quarta-feira, 28 de agosto de 2013

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 29/08/2013

29 de Agosto de 2013

Ano C


Mc 6,17-29

Comentário do Evangelho

A tentação de calar a voz que denuncia o mal.

João Batista é o mártir da moral.
Ele foi posto na prisão por ter denunciado uma união ilegal entre Herodes e Herodíades, mulher de Filipe, irmão do Tetrarca.
A palavra movida só pela emoção e ilusão é portadora da morte: “(Herodes) prometeu, com juramento, dar a ela (filha de Herodíades) tudo o que pedisse”. É a vida de João que Herodíades reivindica. Busca eliminar a “voz” que denuncia o seu mal. É provável que o sofrimento e a morte de João Batista prefigurem a paixão e morte de Jesus Cristo. Ambos tidos como profetas (13,57; 14,5), conhecerão a sorte dos profetas: “Jerusalém, Jerusalém que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados…” (Mt 14,1-12;Lc 13,34-35).

Vivendo a Palavra

Herodes foi vencido pela vaidade e pelo orgulho. O texto diz que ele gostava de ouvir João... embora ficasse incomodado com a sua palavra. Mas quis fazer bela figura diante dos convidados. Que nós tenhamos sempre em mente este exemplo, para lutarmos contra a vaidade – a nossa grande tentação no mundo.

Reflexão

Todos nós temos dificuldades para viver a radicalidade exigida pelo Evangelho e diversas vezes nos acovardamos diante das ameaças. Uma das maiores ameaças que sofremos hoje, quando procuramos viver o Evangelho, encontra-se no fato de que a sociedade ridiculariza todos aqueles que não fundamentam a sua vida nos valores do mundo. Mas isso também acontecia nos tempos de Jesus, como podemos perceber na narrativa da morte de João Batista e no julgamento do próprio Jesus. Mas nós não podemos ceder aos mecanismos que são usados pelo mundo moderno contra o Evangelho; devemos expor com coerência as verdades da nossa fé.

Meditação

Você pode dizer que é uma pessoa justa? - Pense em alguém de seu convívio que seja realmente um testemunho de vida santa. - Em meio a tanta imoralidade, não há muita omissão em nosso contexto de vida? - Tomamos cuidado para que a razão vença a paixão? - Se tem meios, você procura ajudar as pessoas que não estão enxergando certos erros pessoais na comunidade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R


