaça da morte, que possa dissuadir Jesus do seu caminho. O leitor sabe que este “caminho” é o caminho de Jesus para o Pai.
Jesus, então, desce para Cafarnaum. O seu ensinamento é acompanhado de “atos de poder” que libertam as pessoas da escravidão do mal. Admiravam-se do seu ensinamento, porque tinha autoridade. O que fazia a palavra de Jesus crível era a sua coerência interna: o que ele ensinava, as pessoas viam realizado na sua própria vida. Além disso, o ensinamento de Jesus, sua palavra, comunicava o Espírito; sua palavra era um sopro de vida.
A linguagem do evangelho acerca do mal não nos deixa induzir a erro. É preciso ultrapassar esse primeiro nível para chegar ao sentido que o autor quis transmitir com o seu texto. O mal é o que faz mal ao ser humano; é algo do ser humano que se opõe ao projeto salvífico de Deus e desfigura o ser criado à sua imagem e semelhança: “É de dentro do coração do ser humano que sai todo mal…” (Mc 7,21). O texto é uma proclamação de fé: A palavra de Jesus vence o mal. “Que palavra é essa?” (v. 36). Palavra com autoridade que comunica o Espírito do qual Jesus é revestido (cf. 3,21-22).
É esta palavra que, entrando no coração do ser humano, expulsa o mal.
Carlos Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, faze-me forte para enfrentar e vencer as forças malignas que cruzam meu caminho, tentando afastar-me de ti. Como Jesus, quero abalar o poder do mal deste mundo.

Vivendo a Palavra

O Evangelho aponta para a missão libertadora do Cristo. Ele a delegou a nós e, portanto, esta é a missão de sua Igreja. Assim como ao nosso Mestre, também a nós não cabe apenas impor regras e obrigações aos irmãos, mas aliviar as suas dores, libertá-los de suas ansiedades e de suas prisões.

Reflexão

As pessoas ficam admiradas com Jesus, porque ele ensina como quem tem autoridade. De onde vem a autoridade de Jesus? Não é uma autoridade política, pois Jesus não ocupava nenhum cargo importante na sociedade, e não é uma autoridade religiosa institucional, já que Jesus não tinha nenhuma função importante no templo ou na sinagoga. Podemos afirmar que a sua autoridade vem de si próprio, pois ele é Deus, mas o povo não sabia disso. O povo percebe a autoridade de Jesus a partir da coerência entre a sua pregação e a sua vida, compromissada com os pobres, necessitados e oprimidos, numa constante e vitoriosa luta contra todo tipo de mal.

Meditação

Falar com autoridade significa falar com conhecimento e com vivência. Você age assim? - Procura colaborar para a valorização das pessoas ou espalha os defeitos dos outros? - Há muitas pessoas doentes que são marginalizadas pela sociedade. Sua comunidade se preocupa com elas? - Tem consciência de que Deus reserva para eles um lugar especial no reino? - Procura colaborar com os que cuidam destes nossos irmãos?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
REFLEXÕES DE HOJE



03 de SETEMBRO – TERÇA



Liturgia comentada


O Senhor é minha luz! (Sl 27 [26])
Comentando este salmo da Primeira Aliança, Santo Agostinho escreve: “O Senhor ilumina. Somos iluminados. O Senhor salva. Somos salvos. Fora dele somos trevas e fraqueza”. Já na Nova Aliança, o evangelista João vem afirmar: “Deus é luz, e nele não há treva alguma”. (1Jo 1,5) E acrescenta: “Se dizemos ter comunhão com ele, mas andamos nas trevas, mentimos e não seguimos a verdade”.
Este traço da natureza divina evidencia-se como uma espécie de revelação percebida pelas antigas religiões do Oriente Próximo, cujas divindades eram representadas com uma resplendente auréola. Nessas antigas mitologias, as entidades que concorriam com a divindade principal buscavam roubar-lhe o resplendor.
As primitivas cosmogonias registram um eterno combate entre as trevas e a luz, aliás, conceito retomado pelos gnósticos e pelos cátaros. E foi a luz exatamente a primeira “criatura” que o Deus da Bíblia chama à existência (cf. Gn 1,3). A seguir, seriam criados os lampadários para iluminar o dia e a noite.
Na vigília pascal, uma das leituras de nossa liturgia relata a “noite” da libertação, quando a nuvem divina se interpôs entre os israelitas e o exército egípcio que os perseguia: a “nuvem” [= presença de Deus] era luminosa do lado de Israel, mas tenebrosa do lado do Faraó (cf. Ex 14,20).
No Antigo Testamento, a recusa de Deus é vista como uma espécie de cegueira, pois a Bíblia atribui um valor espiritual à visão e à sua falta. Por oposição, uma das palavras utilizadas para designar o profeta de Yahweh era “ro’eh”, ou seja, um “vidente”. Neste sentido, a experiência religiosa seria uma “visão” de Deus e de sua luz incriada.
Jesus Cristo iria frisar que um cego não pode guiar outro cego. Na 2ª Carta aos Coríntios, Paulo denuncia a mesma cegueira: “O deus deste mundo cegou a inteligência desses incrédulos, para que eles não vejam a luz esplendorosa do Evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus”. (2Cor 4,4)
O fariseu Nicodemos escolheu a escuridão noturna para dialogar com Jesus, ouvindo do Mestre esta verdade que se aplica de modo especial ao nosso tempo: “Todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas”. (Jo 3,20)
Em nossas celebrações, estão sempre presentes as velas acesas, que remetem ao Círio Pascal, fabricado com a “cera virgem de abelha generosa”. Peçamos a Deus que nunca nos falte o óleo do Espírito Santo, esse azeite que as cinco virgens sábias não deixaram faltar.
Orai sem cessar: “É na vossa luz que vemos a luz!” (Sl 36,9)
Texto de  Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Procure fazer uma boa confissão
Que Jesus entre em nós e nos liberte das impurezas que adquirimos ao longo da vida. Procuremos, hoje, uma boa confissão; procuremos fazer um bom exame de consciência.
“Na sinagoga, havia um homem possuído pelo espírito de um demônio impuro, que gritou em alta voz: ‘Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!’” (Lc 4,33-34).
Nós lemos, no Evangelho de hoje, a autoridade de Jesus sobre os espíritos impuros. Esse homem, possuído por um espírito impuro, não conhecia a paz nem o sossego. Como esse demônio da impureza o atormentava!
Aqueles demônios não queriam, de forma nenhuma, sair daquele homem. Mas, quando viram Jesus, eles se inquietaram e reconheceram que Cristo era o Santo de Deus.
A santidade não se conjuga com impurezas nem com o mal ou com as maldades humanas; por isso, quando nos aproximamos de alguém ou da santidade de Deus, em qualquer lugar, a inquietação toma conta de nós. Se estamos em algum estado de impureza e dela não saímos, como fica inquieto o nosso corpo, a nossa alma, a nossa mente sobretudo!
Permitamos, hoje, que Jesus entre em nós, que Ele aja em nós; permitamos que a graça de Deus nos liberte das maldades e das impurezas que nós adquirimos ao longo da vida. Sabemos que sujeira incomoda, qualquer que seja ela.
Procuremos, hoje, uma boa confissão; procuremos fazer um bom exame de consciência. Pode ser que você fique meio inquieto, porque os demônios vão se irritar dentro de você; mas quando você vai com sinceridade de coração, confessar os seus pecados, eles fogem para longe de ti, é como um verdadeiro banho que purifica a nossa alma, que lava o nosso coração e todo o nosso ser.
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE

