sexta-feira, 14 de junho de 2024

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 14/06/2024

ANO B


Mt 5,27-32

Comentário do Evangelho

Forte apelo ao perdão.

As seis antíteses, em que é apresentada a “justiça maior” que a dos escribas e fariseus e que deve caracterizar a vida dos discípulos, são, de algum modo, uma explicitação das bem-aventuranças (Mt 5,1-12). A segunda antítese sobre o adultério (Ex 20,14; Dt 5,18) é um exemplo do que significa ser puro de coração. Não se trata simplesmente de ter relações sexuais com uma mulher casada, rompendo a união do lar do semelhante. Para a justiça cristã não está permitido sequer deixar nascer o desejo de provocar essa ruptura. A integridade do lar do outro é tão importante, podemos mesmo dizer, tão sagrada, que ela incide sobre a integridade física, tão cara ao ser humano. Para Mateus, o repúdio da mulher por parte do homem expõe a mulher ao adultério. A terceira antítese diz respeito à capacidade de fidelidade e de reconciliação. O repúdio da mulher acontece por dois motivos: o coração está dividido por outra mulher ou o mal escondido mina a união, o amor, o respeito mútuo. O repúdio acontece quando não há capacidade de perdão e reconciliação. O texto é um forte apelo ao perdão, que é exigência intrínseca ao amor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, tu exiges respeito mútuo entre homens e mulheres. Não permitas jamais que a cupidez e a malícia do mundo tomem conta do meu coração.
Fonte: Paulinas em 13/06/2014

Vivendo a Palavra

Assim como na relação matrimonial, também em outras relações nós adulteramos – isto é, vivemos sentimentos, desejos e atitudes de egoísmo e ambição, em terreno onde deveria imperar o respeito, a fraternidade e o Amor. Adulterar é falsificar, é misturar água ao leite, para aumentar o seu volume…
Fonte: Arquidiocese BH em 13/06/2014

VIVENDO A PALAVRA

Jesus revela a plenitude da Lei. A grande lição, a novidade que Ele nos traz é que o pecado não está na ação exterior que o ser humano realiza, mas lá onde ele nasce, no seu coração. O Mandamento não é Lei imposta de fora para o homem, mas é a Lei do homem, colocada pelo Criador no âmago do seu ser. Faz parte de nossa constituição interior.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/06/2018

VIVENDO A PALAVRA

Adulterar – o leite, por exemplo – é misturar outra coisa de menor valor e pureza com o leite natural, para aumentar seu volume, na ânsia de obter lucro fácil. Jesus lembra aqui, que o casamento, vivido no Amor (que significa: ‘em Deus’), não pode ser adulterado com relações ilusórias e espúrias. Esse ‘casamento’ pode ser um matrimônio, mas também: uma vocação, uma promessa, ou uma consagração...
Fonte: Arquidiocese BH em 12/06/2020

Reflexão

O valor da pessoa humana não pode ser diminuído em hipótese alguma. O Evangelho de hoje nos mostra o valor da pessoa como motivação para a vivência plena da Lei. Não é porque eu não fiz nada que eu não desrespeitei. Jesus não quer apenas ato, ele exige de nós uma postura evangélica de quem é capaz de ver o outro e a outra como seres criados à imagem e semelhança de Deus, mas também como renascidos em Cristo para uma vida nova, membros do Corpo Místico de Cristo, unidos a Cristo como o ramo está unido à videira, Templos vivos do Espírito Santo e como consagrados pela graça do Batismo, ou seja, pertencentes ao Pai, amados e amadas por ele e que devem ser respeitados e valorizados.
Fonte: CNBB em 13/06/2014

Reflexão

As leis do Antigo Testamento eram tolerantes para o homem e severas para a mulher. De fato, a mulher era considerada uma espécie de propriedade que o homem adquiria, e assim ela passava a fazer parte dos seus bens. Agressiva desigualdade entre homem e mulher. Jesus, porém, coloca-os no mesmo plano. O adultério viola a vontade de Deus e as relações familiares e sociais. A união do homem e da mulher no matrimônio é expressão de amor, vem de Deus, não deve ser paixão egoísta. É o encontro de liberdades que se unem. Por isso, Jesus usa expressões fortes para indicar compromisso sério, evitando-se desvios egoístas. Às vezes são necessários “cortes” dolorosos para salvar e revigorar o amor mútuo. Trata-se aqui naturalmente de linguagem simbólica, uma vez que o adultério começa no coração.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 15/06/2018

