sexta-feira, 15 de junho de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 15/06/2018

ANO B


Mt 5,27-32

Comentário do Evangelho

Forte apelo ao perdão.

As seis antíteses, em que é apresentada a “justiça maior” que a dos escribas e fariseus e que deve caracterizar a vida dos discípulos, são, de algum modo, uma explicitação das bem-aventuranças (Mt 5,1-12). A segunda antítese sobre o adultério (Ex 20,14; Dt 5,18) é um exemplo do que significa ser puro de coração. Não se trata simplesmente de ter relações sexuais com uma mulher casada, rompendo a união do lar do semelhante. Para a justiça cristã não está permitido sequer deixar nascer o desejo de provocar essa ruptura. A integridade do lar do outro é tão importante, podemos mesmo dizer, tão sagrada, que ela incide sobre a integridade física, tão cara ao ser humano. Para Mateus, o repúdio da mulher por parte do homem expõe a mulher ao adultério. A terceira antítese diz respeito à capacidade de fidelidade e de reconciliação. O repúdio da mulher acontece por dois motivos: o coração está dividido por outra mulher ou o mal escondido mina a união, o amor, o respeito mútuo. O repúdio acontece quando não há capacidade de perdão e reconciliação. O texto é um forte apelo ao perdão, que é exigência intrínseca ao amor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Orão
Pai, tu exiges respeito mútuo entre homens e mulheres. Não permitas jamais que a cupidez e a malícia do mundo tomem conta do meu coração.
Fonte: Paulinas em 13/06/2014

Vivendo a Palavra

Assim como na relação matrimonial, também em outras relações nós adulteramos – isto é, vivemos sentimentos, desejos e atitudes de egoísmo e ambição, em terreno onde deveria imperar o respeito, a fraternidade e o Amor. Adulterar é falsificar, é misturar água ao leite, para aumentar o seu volume...
Fonte: Arquidiocese BH em 13/06/2014

VIVENDO A PALAVRA

Jesus revela a plenitude da Lei. A grande lição, a novidade que Ele nos traz é que o pecado não está na ação exterior que o ser humano realiza, mas lá onde ele nasce, no seu coração. O Mandamento não é Lei imposta de fora para o homem, mas é a Lei do homem, colocada pelo Criador no âmago do seu ser. Faz parte de nossa constituição interior.

Reflexão

O valor da pessoa humana não pode ser diminuído em hipótese alguma. O Evangelho de hoje nos mostra o valor da pessoa como motivação para a vivência plena da Lei. Não é porque eu não fiz nada que eu não desrespeitei. Jesus não quer apenas ato, ele exige de nós uma postura evangélica de quem é capaz de ver o outro e a outra como seres criados à imagem e semelhança de Deus, mas também como renascidos em Cristo para uma vida nova, membros do Corpo Místico de Cristo, unidos a Cristo como o ramo está unido à videira, Templos vivos do Espírito Santo e como consagrados pela graça do Batismo, ou seja, pertencentes ao Pai, amados e amadas por ele e que devem ser respeitados e valorizados.
Fonte: CNBB em 13/06/2014

Recadinho

Todos nós pecamos! Com as mãos, com nossos olhares de cobiça não só de pessoas, mas de coisas! O que tem a dizer sobre isso? - Como e quando pecados com nossos atos? - E o que dizer de nossas omissões? - Estou atento com minhas palavras? Tenho consciência de que uma palavra mal dita pode destruir muita coisa? - Você procura manter a palavra dada? - Dá bom testemunho sobre o Matrimônio cristão? Será que os casais se preocupam em crescer verdadeiramente no amor recíproco?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 13/06/2014

Reflexão

As leis do Antigo Testamento eram tolerantes para o homem e severas para a mulher. De fato, a mulher era considerada uma espécie de propriedade que o homem adquiria, e assim ela passava a fazer parte dos seus bens. Agressiva desigualdade entre homem e mulher. Jesus, porém, coloca-os no mesmo plano. O adultério viola a vontade de Deus e as relações familiares e sociais. A união do homem e da mulher no matrimônio é expressão de amor, vem de Deus, não deve ser paixão egoísta. É o encontro de liberdades que se unem. Por isso, Jesus usa expressões fortes para indicar compromisso sério, evitando-se desvios egoístas. Às vezes são necessários “cortes” dolorosos para salvar e revigorar o amor mútuo. Trata-se aqui naturalmente de linguagem simbólica, uma vez que o adultério começa no coração.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Comentário do Evangelho

