sábado, 19 de novembro de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 19/11/2022

ANO C


Lc 20,27-40

Comentário do Evangelho

O Deus dos vivos.

A observação do narrador de que os saduceus não creem na ressurreição dos mortos, ao contrário dos fariseus, leva-nos a considerar que a questão que eles põem a Jesus é ironia e, de certo modo, desprezo. Os saduceus não constituem um grupo religioso, mas uma aristocracia ligada ao Templo de Jerusalém, que se beneficiava do comércio lá existente. Ao caso absurdo apresentado por eles, submerge a ideia de que a ressurreição é o prolongamento da vida terrestre do ser humano. Certamente, o intuito deles era ridicularizar a fé na ressurreição. Para isso recorrem à lei do levirato, para a qual o cunhado da viúva devia perpetuar o nome do irmão falecido sem deixar descendência (Dt 25,5-10). A resposta de Jesus revela a mais profunda ignorância deles e denota o ridículo do caso apresentado. Eles interpretam mal a Escritura e desconhecem o poder de Deus. Sem a relação com o Deus dos vivos, a Escritura é letra morta. Jesus faz remontar a crença na ressurreição dos mortos a Moisés. A ressurreição não é pura continuidade da vida terrestre. Mas tentar descrevê-la é um esforço inútil. É preciso, confiantemente, abrir-se a essa novidade do dom de Deus em Jesus Cristo, vitorioso sobre o mal e a morte.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito de imortalidade, reforça minha fé na ressurreição e minha esperança de encontrar-me com o Deus da vida eterna.
Fonte: Paulinas em 22/11/2014

Vivendo a Palavra

O tema da ressurreição atravessa as leituras do dia. O Apocalipse fala na ressurreição de dois profetas e Jesus recorda a fala de Moisés: “O Senhor é Deus de Abraão, Isaac e Jacó, como um Deus de vivos!” Essas referências ganham força com a ressurreição do próprio Jesus, base real de toda nossa fé.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/11/2014

Vivendo a Palavra

Para justificar a nossa falta de fé, nós não poucas vezes utilizamos a armadilha dos saduceus contra Jesus: acalentamos dúvidas, baseados em raciocínios ditados pelos critérios do mundo, esquecidos de que a Justiça Evangélica do Reino de Deus tem outro fundamento: o Amor.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/11/2016

VIVENDO A PALAVRA

A ressurreição nos coloca no terreno da pura fé. É o grande mistério em que acreditamos sem compreender, realidade que ultrapassa a nossa limitada capacidade racional e se torna a oportunidade maior de nossa entrega confiante de filhos, que nos sentimos muito amados, ao Pai Misericordioso que tem carinho maternal.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/11/2018

Reflexão

Como todos nós vivemos num mundo marcado pelo materialismo, cada vez mais somos tentados a fazer da matéria a causa da nossa felicidade e nos fecharmos nessa realidade para analisar todas as coisas e, com isso, não somos capazes de ver outros caminhos para a felicidade ou até mesmo outras condições de vida que Deus pode nos conceder para o nosso bem, como é o caso da vida eterna. O erro que os saduceus cometeram e que aparece no evangelho de hoje é esse: se tornaram tão materialistas que ficaram incapazes de abrir o próprio coração para a proposta da vida plena que nos é feita pelo próprio Deus.
Fonte: CNBB em 22/11/2014 e 19/11/2016

Reflexão

Os saduceus, que não acreditam na ressurreição, atacam Jesus no campo religioso. Pretendem mostrar que é absurdo crer na ressurreição. Com base na Lei de Moisés, apresentam a Jesus um caso complicado sobre certa mulher que teve por marido, sucessivamente, sete irmãos. Depois desta vida, de quem ela será esposa? De ninguém. Homem e mulher se casam para esta vida terrena; procriam filhos e dão continuidade ao gênero humano. Na vida futura, as pessoas já não morrem, são como anjos, “e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição”. Citando Êxodo 3,2.6, Jesus põe em destaque a ressurreição de todo ser humano: Deus não está ligado aos mortos, mas aos vivos, pois “para Deus todos vivem”. Na Carta aos Romanos, Paulo escreve: “Se vivemos, é para o Senhor que vivemos” (Rm 14,8).
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 24/11/2018

