quinta-feira, 17 de agosto de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 17/08/2023

ANO A


Mt 18,21–19,1

Comentário do Evangelho

Há um limite para o perdão?

Há um limite para o perdão? Esta é a pergunta matemática de Pedro: “... quantas vezes devo perdoar, se meu irmão peca contra mim?” (v. 21). A parábola vai explicitar a imensa generosidade do Rei que perdoa, não importa qual seja o montante da dívida. É a compaixão do Rei que é enfatizada na parábola. Para não ter a sorte daquele que foi perdoado, mas se recusou a perdoar, é necessário “perdoar de coração ao seu irmão” (v. 35).
Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 15/08/2013

Vivendo a Palavra

O tempo da nossa vida é o prazo que o Senhor nos concede para mostrarmos gratidão pelo dom de nossa existência – ‘pagarmos a nossa dívida...’ Devemos aproveitá-lo seguindo a lição de Jesus de Nazaré, que viveu fazendo o bem a todos. Este é o jeito de entrarmos desde agora no Reino do Céu, que um dia gozaremos em plenitude com o Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/08/2013

VIVENDO A PALAVRA

O tempo da nossa vida é o prazo que o Senhor nos concede para mostrarmos gratidão pelo dom de existirmos – pagar a nossa dívida… Devemos aproveitá-lo seguindo a lição de Jesus de Nazaré, que viveu fazendo o bem a todos. Este é o jeito de entrarmos desde agora no Reino do Céu, que um dia gozaremos em plenitude perto do nosso Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/08/2019

VIVENDO A PALAVRA

O perdão é condição indispensável para o crescimento e a vida saudável da comunidade cristã. Para responder à pergunta de Pedro, Jesus joga com número simbólico: setenta vezes sete significa sempre. Para reforçar sua afirmação, Jesus conta a parábola dos dois devedores e mostra a imensa desproporção entre o perdão de Deus (sem medida) e o nosso perdão (mesquinho) aos que nos ofendem. Para saber perdoar, é necessário reconhecermos que somos pecadores e necessitados do perdão de Deus. A necessidade de perdoar soa como canção ecoando ao longo dos Evangelhos. Seremos perdoados pelo Pai celeste à medida que perdoarmos de coração os nossos irmãos. É o que expressamos cada vez que rezamos o pai-nosso: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/08/2021

Reflexão

Nós não temos como pagar a Deus para obtermos o perdão dos nossos pecados, de modo que merecemos a paga pelos mesmos que é a morte. Mas o amor misericordioso de Deus não permite que nenhum dos seus filhos e filhas seja entregue à morte, de modo que a verdadeira paga pelos nossos pecados foi a obediência de Jesus, amando-nos até o fim e, assim, apesar dos nossos pecados, temos a eterna aliança com ele. Desse modo, Deus nos dá o exemplo do verdadeiro perdão, nos ensinando que tudo devemos fazer para restaurar a unidade perdida por causa dos males que as pessoas comentem contra nós.
Fonte: CNBB em 15/08/2013

Reflexão

O perdão é condição indispensável para o crescimento e a vida saudável da comunidade cristã. Para responder a pergunta de Pedro, Jesus joga com número simbólico: setenta vezes sete significa sempre. Para reforçar sua afirmação, Jesus conta a parábola dos dois devedores e mostra a imensa desproporção entre o perdão de Deus (sem medida) e o nosso perdão (mesquinho) aos que nos ofendem. Para saber perdoar, é necessário reconhecermos que somos pecadores e necessitados do perdão de Deus. A necessidade de perdoar soa como canção ecoando ao longo dos Evangelhos. Seremos perdoados pelo Pai celeste à medida que perdoarmos de coração os nossos irmãos. É o que expressamos cada vez que rezamos o Pai-nosso: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 15/08/2019

Reflexão

O perdão é condição indispensável para o crescimento e a vida saudável da comunidade cristã. Para responder à pergunta de Pedro, Jesus joga com número simbólico: setenta vezes sete significa sempre. Para reforçar sua afirmação, Jesus conta a parábola dos dois devedores e mostra a imensa desproporção entre o perdão de Deus (sem medida) e o nosso perdão (mesquinho) aos que nos ofendem. Para saber perdoar, é necessário reconhecermos que somos pecadores e necessitados do perdão de Deus. A necessidade de perdoar soa como canção ecoando ao longo dos Evangelhos. Seremos perdoados pelo Pai celeste à medida que perdoarmos de coração os nossos irmãos. É o que expressamos cada vez que rezamos o pai-nosso: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.
Oração
Senhor Jesus, realças um dos mais importantes temas do Reino, o perdão. Tua parábola sobre os dois devedores põe em destaque a imensa capacidade que tem o Pai celeste para nos perdoar, ao passo que nós somos mesquinhos para perdoar a quem nos ofendeu. Senhor, ensina-nos a perdoar generosamente. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 12/08/2021

Reflexão

O perdão é condição indispensável para o crescimento e a vida saudável da comunidade cristã. Para responder à pergunta de Pedro, Jesus joga com número simbólico: setenta vezes sete significa sempre. Para reforçar sua afirmação, Jesus conta a parábola dos dois devedores e mostra a imensa desproporção entre o perdão de Deus (sem medida) e o nosso perdão (mesquinho) aos que nos ofendem. Para saber perdoar, é necessário reconhecermos que somos pecadores e necessitados do perdão de Deus. A necessidade de perdoar soa como canção ecoando ao longo dos Evangelhos. Seremos perdoados pelo Pai celeste à medida que perdoarmos de coração os nossos irmãos. É o que expressamos cada vez que rezamos o pai-nosso: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim?»

