sábado, 16 de junho de 2012

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 17/06/2012

17 de Junho de 2012 


Marcos 4,26-34

Comentário do Evangelho

O que parece insignificante pode
 conter a grandiosidade de Deus

Chama a atenção nas narrativas dos evangelhos a abundância de parábolas atribuídas a Jesus. As parábolas pertencem ao gênero da sabedoria e, a partir de situações comuns de vida, permitem que seja extraído um ensinamento ou uma motivação à ação. Particularmente, servem também para ilustrar os mistérios de Deus. Pela simplicidade das imagens usadas por elas, as parábolas têm um sentido didático de favorecer a compreensão da revelação de Deus. As parábolas utilizadas por Jesus, com um determinado sentido original, frequentemente foram, pelo processo histórico de transmissão, adaptadas às novas situações das comunidades. 
Estas duas parábolas do evangelho de hoje são um estímulo e um fortalecimento da esperança nas comunidades. O lavrador aplica-se com esforços na semeadura e no cultivo de sua plantação. Porém, a vida que se desenvolve a partir da semente é obra de Deus. E uma insignificante semente já tem em si certa grandiosidade que é revelada com o decorrer do tempo.

José Raimundo Oliva 


Os sistemas opressores tecnológicos e econômicos, hegemônicos neste mundo, defendem um determinismo do progresso que os beneficia. Este progresso é proclamado como inevitável, e as exclusões e sacrifícios de vidas decorrentes são consideradas necessárias. Porém, estas parábolas das sementes vão no sentido de fortalecer o projeto do Reino de Deus que vem resgatar a vida sobre a terra. O projeto de Jesus parece frágil diante dos poderes deste mundo. Contudo, o desabrochar e o crescimento deste projeto é a obra de Deus que não será tolhida por ninguém. 
Com imagens tão simples e belas da natureza compreende-se que Deus comunica sua vida a todos, sem discriminações, não havendo ninguém que possa impedi-lo. Ainda mais, o que parece insignificante hoje, está a caminho de sua plena realização. O Reino de Deus é o banquete da celebração da vida plena para todos, e esta vida vai se manifestando até atingir sua plenitude. 
Aos discípulos é esclarecido o sentido das parábolas. "Discípulos" são aqueles, dentre a multidão, que acolhem em seus corações as palavras de Jesus e se aproximam dele, formando comunidade. Comunidade, não hermética, de iluminados, mas aberta, de corações acolhedores, solidários e compassivos. 
A tradição de Israel expressa pelo profeta Ezequiel colocava sua esperança em atingir, sobre o monte Sião, a estatura grandiosa dos cedros do Líbano (primeira leitura). Contudo, Jesus descarta esta imagem, substituindo-a pela hortaliça mostarda, que, sem grandiosidades, se multiplica às margens do Mar da Galileia e, humildemente, abriga as aves dos céus. 
A segunda leitura, da Segunda Carta aos Coríntios, que era atribuída a Paulo apóstolo, ainda traz as marcas de uma visão dualista na qual o corpo é descartável, com a condenação de uns e salvação de outros

José Raimundo Oliva


Vivendo a Palavra


Jesus, vivendo a experiência da união com o Pai Misericordioso e sentindo a impotência da linguagem humana para comunicar a plenitude do Reino de Deus, conta parábolas, para que nós, inspirados pelo Espírito Santo, façamos aproximações daquilo que o Pai tem preparado para os que o amam.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. "O REINO É OBRA DE DEUS!"
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nos meus tempos de criança na Vila Albertina, lembro-me que quando a antiga casa da família Develis foi demolida, para dar lugar a uma construção mais ampla e arrojada, costumávamos conversar com um servente de pedreiro que trabalhava na obra, e a pergunta era sempre a mesma “O que vão construir nesse lugar?”. Ele respondia que era uma casa bem maior do que a que fora demolida, e quando perguntávamos quando ela ficaria pronta, se seria bonita e luxuosa, como a gente pensava, o servente desconversava “olha, sei que é uma casa, mas sou apenas um servente, só o mestre de obras que conhece o projeto, saberia dizer. A gente apenas obedece e vai executando o serviço do jeito que ele pede, e só no final, quando tudo estiver pronto e acabado, é que teremos idéia, daquilo que ajudamos a construir”.

