ANO B
Lc 10,13-16
Comentário do Evangelho
Advertências
Após a escolha dos setenta e dois, a serem enviados em missão dois a dois, aos gentios na Samaria, Jesus lhes transmite suas orientações, concluindo com este texto de imprecação contra as cidades que rejeitaram Jesus. Este texto, praticamente com as mesmas palavras, está também no evangelho de Mateus. Nestas imprecações temos um estilo característico do Antigo Testamento. São os "ai" como anúncio de desgraça. Têm origem em lamentações fúnebres, tendo passado ao uso literário como lamentações de advertência sobre pessoas ou cidades passíveis de condenação. No evangelho de Lucas encontramos quatro "ais" dirigidos aos ricos, em contraposição às quatro bem-aventuranças e, como também em Mateus, sete "ais" dirigidos aos fariseus, censurando sua hipocrisia. A ressalva feita às cidades gentílicas de Tiro e Sidônia e as ameaças às cidades onde se sentia a influência do judaísmo, Corazim, Betsaida e Cafarnaum, indicam que os gentios estavam mais abertos do que os judeus à acolhida da novidade de Jesus. A frase final apresenta o missionário como legítimo representante de Jesus, enviado do Pai.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, move-me à conversão e à penitência diante do testemunho de Jesus, de modo que eu não incorra em castigo por minha incapacidade de reconhecer o apelo da salvação.
Fonte: Paulinas em 05/10/2012
Comentário do Evangelho
Rejeição ao plano de amor do Pai.
O evangelho de hoje é a sequência das instruções dadas por Jesus aos setenta e dois discípulos que ele envia em missão (10,1-12). Trata-se de uma lamentação sobre as cidades próximas ao mar da Galileia. Como temos insistido, tais cidades, mais do que outras, foram palco privilegiado do ensinamento e dos “atos de poder” de Jesus. Mas apesar de tudo, não se converteram. Em razão disso, elas são comparadas por Jesus às cidades pagãs de Tiro e Sidônia, símbolos da infâmia e da exploração dos mais frágeis (cf. Is 23,1-11; Ez 26–28). Jesus não faz um juízo condenatório de tais cidades (cf. Jo 3,17); sua crítica firme visa à conversão da sua população. Rejeitando os discípulos enviados por Jesus em missão, elas rejeitam o próprio Senhor, uma vez que a mensagem de Jesus e o seu “poder” estão naqueles que ele envia (cf. v. 16). E como há uma comunhão profunda entre o Pai e o Filho (Jo 14,8-11), quem rejeita Jesus, rejeita também o Pai, que enviou o seu Filho ao mundo (v. 16; Jo 13,20), e rejeita o seu plano de amor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, move-me à conversão e à penitência diante do testemunho de Jesus, de modo que eu não incorra em castigo por minha incapacidade de reconhecer o apelo da salvação.
Fonte: Paulinas em 03/10/2014
Vivendo a Palavra
O Criador continua presente em sua obra. Ele pode ser percebido pela fé: está na vida, nas maravilhas da natureza, no amor entre os irmãos. Mas o Pai é discreto bastante para não invadir a liberdade daquele que não O quiser perceber. Sejamos sempre atentos, acolhedores, agradecidos e generosos na partilha do infinito Amor que recebemos.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/10/2012
Vivendo a Palavra
A quem muito foi dado, muito lhe será pedido! Jesus nos convida a reparar melhor as graças que recebemos, vencendo a nossa tendência natural de olhar sempre o que nos falta. Com gratidão, devemos reconhecer os dons recebidos, desenvolvê-los e os colocar generosamente a serviço da comunidade.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/10/2014
Vivendo a Palavra
De formas diferentes, o Mestre relembra que ‘a quem muito foi dado, mais lhe será pedido’. Assim como em Corazim e Betsaida, na nossa vida a Presença do Senhor é uma constante: são os milagres da Vida, das amizades, da fé e tantos outros... Mostremos a nossa gratidão, vivendo a fraternidade, tão desejada pelo Cristo.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/09/2016
VIVENDO A PALAVRA
O Criador continua presente em sua obra, mas só pode ser percebido pela fé: Ele está na vida, nas maravilhas da natureza, no amor entre os irmãos. Mas o Pai é discreto bastante para não invadir a liberdade daquele que não O quiser perceber. Sejamos sempre atentos, acolhedores, agradecidos e generosos na partilha do infinito Amor que recebemos.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/10/2018
Reflexão
Existem pessoas que vivem profundamente uma religião, mas na verdade essas pessoas não possuem fé. Fazem da religião um ritualismo e um cumprimento de preceitos e conhecem todos os seus dogmas e suas normativas morais, porém não possuem fé, porque não se sentem interpelados por Deus para a mudança de vida tanto em nível pessoal como comunitário. São pessoas que como diz o profeta Isaías, louvam a Deus com os lábios, mas seus corações estão longe dele, porque na verdade, não compreenderam que Deus é amor. O coração que se aproxima de Deus é o coração que é capaz de amar, não com romantismo, mas com compromisso de solidariedade, de busca de libertação, de luta contra a exclusão. Este sim, é o verdadeiro amor, e esta é a verdadeira conversão.