Rev. D. Joan BLADÉ i Piñol
(Barcelona, Espanha)

Hoje, perguntar «quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim?» (Mt 18,21), é também perguntar: Estes a quem tanto amo, os vejo com tantas manias e caprichos que me chateiam, que me incomodam com frequência, não falam comigo... E isto se repete este dia e no outro dia. Senhor, até quando tenho que aguentar isso?
Jesus responde com a lição de paciência. Na realidade, os dois devedores coincidem quando dizem: «Tem paciência comigo» (Mt 18,26.29). Mas, enquanto o descontrole do malvado, que já ia sufocando o outro por pouca coisa, lhe ocasionaria a ruína moral e econômica, a paciência do rei, não só salva o devedor, sua família e os bens, como engrandece a personalidade do monarca e gera confiança na corte. A reação do rei, nos lábios de Jesus, nos recorda o livro dos Salmos: «Mas em ti se encontra o perdão, para seres venerado com respeito» (Sal 130,4).
Está claro que precisamos nos opor à injustiça, e, se necessário, energicamente (suportar o mal seria um indício de apatia ou covardia). Mas, a indignação é saudável quando nela não há egoísmo, nem ira, nem sandice, senão o desejo reto de defender a verdade. A autêntica paciência é a que nos leva a suportar misericordiosamente a contradição, a debilidade, as doenças, as faltas de oportunidade das pessoas, dos acontecimentos ou das coisas. Ser paciente equivale a dominar-se a si mesmo. As pessoas susceptíveis ou violentas não podem ser pacientes porque nem pensam nem são donos de si mesmos.
A paciência é uma virtude cristã porque faz parte da mensagem do Reino dos Céus, e se forja na experiência de que todos nós temos defeitos. Se Paulo nos exorta a nos suportarmos uns aos outros (cf. Col 3,12-13), Pedro nos recorda que a paciência do Senhor nos dá a oportunidade de nos salvarmos (cf. 2 Pe 3,15).
Certamente, quantas vezes a paciência do bom Deus nos perdoou no confessionário! Sete vezes? Setenta vezes sete? Quiçá mais!

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Se buscar um exemplo de paciência, encontrara o melhor deles na Cruz. Grande foi a paciência de Cristo na cruz» (São Tomás de Aquino)

- «O Senhor toma-se seu tempo. Mas incluso Ele, nesta relação conosco, tem muita paciência. E espera por nós até o final da vida! Pensemos no bom ladrão, que justo ao final, reconheceu a Deus» (Francisco)

- «Os leigos recebem a vocação admirável e os meios que permitem ao Espírito produzir neles frutos cada vez mais abundantes. De facto, todas as suas atividades, orações, iniciativas apostólicas, a sua vida conjugal e familiar, o seu trabalho de cada dia, os seus lazeres do espírito e do corpo, se forem vividos no Espírito de Deus, e até as provações da vida se pacientemente suportadas, tudo se transforma em “sacrifício espiritual, agradável a Deus por Jesus Cristo”. Na celebração eucarística, todas estas oblações se unem à do Corpo de Senhor, para serem piedosamente oferecidas ao Pai (...).» (Catecismo da Igreja Católica, n° 901)

Reflexão

Sem Deus não há perdão

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje nos encontramos com os limites de nossa força para curar, para superar o mal. Encontramos-nos com a prepotência do mal, à que não conseguimos dominar só com nossas forças. Isto é: sem Deus não há perdão; e, sem perdão não há cura. Não é em vão que o tema do "perdão" aparece continuamente em todo o Evangelho.
Ao servo despiedado —um alto mandatário do rei— foi-lhe perdoado a incrível dívida de dez mil talentos; mas logo ele não estava disposto a perdoar a dívida, ridícula em comparação, de cem denários que lhe deviam. Superar a culpa exige o preço de comprometer o coração; e ainda mais, entregar toda nossa existência. E nem sequer basta isto: só se pode conseguir mediante a comunhão com Aquele que carregou todas nossas culpas.
—Senhor, qualquer coisa que devemos perdoar-nos mutuamente é sempre bem pouco comparado com a bondade com que tu perdoas a todos.

Meditação

É fácil perdoar? - Pense em alguma situação de sua vida que “depois da tempestade” trouxe-lhe a bonança. - Conhece alguma situação de devedor cuja situação chegou a bom termo? - E o contrário? - Comente o “perdoai assim como nós perdoamos” do pai nosso!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 15/08/2013

Meditação

Jesus estava falando sobre a vida de Comunidade fraterna. Pedro já sabia que não era fácil viver comunitariamente e que sempre haveria necessidade de perdão. Parece que procurou ser o mais generoso possível, e achou que perdoar sete vezes seria o suficiente. Usando um número que poderia parecer um exagero, Jesus responde que seus discípulos deveriam perdoar tudo e sempre. Perdoar é fazer a experiência da liberdade e da paz no mais alto grau.
Oração
Ó Deus, que constituístes o Cristo sumo e eterno sacerdote para vossa glória e salvação da humanidade, dai ao povo resgatado por seu sangue participar do memorial que nos deixou, obter a força de sua cruz e a glória da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho

Parábolas de Jesus: O Servo Impiedoso. A necessidade de perdoar


Hoje, Jesus volta a insistir no perdão. É um tema básico! Daí nos vem a paz! Humanamente falando, não se pode viver sem perdoar. Negar o perdão a quem me pede desculpa é como obrigá-lo a continuar em dívida para comigo, é tanto como mantê-lo escravizado.
- E desde o ponto de vista sobrenatural, quer dizer, a partir da visão de Deus, não perdoar aos nossos irmãos é algo absolutamente ridículo, quando afinal Deus a mim me tem perdoado infinitamente mais.

Meditando o evangelho

SEMPRE DISPOSTO A PERDOAR

No tempo de Jesus, os rabinos discutiam a respeito de quantas vezes a pessoa ofendida era obrigada a perdoar. Chegava-se ao número máximo de quatro vezes. Pedro, para mostrar-se generoso, propôs uma quantidade maior: sete vezes. A "generosidade" do apóstolo fazia uma espécie de contraponto com um episódio do Antigo Testamento, no qual Lamec, descendente de Caim, prometeu vingar-se sete vezes de quem levantasse a mão contra ele. À máxima vingança, Pedro pensava contrapor o máximo perdão. Enganou-se!
O discípulo do Reino deve estar disposto a perdoar, não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete vezes, ou seja, sempre. A parábola do servo cruel oferece o fundamento teológico da postura do discípulo: este deve agir de forma idêntica ao agir de Deus.
Deus está sempre pronto a perdoar as ofensas dos seres humanos, por maiores que elas sejam. Foi o que fez o senhor do Evangelho. Bastou que o devedor lhe suplicasse clemência, para se ver logo perdoado.
A contrapartida do gesto divino deve acontecer em forma de perdão das ofensas recebidas. Quem foi perdoado por Deus deve dispor-se a perdoar. Mas quem age de maneira diferente não pode contar com o perdão divino. Esta foi a sorte do servo cruel que se recusou a perdoar uma pequena dívida de seu companheiro.
O discípulo deve espelhar-se no comportamento misericordioso de Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, predispõe meu coração para o perdão, e que eu esteja sempre disposto a perdoar e a querer viver reconciliado com meu semelhante.
Fonte: Dom Total em 15/08/2019 e 12/08/2021

Comentários do Evangelho

1 - PERDOAR SEM LIMITES!

