quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Santa Dorotéia - 6 de fevereiro

Santa Dorotéia
Século IV
Dorotéia nasceu e viveu no século IV, na Cesaréia da Capadócia. Era uma jovem cheia de virtudes, verdadeira apóstola de Cristo, quando o imperador de Roma expediu o decreto para exterminar de vez a religião cristã. Mesmo sendo muito rica, a jovem virgem vivia em jejum e oração, quase sem aparecer em público. Era muito estimada pelos cristãos por sua piedade, sua educação esmerada e, principalmente, por lhes dar ânimo e forças para combater seus perseguidores. O mais cruel de todos eles, sem dúvida, era o governador Saprício, que tomando conhecimento da sua fama mandou chamá-la para na sua presença renegasse a fé em Cristo e apresentasse oferenda aos deuses. Mas Dorotéia não cedeu.
Assim, ele a entregou para duas sacerdotisas pagãs, chamadas: Cristie e Calista para que elas fizessem Dorotéia abandonar sua fé. Além de não conseguirem o proposto, as duas se converteram e, por isto, foram mortas. Mesmo após este acontecimento, Dorotéia não renegou Cristo. Depois de muito suplício, o governador finalmente sentenciou Dorotéia à morte por decapitação. Ao sair do julgamento, ela encontrou com Teófilo, um advogado, que em tom de deboche lhe disse: "Esposa de Cristo, envia-me do jardim do seu Esposo frutos ou rosas". Dorotéia aceitou o desafio prometendo que sim.
Estava rezando antes da sua execução, quando um menino apareceu com três rosas e três frutos, que ela pediu para serem entregues ao advogado Teófilo. No exato momento de sua decapitação o menino faz a entrega à ele, que fica muito perturbado pois no mês de fevereiro não era época das flores, muito menos de rosas tão belas e frescas como aquelas. Teófilo imediatamente foi tocado pela Graça a Deus e passou a afirmar aos amigos que o Deus dos cristãos era de fato O verdadeiro.
No início todos pensaram que se tratava de mais uma ironia de Teófilo, mas devido à sua insistência, foi denunciado. Saprício então o convocou para julgamento cobrando sua coerência com as convicções antigas, mas Teófilo afirmou que havia se convertido à fé em Cristo e que não a renegaria jamais. Foi torturado e decapitado, também.
O culto de Santa Dorotéia foi muito difundido durante a Idade Média, sendo invocada como um dos "Santos Auxiliadores". Inúmeros artistas inspiraram-se na conversão de Teófilo, retratando em quadros o milagre de Santa Dorotéia, chamada até hoje de a "Santa das flores" e festejada no dia 06 de fevereiro.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=6&Mes=2&SantoID=428
Santa Dorotéa, Virgem e Mártir



Comemoração Litúrgica:  06 de fevereiro.  