Reflexão

As leis do Antigo Testamento eram tolerantes para o homem e severas para a mulher. De fato, a mulher era considerada uma espécie de propriedade que o homem adquiria, e assim ela passava a fazer parte dos seus bens. Agressiva desigualdade entre homem e mulher. Jesus, porém, coloca-os no mesmo plano. O adultério viola a vontade de Deus e as relações familiares e sociais. A união do homem e da mulher no matrimônio é expressão de amor, vem de Deus, não deve ser paixão egoísta. É o encontro de liberdades que se unem. Por isso, Jesus usa expressões fortes para indicar compromisso sério, evitando- se desvios egoístas. Às vezes são necessários “cortes” dolorosos para salvar e revigorar o amor mútuo. Trata-se aqui naturalmente de linguagem simbólica, uma vez que o adultério começa no coração.
Oração
Ó Jesus Mestre, queres recuperar o respeito pela mulher, que não é propriedade do marido, mas sua companheira, revestida da mesma dignidade. Para além do ato exterior do adultério, pretendes, Senhor, corrigir as mínimas intenções que levam a desrespeitar o mandamento divino. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 12/06/2020

Reflexão

Em geral, as leis privilegiavam os homens em detrimento das mulheres, que muitas vezes eram consideradas uma espécie de propriedade dos homens, faziam parte dos bens do marido. As intervenções de Jesus normalmente eram para salvar o lado mais fraco e explorado, colocando os dois lados em pé de igualdade. Mateus retoma um mandamento do Antigo Testamento: não cometer adultério. O adultério viola a vontade de Deus e as relações familiares e sociais. A união do homem e da mulher no matrimônio é expressão de amor; é vontade de Deus que vivam a harmonia e a beleza do amor. O Mestre esclarece que “cometer adultério” já tem seu início no olhar. Por isso, a necessidade de cortar o mal pela raiz. Muitas vezes, são necessários cortes dolorosos e profundos para salvar e fortalecer o amor e o bom relacionamento entre marido e mulher.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 10/06/2022

Recadinho

Todos nós pecamos! Com as mãos, com nossos olhares de cobiça não só de pessoas, mas de coisas! O que tem a dizer sobre isso? - Como e quando pecados com nossos atos? - E o que dizer de nossas omissões? - Estou atento com minhas palavras? Tenho consciência de que uma palavra mal dita pode destruir muita coisa? - Você procura manter a palavra dada? - Dá bom testemunho sobre o Matrimônio cristão? Será que os casais se preocupam em crescer verdadeiramente no amor recíproco?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 13/06/2014

Comentário do Evangelho

A condenação do adultério era feita do ponto de vista patriarcal. Aquele que adulterasse com uma mulher casada estaria ferindo a honra de seu marido. Não havia problema para o homem casado que adulterasse com uma mulher solteira. A condenação aplicava-se ao ato externo. Agora, com uma finura psicológica, Jesus vai à raiz dos atos externos. Todos estes atos procedem do coração. A cobiça, o desejo da riqueza e do poder, o orgulho, o desejo adúltero. A bem-aventurança da pureza do coração significa orientar todos os atos para o seguimento de Jesus. Em estilo hiperbólico e semítico, com o corte de membros, enfatiza-se a denúncia dos atos contra o projeto de Deus. Ao homem era permitido repudiar sua mulher. E qualquer homem era livre para casar-se com uma mulher despedida. Valorizando o matrimônio e a mulher, Jesus rejeita esta prática.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, que destes santo Antônio ao vosso povo como insigne pregador e intercessor em todas as necessidades, fazei-nos, por seu auxílio, seguir os ensinamentos da vida cristã e sentir a vossa ajuda em todas as provações.
Fonte: Dom Total em 13/06/2014

Meditando o evangelho

A PUREZA DE CORAÇÃO

Na perspectiva de Jesus, a maneira como se encarava o 6º mandamento do Decálogo era insuficiente. Considerava-se o adultério como uma espécie de injustiça cometida contra uma propriedade alheia, um atentado ao bem mais precioso de um homem: sua mulher. O casamento era uma transação de compra e venda, pela qual um homem adquiria uma mulher como esposa, a qual passava a fazer parte de seus bens. O respeito pela mulher do próximo, portanto, colocava-se no contexto de respeito ao conjunto de seus bens.
O mandamento assim interpretado fundava-se na coisificação da mulher, cuja dignidade não era reconhecida. Colocada no rol dos bens do marido, ela se via privada da igualdade com o homem, o que não correspondente ao desejo do Criador. Assim, Jesus viu-se forçado a opor-se a isso, pois era contrário ao projeto de seu Pai.
A exigência do Mestre recupera o respeito pela mulher, enquanto ser humano. O discípulo do Reino é exortado a olhar para a mulher do próximo com pureza de coração, sem se deixar envolver pelo desejo de possui-la. Caso isto aconteça, infringirá o mandamento de Deus, a partir do momento em que consentir nos pensamentos libidinosos.
Enquanto seus contemporâneos preocupavam-se com o ato exterior de adultério, Jesus preocupava-se com o ato interior, onde tem início o desrespeito ao mandamento divino.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Espírito que dignifica, reforça no coração de todos o sentimento de respeito ao ser humano, especialmente às mulheres, cuja dignidade é vilipendiada, sem escrúpulos.
Fonte: Dom Total em 15/06/2018 e 12/06/2020