Quantos de nós, fazemos questão de dizer que somos cristãos, que somos seguidores de Jesus, quando na prática, agimos de forma contrária a Dele! Quantas vezes rezamos a oração do Pai Nosso, na qual pedimos perdão  a Deus pelas nossas faltas, mas não cumprimos o que  prometemos a Ele  nesta oração; não perdoamos a quem nos ofendeu!
O evangelho de hoje nos fala da importância do perdão!  “Pedro, aproximou-se de Jesus e perguntou: Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes? Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. E em seguida, Jesus conta a parábola do servo cruel, que mesmo sendo perdoado pelo rei, não perdoou ao seu devedor e por isto ele foi duramente castigado pelo rei. Concluindo esta parábola, Jesus faz uma advertência que vale para nós todos: “É assim que meu Pai fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.
A falta de perdão fecha o nosso coração à graça de Deus, nos afasta do banquete da vida, a Eucaristia!  Enquanto que a alegria do perdão é infinita, tanto para quem dá o perdão, quanto para quem recebe!  Portanto, compensa nos esforçarmos em despir do nosso orgulho, para viver a alegria do perdão, a alegria de reaproximarmos de Deus, reaproximando do nosso irmão!
Sabemos que não é fácil reconciliar com quem nos ofendeu, mas se recorrermos a Deus, com certeza, Ele nos ajudará a vencer este desafio!
O perdão é uma questão de decisão, de humildade, nosso primeiro passo, é reconciliar com nós mesmos, reconhecendo que não somos perfeitos, que somos sujeitos a falhas e que também cometemos injustiças. É a partir desta consciência, que uma fresta se abre em nosso  coração, por onde Deus entra, e abre o caminho da nossa reconciliação  com Ele, nos  reconciliando com quem  nos ofendeu.
É muito comum, sermos ofendidos, ou ofendermos o outro impensadamente, o que não significa que não amamos esta pessoa, geralmente, somos ofendidos, ou ofendemos as pessoas mais próximas de nós, portanto, não vale a pena guardar ressentimentos de pessoas que amamos, ou melhor, não devemos guardar ressentimentos de ninguém!
Jesus nos deixou um grande exemplo de Perdão, quando pregado na cruz, Ele pronunciou estas palavras:“Pai perdoa-lhes! Eles não sabem o que estão fazendo”! Lc 23,34.  Quando sentirmos dificuldades em perdoar alguém, lembremo-nos deste grande exemplo de Jesus!
Muitas vezes, nós queremos receber o perdão de Deus, mas não queremos perdoar o outro! Como podemos querer o perdão de Deus se não perdoamos o nosso irmão?
Não somos  modelos de perfeição, não somos infalíveis, temos qualidades e defeitos, por isto todos nós merecemos uma nova chance, uma chance que deve partir de nós mesmos: no pedir e no dar o perdão!
Assim como Jesus acolhe o pecador arrependido e esquece todo o seu passado, nós também devemos perdoar e acolher quem nos ofendeu, perdoar quantas vezes for necessária, perdoar sem limites!
Quem vê o irmão com o olhar de Jesus, vive a experiência da alegria do  perdão!
FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Olívia Coutinho

2 - Perdoar setenta sempre

Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Quantas vezes devemos perdoar aquela pessoa que nos chateia, que nos ofende, nos maltrata, ou nos persegue etc ? A resposta de Jesus é: infinitas vezes. 70x7=infinito. Jesus quer nos dizer hoje que não existe limite para perdoar. Uma, duas, cinco dez vezes? Não. Inúmeras vezes. Isto se quisermos obter o perdão do Pai, e alcançarmos a vida eterna. Caso contrário, se não pretendermos ser perdoados e salvos um dia, podemos matar, perseguir, e prejudicar a quem quer que seja. Percebeu agora porque existe a violência no mundo? É PORQUE MUITOS NÃO SABEM OU NÃO QUEREM SABER QUE UM DIA NOSSA ALMA SERÁ JULGADA POR TUDO O QUE FIZERMOS NESTA VIDA TERRENA, PRINCIPALMENTE COM O NOSSO IRMÃO. Porque se tais pessoas soubessem ou se importassem com essa fatal realidade, não agiriam assim. E nós, que sabemos o que Jesus ensinou, precisamos avisá-los disso enquanto pudermos e enquanto é tempo. Não podemos cruzar os braços, como se não tivéssemos nada a ver com a condenação dos nossos irmãos. Cuidado! Ninguém se salva sozinho. Precisamos salvar almas para que a nossa alma também seja salva! Então? O que você está esperando? Um convite especial do padre de sua paróquia? Meu irmão! Mexa-se! Vai lá agora e se apresente para trabalhar pela causa do Reino de Deus. Qualquer uma das pastorais, de preferência a pastoral da Catequese.
Prezados irmãos. No Evangelho de hoje Jesus insiste que a virtude mais importante depois da fé, é a caridade. Jesus insiste em nos deixar bem claro queo nosso relacionamento com os nossos irmãos podem nos condenar ou nos salvar. Não adianta participar da missa todo dia, rezar mais de um terço, jejuar, etc, se ignoramos aqueles que precisam de nós, e que nós podemos ajudar. Se passamos diretos virando a cara para o outro lado, quando vimos um irmão caído no chão. Quando chamamos de vagabundo um irmão que nos pede umas moedinhas para comprar um pão. Quando não ajudamos os nossos familiares que não tiveram a sorte que nós tivemos, e que passam por necessidades...
Hoje, também Jesus nos avisa que só seremos perdoados, se perdoamos os que nos ofendem. Portanto, meu irmão, minha irmã. Preste bastante atenção na palavra de VIDA ETERNA.
Sal.