O evangelho desse Décimo Primeiro Domingo do Tempo Comum ajuda a desfazer esse equívoco presente até nos dias de hoje, que é o da gente querer ser Mestre de Obras no Reino de Deus. Na minha caminhada de igreja já vi um pouco de tudo, conheci pessoas que se apresentavam como Engenheiros do Reino de Deus, com planos mirabolantes de ideologias humanas, belíssimas por sinal, mas achando que isso era o reino , grupos que desenvolveram uma espiritualidade muito forte e rigorosa, pensando que isso era o reino. E não faltam também os que inventam Doutrinas religiosas afirmando que se as mesmas não forem seguidas, o reino não acontecerá, e vem uma linha mais tradicional de ser igreja, outro mais clássico e institucional, outro mais liberal e até ensinamentos totalmente contrários ao cristianismo, onde o pregador “jura de pé junto” que está anunciando a Verdade, porque fala em nome de Jesus.

Vi questionamentos até cômicos: será que Deus é Socialista, Marxista, ou tende mais para o Neoliberalismo? Provavelmente não faltou quem pensasse em filiar Jesus Cristo ao seu partido político, aliás, pregação política em nome dele é o que não falta. Confesso que nos anos 80 eu passei por um drama de consciência muito grande ,quando diziam que a gente não podia ficar em cima do muro, tinha que se definir ou pela direita ou pela esquerda. Surgiram novas igrejas e religiões que parecem mesmo ter procuração do Senhor, para falar do reino e do seu evangelho. Essa é uma realidade que não se pode ignorar, Jesus mesmo falou “muitos virão em meu nome dizendo: o Messias está aqui, o Reino está aqui, O Senhor já está voltando!” Nunca vi tanta bobagem junta! As igrejas cristãs anunciam o reino e são um sinal dele, entretanto o Dono do Projeto é Jesus Cristo, que vai fazendo o reino acontecer, independente de qualquer ideologia humana, política, social ou religiosa.

É a primeira parábola do evangelho, onde tanto faz o homem dormir ou ficar acordado, a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece. Podemos dizer que Jesus, não só é o semeador, como também a própria semente. O seu projeto, que se consolidou na cruz do calvário, parece ter sido um grande fracasso, até para os seus seguidores fiéis, foi muito difícil acreditar que o Reino que ele tanto falava, fosse vingar e dar certo, pois humanamente falando, o sistema religioso o havia desmascarado, o Nazareno parecia tão perigoso, pela liderança que exercia, pelos ensinamentos revolucionários que pregava, entretanto, a morte infame, vergonhosa e humilhante o havia calado para sempre. Ninguém diria que aquela pequenina semente, esmagada no calvário e depois escondida no sepulcro, fosse brotar e viria a se transformar na maior de todas as árvores.

As palavras de Jesus nesse evangelho querem nos transmitir confiança na sua ação Divina, e isso parece algo difícil e desafiador para todos nós, é difícil acreditar no Reino, quando olhamos ao redor e só vemos o caos do pecado dominando o ser humano, é verdade que há pessoas que acreditam em um futuro melhor e o ajudam a construir no presente, mas a grande maioria não crê em mais nada, “não há igreja que seja boa, todas são pecadoras e eu não vou em nenhuma delas”, “não quero saber de política, pois não existe político honesto, eu não acredito em mais ninguém e não voto em ninguém, pode ser até da comunidade”, e assim, há os que não acreditam mais no casamento, na família, nas instituições, está tudo irremediavelmente perdido.

Qualquer pessoa pode pensar, falar e até agir desta forma, mas nós cristãos não! Pois estaríamos negando o reino que Jesus plantou no coração do homem, estaríamos duvidando do seu poder de fazer germinar essa semente, estaríamos desconfiando que a sua graça não serve para nada, e o que é pior, estaríamos achando que o poder das forças do mal, presente na sociedade, é muito maior do que a Salvação, a graça e a redenção que Jesus realizou a nosso favor e nesse caso, participar da Santa Missa seria fazer memória desse grande fracasso que é o Cristianismo, impotente para transformar o coração humano. De quem somos discípulos e testemunhas afinal? De Jesus de Nazaré e do seu Reino, que está acontecendo misteriosamente e irá levar os homens de Boa Vontade á sua plenitude, ou dos projetos megalomaníacos do homem da modernidade, que insiste em construir um reino Antropocêntrico, deixando Deus em um segundo plano?