Também nesta dataSão Tito, São Paulo Miki e companheiros; São Gastão 

A Igreja festeja hoje o dia de uma das mais gloriosas esposas de Jesus Cristo: A vida e ainda mais a morte desta Santa é uma prova da verdade que vemos estampada na história da Igreja: que Deus se serve de preferência da fraqueza, para confundir os fortes. É a mulher cristã que, destinada a esmagar a cabeça de Satanás, dá provas de um heroísmo que dificilmente encontramos entre os homens. Daí o ódio que Satanás vota à mulher cristã, ódio este fundado no medo e na convicção da impotência dos seus esforços.
Dorotéa, filha de um senador romano, nasceu em Cesaréia, na Capadócia. De educação distintíssima, Dorotéa aliava à riqueza dotes invejáveis, naturais e sobrenaturais. Tinha o governador Fabrício recebido ordens imperiais para exterminar a religião cristã. Uma das primeiras vítimas foi Dorotéa. Embora pouco aparecesse em público, era uma verdadeira apóstola de Cristo pela atividade que desenvolvia entre os cristãos, animando-os à constância na luta contra os perseguidores. Citada perante o governador, este sem delongas exigiu que sacrificasse aos deuses. Pronta lhe veio a resposta: “Sendo cristã, só servirei a Deus, rei do céu e da terra, para os deuses não tenho senão desprezo”.
Na discussão que seguiu estas palavras, Fabrício, cativo da formosura de Dorotéa fingiu querer sujeitá-la à tortura, para torná-la mais condescendente. Dorotéa, porém, disse aos algozes: “Que esperais? Fazei o que é vosso dever. Sofrer pelo amado do meu coração é delícia !” Vendo que não conseguia  o intento, Fabrício entregou a Mártir a duas irmãs, Cresta e Calixta, que, há pouco haviam negado a fé. O resultado foi que as duas apóstolas, movidas pela argumentação e pela oração da Santa, se arrependeram da falta e apresentaram-se a Fabrício, declarando fidelidade a Cristo até à morte. Amarradas uma a outra, foram ambas queimadas vivas e metidas em enxofre fervente. Dorotéa, longe de lastimar a sorte das companheiras, felicitou-as pela palma do martírio que ganharam. Ela mesma foi estendida sobre o instrumento da tortura, barbaramente açoitada e de mil modos atormentada. Como sinal de desprezo pelas dores, Dorotéa louvava a Deus em altas vozes e demonstrava grande satisfação. Perguntada por Fabrício porque tanto se alegrava, respondeu-lhe: “Hoje é o dia mais belo da minha vida; pois arrebatei duas irmãs das garras do demônio e ganhei-as para Cristo; regozijo-me por isto com os Anjos e Santos. Meu coração arde de desejo de estar com meu Esposo divino. Ah !  Fabrício és tão inepto como teus deuses !”   Fabrício, diante desta ofensa, condenou a santa Mártir à morte pela espada. A donzela, ouvindo a sentença, exclamou jubilosa: “Graças a meu Deus, que me chama às núpcias eternas !” Era inverno e fazia muito frio. A natureza apresentava um aspecto triste e as árvores ostentavam os galhos desfolhados e secos. Em caminho para o lugar do suplício, Dorotéa disse às amigas que a acompanhavam: “Como é triste a terra e sem vida: feliz de mim, que vou para uma terra onde sopram ares mais suaves, onde é mais claro o brilho do sol, onde verdejam os campos, brotam fontes cristalinas, onde, no jardim de meu Esposo, vicejam as flores, desabrocham os lírios em toda formosura, abrem-se as rosas em todo o fulgor e amadurecem os frutos do paraíso”.
Apanhou estas palavras Teófilo, jovem advogado, espírito folgazão, que não deixava passar ocasião, sem dizer uma sensaboria sobre a “superstição” dos cristãos. Disse à Dorotéa: “Escuta, esposa de Cristo, manda-me algumas daquelas rosas e maçãs dos jardins e pomares de teu Esposo, de quem estás a falar tanto”.
Dorotéa respondeu-lhe, embora lacônica, mas resolutamente: “O que desejas, hoje mesmo o terás; não duvides, que t’o mandarei”.  Chegada ao lugar do suplício, Dorotéa ajoelhou-se e recomendou a alma ao divino Esposo. Enquanto estava rezando, apareceu-lhe um Anjo, em figura de um jovem formoso, que lhe ofereceu três maçãs belíssimas e outras tantas rosas de um aroma delicioso. Vendo o presente, Dorotéa disse ao Anjo: “Peço-te o favor de levares isto a Teófilo e dizer-lhe que são as frutas e flores, que Dorotéa lhe prometeu mandar do jardim do divino Esposo”. Dito isto, entregou-se ao algoz que, com um único golpe, pôs termo à existência terrestre da Santa.
Teófilo recebeu o presente de Dorotéa na hora em que, rodeado de amigos, contava a grotesca pilhéria. Qual foi a admiração e espanto, ao ter nas mãos o penhor da promessa da santa Mártir: maçãs maduras e rosas em tempo de inverno ! De mofador, tornou-se admirador do cristianismo e esclarecido por uma luz divina, exclamou: “Não existe realmente outro Deus a não ser o dos cristãos. De hoje em diante só a ele adorarei”. De fato, converteu-se.
Tendo Fabrício notícia desta conversão, mandou chamar Teófilo à sua presença, para em pessoa ter confirmação do ocorrido. Teófilo, de fato, declarou ser sua decisão absoluta seguir o exemplo de Dorotéa e abandonar o culto dos deuses, ainda que lhe custasse a vida. Custou-lhe a vida, pois Fabrício o condenou à morte pela espada. A pena foi executada imediatamente e um martírio de pouca duração levou Teófilo à bem-aventurança eterna. Pouco antes da execução, Fabrício lhe disse: “Poupa, desgraçado, a tua vida !”  ao que Teófilo respondeu: “E tu, mais desgraçado que eu, tem pena de tua alma. Pouco importa o corpo, contanto que salve a minha alma e entre no gozo de meu Deus”.
As relíquias de Dorotéa e Teófilo acham-se em Roma, na Igreja consagrada à memória dos dois mártires.
Reflexões:
O mau exemplo das irmãs e os maus conselhos de muitas outras pessoas não conseguiram afastar Dorotéa da lei de Deus. Muitos são os homens que, vendo-se rodeados de maus exemplos, os seguem e imitam, embalando a consciência com desculpas vãs, como se Deus não reparasse nas faltas cometidas, no meio de um dilúvio de pecados. À justiça humana escapam muitos delitos e grande é o número de criminosos que não experimentaram nem nunca experimentarão o rigor dos tribunais. A Deus, porém, são patentes todos os pecados, os individuais como os da coletividade e cada um deve prestar contas à justiça divina. Grande foi o número dos maus anjos. Todos receberam castigo e nenhum dos que se revoltaram contra Deus, ficou no céu. No dilúvio foi exterminada a humanidade toda, com exceção dos membros da piedosa família de Noé. Os habitantes de Sodoma e Gomorra pereceram todos, nas chamas da divina vingança. Assim foi, assim será sempre. Nenhum dos que contra Deus operam, praticando o mal, conseguirá esconder-se dos raios da justiça divina. Se andares com eles, receberás a paga. O grande número dos pecadores, longe de estatuir uma atenuante, mais provoca a ira de Deus, porque o pecado cometido por um número maior de homens, maior ofensa faz a Deus.
Os castigos de Deus são terríveis e eternos. Lembra-te desta verdade, principalmente quando a ocasião de pecar for grande e próxima. De pouco valor e efêmero é o demônio e o pecado te oferecem e prometem. As ameaças divinas, porém, são terríveis e levam ao fogo eterno. O prazer que o pecado proporciona, é curto e fugaz; mas as penas por ele provocadas e causadas são terríveis e sem fim.
http://www.paginaoriente.com/santosdaigreja/fev/dorotea0602.htm

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