Meditando o evangelho

DA CUPIDEZ AO RESPEITO

A Lei mosaica tanto proibia o adultério (6º mandamento) quanto desejar a mulher do próximo (9º mandamento). O modo como ambas as proibições eram interpretadas e vividas foi considerado insuficiente por Jesus. Urgia dar um passo além e encontrar uma maneira de pô-las em prática, de forma mais compatível com a vontade de Deus, no tocante ao relacionamento entre as pessoas de sexos diferentes.
A severidade dos mandamentos não fechava as portas para a cupidez do coração. Enquanto externamente um indivíduo assumia uma atitude de aparente respeito pela mulher, no seu interior poderia estar dando vazão aos mais perversos pensamentos, dando origem a desejos inconfessos.
É neste nível de profundidade que chega a denúncia de Jesus: o comportamento respeitoso com relação à mulher deve começar no mais íntimo do coração. Caso contrário, incorre-se em pecado.
Jesus recorreu a duas metáforas para se referir à maneira peremptória com que o discípulo deverá se precaver contra o desrespeito à mulher. Arrancar o olho direito e cortar a mão direita, quando se tornam ocasião de pecado, tendo em vista salvar o corpo inteiro, é sinal de sabedoria. Quem tem o coração cheio de cupidez, sem atinar para o fato de estar desagradando a Deus, e não toma as providências cabíveis, corre o risco de ser severamente julgado. A ética do Reino exige do discípulo um respeito profundo pelas mulheres.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, tu exiges respeito mútuo entre homens e mulheres. Não permitas jamais que a cupidez e a malícia do mundo tomem conta do meu coração.
Fonte: Dom Total em 10/06/2022

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Exigência Radical
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Neste evangelho aparece por três vezes a palavra Adultério, que parece ter-se tornado pesada para empregar na vida conjugal dos cristãos. O adultério só existe quando o casal recebeu o Sacramento do Matrimônio, e aí tem suas consequências que as pessoas envolvidas, bem como seus familiares, nunca veem com bons olhos. Lógico que a traição de uma das partes, mesmo na união natural, é um adultério, entretanto, a palavra ficou mesmo restrita no âmbito religioso do Cristianismo, na nossa Igreja Católica que, por tornar sagrada a união do homem e mulher, unidos pelo Vínculo de um Sacramento, tem suas leis para protegê-la da banalidade.
Adultério vem da palavra adulterada, o que significa, descaracterizar aquilo que é original. Quando aquele Fariseu perguntou a Jesus se era lícito o homem deixar a sua mulher por qualquer motivo, Jesus o remeteu á origem, ao começo do Projeto Divino “No princípio não era assim...”.
Isso significa dizer que, no projeto original Deus não pensou na separação do casal, nem na união com outra pessoa, quem assim o procede, sendo casado na Igreja, comete um adultério, isso é, falsificou uma união, em lugar da união original, aquela que foi celebrada em uma Igreja, com toda pompa, Padrinhos, cinegrafista, fotógrafo, vestido branco, terno da moda, músicas especiais, marcha Nupcial etc. Mas o mais importante, recebeu de Deus a bênção e a Graça Sacramental, com um alerta importante “ que Deus uniu, o homem não separe”.
No altar, diante do Ministro Ordinário, é feito um Juramento, mas o Juramento é precedido pelo Amor dos Nubentes, Amor que em sua grandiosidade foi elevado á condição de Sacramento, merecendo do Apóstolo Paulo esta afirmativa solene “Essa união do homem e da mulher é comparável a união de Cristo com a sua Igreja.”
O que ocorre nesse caso é que, o Noivo se torna Cristo, e deverá nessa relação, fazer as vezes dele, a noiva se torna a Igreja. O amor de Cristo pela sua Igreja é um Amor Sacrifical. Amor que se sacrifica para que o outro seja feliz. Bem diferente desses amores baratos e medíocres de hoje em dia. Esse Amor Sagrado não pode nunca, em nenhuma hipótese ser violado, pois ele é racional, mas está no coração dos Nubentes. Daí que, se no coração do homem há um lampejo de desejo por outra mulher, o Amor Sagrado já foi corrompido.
Por isso o evangelho apresenta esta exigência radical pelo Reino, onde a mutilação dos olhos e do membro superior (mão direita) é necessária, porque o olhar e o gesto, revela o que está no coração.