Fonte: CNBB em 05/10/2012, 03/10/2014 e 30/09/2016
Reflexão
Com tristeza e, em forma de ameaça, Jesus se queixa das cidades que, tendo recebido a visita de Deus, não se converteram. Mudar de mentalidade e de atitudes é a primeira condição para receber a salvação. Deus se manifesta constantemente a seu povo, dando sinais que chamam à conversão: acontecimentos tristes ou alegres, crises, doenças, frustrações, esperanças… tudo pode ser ocasião para a pessoa refletir sobre a própria vida. No entanto, a experiência a nos mostra que muita gente, mergulhada nas preocupações terrenas ou alimentando os próprios sonhos egoístas, deixam escapar a graça de Deus. “Rejeitar a visita de Deus é escolher a própria destruição… ficando fora da nova história e das novas relações sociais produzidas pelo projeto de Deus” (Ivo Storniolo).
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 05/10/2018
Reflexão
As cidades citadas por Jesus personificam o coração endurecido de seus habitantes. Cafarnaum, por exemplo, é uma cidade costeira, isto é, está ao nível do mar, rebaixada. É interessante a ironia: “por acaso será elevada até o céu?” É evidente a crítica ao orgulho, à autossuficiência. Os discípulos de ontem e de hoje são autorizados, pelo próprio Jesus, a proclamarem a Boa Notícia, ainda que sejam rejeitados e perseguidos. “Rejeitar a visita de Deus é escolher a própria destruição, ficando fora da nova história e das novas relações sociais produzidas pelo projeto de Deus” (Ivo Storniolo).
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 30/09/2022
Recadinho
Será que somos tão bons que nada temos para melhorar? - Nosso modo de pensar e agir é sempre coerente com o Evangelho? - Você procura pedir as luzes do Espírito Santo para agir bem sempre? - A vida com Deus já não é fácil. Imaginou como seria sem Ele? - Será que estamos sempre abertos a ouvir os que, por palavras ou ações, nos anunciam o Reino de Deus? - É fácil deixar-se levar pelo desânimo diante das dificuldades?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 03/10/2014
Meditando o evangelho
AI DE TI!
As ameaças dirigidas por Jesus visavam três cidades nas quais ele tinha exercido o seu ministério, e que não estavam na rota das cidades a serem visitadas pelos apóstolos, os quais iriam preparar a sua passagem. Em todo o caso, tais ameaças podem ser perfeitamente aplicadas à cidades que recusariam o convite dos apóstolos.
Corozaim, Betsaida e Cafarnaum foram beneficiadas, de modo particular, com as atividades de Jesus. Mas permaneceram na incredulidade e na impenitência. Isto só fez aumentar sua culpa e, por consequência, tornava mais severo o juízo que cairia sobre elas. O pecado das três cidades consistiu em terem sido testemunhas dos milagres operados por Jesus, sem que com isto tivessem sido movidas à penitência e à mudança de vida. A passagem do Mestre não chegou a surtir o mais ínfimo efeito, a ponto a frustrar todas as suas tentativas de levá-las à conversão.
Jesus contrapôs a insensibilidade das cidades judaicas à sensibilidade de Tiro e Sidônia, cidades pagãs. Se tivessem sido testemunhas dos milagres de Jesus, sem dúvida, teriam feito penitência. Se não foram castigadas, é porque não lhes foi dada uma oportunidade de conversão.
