segunda-feira, 29 de agosto de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 29/08/2022

ANO C


Mc 6,17-29

Comentário do Evangelho

A não ser na paixão (Lc 23,8-12), não há nenhuma notícia de que Herodes tenha se encontrado com Jesus. O relato da morte de João Batista vem depois da notícia do martírio de Jesus (v. 16). João, precursor do Messias, é o mártir da moral. Foi preso e decapitado por denunciar uma união ilegal entre Herodes e Herodíades. Herodes, Lucas se encarregou de caracterizá-lo como “malfeitor” (Lc 3,19-20); Herodíades parece ser mulher dominada por paixões e um forte espírito de vingança. É ela que exige a morte de João, aproveitando-se de uma atitude primária e intempestiva de Herodes, motivada pelo encanto e desvario em relação à filha de Herodíades. A amante de Herodes quer eliminar a voz que denuncia o seu mal. O poder de Herodes contrasta com o poder de Jesus: o de Herodes exclui e mata; o de Jesus faz viver e suscita o gosto pela vida, pois é o poder do amor. Parece que o sofrimento e a prisão injusta de João e a sua morte prefiguram a paixão e morte de Jesus Cristo. João e Jesus, tidos como profetas, tiveram a sorte dos profetas (Mt 13,57; 14,5).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador.
Fonte: Paulinas em 29/08/2014

Vivendo a Palavra

Herodes cala João Batista, a ‘voz que clama no deserto’. A coragem de desafiar o estado de pecado da autoridade máxima valeu-lhe a condenação. A sorte dos profetas não mudou muito pelos séculos afora. A Verdade incomoda, desinstala e pede que estejamos sempre vigilantes, em processo de conversão.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/08/2014

VIVENDO A PALAVRA

Um banquete em honra a algum homem poderoso. Cena comum há cinco, três, dois ou mil anos e que se repete na história até os nossos dias. Naquele tempo, a vítima foi João Batista. Hoje, o destino de muitos irmãos pequeninos é decidido em festins de gente rica, cheia de poder e vazia de fraternidade – ou mesmo, de Justiça. Mas há esperança: a humanidade ainda viverá a revolução do Cristo Jesus!
Fonte: Arquidiocese BH em 29/08/2020

Reflexão

Todos nós temos dificuldades para viver a radicalidade exigida pelo Evangelho e diversas vezes nos acovardamos diante das ameaças. Uma das maiores ameaças que sofremos hoje, quando procuramos viver o Evangelho, encontra-se no fato de que a sociedade ridiculariza todos aqueles que não fundamentam a sua vida nos valores do mundo. Mas isso também acontecia nos tempos de Jesus, como podemos perceber na narrativa da morte de João Batista e no julgamento do próprio Jesus. Mas nós não podemos ceder aos mecanismos que são usados pelo mundo moderno contra o Evangelho; devemos expor com coerência as verdades da nossa fé.
Fonte: CNBB em 29/08/2014

Reflexão

João Batista, “o maior entre os nascidos de mulher”, segundo o elogio de Jesus, morre degolado por ordem de Herodes. O episódio se dá na fortaleza de Maqueronte, a leste do mar Morto. A celebração do martírio de São João Batista tem origens antigas (século V, na França; século VI, em Roma). Está vinculada à dedicação da igreja construída em Sebaste, na Samaria, sobre o suposto túmulo do Precursor de Cristo. Seu martírio se dá durante um banquete que Herodes oferecera “a seus magnatas, aos oficiais e às grandes personalidades da Galileia”. Nessa ocasião, o rei faz os caprichos da filha de Herodíades, que pede a cabeça de João. Tão sem juízo a filha quanto maligna e impiedosa a mãe. O profeta se vai, mas o seu testemunho de fidelidade a Deus permanece para sempre.
Oração
Senhor Jesus, mesmo sabendo que teu precursor, João Batista, era homem “justo e santo”, Herodes mandou um carrasco cortar-lhe a cabeça, na prisão. Banais e abomináveis foram os motivos para acabar com a vida desse valente profeta. Livra-nos, Senhor, das injustiças praticadas no mundo. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 29/08/2020

Reflexão

João Batista, “o maior entre os nascidos de mulher”, segundo o elogio de Jesus, morre degolado por ordem de Herodes. O episódio se dá na fortaleza de Maqueronte, a leste do mar Morto. A celebração do martírio de São João Batista tem origens antigas (século V, na França; século VI, em Roma). Está vinculada à dedicação da igreja construída em Sebaste, na Samaria, sobre o suposto túmulo do Precursor de Cristo. Seu martírio se dá durante um banquete que Herodes oferecera “a seus magnatas, aos oficiais e às grandes personalidades da Galileia”. Nessa ocasião, o rei faz os caprichos da filha de Herodíades, que pede a cabeça de João. Tão sem juízo a filha quanto maligna e impiedosa a mãe. O profeta se vai, mas o seu testemunho de fidelidade a Deus permanece para sempre.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Recadinho

Você pode dizer que é uma pessoa justa? - Pense em alguém de seu convívio que seja realmente um testemunho de vida santa. - Em meio a tanta imoralidade, não há muita omissão em nosso contexto de vida? - Tomamos cuidado para que a razão vença a paixão? - Se tem meios, você procura ajudar as pessoas que não estão enxergando certos erros pessoais na comunidade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 29/08/2014