2. Ouvistes que foi dito
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Continuamos ouvindo no Evangelho de Mateus o que dizem os mandamentos da Lei de Deus para cumpri-los totalmente, segundo a interpretação de Jesus. O sexto mandamento diz para não se cometer adultério. Isto significa que o marido não deve trair a mulher nem a mulher trair o marido. Significa também que, enquanto os dois estão vivos, o casamento continua válido e deve ser respeitado. A traição não é apenas física, ela também acontece na intenção. Consciência reta é consciência bem formada, que conhece o mandamento e a fragilidade humana. Sabemos da importância das circunstâncias que envolvem as decisões que tomamos, temos a experiência da fraqueza da vontade e que a imperfeição faz parte da nossa condição humana. A castidade, porém, não é passiva de interpretação. No entanto, não pode ser considerada a virtude por excelência e a mais importante, nem a sua não observância como o único pecado da vida cristã. Os mandamentos se realizam no amor a Deus e ao próximo.
Fonte: NPD Brasil em 15/06/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Um Cristianismo além da Lei
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Minha equipe de teólogos da comunidade, que são meus colaboradores nas reflexões sobre pó evangelho, andou quebrando a cabeça para compreender esses ensinamentos de Jesus, que com certeza não foram ditos em uma mesma hora, mas ajuntados por alguém, diante de problemas que a comunidade enfrentava. E quando chegou na parte da mutilação dos membros e também arrancar o olho, causador do pecado, a equipe disse em tom de humor, que chegaremos no céu todos mutilados e que vai ser difícil alguém chegar “inteiro”.
Em cada um desses ensinamentos há uma única verdade que Jesus proclama, o desafio de sair da medíocre obediência as Leis, para podermos passar a algo sem medida, e que vai muito além da conduta e do comportamento humano, é um convite para migrarmos do meramente humano para o plenamente Divino, somente possível com a Graça de Deus e a Luz da Fé, que vislumbra uma realidade até então invisível para o homem, presente em Jesus de Nazaré. Sem Jesus, a única referência é o seguimento á Lei de Moisés, atitude que norteava a vida de um homem bom, justo, virtuoso e crente em Deus, claro que a Salvação também tinha um sentido bem restrito, e se conquistava nesta vida. Jesus, ao apresentar o ensinamento desse evangelho, desmonta esse quadro de uma Religião legalista, transformando a relação com Deus em uma realidade transcendente.
Jesus, nascido Judeu e participante do Judaísmo, não é um velho saudosista, preso as lembranças do passado, de tudo aquilo que Deus realizou pelo seu povo, não fica chorando sobre o leite derramado, mas convida os seus discípulos e a todos nós, a olharmos com otimismo para o presente e a fazermos a coisas muito melhores, e como a sua presença entre nós mudou a sorte de toda a humanidade, tem autoridade para dizer, “Eu porém vos digo....”
A Lei de Moisés em sua essência é a Lei de Deus, o seguimento a ela faz a diferença entre a Vida e a morte, entre a bênção e a maldição, o bem ou o mal, diante dessa Lei temos sempre a escolha e o livre arbítrio, o próprio Senhor diz em outro evangelho, que não veio para revogar a Lei, mas para mostrar o seu verdadeiro sentido e aprimoramento, para que a lei atinja a sua plenitude.
Mas só o puro cumprimento da Lei não nos fará feliz e nem realizados, a minha equipe de teólogos da comunidade lembrou-se de um bom exemplo.
“A gente dirige e decide respeitar e obedecer toda sinalização, mas no estresse causado no próprio trânsito, acaba gritando e ofendendo os outros condutores, as vezes os pedestres, dizemos palavrões em nosso veículo, que o outro não escuta, praguejamos, amaldiçoamos, ficamos enlouquecidos ao volante e perdemos a paciência...Seguimos a lei mas não fomos felizes nessa ação, por que ? Faltou ser amoroso, misericordioso e paciencioso com as pessoas e essa atitude não é Lei escrita na pedra, mas no coração do homem, é a Lei do amor na relação com as pessoas.
Por isso, podemos dizer que um bom Cristão segue a doutrina, as normas da Igreja, pratica os preceitos, mas, um Cristão de Verdade vive no amor e na comunhão com Deus e com as pessoas.. Por isso Jesus apresenta-nos essa proposta de darmos um passo além, não permanecendo na mediocridade do dever cumprido, mas testemunhando um amor sem medidas, que não quer apenas não “matar” o outro, mas respeitar a sua vida e a sua dignidade, ser solidário, ter paciência, uma vez que, podemos matar o outro de muitas maneiras, não só com armas de fogo ou arma branca, mas principalmente com a língua, com a nossa conduta em relação ao outro, uma morte dissimulada na frieza, no desprezo e na indiferença, quantos morrem ao nosso lado, vítimas deste nosso pecado....
Ofertar algo a Deus em algum trabalho da comunidade ou em algum empreendimento da nossa Vida de Fé, é coisa muito boa, mas Deus só aceita esse oferecimento se estivermos de bem com as pessoas, não alimentar no coração ódio e rancor ou qualquer ranço contra quem quer que seja, porque se estivermos de bem com Deus e de mal com algum irmão, o amor torna-se uma mentira.
Adulterar uma relação, principalmente a conjugal, é torná-la falsa e sem valor, podemos adulterar essa relação de muitos modos, a traição é apenas uma delas. Mas o adultério pode ocorrer em um olhar, em um desejo ainda que não manifesto, em uma relação desgastada pela indiferença e as vezes pelo desprezo, sempre que não contribuo, para que o amor e a vida em comunhão com o cônjuge cresça, e se torne mais consistente, estou semeando a possibilidade de um adultério.
E finalmente um último ensinamento, o que significa “arrancar um olho”, ou cortar algum membro, que nos é causa de pecado? Note-se que essas afirmações está dentro das exortações sobre a vida conjugal e o pecado do adultério, quando falamos da atração entre um homem e uma mulher, facilmente identificamos com o Erro, e daí falamos que homem e mulher são impulsionados pelo instinto. E em nome do tal de instinto comete-se as maiores barbaridades no campo da afetividade humana, voltada para a sexualidade.
Jesus não escreve mais a Lei nas pedras, mas sim no coração do homem, que agora é livre para tomar suas decisões, para dizer SIM ou NÃO ao fazer suas escolhas, a religião torna-se assim mais intimista, e o ser humano não irá mais agir, com seus sentidos, a partir dos seus instintos, mas sim a partir do Amor de Deus, que experimenta em seu coração, e que irradia em todas as suas ações, nas relações com Deus, consigo mesmo e com o próximo, E assim fazendo, o homem rompe com a religião legalista, pois abrindo-se para a graça de Deus manifestada em Jesus, ele alarga o seu horizonte de compreensão e conhecimento do verdadeiro e Único Amor, capaz de salvá-lo e de fazê-lo imensamente Feliz.