Comentários do Evangelho


29 de AGOSTO – QUINTA

2 - Herodes, um Cristão sem convicção. -Diac. José da Cruz

3 - O Mártir da Fé-Padre Bantu

4 - Só gostamos de escutar o que nos agrada - Helena Serpa

Liturgia comentada

A mulher do teu irmão... (Mc 6,17-29)
Herodes Antipas, rei da Galileia e da Pereia, casado com a filha de um rei da Arábia, tomou também Herodíades, a mulher de seu irmão Herodes Filipe, que caíra em desgraça perante as autoridades romanas, e fez dela a sua concubina. Em sua pregação no Jordão, quando convidava o povo à conversão, preparando-se para a chegada do Reino de Deus, João Batista denunciava também a conduta imoral do rei, provocando a ira da concubina. Temendo a reação do povo, Herodes mandou prendê-lo.
Admirável a coragem e a santa ousadia do Batizador, acusando a corrupção do poderoso, mesmo com o risco de sua própria vida. Agindo assim, João Batista se colocava na mais legítima linha de denúncia profética do Antigo Testamento, trilhando os passos de Isaías, Jeremias e Amós, tantas vezes perseguidos e denunciados como perturbadores da ordem pública,
Hoje, a Igreja também assume uma estatura profética, quando defende os valores do Evangelho e tem a coragem de se postar na contramão do mundo que vai retornando ao primitivo paganismo. Ao condenar o aborto e a eutanásia, ao recusar o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a dissolução do matrimônio cristão, a Igreja demonstra sua fidelidade à Palavra de Deus.
Acusada de retrógrada e conservadora, na verdade a Igreja defende uma moral “nova” – aquela moral que veio com a pregação do Evangelho e provocou a admiração e a conversão das nações pagãs. Ao contrário, quem caminha para trás, merecendo o rótulo de retrógrados - são aqueles que pretendem “direitos” que as tribos antigas já exercitavam no paganismo, antes de sua evangelização: o “direito” de eliminar crianças defeituosas, assassinar anciãos incômodos e tratar a mulher como objeto de posse.
O Papa João Paulo II, com suas encíclicas de conteúdo moral (como Veritatis Splendor e Evangelium Vitae), é um exemplo recente da luta da Igreja na defesa da verdade e da vida, orientando toda a sociedade para a retomada de uma reflexão sobre os aspectos éticos de nossa existência. Mesmo em ambientes não-cristãos, erguem-se vozes de peso que clamam por uma reforma moral da sociedade.
Ao celebrar o martírio de São João Batista, nós devemos tomar consciência de que a vivência integral do Evangelho certamente há de causar-nos problemas em uma sociedade que se paganiza de novo. Mais que um intermediário para nossas preces, João é um modelo a ser imitado.
Nos ambientes em que vivo e convivo, tenho a coragem de defender os valores do Evangelho? Ou me calo diante da pregação do ateísmo e da libertinagem de costumes?
Orai sem cessar: “Preparai o caminho do Senhor!” (Mt 3,3)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Não deixe de anunciar a verdade
O melhor meio de calar a verdade que a Igreja ensina é tentando eliminá-la. Assim como João Batista, a Igreja é perseguida, mas não deixa de anunciar o que é verdadeiro.
Hoje, celebramos o martírio de São João Batista, um dos poucos santos do qual celebramos o duplo nascimento. O nascimento de João para a vida na terra é celebrado no dia 24 de junho, e hoje nós celebramos o seu nascimento para o céu, o dia em que ele foi martirizado.
O Evangelho da Missa relata muito bem como aconteceu esse duro episódio. João Batista disse a verdade a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. É óbvio que isso causou incômodo no próprio Herodes, que tentou disfarçar, tentou ignorar o profeta. Mas aquela que participava do adultério, Herodíades, ficou com muito ódio de João Batista e procurava, de alguma forma, vingar-se daquilo que João pregava e anunciava.
O problema não era João, mas a verdade que ele pregava. Sabemos que as verdades incomodam, algumas chegam a doer. Como nós não temos meios de eliminá-la, procuramos eliminar os pregadores dela. Nós procuramos dar descrédito àqueles que nos anunciam verdades, e isso acontece com a Igreja no mundo inteiro e em todas as épocas.
O melhor meio de calar a verdade que a Igreja ensina é tentando eliminá-la. Veja que ela, assim como João Batista, é perseguida, martirizada, mas não deixa de anunciar o que é verdadeiro, porque as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
A Igreja, assim como João Batista, sofre, porque anuncia Jesus Cristo, anuncia a defesa da vida e os valores evangélicos.
Ser profeta, nos dias de hoje, não é fácil, como não foi ontem. São João Batista é para nós um modelo daquela verdade que não se cala.
Hoje, somos chamados por Deus a não sermos convenientes com as pessoas apenas para agradá-las, mas precisamos dizer a verdade assim como ela é.
A verdade não é contra as pessoas, mas contra o erro. Por isso João Batista deu a sua vida por ela.
Que a nossa vida seja iluminada por essa única verdade que se chama Jesus Cristo e pelo Seu Evangelho.
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter

LEITURA ORANTE


Mc 6,17-29 - O martírio de João Batista



Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos que circulam pela web:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Creio, meu Deus, que estou diante de Ti.
Que me vês e escutas as minhas orações.
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo: eu te agradeço.
Foste tão ofendido por mim:eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso: eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim
.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o text
o do dia?
Leio atentamente, na Bíblia,  o texto: Mc 6,17-29. 
Pois tinha sido Herodes mesmo quem havia mandado prender João, amarrar as suas mãos e jogá-lo na cadeia. Ele havia feito isso por causa de Herodias, com quem havia casado, embora ela fosse esposa do seu irmão Filipe. Por isso João tinha dito muitas vezes a Herodes: "Pela nossa Lei você é proibido de casar com a esposa do seu irmão!" 
Herodias estava furiosa com João e queria matá-lo. Mas não podia porque Herodes tinha medo dele, pois sabia que ele era um homem bom e dedicado a Deus. Por isso Herodes protegia João. E, quando o ouvia falar, ficava sem saber o que fazer, mas mesmo assim gostava de escutá-lo. 
Porém no dia do aniversário de Herodes apareceu a ocasião que Herodias estava esperando. Nesse dia Herodes deu um banquete para as pessoas importantes do seu governo: altos funcionários, chefes militares e autoridades da Galileia  Durante o banquete a filha de Herodias entrou no salão e dançou. Herodes e os seus convidados gostaram muito da dança. Então o rei disse à moça: 
- Peça o que quiser, e eu lhe darei. 
E jurou: 
- Prometo que darei o que você pedir, mesmo que seja a metade do meu reino! 
Ela foi perguntar à sua mãe o que devia pedir. E a mãe respondeu: 
- Peça a cabeça de João Batista. 
No mesmo instante a moça voltou depressa aonde estava o rei e pediu: 
- Quero a cabeça de João Batista num prato, agora mesmo! 
Herodes ficou muito triste, mas, por causa do juramento que havia feito na frente dos convidados, não pôde deixar de atender o pedido da moça. Mandou imediatamente um soldado da guarda trazer a cabeça de João. O soldado foi à cadeia, cortou a cabeça de João, pôs num prato e deu à moça. E ela a entregou à sua mãe. Quando os discípulos de João souberam disso, vieram, levaram o corpo dele e o sepultaram.

Como aconteceu com Jesus, aconteceu com João Batista. Teve que se defrontar com os poderosos e testemunhar a verdade até com a própria vida. Que cena cruel, horrível, trazer a cabeça de João numa bandeja! Como se fosse um troféu de vitória. Vitória da paixão, do poder, da mentira, do egoísmo, do incesto, da vingança, dos baixos instintos! Repugnante! A vida humana servida durante um banquete, numa bandeja! É a ostentação do mal! No entanto, como Jesus, João Batista não se afastou do projeto de Deus. Só se submeteu a Deus e a ninguém mais. Foi verdadeiramente livre!

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Sou capaz de dar testemunho?
Sou coerente com a minha fé?
A minha verdade é a verdade de Deus?
Tenho e me submeto a outras “verdades”?
Deixo-me vencer pelos maus instintos, pela covardia, pela mentira, pelo mal?
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: “Identificar-se com Jesus  Cristo é também compartilhar seu destino: “Onde eu estiver, aí estará também o meu servo” (Jo 12,26). O cristão vive o mesmo destino do Senhor, inclusive até a cruz: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, carregue a sua cruz e me siga” (Mc 8,34). Estimula-nos o testemunho de tantos missionários e mártires de ontem e de hoje em nossos povos que têm chegado a compartilhar a cruz de Cristo até a entrega de sua vida. ”(DAp 140)

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo a Jesus Mestre, com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre, santificai minha mente e aumentai minha fé. 
Jesus, Mestre vivo na Igreja, atraí todos à vossa escola. 
Jesus Mestre, libertai-me do erro, dos pensamentos inúteis e das trevas eternas. 
Mestre, caminho entre o Pai e nós, tudo vos ofereço e de vós tudo espero. 
Jesus, caminho da santidade, tornai-me vosso fiel seguidor. 
Jesus caminho, tornai-me perfeito como o Pai que está nos céus. 

Jesus vida, vivei em mim, para que eu viva em vós. 
Jesus vida, não permitais que eu me separe de vós. 
Jesus Vida, fazei-me viver eternamente na alegria do vosso amor. 
Jesus verdade, que eu seja luz para o mundo. 
Jesus caminho, que eu seja vossa testemunha autêntica diante das pessoas. 

Jesus vida, fazei que minha presença contagie 
a todos com o vosso amor e a vossa alegria
.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Sinto-me discípulo/a de Jesus.
Meu olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo,e pelo esforço de testemunhá-lo no meio em que estou. 

Bênção 

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 


Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, dá à tua Igreja a coragem de João Batista. Que nós, discípulos evangelizadores de Jesus, não nos acostumemos com a injustiça e tenhamos força para denunciá-la, não só por palavras, mas com o nosso exemplo de amor e fraternidade. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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