Assim, estava sendo lançado, também, um firme alerta contra as cidades da Samaria!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, move-me à conversão e à penitência diante do testemunho de Jesus, de modo que eu não incorra em castigo por minha incapacidade de reconhecer o apelo da salvação.
Fonte: Dom Total em 30/09/2016
Meditando o evangelho
UMA SEVERA REPREENSÃO
A pregação de Jesus nem sempre era bem acolhida, nem suas palavras sempre surtiam efeito na vida das pessoas. Muitas vezes, ele era ouvido com suspeita, desprezo, quando não, com aberta rejeição. Essas reações lhe não passavam despercebidas. Ele as acompanhava com atenção, pois não podia ficar impassivo diante de pessoas que menosprezavam a oferta de salvação que o Pai lhes fazia, preferindo, assim, o caminho da condenação.
A rejeição de Jesus e de sua mensagem provinha, em alguns casos, de toda a população de uma cidade. Corozaim, Betsaida e Cafarnaum tornaram-se símbolo desta realidade. Seus habitantes, em conjunto, fecharam os ouvidos à pregação do Mestre. As palavras fortes, que Jesus lhes dirigiu, revelam a gravidade do fato. Elas não souberam reconhecer nele a presença misericordiosa de Deus, que os convidava à conversão. Seu pecado chegou a tal ponto que se tornaram insensíveis aos apelos divinos, nem reconheceram a necessidade de fazer penitência.
Jesus lançou um olhar para o futuro e anteviu a sorte que estava reservada para esta gente, quando se defrontassem com o Pai, no dia do juízo. Seu linguajar chocante, entretanto, tinha como finalidade chamar, uma vez mais, esses pecadores à conversão. Não lhe interessava que fossem condenados, mas que se convertessem e tivessem a vida.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, livra-me da dureza de coração que me impede de converter-me sinceramente diante de tua Palavra de salvação.
Fonte: Dom Total em 03/10/2014 e 05/10/2018
Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Deus de misericórdia, aumentai em nós a fé que, conservada à custa do próprio sangue, glorificou vossos mártires bem-aventurados André, Ambrósio e companheiros. Dai-nos também ser santificados pela vivência da mesma fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 03/10/2014
Comentário ao Evangelho
EXTREMO APELO À CONVERSÃO
É admirável o modo sincero e transparente como Jesus partilha com os discípulos, enviados em missão, sua própria experiência de fracasso. Longe de revelar fraqueza, suas palavras revelam o respeito que ele tinha pela liberdade humana. Em hipótese alguma, a proposta do Reino tornou-se imposição na vida das pessoas. Diante do Reino, deveriam decidir-se livremente e assumir as consequências desta decisão.
Várias cidades ao redor do lago de Genesaré fecharam-se à pregação de Jesus. Corozaim, Betsaida e Cafarnaum estão entre aquelas que não aderiram nem se mostraram capazes de dar ouvido aos ensinamentos do Mestre. Os milagres nelas efetuados teriam sido suficientes para converter até mesmo cidades pagãs, motivando-as a fazer penitência.
A lamentação profética de Jesus: "Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida!" comporta um apelo extremo à conversão. Apelo amargo e incisivo! Fechando-se para o Reino, as cidades impenitentes corriam o risco de ter uma sorte dramática, no dia do juízo. Por quê? Por se terem mostrado hostis para com o Filho de Deus, rejeitando o convite divino à conversão que ele lhes dirigia.
O fracasso missionário de Jesus não significava que essas cidades impenitentes seriam poupadas do castigo. O mesmo acontecerá com as cidades que, eventualmente, se recusarem a ouvir os enviados de Jesus, e os repelirem.
Fonte: Dom Total em 30/09/2022
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Tenho medo do Cristo que passa...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
As cidades de Coroazim, e Betsaida, conheceram Jesus, viram seus prodígios mas o rejeitaram. A responsabilidade de quem ouviu o anúncio e conheceu a Jesus Cristo, o seu Reino e seu evangelho, é enorme de grande.