2. Ouvistes que foi dito: Não cometerás adultério - Mt 5,27-32
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Não cometer adultério nem de fato nem de desejo, e cuidar da vista. Os olhos são a porta da alma. Prestar atenção no que fazem as mãos. Mãos violentas, mãos que matam, mãos que roubam, mãos que afagam, acariciam e ajudam. Há de tudo neste mundo! Levar a sério o casamento. Constituir família para valer. Respeitar-se mutuamente e manter vivo o fogo do amor. Tudo é possível, mas nada é fácil. A mente precisa encher-se de bons princípios. Do coração devem transbordar bons sentimentos. Boa educação, boas leituras, boas amizades, boa alimentação, boa moradia, boa saúde de corpo e de alma. Dependemos do quadro social em que vivemos. Nervosismo dentro de casa, desentendimentos e brigas podem ter sua causa na falta de emprego. Como é importante a solidariedade! Todo mundo se ajudando, criando um bom ambiente. Dizem alguns teólogos que o remédio para a desintegração social provocada pelo Maligno neste mundo é a comunidade de homens e mulheres em torno de Jesus Cristo.
Fonte: NPD Brasil em 12/06/2020

HOMILIA

O ADULTÉRIO

Hoje, temos mais duas contraposições de Jesus à Lei. A primeira refere-se ao adultério: Não cometa adultério condenado no Decálogo. Mas Jesus não se fixa somente no não cometa. Ele vai mais longe, só o fato de olhar e desejar no seu interior já é pecado. Nisto se faz referência à cobiça, ao olhar ganancioso, pretensioso assim como tendencioso. Cristo nos chama atenção aqui tenhamos um olhar puro. Pois faz parte das bem-aventuranças.
A bem-aventurança da pureza do coração exprime, por outro lado, a orientação de todos os atos para o seguimento de Jesus que é puro. Sede santos como o vosso Pai celeste é puro. Jesus vai ao coração porque este é a fonte dos atos externos. Aliás a boca e os gestos das nossas mãos, dos pés bem como os nossos comportamentos diante dos outros o trazem para fora o que vai dentro do coração de cada um. Quanto mais puros formos melhor seremos em tudo o que façamos e pensemos.
Lê-se também entre linhas assim como pelos frutos se conhece a boa árvore assim pelo que dissemos e fazemos se reconhece o que somos e temos no coração. Já que o nosso olho e a nossa mão podem ser a porta de entrada para o mundo do pecado.
Por isso o mestre nos adverte: se o seu olho direito faz com que você peque, arranque-o e jogue-o fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ser atirado no inferno. Se a sua mão direita faz com que você peque, corte-a e jogue-a fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ir para o inferno. Ao contemplares a beleza duma mulher ou de um homem, louve e a gradeça à Deus que sabe de uma maneira impar caprichar nas suas obras. Que dera que a beleza dessa pessoa te levasse à oração! Bendito seja Deus hoje e sempre, que fez este homem ou esta mulher lindo (a), para louvor da sua glória!
Logo depois deste conselho vem a segunda que se refere ao divórcio. Jesus permite o divórcio em caso de relações ilícitas que compreende toda prática sexual errada: Fornicação; Homossexualismo; Lesbianismo; Bestialidade. Se a separação foi por outro motivo e se o homem ou mulher passar a viver juntos com outra pessoa, eles estão em adultério e como se não bastasse também coloca o seu parceiro em risco de pecar.