Reflexão

Os saduceus, que não acreditam na ressurreição, atacam Jesus no campo religioso. Pretendem mostrar que é absurdo crer na ressurreição. Com base na Lei de Moisés, apresentam a Jesus um caso complicado sobre certa mulher que teve por marido, sucessivamente, sete irmãos. Depois desta vida, de quem ela será esposa? De ninguém. Homem e mulher se casam para esta vida terrena; procriam filhos e dão continuidade ao gênero humano. Na vida futura, as pessoas já não morrem, são como anjos, “e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição”. Citando Êxodo 3,2.6, Jesus põe em destaque a ressurreição de todo ser humano: Deus não está ligado aos mortos, mas aos vivos, pois “para Deus todos vivem”. Na carta aos Romanos, Paulo escreve: “Se vivemos, é para o Senhor que vivemos” (Rm 14,8).
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Comentário do Evangelho

A VIDA SUPERA A MORTE

Ao questionar Jesus, os saduceus tinham a intenção de ridicularizar os fariseus, cuja fé na ressurreição dos mortos era bem conhecida, por ser uma crença propagada nos meios populares. Os saduceus queriam também conhecer a posição de Jesus, para saber de que lado se posicionava.
O ponto de partida da pergunta foi uma história um tanto grotesca, fundada numa teologia mal-enfocada. Supunha-se, erroneamente, que a ressurreição fosse a continuação pura e simples da vida terrena. Que a humanidade está envolvida por um determinismo cruel, estando todos os seres humanos fadados a idêntico destino eterno. Que a morte supera a vida, pois é para o sheol, lugar de trevas e sombra, que caminham todas as pessoas. Que Deus não tem o poder de interferir no destino eterno delas.
Jesus responde, estabelecendo uma distinção entre "este mundo" e o "outro mundo". O erro dos saduceus consiste em confundi-los. O ser humano está destinado a viver neste mundo, sem perder de vista o outro. Sendo Deus o Senhor da vida, pode doá-la tanto neste mundo quanto no outro. Entretanto, no mundo vindouro, a vida será vida plena, sem as limitações da vida terrena. Cessam, aí, as preocupações terrenas, como casar-se e dar-se em casamento, e desaparece, também, as ameaças da morte. A comunhão com o Pai torna-se penhor de vida eterna. A morte dá início, neste caso, a uma explosão de vida.
Oração
Espírito vivificador, que a esperança na ressurreição dos mortos me faça viver neste mundo, sem perder de vista que meu destino é a vida plena, na comunhão com o Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, sede favorável às nossas preces pela intercessão de santa Cecília. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 22/11/2014

Meditando o evangelho

QUESTÃO MAL COLOCADA

A questão levantada pelos saduceus visava fazer Jesus passar por tolo. Eles pensavam enredá-lo numa pergunta impossível de ser respondida e, assim, acusá-lo de pregar uma doutrina sem fundamento. Com isso, queriam desautorizá-lo como Mestre.
Os saduceus formavam a casta sacerdotal de Jerusalém. Controlavam as atividades do templo, especialmente a enorme circulação de dinheiro, e o comércio. Aliaram-se aos dominadores romanos como forma de garantir seus benesses. Quanto à moral, eram relaxados; quanto à religião, conservadores. Aceitavam como divinos e inspirados apenas a Torá, os cinco primeiros livros da Bíblia. A história matrimonial que forjaram baseava-se na chamada Lei do Levirato, prescrita pelo Deuteronômio.
Para acompanhar a resposta de Jesus, seus interlocutores deveriam refletir, tendo como referencial um esquema teológico ao qual não estavam acostumados. Deviam superar a idéia de que a procriação humana continua no Céu, onde as pessoas vivem numa felicidade perfeita, sem as vicissitudes humanas. Deviam ler com mais atenção a parte da Bíblia à qual estavam apegados e verificar que ela fala de um Deus de vivos e não de mortos. Deviam deixar de lado um modo de pensar falso e sofisticado, sem fundamento. Pois, se Deus vive e é Deus dos vivos, aqueles aos quais ele ama haverão de viver, igualmente, para sempre. Tal é o fundamento da ressurreição dos mortos.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, és Deus da vida e Deus dos vivos, e queres todos os seres humanos em comunhão contigo para sempre. Ajuda-me a viver, já nesta vida, esta comunhão eterna.
Fonte: Dom Total em 19/11/2016