As cidades de Tiro e Sidônia, habitada por pagãos, ainda não haviam tido essa experiência com Jesus, não o conheciam, nada sabiam das escrituras ou sobre o tal Messias. É difícil afirmar quem conhece a Jesus e quem ainda não o conhece, a verdade é que, na Força do Espírito Santo Deus chega a todos os homens e consegue penetrar-lhes no mais profundo do coração e da vida.
Neste evangelho poderíamos refletir sobre o nosso papel de Cristãos no mundo enquanto Igreja de Cristo, temos os Sacramentos, a Palavra Viva de Deus em nossas liturgias, e o mais importante, temos a Santa Eucaristia, presença real do Senhor em nossa Vida, que nos fortalece.
Tudo isso é pura Graça de Deus, dom imerecido de nossa parte, com todos esses dons, cada um de nós deverá ter feito uma profunda experiência com Jesus Cristo, e a partir disso dar o testemunho a todas as pessoas com quem convivemos ou que de algum modo fazem parte de nossa vida, que nos fortalece.
Tudo isso é pura Graça de Deus, dom imerecido de nossa parte, com todos esses dons, cada um de nós deverá ter feito uma profunda experiência com Jesus Cristo, e a partir disso dar o testemunho a todas as pessoas com quem convivemos ou que de algum modo fazem parte de nossa vida.
Se essas pessoas ainda não conhecem Jesus, a responsabilidade é toda nossa, que não o testemunhamos, principalmente fora da comunidade, na Família, no trabalho, na escola, enfim, aonde estivermos. A esse respeito lembro-me do Testemunho de Iris Gomes, uma negra que deu o seu testemunho a mais de 80 Bispos em um encontro no Rio de Janeiro, ela queria ser religiosa de Vida Consagrada, mas o seu Diretor Espiritual orientou que o seu lugar não era no convento, mas sim no mundo do trabalho.
Iris trabalha há mais de 20 anos nos bastidores das novelas da Rede Globo, e diante deste evangelho fiquei pensando, que se ela insistisse na ideia de ser Religiosa, fechada em um convento, quantos artistas teriam deixado de conhecer a Jesus... Lá onde parece que só há hostilidade contra o evangelho de Jesus, é o melhor lugar para se viver autenticamente o cristianismo. Esse evangelho nos convence disso.
2. Quem vos escuta, a mim escuta...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Enviando os discípulos em missão, Jesus diz que quem os escuta, escuta a ele mesmo. Quem os despreza, despreza o próprio Jesus e despreza o Pai que o enviou. Quem não escuta é porque despreza, e quem despreza é porque não vê o valor, por isso não preza, mas despreza. Quem escuta o apóstolo com o coração aberto vai chamá-lo de “prezado senhor”. O bom ouvinte preza a pessoa e o que ela diz. É uma questão de delicadeza e educação estar atento ao que diz alguém com quem estamos conversando. Há gente, porém, que parece ter dificuldade de ouvir o outro.
Talvez em alguns a dificuldade seja natural e em outros, por arrogância. Não vendo o valor, desprezo o que diz e quem diz. Jesus afirma que será perdoado quem disser uma palavra contra ele, porque para conhecê-lo é preciso ter fé. Tem gente que despreza a Igreja e o Evangelho de Jesus às vezes por arrogância, outras vezes por ignorância. É verdade que arrogância e ignorância podem estar nos dois lados, em quem resiste e não quer escutar e em quem propõe querendo impor. O que não é aceitável é não se alegrar com quem recebeu um milagre de Jesus e teve sua dignidade restaurada. Ai de Corazim e de Betsaida, que viram tantos milagres e não se converteram! Terão que enfrentar o julgamento.
Fonte: NPD Brasil em 05/10/2018
HOMILIA
AS CIDADES QUE NÃO CRERAM
No Primeiro Testamento eram comuns as imprecações contra nações ou cidades adversárias de Israel ou de Judá. Nos Evangelhos, temos aqui as imprecações, com os "ais" como anúncio de desgraça, contra três cidades vizinhas ao Lago da Galileia, Cafarnaum, Corazim e Betsaida, próximas entre si. Depois haverá também a imprecação sobre "Jerusalém, que matas os profetas.