Tu que estás nesta situação precisas saber que Deus está perto de ti e seu maior desejo é de te ajudar. O importante é recorrer a Deus a fim de que se possa com sua ajuda resolver tua situação. Porque para Deus os fundamentos de uma união estável não estão na Lei, mas no amor, no respeito e na felicidade que fecundam a vida de todos os que o amam e por isso o buscam noite e dia. Através dos teus olhos, louve e agradeça a Deus pelo marido pela esposa que tu tens.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 13/06/2014

REFLEXÕES DE HOJE


Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 13/06/2014

HOMILIA DIÁRIA

Com o Senhor enfrentamos as tempestades da nossa vida!

Permanecendo firme diante do Senhor nós enfrentamos as tempestades da vida e vencemos o fogo das paixões e das vaidades!

Sai e permanece sobre o monte diante do Senhor, porque o Senhor vai passar.”  (IReis 19,11)

A Palavra de Deus hoje nos mostra a expectativa do profeta Elias ao esperar a passagem do Senhor Deus, porque ali, naquela gruta fria onde ele passou a noite em oração, ele aguardava a manifestação do Senhor, como o próprio Deus havia prometido a ele.
Assim, como Elias, nós também queremos que o Senhor passe em nossa vida, nós queremos que Ele venha ao nosso encontro. Para isso, nós precisamos ter atitude. Sim, atitude de nos colocarmos diante da presença do Senhor para que Ele venha ao nosso encontro! E a atitude de nos colocarmos na presença do Senhor é fazer como Elias fez: ele foi ao monte Horeb, o monte de Deus, e ali se pôs em oração.
O monte Horeb pode ser na sua casa, no seu quarto, o monte Horeb pode ser na capela, na sua igreja, diante do Santíssimo Sacramento; um lugar recolhido. Aqui não importa o lugar físico, aqui importa a atitude do coração, o coração que é desejoso e realmente almeja encontrar o Senhor Deus.
Vejam, enquanto Elias permanecia ali na presença do Senhor, em oração, esperando a manifestação de Deus, veio primeiro um vento impetuoso, forte, que agitava as montanhas e até desfazia aquelas montanhas, mas o Senhor não estava naquele vento.
Quantos ventos vêm ao nosso encontro agitar a nossa alma, agitar o nosso ser e nos deixar levar por estes ventos impetuosos, que tiram a paz do nosso coração? Não é no vento que o Senhor está! Depois que aquela ventania passou, mais adiante (aliás aquele vento que parecia até um terremoto), pois o Senhor não estava naquela tamanha agitação, vem então um fogo que arde dentro de nós. Muitas vezes, o fogo das nossas paixões, das nossas vaidades e dos nossos desejos que estão nos sufocando por dentro e por fora; por isso o Senhor também não está no fogo.
Quando passou o terremoto e quando passou o fogo ardente, veio em seguida o murmúrio de uma leve brisa, aí então Elias pôde ouvir a voz do Senhor que veio ao seu encontro.
É verdade que o Senhor nos ajuda a passar pelos terremotos da vida, é verdade que, ao permanecermos firmes diante do Senhor, nós enfrentamos as tempestades da vida, vencemos o fogo das paixões e das vaidades. Mas nós escutamos o Senhor na brisa leve, no silêncio do coração, quando conseguimos aquietar o nosso coração e permitirmos que Ele seja tomado por uma serenidade, ali vamos ouvir o que o Senhor tem a nos dizer!
Que seja firme a nossa luta contra as paixões, contra as tempestades, contra as agitações do coração, para que o Senhor venha ao nosso encontro e nos mostre a direção que devemos seguir.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 13/06/2014