Meditando o evangelho

O SENHOR DOS VIVOS

O tema da ressurreição opunha os fariseus aos saduceus. Os primeiros afirmavam que haveria a ressurreição, enquanto que os outros a negavam. Quando os saduceus interrogaram Jesus a respeito desta questão, tinham em mente colocá-lo em apuros, além de ridicularizar o partido rival. Por isso, bolaram uma situação grotesca, partindo da Lei do levirato que obrigava o irmão desposar a cunhada viúva, caso não tivesse gerado filhos com seu marido.
Jesus não caiu na armadilha dos saduceus. O fato aludido comportava duas sérias lacunas. A primeira consistia em imaginar que a vida eterna seria uma continuação pura e simples da vida terrena, de forma que, na ressurreição, persistiriam as encrencas da vida presente. A vida eterna, na verdade, consiste na participação da vida divina, longe da ameaça da morte. Aí, os esquemas terrenos não têm validade. O segundo pressuposto falso consistia em considerar Deus como Senhor dos mortos e não como Senhor dos vivos. Na verdade, para ele, todos estão vivos, até mesmo os patriarcas do povo. Ele se mantém em comunhão com os justos, mesmo além da morte, quando são estabelecidos relacionamentos duradouros, numa explosão de vida, sem a menor influência da morte. Por conseguinte, a ressurreição deve ser pensada a partir do amor misericordioso de Deus, que partilha vida abundante com a humanidade, e não a partir dos esquemas mesquinhos do pecado e da morte.

Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Senhor Jesus, ilumina minha mente e meu coração, para que eu possa compreender a ressurreição como manifestação do amor misericordioso do Pai pela humanidade.
Fonte: Dom Total em 24/11/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Lá vem os Saduceus com suas historinhas...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quem é que já não teve a tentação de imaginar o céu como uma continuidade dessa vida? A Vida Plena de comunhão com Deus comporta uma continuidade, mas também uma descontinuidade: seremos nós mesmos, mas de um outro jeito! Nesta vida terrena as nossas relações, ao mesmo tempo em que nos aguça para o amor, também denuncia a nossa incapacidade de um amor total como o de Jesus, entretanto, ao atingirmos a plenitude do céu não haverá mais limites ou qualquer impossibilidade nesse sentido, porque estaremos em Deus e com Deus, que é a Plenitude da plenitude.
O Céu é uma comunidade, estaremos em comunhão com as pessoas, mas o elo dessa comunhão não será mais o nosso empenho e esforço, as relações serão perfeitas porque Deus mesmo será o nosso elo de comunhão, em Deus seremos Tudo em Todos.
Então para que servem as nossas relações neste mundo, principalmente a vida conjugal apresentada neste evangelho? Exatamente para exercitarmos a vivência desta comunhão que jamais deve buscar a si mas ao outro, fazer o outro feliz, ao passo que o outro, deverá ter tomado a decisão de ser sempre feliz, independente se o outro irá fazê-lo feliz ou não pois no céu, para ser feliz não dependeremos mais uns dos outros, mas apenas de Deus e por isso, essa esperada e sonhada felicidade, já está de certo modo garantida em Jesus Cristo.
Os Saduceus só conseguem imaginar o céu dentro de categorias humanas, se fosse assim, o céu de Deus não seria um lugar tão bonito e perfeito!

2. Ele é Deus não de mortos, mas de vivos, pois todos vivem para ele
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus chorou sobre o Templo e lamentou sua destruição. Jerusalém não se converteu e não reconheceu o profeta que a visitou. Tudo será destruído, mas reconstruído no terceiro dia. Um novo Templo está para surgir. No Evangelho de São João, quando Jesus purifica o Templo, pedem-lhe um sinal que justifique o que ele fez. Jesus responde dizendo que, depois de destruído, o Templo será reconstruído em três dias. Não falava, porém, do Templo de pedra. Falava da sua própria ressurreição. “Destruído o nosso corpo mortal nos é dado no céu um corpo imperecível”, assim rezamos no Prefácio dos mortos.
Fonte: NPD Brasil em 24/11/2018