A condenação do adultério era feita do ponto de vista patriarcal. Aquele que adulterasse com uma mulher casada estaria ferindo a honra de seu marido. Não havia problema para o homem casado que adulterasse com uma mulher solteira. A condenação aplicava-se ao ato externo. Agora, com uma finura psicológica, Jesus vai à raiz dos atos externos. Todos estes atos procedem do coração. A cobiça, o desejo da riqueza e do poder, o orgulho, o desejo adúltero. A bem-aventurança da pureza do coração significa orientar todos os atos para o seguimento de Jesus. Em estilo hiperbólico e semítico, com o corte de membros, enfatiza-se a denúncia dos atos contra o projeto de Deus. Ao homem era permitido repudiar sua mulher. E qualquer homem era livre para casar-se com uma mulher despedida. Valorizando o matrimônio e a mulher, Jesus rejeita esta prática.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, que destes santo Antônio ao vosso povo como insigne pregador e intercessor em todas as necessidades, fazei-nos, por seu auxílio, seguir os ensinamentos da vida cristã e sentir a vossa ajuda em todas as provações.
Fonte: Dom Total em 13/06/2014

Meditando o evangelho

A PUREZA DE CORAÇÃO

Na perspectiva de Jesus, a maneira como se encarava o 6º mandamento do Decálogo era insuficiente. Considerava-se o adultério como uma espécie de injustiça cometida contra uma propriedade alheia, um atentado ao bem mais precioso de um homem: sua mulher. O casamento era uma transação de compra e venda, pela qual um homem adquiria uma mulher como esposa, a qual passava a fazer parte de seus bens. O respeito pela mulher do próximo, portanto, colocava-se no contexto de respeito ao conjunto de seus bens.
O mandamento assim interpretado fundava-se na coisificação da mulher, cuja dignidade não era reconhecida. Colocada no rol dos bens do marido, ela se via privada da igualdade com o homem, o que não correspondente ao desejo do Criador. Assim, Jesus viu-se forçado a opor-se a isso, pois era contrário ao projeto de seu Pai.
A exigência do Mestre recupera o respeito pela mulher, enquanto ser humano. O discípulo do Reino é exortado a olhar para a mulher do próximo com pureza de coração, sem se deixar envolver pelo desejo de possui-la. Caso isto aconteça, infringirá o mandamento de Deus, a partir do momento em que consentir nos pensamentos libidinosos.
Enquanto seus contemporâneos preocupavam-se com o ato exterior de adultério, Jesus preocupava-se com o ato interior, onde tem início o desrespeito ao mandamento divino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito que dignifica, reforça no coração de todos o sentimento de respeito ao ser humano, especialmente às mulheres, cuja dignidade é vilipendiada, sem escrúpulos.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Exigência Radical
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Neste evangelho aparece por três vezes a palavra Adultério, que parece ter-se tornado pesada para empregar na vida conjugal dos cristãos. O adultério só existe quando o casal recebeu o Sacramento do Matrimônio, e aí tem suas consequências que as pessoas envolvidas, bem como seus familiares, nunca veem com bons olhos. Lógico que a traição de uma das partes, mesmo na união natural, é um adultério, entretanto, a palavra ficou mesmo restrita no âmbito religioso do Cristianismo, na nossa Igreja Católica que, por tornar sagrada a união do homem e mulher, unidos pelo Vínculo de um Sacramento, tem suas leis para protegê-la da banalidade.
Adultério vem da palavra adulterada, o que significa, descaracterizar aquilo que é original. Quando aquele Fariseu perguntou a Jesus se era lícito o homem deixar a sua mulher por qualquer motivo, Jesus o remeteu á origem, ao começo do Projeto Divino “No princípio não era assim...”.
Isso significa dizer que, no projeto original Deus não pensou na separação do casal, nem na união com outra pessoa, quem assim o procede, sendo casado na Igreja, comete um adultério, isso é, falsificou uma união, em lugar da união original, aquela que foi celebrada em uma Igreja, com toda pompa, Padrinhos, cinegrafista, fotógrafo, vestido branco, terno da moda, músicas especiais, marcha Nupcial etc. Mas o mais importante, recebeu de Deus a bênção e a Graça Sacramental, com um alerta importante “ que Deus uniu, o homem não separe”.
No altar, diante do Ministro Ordinário, é feito um Juramento, mas o Juramento é precedido pelo Amor dos Nubentes, Amor que em sua grandiosidade foi elevado á condição de Sacramento, merecendo do Apóstolo Paulo esta afirmativa solene “Essa união do homem e da mulher é comparável a união de Cristo com a sua Igreja.”
O que ocorre nesse caso é que, o Noivo se torna Cristo, e deverá nessa relação, fazer as vezes dele, a noiva se torna a Igreja. O amor de Cristo pela sua Igreja é um Amor Sacrifical. Amor que se sacrifica para que o outro seja feliz. Bem diferente desses amores baratos e medíocres de hoje em dia. Esse Amor Sagrado não pode nunca, em nenhuma hipótese ser violado, pois ele é racional, mas está no coração dos Nubentes. Daí que, se no coração do homem há um lampejo de desejo por outra mulher, o Amor Sagrado já foi corrompido.
Por isso o evangelho apresenta esta exigência radical pelo Reino, onde a mutilação dos olhos e do membro superior (mão direita) é necessária, porque o olhar e o gesto, revela o que está no coração.