3 - “a medida do perdão não tem limite”

Jesus conta a parábola do servo cruel e abre os nossos olhos para agir aqui na terra da mesma forma que o Pai do céu faz conosco. Partindo da interrogativa de Pedro de quantas vezes perdoarmos Jesus nos ensina a fazer justiça com aqueles que pecam contra nós, conforme a maneira de Deus pensar. Assim sendo, Jesus nos explica que o perdão existe para ser dado infinitamente e não depende do tamanho da falta de quem a cometeu. Na mesma medida em que Deus perdoa as nossas dívidas que são muito maiores do que somas de dinheiro também nós precisamos oferecer o perdão às pequenas ou grandes faltas que os nossos irmãos cometerem contra nós. Não obstante não podemos nos limitar a perdoar dívidas contraídas materialmente, mas também o que ficou marcado como resultado delas, ou seja, os ressentimentos, as mágoas, etc. O ato de perdoar não demonstra dizer que estamos apoiando o erro do nosso irmão, mas que podemos compreender as suas razões e dispensar o desgosto que poderia ficar registrado no nosso coração. Dessa forma, não se trata de quantas vezes tenhamos que perdoar porque a medida do perdão é contínua, não tem limite. Tantos quantos são os dias da nossa vida e, enquanto caminharmos aqui, nós necessitaremos do perdão de Deus para as nossas inúmeras culpas, entretanto, só nos sentiremos inteiramente perdoados, se, na mesma medida aplicarmos essa regra para com aqueles (as) que nos têm ofendido. Jesus não nos deixa dúvidas quanto ao perdão que temos de dar ao irmão: DE CORAÇÃO! Quem perdoar, naturalmente será também perdoado. A compaixão é um atributo de Deus e nós como fomos criados à Sua imagem e semelhança temos também em nós o dom de perdoar. – Você tem exercitado o dom de perdoar? – Você pelo menos deseja perdoar? – A quem você está precisando perdoar? – Você se sente perdoado por Deus na mesma medida com que você tem perdoado os seus irmãos?
Helena Serpa

4 - Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.

Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Neste Evangelho, Jesus nos fala do perdão. O texto começa com uma pergunta do Apóstolo Pedro a Jesus, sobre quantas vezes devemos perdoar uma pessoa. Jesus responde que devemos perdoar não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete, expressão hebraica que significa: ao infinito.
E, para deixar bem claro, Jesus conta a parábola do servo cruel. É um empregado que foi perdoado pelo patrão, de uma grande dívida, e depois não perdoou ao seu colega, de uma pequena e irrisória dívida. Por isso foi duramente castigado pelo patrão.
Jesus conclui a parábola com um recado para todos nós: “É assim que meu Pai fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.
O patrão representa Deus, o empregado que devia a enorme fortuna somos nós, e o outro que devia uma pequena quantia são as pessoas que nos ofendem ou prejudicam.
Nós tínhamos uma enorme dívida com Deus, o pecado original e os nossos pecados pessoais. E ele nos perdoou, e continua perdoando, completamente.
O tamanho de uma ofensa varia também de acordo com a pessoa ofendida. No nosso caso, o ofendido é Deus, que é infinito. Portanto, as nossas ofensas a Deus são sempre muito grandes.
Deus nos perdoa, mas quer que nós também perdoemos a nosso próximo, seja de que for. Se não o fizermos, ele retira o seu perdão e nos castiga, como fez o patrão com o seu empregado cruel.
Por isso que Jesus nos fala: “Quando estiveres levando a tua oferenda ao altar e ali te lembrares que teu irmão tem algo contra ti, deixa a tua oferenda diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão. Só então, vai apresentar a tua oferenda” (Mt 5,23-25). De fato, não tem cabimento nós não perdoarmos alguém e querem manter uma amizade com Deus, pois Deus está no nosso próximo! Seria um comportamento contraditório na nossa parte: hora louvamos a Deus, hora não queremos conversa com ele.
O nosso perdão ao próximo não pode ter limites, nem quanto ao número de ofensas, nem quanto ao tamanho ou tipo de ofensa.
O perdão é o único caminho para recuperar a fraternidade, a paz e a alegria, após uma ofensa recebida. O perdão impede aquele terrível círculo vicioso: a vingança gera a violência, e esta gera mais vingança... O ressentimento faz aumentar falsamente o tamanho de uma ofensa.
No Pai Nosso, nós pedimos a Deus que nos perdoe do jeito que perdoamos aos outros. Isso nos compromete, porque, se guardarmos rancor, cada vez que rezamos o Pai Nosso estamos pedindo a Deus que guarde rancor de nós!
Jesus disse: “Não julgueis, e não sereis julgados. Pois o mesmo julgamento com que julgardes os outros servirá para vós; e a mesma medida que usardes para os outros servirá para vós. Por que observas o cisco no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu olho?” (Mt 7,1-3).
O próprio Jesus, na cruz, nos deu o exemplo, quando rezou a Deus Pai pelos que o torturavam: “Pai, perdoai-lhes porque eles não sabem o que fazem!” (Lc 23,34). Mesmo morrendo, ele encontrou forças para refletir e encontrar uma saída para não sentir mágoa daqueles algozes: “Eles não sabem o que fazem”.
Se não encontrasse essa saída, Jesus morreria com mágoa deles. E daí, lá no céu, como que fica? Porque lá não entram duas pessoas de cara virada uma com a outra. E Jesus queria o arrependimento e a salvação de todas aquelas pessoas que o mataram. Depois desse exemplo de Jesus, ninguém de nós tem direito de negar o perdão, seja a quem for e seja de que for.
Perdoar não é sinal de fraqueza; pelo contrário, é sinal de muita coragem, bravura e heroísmo. Panacas são os que não perdoam.
O motivo principal do nosso perdão não está na pessoa que nos ofendeu, mas no mandamento de Deus.
Claro que, depois, vamos ser mais prudentes com aquela pessoa que nos ofendeu ou prejudicou. “Sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt 10,16). “Gato que caiu em água quente tem medo de água fria”. Nós vamos evitar situações semelhantes àquela em que a pessoa nos ofendeu ou prejudicou. Mas isso, sem julgar a pessoa.
O perdão é importante principalmente na vida familiar, dentro das quatro paredes de uma casa.
Certa vez, um casal brigou. Brigou feio e ficaram de mal. Quando era necessário dizer alguma coisa ao outro, faziam-no através de bilhetes. Aconteceu que um dia o homem chegou do serviço preocupado. Seu chefe havia marcado uma reunião na firma no dia seguinte, uma hora antes de começar o trabalho. Portanto ele devia levantar-se não às 05:30, como de costume, mas às 04:30 horas. O que ele fez. Escreveu em um papel: "Por favor, me acorde às 04:30 da madrugada". E colocou o bilhete em cima do travesseiro da esposa. E procurou dormir mais cedo.
Quando a esposa foi dormir, encontrou o bilhete. O que ela fez. No dia seguinte, levantou-se às 04:30 e colocou ao lado da cabeça dele o seguinte bilhete: “São 04:30 horas. Está na hora de você se levantar.”
Claro que essa mulher foi cruel. Mas os dois estavam errados, porque, quando entramos em atrito com alguém, a paz deve voltar antes do por do sol. Se isso vale para todos, muito mais para o casal.
A mãe sabe ser “para-raios” quando membros da família se desentendem. Que a nossa querida Mãe do Céu nos ajude a perdoar e a viver unidos com todos.
Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Padre Queiroz