Com estas censuras às três cidades, Lucas encerra as orientações aos setenta e dois enviados em missão. Lucas julgou as censuras oportunas para completar a advertência aos discípulos sobre a possível rejeição que poderiam encontrar por parte de alguma cidade na qual entrassem em missão. Em Mateus estas censuras estão articuladas à advertência a "esta geração", formada pelos chefes religiosos de Israel, que rejeitam Jesus. A censura a Corazim, Betsaida e Cafarnaum é um caso único de censura a cidades. Depois será feita também a censura a Jerusalém. As três cidades eram locais de comércio. Em ambiente de riqueza, as cidades fecham-se à novidade do Reino. Por rejeitarem os milagres feitos por Jesus, Corazim e Betsaida terão condenação maior do que as cidades gentílicas de Tiro e Sidônia, execradas por Isaías (Is 23,1-18). E Cafarnaúm será julgada com maior rigor do que Sodoma, protótipo bíblico de cidade da corrupção. Encerrando as palavras de envio, Jesus identifica-se com o próprio discípulo em missão.
Assim Jesus começa o Evangelho de hoje. Essas palavras foram ditas após o retorno dos discípulos enviados, os quais não foram bem recebidos nestas cidades. Com essas palavras, Jesus expressa o seu sentimento de desgosto. Imagino Jesus pronunciando esses "Ais" com toda a sua autoridade deveria fazer o coração parar de bater por uma fração de segundo. Nós, cristãos, deveríamos tremer diante da possibilidade de escutar um "ai" de Jesus dirigido a nós.
Pai, move-me à conversão e à penitência diante do testemunho de Jesus, de modo que eu não incorra em castigo por minha incapacidade de reconhecer o apelo da salvação.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 03/10/2014
REFLEXÕES DE HOJE
SEXTA
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 03/10/2014
HOMILIA DIÁRIA
Não resista aos apelos da Palavra de Deus à conversão
Postado por: homilia
outubro 5th, 2012
Lucas encerra, neste Evangelho, todas as orientações do Mestre aos setenta e dois discípulos enviados em missão dois a dois. Lucas descobriu – nas censuras que o Senhor fez – a advertência oportuna aos discípulos sobre a possível rejeição que poderiam encontrar por parte de alguma cidade para onde fossem e entrassem em missão. E assim fortalece-os, prepara-os para os tempos futuros, tempos da perseguição e do martírio. Todavia, consola-os porque todos os que os rejeitarem estarão rejeitando “Aquele que os enviou”.
Corazim, Betsaida e Cafarnaum são alvos de fortes censuras por parte de Jesus por causa das inúmeras maravilhas, muitos sinais e milagres aí realizados: “Ai de você, cidade de Corazim! Ai de você, cidade de Betsaida! Porque, se os milagres que foram feitos em vocês tivessem sido feitos nas cidades de Tiro e de Sidom, os seus moradores já teriam abandonado os seus pecados há muito tempo”. Permita-me, caro filho, dizer que “Corazim, Betsaida e Cafarnaum” podemos ser nós quando oferecemos resistência e dureza à Palavra de Deus que nos chama a abandonar a vida do pecado e abraçar a vida nova da Graça e da Salvação.
Em toda a Sagrada Escritura encontramos – assim de modo direto – um caso único de censura às cidades. Fora de Corazim, Betsaida, Cafarnaum (e também Jerusalém) nada mais temos a registrar. Mas porque a censura a estas cidades? A razão é simples: estas cidades eram locais de comércio. Em ambiente de riqueza – ontem, assim como hoje – as cidades se fecham à novidade do Reino, vivem o consumismo e pensam não haver outra vida pela frente.
Por causa disso, assim como por rejeitarem os milagres feitos por Jesus, Corazim e Betsaida terão condenação maior do que as cidades gentílicas de Tiro e Sidônia, assim também as nossas cidades de hoje não escaparão da destruição eterna se não se converterem. Como Cafarnaum será julgada com maior rigor do que Sodoma por ter atingido um patamar mais alto no grau da corrupção, assim também nós seremos fustigados se não nos convertermos.
Todas as vezes que resistimos aos apelos à conversão e rejeitamos aqueles que nos anunciam a Palavra de Deus, é o próprio Senhor que estamos rejeitando. É necessário não nos esquecer de que Jesus, neste Evangelho, fala para mim e para você.