E aqui retomo aquele hino que me provocava calafrios nos anos 80 : Hei você, de que lado está você? ( XI Domingo do Tempo Comum Mc 4, 26-34)

José da Cruz é Diácono da 
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP



2. O que parece insignificante pode conter a grandiosidade de Deus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

VIDE ACIMA

Oração
Pai, dá-me sensibilidade para perceber teu Reino acontecendo no meio de nós, aí onde lutamos para a construção de uma sociedade mais humana e fraterna.


3. A SEMENTE E O GRÃO DE MOSTARDA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Estas duas parábolas, introduzidas por "Jesus dizia-lhes...", encerram o breve discurso de Jesus. Com imagens tiradas do mundo rural, destaca-se a ação da "semeadura", ou seja, o anúncio da Palavra. A primeira parábola, exclusiva de Marcos, evidencia que o crescimento do Reino resulta da ação de Deus. Embora o agricultor tenha empenho e cuidados em semear, irrigar e remover ervas daninhas, é admirável o germinar da semente, de maneira autônoma, o seu crescer e os frutos produzidos. O desabrochar da vida é obra de Deus.

Assim, é Deus quem, na intimidade de cada um, move à conversão ao amor os corações que recebem a Palavra semeada pelos discípulos.

A tradição de Israel expressa pelo profeta Ezequiel (primeira leitura) colocava sua esperança em atingir, sobre o monte Sião, a estatura grandiosa dos majestosos cedros do Líbano. Contudo, Jesus descarta esta imagem, substituindo-a pela hortaliça mostarda, que, sem grandiosidade, se multiplica às margens do Mar da Galiléia. Assim também é admirável, na segunda parábola, como algo tão pequeno como a semente de uma mostarda se transforme em um arbusto, podendo atingir até três metros de altura, com capacidade para abrigar os pássaros do céu na sombra de galhos. Com imagens tão simples e belas da natureza, compreende-se que Deus comunica sua vida a todos, sem discriminações, não havendo ninguém que possa impedi-lo.

Ainda mais, o que parece insignificante hoje está a caminho de sua plena realização. Aos discípulos é esclarecido o sentido das parábolas. "Discípulos" são aqueles, dentre a multidão, que abrem seu coração às palavras de Jesus e se aproximam dele, formando comunidade. Comunidade não hermética, de iluminados, mas aberta, de corações acolhedores, solidários e compassivos.

A segunda leitura, da Segunda Carta aos Coríntios, atribuída a Paulo apóstolo, ainda traz as marcas de uma visão dualista na qual o corpo é descartável, com a condenação de uns e salvação de outros.




Pe. Jacir de Freitas Faria, ofm

11º DOMINGO DO TEMPO COMUM (17 de junho)
O REINO DE DEUS, SEMENTE QUE GERMINA E CRESCE

I. INTRODUÇÃO GERAL

A primeira leitura e o evangelho de hoje tratam do desejo do povo judeu exilado de tornar-se liberto, uma grande e soberana árvore, e da definição que Jesus deu do reino de Deus. As duas posturas incomodam; a primeira exige coragem e esperança, a segunda, desinstalação. O reino, por si só, mostra sua força a quem o acolhe e a quem o rejeita. 

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. I leitura (Ez 17,22-24): Israel é como uma árvore frondosa e liberta do reino opressor

Ezequiel, o homem que se tornou profeta no exílio da Babilônia (597-536 a.E.C.), animou o seu povo a permanecer firme na aliança com Deus, pois o sofrimento do desterro haveria de chegar ao fim com o advento da era messiânica e de um novo tempo para os judeus. Deus haveria de extirpar o inimigo. 

Fazendo uso do simbolismo do broto de cedro, árvore de boa qualidade, que seria colhido e plantado sobre o alto monte de Israel, o profeta explicita a sua mensagem de fé. Essa árvore, Israel, tornar-se-ia grande, produziria frutos e serviria de abrigo para os pássaros. A comparação serviu de consolo para os oprimidos. Um novo tempo haveria de surgir, não obstante os sofrimentos. E assim ocorreu: a Pérsia dominou a Babilônia e o seu rei, Ciro, permitiu ao povo retornar e recomeçar a vida em Judá. Desse modo, concretizou-se a profecia: “Deus abaixa a árvore grande (império babilônico) e eleva a árvore pequena (os israelitas oprimidos)”. Ademais, o Deus de Israel, por ter poder sobre a vida, é capaz de secar a árvore verde e fazer brotar a árvore seca. Deus fala e realiza a sua promessa.