HOMILIA DIÁRIA

É na brisa leve que nos encontramos com Deus

É um verdadeiro combate espiritual, é um combate mental e psicológico para encontrar, de fato, a brisa, a suavidade de Deus em nós

“Passado o terremoto, veio um fogo. Mas o Senhor não estava no fogo. E depois do fogo ouviu-se um murmúrio de uma leve brisa.” (1Rs 19,12)

Elias está na montanha sagrada para se encontrar com o Senhor. Como nós precisamos nos encontrar com o Senhor, apenas precisamos saber onde Deus passa, onde Ele está e onde Ele permanece na vida e no coração de cada um de nós. O Senhor não estava naquele vento impetuoso, naquele vento forte, naquela ventania.
Na nossa vida existem muitos ventos, aquilo que vai e que vem, provocando agitações por onde passa. O nosso coração, muitas vezes, está tomado pelas agitações da vida, e Deus não se encontra em um coração agitado nem numa vida agitada. Do mesmo modo, depois do vento há um terremoto, onde as coisas se abalam. O terremoto é aquilo que provoca grandes desastres e abalos.
O terremoto é símbolo do desespero. Às vezes, achamos que vamos encontrar Deus quanto mais desesperados nós ficarmos. Acontece uma coisa pequena e a pessoa transforma aquilo num grande desespero, numa grande calamidade. Não é ignorando que existe calamidade e situações, realmente, desastrosas, mas mesmo assim isso não implica que o coração tem que se entregar ao desespero.
Quando nos desesperamos, perdemos a estabilidade da esperança e da confiança que temos no Senhor. Passado o que foi o terremoto, vem o fogo, símbolo das paixões, as quais são tantas, e muitas delas violentíssimas! Elas vêm e arrasam nossa alma e nosso coração. O fogo das paixões mundanas, dos sentimentos à flor da pele, o fogo pelas paixões das coisas do mundo. Essas paixões nos consomem por dentro.
A paixão é como um fogo aceso que vai incendiando por onde passa, por isso o Senhor não está nas ventanias da vida, Ele não está nas tempestades, nas calamidades, nos desesperos da vida nem nas paixões. Quando passou uma brisa leve, foi ali que se ouviu o murmúrio da presença divina. Precisamos aprender a acalmar o coração, equilibrar a alma e encontrar a serenidade dentro de nós.
As coisas estão muito agitadas e violentas dentro de nós, podemos até parecer pessoas calmas e tranquilas, mas dentro de nós está aquela agitação, aquela bagunça. Acalme as tempestades, os terremotos, os desesperos, combata o fogo das paixões e busque a serenidade, o silêncio da alma e a sobriedade de espírito. É ali que nos encontramos com o Senhor.
É um verdadeiro combate espiritual, mental e psicológico para encontrar, de fato, a brisa, a suavidade de Deus em nós. Muitas vezes, até as nossas celebrações são agitadas. Enquanto não encontramos a profundidade do silêncio, Deus não perfaz, não entra com profundidade em nossa alma e em nosso coração.
É na brisa leve, suave e serena que Deus se encontra conosco, e nós nos encontramos com o Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 15/06/2018

HOMILIA DIÁRIA

Busquemos a pureza, para que o nosso ser viva na verdade

“Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato, é melhor perder um de teus membros, do que todo o teu corpo ser jogado no inferno.” (Mateus 5,29)

A linguagem de Jesus, hoje, pode parecer muito dura para nós, mas, ao contrário, é reconfortante. A Palavra de Deus é direção para nós.
Hoje, olhamos a situação de nossas doenças e enfermidades no tempo em que estamos. Muitas vezes, uma pessoa tem uma parte do seu corpo com câncer, e precisa arrancar aquela parte para que o corpo inteiro não seja contaminado com aquele câncer, para que não se espalhe por todo o organismo. Sabemos a consequência drástica que é para a saúde de muitos de nós quando o câncer já está avançado.
Da mesma forma, é o que Jesus está dizendo com o câncer do pecado, que, muitas vezes, consideramos pequeno, mas não é. Se o nosso olho está se desviando, está impuro, não é só o olho que fica impuro, mas o corpo inteiro, porque a mensagem vai para todo o corpo.
Se é nossa mão que está nos levando a pegar o que não nos pertence, o que não se deve, se é nossa mão está nos tornando agressivos, é o nosso ser inteiro que está.