HOMILIA

A PERGUNTA SOBRE A RESSURREIÇÃO

A propósito de uma pergunta capciosa dos seus adversários que negavam a ressurreição dos mortos, Jesus procura fazer-lhes compreender que, no mundo novo da ressurreição, as coisas estão fora e acima do nosso modo de pensar terreno. A ressurreição dos mortos pertence já a esse “mundo que há-de vir” para além da morte, em que Deus vive como Deus de vivos, como Ele Se tinha revelado no episódio da sarça ardente, ao apresentar-Se a Moisés como Deus dos que tinham vivido antes, mas que para Ele são sempre vivos, Ele “o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacob”.
Os saduceus, grandes proprietários de terras, formavam a elite dos sacerdotes(20,27-40). Não acreditavam na ressurreição, e propõem a Jesus um caso difícil, para mostrar que é absurdo crer na ressurreição. Jesus retifica a questão, mostrando que a vida da ressurreição não deve ser concebida como mera cópia da vida na dimensão presente. E os mortos ressuscitam? Referindo-se à célebre forma “Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó”, Jesus mostra que, sendo Deus dos vivos e da Vida, também Abraão, Isaac e Jacó devem estar vivos com ele. Com efeito, o sentido de toda a criação é viver para Deus, e essa vida não conhece fim. Ruma para a plenitude, sempre. O que está com Deus está vivo para gozar a vida em abundância.
Os saduceus queriam embaraçar Jesus fazendo perguntas a partir da prática do levirato (Dt 25.5-6). No livro do Deuteronômio está ordenado que, no caso de um irmão falecer sem descendência, é a obrigação de um irmão casar com a viúva para dar o nome à família. Se, nessa prática, uma viúva casar sucessivamente, de quem será a mulher na ressurreição? Jesus afirma a ressurreição (vv. 35-37), e mostra aos saduceus que as instituições pertencentes a esta ordem das coisas não continuarão pós-ressurreição. Em outras palavras, as instituições terrenas não continuarão no céu, que é o mundo da justiça plena. O mundo onde está presente o Reino de Deus. Todas as instituições e poderes são transitórios e provisórios, ainda.
A continuidade entre o agora e o então está em Deus e na sua graça. E Jesus faz excursão mais profunda no Pentateuco, lembrando-os do que Moisés disse a respeito de Deus como o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó. A ressurreição é contrastada, por isso, pela imposição da morte; pelos determinismos e fatalismos da cultura, da religião, da política corrompida, nos sistemas de pensar. A ressurreição é a dádiva da vida e vem de Deus. Assim, à luz da ressurreição, a vida é vista e vivida sob o poder da graça. Em Lucas a ênfase recai na expressão: “não podem mais morrer” com referência aos filhos da ressurreição.
Pai, és Deus da vida e Deus dos vivos, e queres todos os seres humanos em comunhão contigo para sempre. Ajuda-me a viver, já nesta vida, esta comunhão eterna.
Padre BANTU SAYLA
Fonte: Liturgia da Palavra em 22/11/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SÁBADO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 22/11/2014

HOMILIA DIÁRIA

A Ressurreição de Cristo é a verdade maior da nossa fé

Aquele que crê em Jesus, o Senhor da vida, não crê em reencarnação nem dá ouvidos a quem prega a negação da verdade principal da nossa fé. A Ressurreição é a verdade maior da fé cristã!

“Mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento” (Lucas 20, 35).