2. Ouvistes que foi dito
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Continuamos ouvindo no Evangelho de Mateus o que dizem os mandamentos da Lei de Deus para cumpri-los totalmente, segundo a interpretação de Jesus. O sexto mandamento diz para não se cometer adultério. Isto significa que o marido não deve trair a mulher nem a mulher trair o marido. Significa também que, enquanto os dois estão vivos, o casamento continua válido e deve ser respeitado. A traição não é apenas física, ela também acontece na intenção. Consciência reta é consciência bem formada, que conhece o mandamento e a fragilidade humana. Sabemos da importância das circunstâncias que envolvem as decisões que tomamos, temos a experiência da fraqueza da vontade e que a imperfeição faz parte da nossa condição humana. A castidade, porém, não é passiva de interpretação. No entanto, não pode ser considerada a virtude por excelência e a mais importante, nem a sua não observância como o único pecado da vida cristã. Os mandamentos se realizam no amor a Deus e ao próximo.

HOMILIA

O ADULTÉRIO

Hoje, temos mais duas contraposições de Jesus à Lei. A primeira refere-se ao adultério: Não cometa adultério condenado no Decálogo. Mas Jesus não se fixa somente no não cometa. Ele vai mais longe, só o fato de olhar e desejar no seu interior já é pecado. Nisto se faz referência à cobiça, ao olhar ganancioso, pretensioso assim como tendencioso. Cristo nos chama atenção aqui tenhamos um olhar puro. Pois faz parte das bem-aventuranças.
A bem-aventurança da pureza do coração exprime, por outro lado, a orientação de todos os atos para o seguimento de Jesus que é puro. Sede santos como o vosso Pai celeste é puro. Jesus vai ao coração porque este é a fonte dos atos externos. Alías a boca e os gestos das nossas mãos, dos pés bem como os nossos comportamentos diante dos outros o trazem para fora o que vai dentro do coração de cada um. Quanto mais puros formos melhor seremos em tudo o que façamos e pensemos.
Lê-se também entre linhas assim como pelos frutos se conhece a boa árvore assim pelo que dissemos e fazemos se reconhece o que somos e temos no coração. Já que o nosso olho e a nossa mão podem ser a porta de entrada para o mundo do pecado.
Por isso o mestre nos adverte: se o seu olho direito faz com que você peque, arranque-o e jogue-o fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ser atirado no inferno. Se a sua mão direita faz com que você peque, corte-a e jogue-a fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ir para o inferno. Ao contemplares a beleza duma mulher ou de um homem, louve e a gradeça à Deus que sabe de uma maneira impar caprichar nas suas obras. Que dera que a beleza dessa pessoa te levasse à oração!Bendito seja Deus hoje e sempre, que fez este homem ou esta mulher lindo (a), para louvor da sua glória!
Logo depois deste conselho vem a segunda que se refere ao divórcio. Jesus permite o divórcio em caso de relações ilícitas que compreende toda prática sexual errada: Fornicação; Homossexualismo; Lesbianismo; Bestialidade. Se a separação foi por outro motivo e se o homem ou mulher passar a viver juntos com outra pessoa, eles estão em adultério e como se não bastasse também coloca o seu parceiro em risco de pecar.
Tu que estás nesta situação precisas saber que Deus está perto de ti e seu maior desejo é de te ajudar. O importante é recorrer a Deus a fim de que se possa com sua ajuda resolver tua situação. Porque para Deus os fundamentos de uma união estável não estão na Lei, mas no amor, no respeito e na felicidade que fecundam a vida de todos os que o amam e por isso o buscam noite e dia. Através dos teus olhos, louve e agradeça a Deus pelo marido pela esposa que tu tens.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 13/06/2014

