"Em
24 de julho, em Orbe, na Sabóia, a beata Luísa, viúva, da ordem segunda de S.
Francisco (clarissa). Se ilustre era pela nobreza de linhagem, mais ilustre se
tornou pela santidade de vida. Seu culto foi confirmado pelo sumo pontífice
Gregório XVI ( do martirológio franciscano). Efetivamente Ludovica (ou Luísa,
em português) nasceu em 28-12-1462, filha do duque Amadeu IX de Sabóia e
Iolanda de França. Em 1479 casou-se com Hugo de Châlon-Arlay, senhor de
Château-Guyon.
Toda a sua vida, desde a juventude, na corte e depois como esposa, foi sempre
marcada por uma grande austeridade e uma profunda piedade. Mas em 1490, com
11anos de casada, ficou viúva. Passados dois anos, retirou-se para o mosteiro
das clarrissas de Orbe (Vaud) doando à Igreja do mosteiro todos os seus bens.
No claustro atingiu rapidamente o vértice das virtudes cristãs, decorrendo a
sua vida na prática do exercício da oração, do silêncio e da pobreza mais
austera, conforme a regra de Santa Clara. A irmã morte a alcançou no dia 24 de
julho de 1503 nesse mosteiro.
Recordamos
esta beata porque a sua família veio a reinar no Piemonte e Sardenhar e foi
exatamente com a sua família que se deu a unificação da Itália em 1870. Aliás a
família da casa de Sabóia sempre foi muito dedicada à Igreja, e entre as
mulheres sempre houve grandes santas, algumas a caminho dos altares.
O famoso
sudário de Turim também pertenceu à casa de Sabóia que governou a Itália até o
final da segunda guerra mundial, quando foi proclamada a república.
Ultimamente, o último rei da Itália, ao morrer, deixou o sudário de Turim para
a Santa Sé. Como foi dito inicialmente canonizada, mas venerada desde a sua
morte pelo povo.
O culto
foi confirmado pela Santa Sé depois de muitos séculos e hoje ainda é comemorada
na familia franciscana nas dioceses do antigo reinado do Piemonte e em
Lausanha.
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