Cada vez mais se confirma
que a Virgem Maria é a mãe de todos os povos, são unânimes em proclamar o
grandioso auxílio da Virgem Maria, que por isso é invocada pelos cristãos com o
título de Consoladora dos Aflitos.
A devoção para com Nossa Senhora Consolata ou
Consoladora dos Aflitos surgiu em Turim, Itália, na metade do século V, por
iniciativa do bispo São Máximo.
Segundo a tradição, Santo Eusébio, bispo de
Vercelli, trouxe o quadro de Nossa Senhora Consolata da Palestina para a Itália
no século IV e o entregou a São Máximo, bispo de Turim. São Máximo, por sua
vez, no ano 440, expôs o quadro à veneração dos fiéis, num pequeno altar
erguido no interior da igreja do Apóstolo Santo André. A convite do Bispo, o
povo, começou a venerar a Virgem daquele quadro com grande fé e devoção. Maria
respondia com muitas graças, e fatos extraordinários, sobretudo em favor das
pessoas doentes e sofredoras. Sensibilizados com o amor misericordioso da
Virgem Maria, São Máximo e o povo começaram a invocá-la com muitos títulos:
Nossa Senhora Mãe das Consolações, Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos, Nossa
Senhora Consolata.
O quadro de Nossa Senhora Consolata permaneceu
exposto à veneração dos fiéis, durante quatro séculos consecutivos. Por volta
do ano 820 entrou em Turim a heresia dos iconoclastas (pessoas que destruíam
toda e qualquer imagem ou quadro religioso expostos ao culto). Em tal
circunstância, temendo que o quadro da Consolata fosse destruído, os religiosos
que tomavam conta da igreja de Santo André resolveram tirá-lo do altar e
escondê-lo nos subterrâneos da igreja. Mas a perseguição se prolongou por
muitos anos. Assim, o quadro ficou desaparecido pelo espaço de um século. Este
fato fez com que os fiéis deixassem de freqüentar a capela e perdessem, a
lembrança da Virgem Consolata.
No ano 1014, Nossa Senhora apareceu a Arduíno,
Marquês de Ivréia, gravemente enfermo, e pediu-lhe que construísse uma capela
em sua honra em Turim, junto às ruínas da antiga igreja de Santo André. O
Marquês Arduíno milagrosamente curado por Nossa Senhora, e tocado profundamente
pelos favores da Virgem Maria, empreendeu a construção da capela.
Ao fazerem as escavações para os alicerces da
capela de Turim, os operários encontraram no meio dos escombros o quadro de
Nossa Senhora Consolata, ainda intato, apesar de ser uma pintura em tela. O
fato encheu de alegria a população da cidade e a devoção à Mãe das Consolações
renasceu.
No século seguinte, uma terrível guerra civil
quase destruiu completamente a cidade de Turim, fiz com que muitos habitantes
de Turim abandonassem a cidade. Com tal situação, a igreja de Santo André e a
capela de Nossa Senhora Consolata foram desmoronando aos poucos e tudo acabou
novamente num monte de escombros. E o quadro da Consolata, mais uma vez, ficou
mergulhado nas ruínas por muitos anos.
Maria, porém, interveio de novo, e de forma
extraordinária. Em 1104, segundo a tradição, chegou a Turim, John Ravais, um
homem cego de Briançon, França, que afirmava ter tido uma visão: enterrada sob
as ruínas de uma velha igreja, vira uma pintura de Nossa Senhora. A Virgem
revelou-lhe ainda que aquela capela localizava-se em Turim, na Itália. E a
Virgem Maria prometeu devolver-lhe a visão se fosse a Turim visitar a sua
capela que jazia em ruínas. Lutando contra muitas dificuldades o cego chegou a
Turim. Com o apoio do bispo, deram início aos trabalhos da escavação no local
indicado pelo cego conforme orientação de Nossa Senhora.
No dia 20 de Junho de 1104, o quadro da Consolata,
ainda itato, foi reencontrado sob as ruínas. O cego, conduzido à presença do
quadro, recuperou instantaneamente a visão. Este episódio consolidou na alma do
povo de Turim a devoção para com Nossa Senhora Consolata. A partir destes fatos
a devoção se espalhou pelo mundo e o Santuário de Turim se tornou um grande
centro de peregrinação.
Pe. José Allamano, encarregou-se de espalhar a
devoção a Nossa Senhora Consolata no mundo ineiro. Foi reitor do Santuário em
Turim, por 46 anos e o transformou num centro de Espiritualidade Mariana e de
irradiação missionária. Fundou duas congregações religiosas, a dos padres
Missionários da Consolata e das irmãs Missionárias da Consolata.
Consolata quer dizer Consoladora. A missão destes
religiosos é anunciar ao mundo todo a Verdadeira Consolação: Jesus Cristo.
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