É preciso buscar a pureza de todo o coração para que o nosso ser viva na pureza e na verdade

O que Jesus está dizendo é que precisamos nos purificar por inteiro. Purificar a mente, o olhar, o pensar, o falar, o agir e o fazer para que o nosso corpo inteiro, para que o nosso ser inteiro, o nosso homem inteiro não esteja no pecado.
Então, de fato, é melhor corrigir aquele membro que está em nós, que nos leva a pecar do que todo o corpo se perder.
Se Jesus vai passar por cada um dos nossos membros, pense, por exemplo, naquilo que a língua faz. Alguém diz: “Eu não consigo segurar a minha língua”. Consegue! Você precisa querer, esforçar-se e usar a chamada “violência evangélica”. O que é a violência evangélica? É a penitência, é ser firme naquilo que sai da sua boca, ser firme naquilo os olhos estão buscando, ser firme naquilo que os seus ouvidos estão ouvindo, porque de todos os lados podemos deixar o mal entrar e penetrar em nosso interior.
Aquilo que você escuta não fica nos ouvidos apenas. Quem dera! Se deixamos os ouvidos abertos, sabemos que desce para o corpo inteiro, vai para a mente e desce para o coração. E sabemos o estrago que tantas coisas que entraram pelos nossos ouvidos produziram em nós. Do mesmo modo as coisas que penetram o nosso olhar e assim por diante.
Para viver a pureza, ninguém comete adultério só porque ficou com outra pessoa. Só acontece quando permitimos no olhar, no ouvir, no falar e assim por diante, e isso vale para toda e qualquer situação da vida. Por isso, é preciso buscar a pureza de todo coração para que o nosso ser viva na pureza e na verdade.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 12/06/2020

HOMILIA DIÁRIA

Deus conhece todas as intenções do seu coração

“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: ‘Ouvistes o que foi dito: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração’.” (Mateus 5,27-28)

Veja, meus irmãos e minhas irmãs, a Palavra do Senhor, neste Evangelho de hoje, quer nos ajudar a educar as intenções do coração. Que tarefa difícil é educar as intenções do coração, justamente aquelas coisas mais interiores, aquelas coisas mais profundas que escondemos, que só nós sabemos e só Deus sabe.
Muitas vezes, o exterior diz uma coisa, mas o interior vive outra completamente diferente. Então, a Palavra de Deus quer nos educar nas intenções do nosso coração, porque, diante de Deus, o que conta é aquilo que não se vê. Por quê? Porque Deus vê o coração, Deus sabe das nossas intenções, Ele sabe dos nossos sentimentos mais secretos, Ele sabe daquilo que está escondido lá dentro, e só nós temos conhecimento.
Por isso a Deus interessa mais o que está dentro de você, o que está dentro de mim, do meu coração. E, hoje, pela força da Sua Palavra, Ele quer educar essas intenções do nosso coração, por isso a necessidade de reconciliar o externo com o interno, aquilo que nós expressamos com aquilo que está dentro de nós; reconciliar essas duas coisas. É aquele antigo drama do sentir e do consentir.

A Palavra do Senhor, neste Evangelho de hoje, quer nos ajudar a educar as intenções do coração

O primeiro não é o pecado, porque não temos a capacidade de lidar com o que nós sentimos, mas o segundo sim, porque é o consentimento. Quando aplico a minha vontade, quando livremente posso escolher aderir ou não àquele sentimento, por isso esse drama, essa luta, muitas vezes, está dentro de nós.
Ser assaltado por pensamentos e sentimentos não é pecado, mas agora assaltar os outros através de pensamentos e sentimentos, isso sim é pecado. E precisamos corrigir isso em nós, precisamos pedir a graça de Deus. Que a nossa vida não seja realmente vivida nesse ambiente, nesse drama. Por isso essa batalha espiritual que precisamos travar dentro de cada um de nós; a necessidade da vigilância interior, vigiar os nossos sentimentos e pensamentos para que a vontade sempre prevaleça e nós possamos externar aquilo que está dentro de nós, toda a bondade e toda a graça de Deus presente nos nossos corações.
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 10/06/2022

Oração Final
Pai Santo, dá-nos o coração puro, o olhar limpo e o sentimento do amigo leal. Que os companheiros de caminhada sintam em nosso testemunho de vida, vontade e esforço para seguir o Caminho do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/06/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nosso desejo é mergulhar no oceano do teu Amor. O caminho nos foi mostrado: precisamos ultrapassar as prescrições escritas para descobrir os desígnios que gravaste em cada um dos nossos corações. Dá-nos força para viver o teu Mandamento, seguindo Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/06/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai amado, dá-nos força para viver em plenitude os nossos votos jurados em tua Presença. Que as relações que prometemos assumir não sejam adulteradas por impulsos passageiros ou pela busca insensata dos prazeres, do poder ou das riquezas enganosos deste mundo. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/06/2020

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