5 - Se teu irmão tiver pecado...

Este evangelho é anunciado logo após Jesus ter tratado do pecador incorrigível, caso extremo que leva a excomunhão. Neste contexto, Ele passa à situação contrária e bem mais comum do perdão e da reconciliação dentro da comunidade. A situação é a mesma: "Se teu irmão tiver pecado..." Mas neste caso, o pecador escuta a parte ofendida, ou algumas testemunhas, ou toda a comunidade. Mas, outra questão surge.. Quantas vezes essa pessoa deve ser perdoada? Pedro, novamente como porta voz do grupo, responde a si mesmo, com o que imagina ser uma resposta generosa: "Até sete vezes?" Porem Jesus o corrige e surpreende quando responde: setenta vezes sete. Não se deve entender literalmente este número, mas sim com o simbolismo que ele traz em si. Na Bíblia, o 7 tem significado de totalidade, plenitude, completação. Assim é vingado Caim (Gn 4,24a).
Quando aparece multiplicado por ele mesmo, como no caso de Lamec, vingado por setenta vezes sete (Gn 4,24b), não significa excesso, mas sim a retirada do limite implicado na totalidade. Essa mesma idéia de totalidade, plenitude, do numero sete, é usada no Novo Testamento. São sete os pães multiplicados e sete os cestos de pedaços que sobraram (Mt 15,34.37). O que deve ser apreendido deste trecho é que ao cristão não cabe colocar limites ao perdão.
Para melhor esclarecer o perdão sem limites, Jesus usa como exemplo, a parábola do devedor implacável. Esta parábola é  uma outra forma narrativa para o segundo pedido que fazemos ao rezar o Pai Nosso: "perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nos perdoamos aos que nos ofenderam" (Mt 6,12). Desta maneira, Ele evidencia que a disposição de Deus para nos perdoar depende da nossa disposição de perdoar os que nos ofendem. Devemos identificar o rei, da parábola, com Deus. Notemos que esse rei é tratado como senhor,  exige uma prestação de contas, e demonstra  sua misericórdia ao perdoar a dívida enorme. Entretanto, o servo implacável nada aprende com o exemplo de seu rei e age de forma cruel com outro servo, que lhe é devedor, fato que resulta na revogação do seu perdão.
Este trecho do evangelho nos adverte de que o perdão de Deus, e inesgotável, mas está condicionado a nossa disposição de perdoar os outros. Mostra-nos também que até o perdão concedido por Deus pode ser revogado, se não soubermos, como Ele, perdoar. Cuidem-se! Os implacáveis São excluídos da misericórdia divina, e aqueles que desejam receber essa misericórdia, precisam ser misericordiosos com os outros.
O evangelista termina sua narrativa dizendo que Jesus, tendo terminado esses discursos, deixou a Galileia, entrando no território da Judéia. Para melhor compreender esta focalização, e preciso esclarecer que, para Mateus, a Galileia é lugar de revelação (cf.4,12-17) e a Judéia é o lugar de rejeição e morte. Sabendo disso, fica claro que este texto de Mateus tem a intenção de orientar as comunidades cristãs sobre como lidar com problemas de busca de posição, escândalo, deslizes, reconciliação e perdão.
Maria Cecília

6 - Quem muito foi perdoado por que não perdoa?