As cidades que rejeitam esses mensageiros são terrivelmente culpadas, pois o próprio Jesus garante aos discípulos: “Quem vos escuta a mim escuta; e quem vos rejeita a mim despreza; mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou”. Trata-se de algo sério aos olhos de Deus recusar uma palavra de aviso ou um convite. Por isso, peçamos a graça da conversão e da acolhida à Palavra de Deus.
Pai, move-me à acolhida, à conversão e à penitência diante do testemunho de Jesus, de modo que eu não incorra em castigo por minha incapacidade de reconhecer o apelo da Salvação.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 05/10/2012
HOMILIA DIÁRIA
Seja o portador da bênção de Deus para a sua família
Seja você o portador do bem, da bênção e da luz de Deus para a sua família! Implore a bênção de Deus sobre a sua casa para que nenhum dos seus pereça.
“Quem vos escuta a mim escuta; e quem vos rejeita a mim despreza; mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou.” (Lucas 10, 16)
A Palavra de Deus hoje nos apresenta Jesus sentenciando, de uma forma bem dura, as cidades que O desprezaram e não O acolheram. Não é que Jesus esteja maldizendo estas cidades, mas são as próprias cidades Corazim e Betsaida que não se abrem para acolher a salvação que ali chega.
E deixe-me lhe dizer: onde a bênção não está o mal tende a crescer; onde a bênção e a graça são rejeitadas, a semente do mal tende ali depois a crescer e a produzir frutos. E você sabe o que são os frutos estragados e os frutos malditos.
Nós olhamos ao nosso redor e vemos que, muitas vezes, cidades, casas, famílias inteiras parecem ser amaldiçoadas. E por que pensamos assim? Ninguém pode amaldiçoar ninguém, contudo, alguém pode rejeitar a bênção, pode rejeitar a graça, e onde a graça não é aceita e acolhida a desgraça pode bater à porta.
A Palavra de Deus hoje nos chama primeiro a nos convertermos. E converter significa acolher a Palavra de Deus, porque não há maldição, não há desgraça maior do que rejeitarmos a Deus e à Sua Palavra e vivermos a condenação eterna por não mudarmos de vida.
Não deixe que a sua casa, o lugar onde você mora; não deixe que a sua cidade, o lugar onde você vive, seja uma cidade perdida e amaldiçoada! Basta que na sua casa haja um justo, basta que na sua cidade haja alguém que busque a Deus de todo o coração. Por isso se penitencie pelos pecados e pelos males que foram feitos nessa casa e nessa família, para implorar a bênção e a graça de Deus.
Deus não recusa a Sua graça e a Sua bênção a ninguém e a lugar nenhum! Mas é verdade que pessoas, que lugares e que situações rejeitam a graça de Deus, menosprezam e desprezam a Sua graça. Há lugares onde o nome de Deus é caçoado e as coisas d’Ele são rejeitadas, por essa razão os frutos que são colhidos nesses lugares são os mais negativos possíveis.
Implore a bênção de Deus, a graça d’Ele sobre a sua casa, sobre a sua família; não deixe nenhum dos seus perecerem pelo mal; invoque o bem sobre eles. Ainda que na sua casa haja pessoas que possam rejeitar ou ainda sejam indiferentes à Palavra de Deus, seja o portador da graça, seja o portador da bênção, seja ali, aquele canal à dissipar a força do mal aonde este queira chegar ou bater à porta.
Onde existe um abençoado, onde existe um agraciado, onde há uma pessoa que se abre ao amor de Deus, ali o mal não planta raízes. O lugar, a cidade, a casa e a família em que ninguém se abre à graça de Deus são maus. Seja você o portador do bem, da bênção e da luz de Deus para os seus!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 03/10/2014
HOMILIA DIÁRIA
A penitência transforma nosso coração
A penitência é o modo de sacrificarmos nosso coração com atitudes, para que encontremos a luz de Deus e nossa vida mude de rumo
“Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre cinzas.” (Lucas 10, 13)
Jesus está chamando a atenção dessas cidades que não ouviram nem deram atenção a Sua Palavra, não se aplicaram em viver a conversão, a mudança de vida, sobretudo, a penitência do coração.