2. Evangelho (Mc 4,26-34): O reino de Deus é como a semente

O evangelho do domingo passado tratou da crise entre Jesus, seus irmãos e os escribas, que se opunham ao seu ensinamento. Em continuidade a esse episódio, hoje Jesus aparece, conforme o relato da comunidade de Marcos, ensinando de novo (Mc 4,1), mas em forma de parábola, isto é, de modo comparativo. Jesus faz uso da realidade agrária da Palestina para fazer os seus seguidores entenderem a sua mensagem. Ele não explica a comparação, mas deixa o ouvinte pensando sobre o fato. Aos seus discípulos(as), no entanto, ele explicava em particular (4,34). 

O evangelho de hoje trata de duas parábolas do reino: a da semente e a do grão de mostarda. Cada uma delas tem um centro, um entendimento possível. 

A semente que germina por si só: crescer por si só é o centro dessa parábola. A mensagem é simples: basta semear o reino e ele crescerá, mesmo que os opositores não queiram. O importante é semear sempre. Jesus incentiva os seus seguidores, seus irmãos na fé, a permanecer no árduo trabalho de semear o reino. A semente, o reino, cresce por si só. Não há como impedi-lo.

A pequena semente: essa interpretação é a mais recorrente. O centro da parábola consiste na passagem do pequeno para o grande. A pequena semente de mostarda é o novo Israel, isto é, os seguidores de Jesus, os quais se tornarão “grandes árvores”. Cada seguidor do reino é chamado a lavrar constantemente o seu interior para deixar a semente do reino crescer e produzir abundantes frutos. 

A mostarda que cresce e incomoda: a mostarda é uma planta medicinal e culinária que chega a medir, no máximo, 1,5 m de altura. Ela se desenvolve melhor ao ser transplantada. Temos dois tipos de mostarda, a selvagem e a culinária. Por ser uma planta impura, o código deuteronômico (Dt 22,9) proíbe a sua plantação. Assim é o reino de Deus, como a erva que chega e se esparrama. Não pode ser controlada, torna-se abundante como a nossa tiririca. Assim como o reino, a mostarda é motivo de escândalo e incômodo para muitos. O reino é indesejável para muitos e questionador das regras de pureza. Essa interpretação nos ajuda a compreender o valor do reino e sua ação transformadora em nossa vida, mesmo para aqueles que nele não acreditam.

3. II leitura (2Cor 5,6-10): A fé no reino exige responsabilidades 

Em oposição ao pensamento de muitos irmãos de Corinto, que, diante do sofrimento e das perseguições, pensavam que o melhor seria morrer, Paulo afirma que esse poderia ser, sim, um bom caminho, mas melhor ainda é assumir as responsabilidades inerentes à fé até o dia de nossa prestação de contas no tribunal de Cristo (v. 10). A fé no reino exige responsabilidades. Esse pensamento complementa as leituras anteriores, quando nos mostra o valor da fé e suas consequências em nossa vida e até mesmo em nosso corpo mortal.

III. PISTAS PARA REFLEXÃO

– Levar as comunidades a perceber que o fruto do reino de Deus aparece lentamente. Quando menos esperamos, algo acontece. 

– Demonstrar, por outro lado, que, quando agimos em prol do reino, somos como a tiririca, que cresce sem pedir licença, ao incomodar os inimigos do reino da justiça e da paz. 

– Por sermos cristãos, temos uma força advinda do reino da qual não nos damos conta. Deus se dá a conhecer por sua força libertadora que se encontra no povo e em cada cristão.