Bom dia!
Começo essa reflexão com a sugerida pelo site da CNBB;
“(…) Nós não temos como pagar a Deus para obtermos o perdão dos nossos pecados, de modo que merecemos a paga pelos mesmos que é a morte. Mas o amor misericordioso de Deus não permite que nenhum dos seus filhos e filhas seja entregue à morte, de modo que a verdadeira paga pelos nossos pecados foi a obediência de Jesus, amando-nos até o fim e, assim, apesar dos nossos pecados, temos a eterna aliança com ele. DESSE MODO, DEUS NOS DÁ O EXEMPLO DO VERDADEIRO PERDÃO, NOS ENSINANDO QUE TUDO DEVEMOS FAZER PARA RESTAURAR A UNIDADE PERDIDA POR CAUSA DOS MALES QUE AS PESSOAS COMENTEM CONTRA NÓS”.
Tai uma das situações que precisam de nossa atenção para nosso crescimento: O perdão.
Perdoar ou pelo menos relevar uma situação, pode sim demonstrar um grande grau de maturidade nosso como cristão. Bem sabemos que existem coisas que são mais fáceis de esquecer e outras que somente o tempo curará (e talvez não se apague por completo), talvez seja por isso, um dos grandes desafios a serem enfrentados nas relações sociais, em comunidade ou apenas entre duas pessoas.
Se por um lado o perdão revela a maturidade ou a vontade daquele que desculpa, a insistência em brigar revela o quanto precisamos ainda crescer. Talvez seja essa a maior causa das brigas – a insistência em brigar.
Quem muito foi perdoado por que não perdoa? Quem já conhece bem a vontade de Deus em sua vida, por que não o honra com a mudança de atitude e não somente com as palavras? Se notamos que a discussão não levará em nada por que não por um ponto final? No evangelho e na nossa vida, se o perdão foi dado, por que o servo (ou eu) não perdoou uma divida menor?
Talvez a resposta seja que nossa conduta não anda na mesma mão das nossas palavras.
Outro ponto… O perdão reabre horizontes para aquele que foi perdoado em especial os condenados injustamente. Se sei disso por que retenho o perdão? Orgulho?
Desse mal sofrem as pessoas que por vezes nada nos fizeram, mas os nossos pré-conceitos as afastam de nós e da comunidade. São aqueles que conhecemos por onde andaram e conseqüentemente o dano que proporcionaram a suas vidas e a dos outros com suas atitudes. Quem não conhece a história de alguém que errou, se arrependeu, mas que nunca mais conseguiu se levantar pela falta de amor dos irmãos em acolhe-lo?
Quando dizem que as pessoas que muito erraram acabam se tornando evangélicas é uma dura verdade. Temos ainda uma tremenda deficiência em acolher aquele que volta. Por vezes queremos saber o que e como fizeram, por onde andaram, (…) mas nada fazemos de concreto para recebê-los. E mais uma vez, fui perdoado do castigo, mas com empenho anda maior pulo do pescoço do que esta frágil.
“(…) Tomai precaução, meus irmãos, para que ninguém de vós venha a perder interiormente a fé, a ponto de abandonar o Deus vivo. Antes, animai-vos mutuamente cada dia durante todo o tempo compreendido na palavra hoje, para não acontecer que alguém se torne empedernido com a sedução do pecado. Porque somos incorporados a Cristo, mas sob a condição de conservarmos firme até o fim nossa fé dos primeiros dias…”. (Hebreus 3, 12-14)
Sim é bem verdade que o que retorna deve por si só reconquistar a confiança e o seu espaço, mas se patrão já perdoou, por que é que nos comportamos como os donos da chave da porta?
O perdão deve reabrir horizontes no perdoado, sendo semelhante ao preso que deixa a cadeia e passa dar valor a liberdade. SER LIVRE É VIVER, mas cada um tem o direito de escolher se deseja viver brigando ou caminhado. Eu escolhi caminhar! E de preferência acompanhado.
Um imenso abraço fraterno.
Alexandre Soledade

7 - Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.

Primeira leitura: Josué 3,7-10a.11.13-17
Eis que a arca da aliança do Senhor de toda a terra vai atravessar o Jordão adiante de vós.

Salmo responsorial: Salmo 113A, 1-2.3-4.5-6
Aleluia, Aleluia, Aleluia

Evangelho: Mateus 18, 21-19,1

Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
O tema de hoje trata da experiência do perdão. Eu só consigo perdoar na medida que faço a experiência do perdão na minha vida. Sentir-se perdoado, acolher o perdão e a misericórdia de Deus é o fundamento da própria experiência do divino em nossa vida. E ela tem relação com o meu relacionamento com as outras pessoas.
A minha relação com o outro deve imitar a reação que o próprio Deus tem comigo. O que o Senhor fez comigo é o que somos convidados a fazer com os outros. Pedro, ainda influenciado pela lógica humana, pergunta a Jesus sobre os limites do perdão, que devem ser ilimitados. O evangelista conhece a importância do perdão para a vida, não só de cada pessoa, mas também da vida da comunidade, ao revelar o profundo significado desse gesto.
O perdão na comunidade não pode ter limites, pois Deus perdoou nossa dívida incalculável que temos para com ele. Quem experimenta a misericórdia do Pai não pode andar calculando as fronteiras do perdão e do acolhimento ao irmão e quem não perdoa não é perdoado.
Claretianos

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 15/08/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Perdoar Sempre?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Sempre que meditamos esse evangelho, nosso coração certamente se questiona de maneira inquietante porque se dá conta de que perdoar sempre, sem nenhum limite ou condição, a quem nos ofender, é algo quase impossível, pois a gente perdoa, mas quando a vê a pessoa lá vem no coração um restinho da raiva que ali sobrou, pelo mal que ela nos fez. E não adia ta querer disfarçar, pois isso acontece com todos nós, na família, no trabalho e na comunidade.
A prática cristã deixada por Jesus parece sempre tão fascinante, mas quando chega nesse amor radical pelo próximo, que ama sempre e perdoa sempre, a gente fica se lamentando, quando percebe que não somos capazes de tal proeza. Será que Jesus, sendo nosso Deus e Senhor, não sabe que teríamos dificuldade para por isso em prática? Se esse for um dos critérios principais para demonstrarmos nossa total fidelidade á Jesus Cristo e a seu evangelho, quem irá sobrar no final? Ou melhor, irá sobrar alguém?
Precisamos compreender esse evangelho com muita clareza, para que o desânimo não nos faça desistir de ser cristão, achando que o mesmo não é para nós, pois não somos perfeitos e santos como Deus espera que sejamos. Então vamos para algumas observações importantes nesse sentido. Em primeiro lugar, como membros da Igreja peregrina nesta terra, na prática das virtudes morais e da relação com o nosso próximo, sem por cento não conseguiremos atingir pois o amor é infinito e sempre há algo novo a ser alcançado na experiência amorosa que fazemos com Deus e com o próximo. É como se marcássemos uma montanha como a nossa referência do horizonte, e quando chegamos lá, descortinamos outro horizonte mais á frente, a ser alcançado.
Foi esta lógica que levou o apóstolo Pedro a descortinar um patamar bem acima das práticas judaicas do perdão, que se limitava a três vezes, com as pessoas mais próximas, Pedro descortinou um horizonte novo, que ao ser alcançado, estaria em concordância com os ensinamentos do Mestre, ou seja, há um limite, um patamar que é a referência, e que cada um deve esforçar-se em atingi-lo. Talvez isso possa se aplicar a outras religiões como o próprio Judaísmo, Hinduísmo, Mulçumanos e outras mais, onde a Divindade se deixa encontrar, mas isso requer o esforço humano de elevar-se a patamares mais altos, na virtude moral e na relação com o outro. No cristianismo, porém, isso cai por terra, pois a iniciativa é sempre de Deus, é ele que nos atrai para a Salvação que ele mesmo oferece.
Esse evangelho não exige de nós que da noite para o dia a gente saia por aí, á procura de quem nos ofendeu, ofereça a ele o nosso perdão e tudo volte a ser como era antes. Isso seria uma grande utopia. Exatamente por isso que a parábola nos mostra algo de grandioso... a relação amorosa de Deus para com cada um de nós, tínhamos para com ele uma dívida impagável (o Devedor da parte 1 da parábola, aquele que implorou e suplicou pedindo um prazo) o Credor sabia que jamais ele pagaria, e perdoou totalmente toda a dívida. É aqui que vem a prática que Jesus ensinou aos discípulos: ter pelo menos um coração que consiga perdoar o “pouco” que o próximo nos deve e para isso, basta apenas sempre termos presente que a nossa dívida era impagável e ele nos perdoou.
Fica como conclusão desta reflexão, prestarmos muita atenção ao nosso dia a dia, onde as pequenas ofensas que possamos receber, no trânsito, na família, no trabalho e até na comunidade, possam ser relevadas, sinal de que há em nós uma misericórdia Cristã, que sempre se exercita em pequenos gestos de perdão, estando assim preparados para perdoar também uma grande ofensa, quantas vezes seja necessário.

2. Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? - Mt 18,21-19,1
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Quantas vezes devemos perdoar? Experimente perdoar sempre e veja o resultado! Como você se sente quando é compreendido e desculpado?
Fonte: NPD Brasil em 12/08/2021

HOMILIA DIÁRIA

O amor exige o perdão sem medida

Só pode amar quem sabe perdoar, e perdoar é a consequência de quem ama, porque o amor exige o perdão sem medida.

Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: ‘Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete’” (Mt 18,21-22).

A característica daquele que se faz discípulo de Nosso Senhor Jesus Cristo é aprender a ter um coração como o d’Ele. O Senhor veio até nós para nos ensinar a vivermos como Seus filhos, nos ensinar a encontrar a graça primitiva, a graça amorosa da qual Ele nos criou.
Aqueles que tem em si o Espírito do Senhor têm a capacidade de amar e perdoar. Essas são duas coisas inseparáveis no coração de um discípulo de Cristo, são como dois pulmões. Só pode amar quem sabe perdoar, e perdoar é a consequência de quem ama, porque o amor exige o perdão sem medida.
Às vezes, nós amamos alguém até que este nos faça mal, até nos ferirmos, nos machucarmos. Isso é muito difícil, porque, no caminho da vida, existem os acidentes ou percalços da vida. Só existe um remédio para cicatrizar esse mal que fica em nosso coração por causa dos desentendimentos humanos: o perdão sem medida.
Muitas vezes, nós nos sentimos cansados, sem forças para perdoar, mas, na verdade, não é o outro quem precisa do nosso perdão, mas sim o nosso coração, a fim de que possamos estar bem, respirarmos profundo e vivermos o bem. Para viver uma vida intensa nosso coração precisa perdoar sempre.
Hoje, a graça que estou pedindo a Jesus é que Ele venha quebrar o nosso coração para que este se torne semelhante ao do Senhor. Só quem tem um coração manso e humilde, aberto para amar sem medida é capaz de perdoar sempre, até setenta vezes sete.
Que o Senhor nos conceda hoje e sempre essa graça.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 15/08/2013

HOMILIA DIÁRIA

O coração se torna divino quando é capaz de perdoar

“’Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.’” (Mateus 18,21-22)

Diante dessa pergunta que Pedro dirigiu ao coração do Mestre: “Quantas vezes devemos perdoar o irmão?”, a pergunta pode ser feita em outro sentido: “Senhor, quantas vezes o Senhor deve me perdoar se eu pecar?”. Façamos essa pergunta para Deus: “Quantas vezes você acha que Deus deve nos perdoar se nós pecarmos contra Ele?”.
Só pela quantidade de pecados que nós cometemos, todos nós já estaríamos banidos da graça se levássemos em conta a nossa lógica, a nossa matemática e a dureza do nosso coração. Graças a Deus, Ele não é como nós. Deus é Deus, Ele é amor. Se Deus é amor e está em nós, Deus está dizendo que nós também temos de ser amor uns para com os outros.
Amor e perdão são duas palavras que se conjugam, são duas expressões ou duas realidades evangélicas que jamais andam separadas. Não existe amor sem perdão, como não existe perdão para quem não vive o amor. Só quem ama é capaz de perdoar, e quem perdoa é porque tem muito amor de Deus no seu coração.
Só com nossas condições humanas não conseguimos perdoar quem peca contra nós, mas, graças a Deus, conhecemos o amor de Deus. É o amor d’Ele que vai quebrando esse homem duro que somos, esse homem carrancudo e mundano, e dando-nos um coração como o d’Ele.