HOMILIA DIÁRIA

Com o Senhor enfrentamos as tempestades da nossa vida!

Permanecendo firme diante do Senhor nós enfrentamos as tempestades da vida e vencemos o fogo das paixões e das vaidades!
“Sai e permanece sobre o monte diante do Senhor, porque o Senhor vai passar” (I Reis 19, 11).
A Palavra de Deus hoje nos mostra a expectativa do profeta Elias ao esperar a passagem do Senhor Deus, porque ali, naquela gruta fria onde ele passou a noite em oração, ele aguardava a manifestação do Senhor, como o próprio Deus havia prometido a ele.
Assim, como Elias, nós também queremos que o Senhor passe em nossa vida, nós queremos que Ele venha ao nosso encontro. Para isso, nós precisamos ter atitude. Sim, atitude de nos colocarmos diante da presença do Senhor para que Ele venha ao nosso encontro! E a atitude de nos colocarmos na presença do Senhor é fazer como Elias fez: ele foi ao monte Horeb, o monte de Deus, e ali se pôs em oração.
O monte Horeb pode ser na sua casa, no seu quarto, o monte Horeb pode ser na capela, na sua igreja, diante do Santíssimo Sacramento; um lugar recolhido. Aqui não importa o lugar físico, aqui importa a atitude do coração, o coração que é desejoso e realmente almeja encontrar o Senhor Deus.
Vejam, enquanto Elias permanecia ali na presença do Senhor, em oração, esperando a manifestação de Deus, veio primeiro um vento impetuoso, forte, que agitava as montanhas e até desfazia aquelas montanhas, mas o Senhor não estava naquele vento.
Quantos ventos vêm ao nosso encontro agitar a nossa alma, agitar o nosso ser e nos deixar levar por estes ventos impetuosos, que tiram a paz do nosso coração? Não é no vento que o Senhor está!Depois que aquela ventania passou, mais adiante (aliás aquele vento que parecia até um terremoto), pois o Senhor não estava naquela tamanha agitação, vem então um fogo que arde dentro de nós. Muitas vezes, o fogo das nossas paixões, das nossas vaidades e dos nossos desejos que estão nos sufocando por dentro e por fora; por isso o Senhor também não está no fogo.
Quando passou o terremoto e quando passou o fogo ardente, veio em seguida o murmúrio de uma leve brisa, aí então Elias pôde ouvir a voz do Senhor que veio ao seu encontro.
É verdade que o Senhor nos ajuda a passar pelos terremotos da vida, é verdade que, ao permanecermos firmes diante do Senhor, nós enfrentamos as tempestades da vida, vencemos o fogo das paixões e das vaidades. Mas nós escutamos o Senhor na brisa leve, no silêncio do coração, quando conseguimos aquietar o nosso coração e permitirmos que Ele seja tomado por uma serenidade, ali vamos ouvir o que o Senhor tem a nos dizer!
Que seja firme a nossa luta contra as paixões, contra as tempestades, contra as agitações do coração, para que o Senhor venha ao nosso encontro e nos mostre a direção que devemos seguir.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 13/06/2014

Oração Final
Pai Santo, dá-nos o coração puro, o olhar limpo e o sentimento do amigo leal. Que os companheiros de caminhada sintam em nosso testemunho de vida, vontade e esforço para seguir o Caminho do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/06/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nosso desejo é mergulhar no oceano do teu Amor. O caminho nos foi mostrado: precisamos ultrapassar as prescrições escritas para descobrir os desígnios que gravaste em cada um dos nossos corações. Dá-nos força para viver o teu Mandamento, seguindo Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.

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