A Palavra de Deus apresentada hoje nos dá a graça de refletirmos dois pontos fundamentais da nossa vida eterna, da nossa vida futura, mas que começam a ser vividos já na vida presente. A primeira delas é a convicção na Ressurreição, porque a questão, hoje apresentada pelos saduceus a Jesus, é para colocá-Lo em uma situação difícil, porque estes não acreditavam na Ressurreição.
Se um homem está casado com uma mulher e este vem a falecer, e essa mesma mulher casa-se com um irmão e depois com outro. Na vida futura, falando de ressurreição, afinal de contas, quem será o marido dela? (cf. Lucas 20,34-36).
A primeira coisa: a Ressurreição é um fato, não é fantasia nem teoria para nos deixar consolados. A Ressurreição é a verdade maior da nossa fé! Se com Jesus morrermos, com Ele também ressuscitaremos. É muito importante que, a cada dia, tenhamos mais convicção disso. Vivemos cercados de uma atmosfera religiosa chamada de “mística” ou “espiritual”, mas, na verdade, são filosofias, religiões, são crenças que, muitas vezes, nos confundem. Sim, existem religiões que fazem muitas coisas boas, pregam a bondade, mas não creem na Ressurreição. Estão disseminado, no meio de nós, a crença na reencarnação.
Preciso ser bem objetivo com você: aquele que crê em Jesus, o Senhor da vida, não crê em reencarnação nem dá ouvidos a quem prega a negação da verdade principal da nossa fé. Assim como Jesus ressuscitou, nós também ressuscitaremos, e não voltaremos mais a essa vida nem nos casaremos de novo em outra vida.
A outra dimensão do Evangelho de hoje é a pureza definitiva. Aqui, na terra, as pessoas se casam, porque vão se multiplicar, gerar outros filhos. Na vida futura, não teremos mais necessidade disso. Primeiro, porque estaremos plenamente saciados pelo amor divino. Segundo, porque não multiplicaremos mais aquele amor humano, aquele amor paixão, o amor eros. O amor que une um homem e uma mulher dura enquanto dura esta vida; depois, o único amor que permanece é a caridade, que nos faz irmãos e irmãs.
Podemos até dizer: “Ah, e na outra vida, padre, como vai ser? Não vou mais conhecer a minha mulher?”. Claro que vai! É claro que seus filhos serão seus filhos, mas já não serão mais nessa condição humana. Será numa condição divina, suprema e espiritual que Deus prepara para nós.
Vale a pena esperar aquilo que o Senhor preparou para quem O ama de verdade!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 22/11/2014

HOMILIA DIÁRIA

Deus nos prepara para a eternidade

Se não fizermos das coisas espirituais a realidade primeira da nossa vida, cairemos nesse materialismo mundano que há por aí, e não tocaremos no sentido da eternidade

“Os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento” (Lucas 20,35).

O desenrolar do Evangelho de hoje dá-se pelos saduceus, que negam a ressurreição. Veja que eles fazem parte de um grupo religioso, um grupo de judeus, e creem na Palavra de Deus, na Sua Lei, mas há um elemento fundamental que não faz parte da fé deles: a fé na ressurreição dos mortos.
Para nós é um elemento essencial de nossa fé: cremos que o Senhor ressuscitou e, como Ele ressuscitou, também ressuscitaremos.
Temos que ter muito cuidado, pois vivemos numa época em que muitas outras teorias, filosofias e seguimentos querem negar entre nós a ressurreição dos mortos, por causa de uma visão espiritualista que não corresponde à verdade revelada por Jesus Cristo.
São Paulo nos disse: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé, é inútil o que queremos. Se Ele não ressuscitou, nós também não ressuscitaremos” (cf. I Coríntios 15). Temos que ter cuidado com esses seguimentos, inclusive, os religiosos que pregam isso.
Por outro lado, há também uma contaminação materialista que resume a vida humana ao material, à existência carnal; resume a existência humana pelos prazeres que a vida nos dá. O apego aos prazeres deste mundo é tão grande, que a pessoa não consegue se perceber, ela quer criar um paraíso aqui na Terra, onde viverá todas as delícias, os prazeres da carne, tudo aquilo que se vive neste mundo. Muitos falam: “Este mundo é bom demais!”, dizem que nele há muitos prazeres para vivermos. Essa é uma visão hedonista, cercada apenas da visão material e prazerosa da vida.
Se não tivermos uma sintonia espiritual, se não fizermos das coisas espirituais a primeira realidade da nossa vida, também vamos cair neste materialismo mundano que há por aí, e não vamos tocar no sentido da eternidade.
Meus irmãos, é fundamental desenvolver uma vida mística, uma relação pessoal de espiritualidade, para que possamos tocar nas realidades celestes futuras. Já começamos a viver aqui na terra aquilo que Deus preparou para nós na eternidade; porém, se nos cercarmos demais por uma visão materialista ou carnal das realidades, realmente não teremos sentido de eternidade, não compreenderemos a eternidade. Por isso, os saduceus colocaram esta dificuldade para Jesus: “Na vida futura, com quem este homem vai se casar? Afinal de contas, a irmã se casou com ele, depois a outra e assim por diante. Na vida futura, vai ser marido de quem?”.
Na vida futura seremos como os anjos. A vida sexual, a relação íntima do homem e da mulher tem uma finalidade procriativa e unitiva, mas correspondente à vida na terra. Na vida futura, teremos outra visão de prazer, de realidade. O nosso prazer, a nossa alegria será a visão beatífica de Deus, a presença amorosa d’Ele, estarmos com Ele e com toda a beleza da vida divina.
Se não nos cercarmos da vida divina, aqui na Terra, e nos deixarmos emergir somente pelos prazeres sensíveis, não saborearemos e não saberemos tocar no sentido da vida celeste que nos espera.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Caão Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Vivamos em função da eternidade