Só quem ama é capaz de perdoar, e quem perdoa é porque tem muito amor de Deus no coração

Eu não peço a Jesus para o meu coração ser semelhante ao d’Ele só para ser divino e habitar as alturas. O coração se torna divino quando é capaz de perdoar.
Eu não conheço algo mais divino que o perdão, porque foi pelo perdão que nós fomos redimidos, pelo perdão que fomos reconciliados com Deus. É o perdão de Deus que nos deu a condição de nos aproximarmos d’Ele.
Se eu experimentei o perdão de Deus de forma tão plena, como posso limitar o perdão? Cada um de nós tem dificuldade em perdoar, e não é por causa do perdão, é por causa da vida mundana que está em nós, é porque a nossa experiência mundana é maior do que a experiência evangélica.
Quem cresce na mística do amor divino vai, cada vez mais, mergulhando no perdão de Deus, e o melhor de Deus que experimentamos, damos aos outros. O melhor de Deus que experimentamos, em nosso coração, é o Seu perdão. Por isso, não podemos viver esse cristianismo, não podemos nos dizer discípulos de Jesus Cristo se nos fecharmos para perdoar quem quer que seja.
Aqui na Terra, enganamos e iludimos; iludimos a nós mesmos e uns aos outros. Fingimos que gostamos, fechamos a cara, comungamos sem perdoar, passamos anos sem falar com a pessoa, desviamos de rotas para não a ver, vivemos ilusões até no campo da fé.
Vou me lembrar um bom confessor que tive: podemos enganar a nós mesmos, mas a Deus ninguém engana. Perdão é perdão, ilusão é ilusão, rancor e ressentimento é rancor e ressentimento. O primeiro passo para perdoar é reconhecer que temos dificuldade de perdoar e mergulhar no amor de Deus, para Ele nos ensinar e nos dar a graça do verdadeiro perdão.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 15/08/2019

HOMILIA DIÁRIA

Precisamos do perdão de Deus e dos irmãos todos os dias

“Senhor, quantas vezes devo perdoar se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes? Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.’” (Mateus 18,21-22)

Dentro do nosso coração existem sempre situações onde precisamos ser perdoados, e precisamos perdoar os nossos irmãos. A primeira hipocrisia da qual precisamos nos libertar é a do orgulho e da arrogância, até evangélica. Porque, às vezes, a pessoa acha que ela é a ferida, ela é sempre a machucada, é ela que tem sempre que perdoar. “Eu já perdoei bastante, não perdoo mais”. Mas ela não se toca de que ela precisa muito de perdão, que ela fere, que ela machuca, que ela faz mal ao outro.
Na visão hipócrita religiosa, a pessoa sempre acha que a ferida que o outro causa é, realmente, grande. “O que eu faço não, eu não machuco ninguém. Não faço mal”. Liberte-se dessa visão hipócrita!
Precisamos, todos os dias, do perdão de Deus e dos irmãos, pois somos falhos, negligentes, não somos atenciosos. É a nossa realidade! Tenho que, publicamente, pedir perdão para as pessoas, porque eu não consigo ser, muitas vezes, o padre que eu precisava ser: mais atencioso. Sei que não dou atenção e, muitas vezes, também, intencionalmente, eu falho, sou egoísta, sou grosso com este ou com aquele.

Preciso de perdão, tenho muito que procurar a misericórdia de Deus

Preciso de perdão, tenho muito que procurar a misericórdia de Deus e, todos os dias, fazer um exame de consciência, procurar o sacramento da confissão, porque estou sempre em dívida com meu irmão. E como diz a Palavra: “A ninguém fiqueis devendo nada” (cf. Romanos 13,8).
Não gosto de ter dívida com ninguém, a não ser o amor mútuo. Em termo de amor, estou sempre devendo, estou sempre precisando recorrer ao perdão. E, por favor, não pode ser aquela coisa superficial, tem que ser uma coisa real, autêntica e plena. Eu preciso do perdão!
Na visão dos Pastorinhos, o purgatório está cheio de almas que não foram purificadas. E não adianta, pois se não nos purificarmos, como nos ensina o Evangelho do próprio Mateus: “Se eu não procurar reconciliar-me com meu irmão enquanto estou a caminho, eu vou ser entregue ao juiz. De lá não vou sair até a última moeda ser paga”. Então, estou em dívida com meu irmão, preciso reconciliar-me, preciso procurá-lo.
Olhando o Evangelho de hoje, não sejamos esse empregado “sem vergonha”, pois este tomou consciência da sua dívida, foi pedir perdão (a dívida era grande) e o seu patrão o perdoou. Mas quando veio o outro que devia uma mesquinharia ao empregado, este foi cruel.
Estamos sendo muito cruéis uns com os outros, é a crueldade para perdoar, e esta vai se tornando uma maldade dentro de nós, porque junta rancor, ressentimento, mágoa, e isso vira um caldo que se transforma em ódio dentro de nós, e nos tornamos pessoas implacáveis. “Quem perdoa é Deus, eu não perdoo”.
Sim! Quem perdoa é Deus, mas não sou um filho de Deus? Não sou um seguidor? Não faço comunhão com Deus? Como vou ter comunhão com Ele se não sei, se não aprendi, até hoje, que tenho que perdoar setenta vezes sete? Porque essa é a quantidade de perdão de que eu preciso todos os dias.
A lógica que parece sem lógica é essa: preciso tanto de perdão que eu não posso ser “sem vergonha”. O que eu preciso, eu preciso dar; o que eu desejo para o outro, eu preciso fazer também a ele, mas se vivo aquela visão do mundo egoísta, que eu só tenho que receber e não doar, eu realmente não sei perdoar.
Infelizmente, muitas vezes, estamos vivendo essa tristeza até dentro do nosso ambiente religioso. Irmãos que não se perdoam, irmãos que se fecharam, estão entravados na mágoa, no ressentimento, no rancor, falando mal uns dos outros. Falam até bonito, cantam para Jesus, pregam Jesus, mas quando abrem a boca no cotidiano, é para falar mal uns dos outros.
Sem perdão não há Reino dos Céus!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 12/08/2021

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a generosidade, a gratuidade, a fraternidade. Que só de bênçãos se encha o nosso coração – incapaz de julgamentos e culpas, mas sempre aberto ao perdão e ao acolhimento. Que construamos uma comunidade de amigos, nós te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/08/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos generosos, agradecidos e fraternos. Que só de bênçãos se encha o nosso coração. Incapaz de julgamentos e de atribuição de culpas, ele esteja sempre aberto ao perdão e ao acolhimento. Que construamos uma comunidade de amigos, nós te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/08/2019

ORAÇÃO FINAL
Senhor Jesus, realças um dos mais importantes temas do Reino, o perdão. Tua parábola sobre os dois devedores põe em destaque a imensa capacidade que tem o Pai celeste para nos perdoar, ao passo que nós somos mesquinhos para perdoar a quem nos ofendeu. Senhor, ensina-nos a perdoar generosamente. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/08/2021

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