Postado por: homilia

junho 17th, 2012


O encontro com a Palavra é um dom de Deus, mas a resposta a ela depende da vontade e do interesse de cada um.
Na primeira parábola de hoje, temos a exposição de como o Reino se expande com uma força que não depende dos homens, mas do próprio Deus. Poderíamos dizer que a Palavra descreve sua força interna.
Na segunda parábola, encontramos a visão externa do Reino. Seu crescimento seria espetacular, desde um pequeno grupo insignificante – como é a semente de mostarda que se parece com a cabeça de um alfinete -, até uma árvore, que nada tem a invejar aos carrascos da Palestina.
Uma certeza é evidente: o Reino é uma realidade que não se pode ser ignorada. Mas em que ele consiste? Jesus não revela Sua essência, mas, devido ao nome, estamos inclinados a afirmar que o Reino, como nova instituição, é uma irrupção da presença de Deus na história humana.
Numa época em que revoluções externas e lutas pelo poder estavam unidas a uma teocracia religiosa, era perigoso anunciar a natureza verdadeira do Reino. Daí que só as externas qualidades dele tenham sido descritas de modo a não levantar reações violentas. O Reino sofrerá violências, mas não será o violentador.
Nessa parábola, Jesus encoraja a esperança de sua comunidade. Qual é a semelhança entre o Reino de Deus e um grão de mostarda? Ambos parecem quase nada, insignificantes no começo, mas tornam-se muito grandes em seus resultados.
Agora, olhemos para nossa realidade. Podemos dizer que vivemos numa sociedade caracterizada pela cultura do “instantâneo” e do espetáculo, pela qual a proposta de um Reino que se inicia pequenino, mas cresce lentamente, quase sem se perceber, é, sem dúvida, contracultural. Por isso, as parábolas de Jesus são um convite, ou melhor, uma proposta ousada que requer a resposta dos ouvintes. Em primeiro lugar, convida-nos a erguer os olhos e ver os campos, pois já branquejam para a ceifa, propõe-nos descobrir o que já está crescendo lentamente, florescendo silenciosamente e até dando fruto ao nosso redor.
“Pai, dá-me sensibilidade para perceber Teu Reino acontecendo no meio de nós, onde lutamos para a construção de uma sociedade mais humana e fraterna.”
Padre Bantu Mendonça
Leitura Orante 

Preparo-me para este momento de Leitura Orante, 
fazendo com todos os internautas, 
a oração ao Espírito Santo: 

A Vós, Espírito de verdade, 
consagro a mente, a fantasia e a memória: 
iluminai-me. 
Fazei-me conhecer Jesus Cristo 
e compreender o seu Evangelho. 
Amém. 

1. Leitura (Verdade) 

Faço a leitura lenta e atenta do texto da Palavra do dia, na Bíblia: 
Mc 4,26-34. 
Em um momento de silêncio, recordo o que li. São duas pequenas parábolas. Uma fala do processo como se desenvolve o Reino de Deus. Exige paciência. A outra é sobre o resultado de uma pequena boa semente. Fala de esperança. 

2. Meditação (Caminho) 

O que a Palavra diz para mim? 
O que me dizem estas duas parábolas de Jesus Mestre?

Atualizo a Palavra, ligando-a à minha vida.
O "Reino de Deus está perto". Dentro de mim. 

Como se desenvolve? 
Como o cultivo? 
Já me sinto discípulo/a missionário/a? 
Sinto-me "abrigo" para outras pessoas que buscam o Reino de Deus? 

Lembro-me das palavras dos bispos na Conferência de Aparecida: 
"No seguimento de Jesus Cristo, aprendemos e praticamos as bem-aventuranças do Reino, o estilo de vida do próprio Jesus: seu amor e obediência filial ao Pai, sua compaixão entranhável frente à dor humana, sua proximidade aos pobres e aos pequenos, sua fidelidade à missão encomendada, seu amor serviçal até a doação de sua vida. Hoje, contemplamos a Jesus Cristo tal como os Evangelhos nos transmitiram para conhecer o que Ele fez e para discernir o que nós devemos fazer nas atuais circunstâncias." 
(DAp 139). 

3. Oração(Vida)
 
O que a Palavra me leva a dizer a Deus? 

Meu coração começa a bater em sintonia com o coração de Jesus. 
Vivo este momento em silêncio. 
E oro:
 
Espírito Santo, 
dai-me um coração grande e forte 
para amar todos, 
para servir a todos, 
para sofrer por todos! 
(Paulo VI) 

4. Contemplação (Vida)
 
Qual o novo olhar que a Palavra despertou em mim? 

Viverei este dia com olhar novo,"descobrindo" o Reino de Deus presente em cada situação, pessoa, dificuldade, alegria, realização, desafio, cultivando dentro de mim a paciência e a esperança. 

Por todos os internautas, para todas as pessoas, rezo com 
o apóstolo Paulo: 

"Que o Senhor realize todos os desejos que vocês têm de fazer o bem". 
(2Ts 1,11). 

Bênção
 
- Deus nos abençoe e nos guarde. 
Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. 
Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. 
Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, 
Pai e Filho e Espírito Santo. 
Amém. 

I. Patrícia Silva, fsp

Oração Final
Pai Santo, inspira-nos, como Igreja de Jesus que queremos ser, a buscar, como Ele, as expressões mais adequadas para anunciar aos irmãos que o teu Reino de Amor já está em nós e entre nós, como foi vivido e anunciado pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.



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