Quando digo que essas cidades não ouviram, quero dizer que há uma grande diferença entre escutar uma coisa, assimilar e aderir aquilo que, de fato, você está ouvindo. Quantas coisas já escutamos por um ouvido e saiu pelo outro! Ou quantas coisas nem passaram por nossos ouvidos!
Estamos, muitas vezes, ouvindo a Palavra de Deus, mas simplesmente fazemos corpo mole, comportamo-nos com indiferença e até concordamos: “Nossa, que bom! É Deus falando a mim, ao meu coração!”. Mas não damos a devida importância a essa Palavra ou permitimos que ela venha, de fato, transformar, converter e mudar o nosso coração.
Ai de nós, que temos a graça e a oportunidade de ouvirmos Deus falar tanto ao nosso coração! Ai de nós, que nos enchemos tanto de conhecimento, enchemo-nos tanto disso e daquilo de Deus, mas o coração fica indiferente e não se importa de deixar que Ele nos converta!
Toda conversão passa pelo caminho da penitência, algo importantíssimo em nossa vida. E o que é penitenciar-se? É deixar de fazer aquilo que não nos faz bem para procurarmos o caminho que será o melhor para nós. Não quer dizer que ‘penitência’ é só deixar de fazer coisa errada, mas é o modo de encontrarmos o caminho para direcionarmos nossa vida. A penitência é o modo de sacrificarmos nosso coração com atos, atitudes, para que encontremos a luz de Deus, para que a nossa vida mude de rumo.
Há penitências de palavras, há penitências no coração, penitências físicas e corporais. Enfim, precisamos, muitas vezes ou todos os dias, encontrarmos um meio de penitenciarmos a nossa vida. Primeiro, pelos nossos pecados. Segundo, pelos pecados da humanidade, sobretudo, para que a cada dia nossa conversão seja verdadeira, autêntica, e não sejamos simplesmente ouvintes da Palavra de Deus. Temos de ser, de fato, aqueles que escutam a Palavra do Senhor e se deixam por ela convencer e converter!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 30/09/2016
HOMILIA DIÁRIA
Coloquemos o nosso coração em penitência para acolher o Senhor
Coloquemos o nosso coração em penitência para aprendermos a colocar em prática a vontade do Senhor
“Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência.” (Lucas 10,13)
Quando vemos Jesus exclamando interjeições como “ai”, até doí na alma e no coração, porque é a interjeição da mais profunda lamentação, é a lamentação mais angustiante que pode sair de um coração e de uma alma. Não é simplesmente um “Que pena!”. O “ai” é aquilo que doí, porque estamos nos deixando condenar pelas nossas atitudes.
Jesus estava dizendo isso às cidades onde anunciava o Evangelho, às cidades que foram testemunhas dos milagres e dos sinais que Ele realizou. Que dó e que lamentável a situação daquelas cidades, porque foram frias, indiferentes, não acolheram, não se converteram, não fizeram penitência nem se arrependeram dos seus pecados!
Esse “ai” cai com muita dureza sobre muitas das nossas cidades e sobre muitos de nós. Ai de cada um de nós, que escutamos o Evangelho, que testemunhamos o que Deus realiza em nosso meio, mas não nos convertemos.
Converter-se, em primeiro lugar, é fazer penitência. E o que é fazer penitência? É reconhecer que somos frágeis, pecadores e nos penitenciarmos dos nossos pecados. Entretanto, vivemos num mundo onde as pessoas estão normalizando o que é pecado, está todo mundo querendo colocar pecado como se fosse uma coisa normal da natureza humana.
Devemos ter respeito, misericórdia e saber acolher a escolha que cada um faz, mas, para comigo, eu que conheço o Evangelho, preciso me penitenciar no que falo, escuto, nas minhas obras, combater o pecado em mim. Às vezes, vamos com força querer combater o pecado dos outros e não combatemos o pecado em nós, vivemos, muitas vezes, como essas cidades foram: simples espectadoras daquilo que Jesus realizava.