Lc 4,31-37 - Jesus liberta as pessoas



Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles", ficai conosco,aqui reunidos
(pela grande rede da internet),
para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos,
para que melhor compreendamos as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 4,31-37 - Um homem dominado por um demônio- e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Então Jesus foi para Cafarnaum, uma cidade da região da Galiléia. Ali ele ensinava o povo nos sábados. Eles estavam muito admirados com a sua maneira de ensinar, pois Jesus falava com autoridade. Havia um homem na sinagoga que estava dominado por um demônio. O homem gritou:
- Ei, Jesus de Nazaré! O que você quer de nós? Você veio para nos destruir? Sei muito bem quem é você: é o Santo que Deus enviou! Então Jesus ordenou ao demônio:
- Cale a boca e saia deste homem! Em frente de todos, o demônio atirou o homem no chão e saiu dele sem lhe causar nenhum ferimento. Todos ficaram espantados e diziam uns para os outros:
- Que tipo de palavras são essas? Este homem, com autoridade e poder, expulsa os espíritos maus, e eles vão embora. E as notícias a respeito de Jesus se espalharam por toda aquela região.
Jesus está Cafarnaum. O povo que fica admirado com a maneira de Jesus ensinar. Ele falava com autoridade, com convicção. Lucas diz que havia um homem endemoninhado na sinagoga. O demônio pergunta porque Jesus veio destruí-lo. A simples presença de Jesus era-lhe uma ameaça. Frente a todos que estavam na sinagoga, Jesus liberta a pessoa do mal. Vale observar que a ação do mau espírito não respeita sequer a sinagoga. Ali também se faz presente. A única forma do discípulo se preservar do maligno é acolher Jesus como centro de sua vida. Que sua vida seja pautada pelo Projeto de vida do Mestre.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Qual palavra mais me toca o coração?
Entro em diálogo com o texto.
Reflito e atualizo.
O que o texto me diz no momento?
Minha vida reflete o que o texto diz ou há contradições?
O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo?
Os bispos, em Aparecida disseram: "
A Igreja é chamada a repensar profundamente e a relançar
com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais. Ela não pode fechar-se frente àqueles que só vêem confusão, perigos e ameaças ou àqueles que pretendem cobrir a variedade e complexidade das situações com uma capa de ideologias gastas ou de agressões irresponsáveis. Trata-se de confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho arraigada em nossa história, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que desperte discípulos e missionários. Isso não depende tanto de  grandes programas e estruturas, mas de homens e mulheres novos que encarnem essa tradição e novidade, como discípulos de Jesus Cristo e missionários de seu Reino, protagonistas de  uma vida nova para uma América Latina que deseja reconhecer-se com a luz e a força do Espírito
."(DAp 11).

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre,
disseste que a vida eterna consiste em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra, meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre. Vou demonstrar pela vida que o amor de Deus se revela no amor ao próximo.Escolho uma frase ou palavra para memorizar. Vou repeti-la durante o dia. Esta Palavra vai fazendo parte da minha vida, da minha mente, como a chuva que cai e produz seus efeitos (Is 55,10-11).

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.

- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
I.Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, faze-nos solidários com os homens e mulheres que colocaste ao nosso lado na caminhada neste mundo rumo ao teu Reino de Amor. Que nós cuidemos antes deles do que da nossa própria segurança, seguindo o Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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