Vivamos a nossa vida aqui na Terra em função da eternidade

“Mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento. E já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram” (Lucas 20,35-36).

O Evangelho nos aponta a graça da vida eterna, da bem-aventurança eterna, de estarmos para sempre na presença de Deus. Esta é a primeira perspectiva: não podemos perder a expectativa da vida futura. Precisamos viver a vida presente aqui na Terra, trabalharmos e construirmos a vida, porque é ela que constrói a nossa eternidade junto de Deus.
A primeira coisa: viva o tempo presente com toda a intensidade do seu coração, mas não se apegue ao tempo presente como se ele fosse eterno. Porque quando muitas pessoas se deparam com a realidade da morte, da vida pós-morte, eles têm até dúvidas, não sabem o que será.
Se a vida, aqui na Terra, com Deus é uma bênção, a eternidade para sempre é uma bênção sem fim! É essa bênção que nós esperamos e aspiramos para todos nós. Por isso, vivamos a nossa vida aqui na Terra em função da eternidade.
Não podemos nos apegar a nada, temos de amar. O marido e a mulher precisam se amar, mas não podem se apegar um ao outro como se fossem viver eternamente e, é isso que o Evangelho está nos apontando, uma vez que, como prometeu no casamento: “Até que a morte o separe”. O nosso casamento eterno é somente com Deus, a nossa satisfação plena, enquanto pessoa humana, se dá somente com a presença de Deus.
Deus nos satisfaz nesta e nos alimenta nesta vida presente. E precisamos nos alimentar de Deus, precisamos nos alimentar do sagrado, precisamos alimentar nossa vida mística e espiritual, a nossa relação com Deus.
Muitas pessoas não sabem o que é a eternidade, porque, no tempo presente, não se alimentam do alimento espiritual, não alimentam a sua espiritualidade e, por isso, não têm o sabor do Céu e a presença celeste na sua própria vida.
São Paulo exclamava: “Para mim viver é Cristo, e morrer é lucro”. É claro que, vamos viver a nossa vida presente aqui na Terra da forma mais intensa, mas sem jamais perder a perspectiva da eternidade, da vida futura, bem-aventurada na presença eterna de Deus.
Não deixe o materialismo tomar conta da sua cabeça, da sua mente e do seu coração, querendo dar explicações materiais ou sentimentos materiais para a vida que nos espera.
Alguns perguntam: “Padre, como vai ser na eternidade?”. Se eu pudesse explicar já não seria mais eternidade, porque a eternidade foge ao alcance da nossa materialidade. Pois, o que nos espera, a matéria não pode absorver; mas a matéria será absorvida pela presença eterna de Deus no meio de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 24/11/2018

Oração Final
Pai Santo, a nossa compreensão é limitada e o orgulho quer nos impedir de aceitar o fato de que a fé ultrapassa os limites da razão humana. Nós queremos crer, Pai amado, no teu Amor inefável que, ressuscitando o Cristo Jesus, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão, justificou a nossa esperança de atingirmos igual destino glorioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/11/2014

Oração Final
Pai Santo, faze-nos discípulos honestos em nossas dúvidas, transparentes em nossos questionamentos, abertos e receptivos para os ensinamentos do Evangelho, zelosos e dispostos a viver as respostas oferecidas pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/11/2016

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos humildes e sábios para receber com alegria a Promessa de Vida Plena que fizeste anunciar pelo Cristo Jesus, teu Filho Unigênito. Nós Te pedimos, amado Pai, por Ele mesmo, que se tornou humano como nós, viveu fazendo o bem, foi condenado e morto pela injustiça dos homens, mas ressuscitou, vive, e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/11/2018

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