Não podemos ser espectadores, não podemos ser alguém que, apenas de forma passiva, observa o que Jesus realiza e não se deixa converter, convencer nem se transformar. Coloco o meu coração em penitência para aprender, na minha vida, a colocar em prática a vontade do Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 05/10/2018
HOMILIA DIÁRIA
Acolha a Sagrada Escritura em seu coração
“Quem vos escuta a mim escuta; e quem vos rejeita a mim despreza; mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou.” (Lucas 10,16)
Jesus, após ter corrigido, ter repreendido as cidades de Corazim, de Betsaida e também de Cafarnaum, dirige aos Seus discípulos essas palavras: “Quem vos escuta a mim escuta”, dizendo aos discípulos, incumbindo-os de anunciar o Reino e de não temer à rejeição.
Ele foi rejeitado por essas cidades de Corazim, Betsaida e Cafarnaum. Jesus realizou milagres em Corazim e Betsaida. E os milagres, minha gente, chamam-nos à fé; os milagres, os feitos de Nosso Senhor deveriam provocar a fé, mas, infelizmente, aquele povoado estava indiferente. Assim como a cidade de Cafarnaum que foi a cidade que Jesus adotou para morar, para viver.
Imaginemos: o Filho de Deus escolheu a minha cidade para morar, para viver e realizou ali os Seus feitos, deu ali os Seus ensinamentos, e não creio n’Ele? Jesus repreendeu e disse: “Quem vos rejeita a mim rejeita; quem vos acolhe a mim acolhe e acolhe o Pai”.
Não rejeitemos a salvação, mas acolhamos a salvação, a Escritura e o Cristo
Meus irmãos, não podemos rejeitar Nosso Senhor, mas devemos acolhê-Lo. Não devemos desprezar a Nosso Senhor, mas devemos amá-Lo e servi-Lo. Porque se O acolhemos, se O amamos, seremos salvos.
E dentro dessa linha de não rejeitar mas de acolher, hoje, comemoramos São Jerônimo, doutor da Igreja, sacerdote, nasceu no ano de 347 e foi para a Terra Santa para estudar in loco a Sagrada Escritura, e ali se dedicou e santificou-se através da Sagrada Escritura.
E assim como Jesus ensinava que rejeitá-Lo é rejeitar o Pai, é rejeitar a salvação, São Jerônimo também ensinava que, através da Palavra, rejeitar e ignorar a Escritura é ignorar o Cristo. Não ignorar a Escritura para não ignorar a Cristo, mas acolher a Escritura, acolher a Palavra de Deus para acolher o Cristo, para acolher a salvação. Olha que Jesus está dando o tempo para mim e para você!
Neste mês da Bíblia, neste mês que nós encerramos, que o Senhor tenha despertado, ainda mais no nosso coração, um desejo de ler mais, de meditar mais e de viver mais a Palavra de Deus. Não ignoremos a Palavra, porque, senão estaremos ignorando o Cristo, não ignoremos a Palavra, o Cristo, porque senão estaremos rejeitando a salvação. Não rejeitemos a salvação, mas acolhamos a salvação, a Escritura e o Cristo.
Abençoe-vos o Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 30/09/2022
Oração Final
Pai Santo, dá-nos a consciência de que os dons que recebemos de Ti devem ser colocados a serviço da Comunidade. Mantém-nos atentos às carências dos que peregrinam ao nosso lado nesta vida e prontos para cuidar das feridas causadas pela dureza de coração dos homens. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/10/2012
Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a virtude da gratidão para que reconheçamos os dons maiores que nos ofereces – a vida, a fé e, acima de tudo, o teu Filho Unigênito que se fez humano e viveu entre nós anunciando a presença do Teu Reino de Amor dentro do nosso coração. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/10/2014
Oração Final
Pai Santo, abre os nossos olhos para enxergarmos a tua Presença Paternal ao longo da nossa caminhada. Ajuda-nos, Pai amado, a reconhecer, agradecidos e cheios de encantamento, que Tu não apenas nos esperas para o abraço final, mas segues conosco, desde agora. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/09/2016
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, infunde-nos a consciência de que os dons e os bens que recebemos do teu Amor não são nossa propriedade particular e devem ser todos colocados a serviço da Comunidade. Mantém-nos atentos às carências dos que peregrinam ao nosso lado nesta vida e prontos para cuidar das feridas causadas pela dureza de coração dos homens. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/10/2018
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