Comentário do Evangelho

De início, Marcos apresenta a interrogação sobre a identidade e origem de Jesus. No simbolismo da narrativa, os grandes da Galiléia, representados por Herodíades, é que articularam a morte de João. Trata-se da resistência do poder às ações libertadoras. Os detalhes sobre a execução de João têm dois efeitos: ironizam um rei fraco e advertem os discípulos de Jesus que se inclinam a interpretá-lo como messias poderoso. De Jesus, assim como de João, não se deve esperar glória nem poder, mas o serviço humilde e divino. O dom da vida eterna não pertence aos poderosos, mas a Deus. O desfecho da vida de João Batista é apresentado em paralelo, como antecipação ao desfecho da vida de Jesus: anúncio do Reino, perseguição, articulação dos poderosos e morte. E a percepção de sua permanência nas comunidades, após a morte.
Oração
Ó Deus, quisestes que são João Batista fosse o precursor do nascimento e da morte do vosso filho; como ele tombou na luta pela justiça e pela verdade, fazei-nos também lutar corajosamente para testemunhar a vossa palavra. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 29/08/2014

Meditando o evangelho

O APÓSTOLO NÃO SE INTIMIDA

A violência de Herodes, digno filho de um outro Herodes conhecido por seu caráter violento e cruel, despontou no horizonte de Jesus como uma terrível ameaça.
A fama dos feitos operados pelo Mestre chegou ao conhecimento desse rei desumano. Fato explicável, se considerarmos que ela corria de boca em boca. Como Herodes habitava em Tiberíades, junto ao lago da Galileia, não muito distante dos lugares por onde Jesus atuava, era impossível não saber o que lá se passava.
Dentre as muitas hipóteses acerca da identidade de Jesus, Herodes identificava-o com João Batista reencarnado. Aquele a quem mandara decapitar, havia ressurgido e realizava gestos poderosos. Embora, em vida, o Batista não tenha realizado milagres, a crença popular atribuía-lhe esse poder, quando ressuscitasse. Teria sido inútil tê-lo punido, já que ressuscitara e começara novamente a agitar o povo?, perguntava-se o rei.
O movimento de Jesus não podia passar despercebido à autoridade romana. A atividade do Mestre  súdito do império  podia ser motivo para uma insurreição popular. Um levante do povo suscitaria imediatamente a intervenção do imperador.
Além da pressão sofrida por parte das lideranças judaicas, Jesus viu-se também às voltas com a hostilidade da autoridade romana. Em todo o caso, isso não foi suficiente para amedrontá-lo e desviá-lo de sua missão. Afinal, um apóstolo jamais se intimida!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador.
Fonte: Dom Total em 29/08/2020

Comentário ao Evangelho

De início, Marcos apresenta a interrogação sobre a identidade e origem de Jesus. No simbolismo da narrativa, os grandes da Galiléia, representados por Herodíades, é que articularam a morte de João. Trata-se da resistência do poder às ações libertadoras. Os detalhes sobre a execução de João têm dois efeitos: ironizam um rei fraco e advertem os discípulos de Jesus que se inclinam a interpretá-lo como messias poderoso. De Jesus, assim como de João, não se deve esperar glória nem poder, mas o serviço humilde e divino. O dom da vida eterna não pertence aos poderosos, mas a Deus. O desfecho da vida de João Batista é apresentado em paralelo, como antecipação ao desfecho da vida de Jesus: anúncio do Reino, perseguição, articulação dos poderosos e morte. E a percepção de sua permanência nas comunidades, após a morte.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Herodes, um Cristão sem convicção
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Herodes gostava muito de João Batista e suas pregações no deserto; achava as palavras bonitas e a mensagem chegava a tocar o seu coração. Era um ouvinte entusiasta da Palavra de Deus, poderia tornar-se um discípulo, sua alta posição não o impedia de viver a sua Fé.
Entretanto parece que a semente da Palavra caiu em uma terra sufocada pelos espinhos, Herodes estava amasiado com sua cunhada Herodíades e quando João Batista acusou o seu pecado de adultério, Herodes não gostou muito da idéia, começou a pensar que João Batista ainda era um bom pregador, mas que de vez em quando se equivocava, quando queria interferir na vida dos outros, pois cada um deve viver do jeito que quiser e fazer também o que quiser, sem que a Religião interfira em suas decisões, dizendo o que é certo ou o que é errado.
É o cristianismo do oba-oba, sem nenhum compromisso com as virtudes do evangelho, e com as verdades ensinadas por Jesus. Herodes se sairia muito bem neste mundo da pós- modernidade onde as pessoas, em sua grande maioria também são assim, até mesmo aquelas ligadas a alguma pastoral ou movimento, elas pensam assim “Está tudo lindo e maravilhoso, mas que a Igreja não me venha dizer o que devo fazer em certas questões da minha vida”
A Igreja como portadora e anunciadora da Palavra de Deus, jamais deve deixar de lado a sua missão profética, aonde a verdade do evangelho for violada ou ignorada, devem os pastores da Igreja, de maneira prudente e corajosa, anunciar a verdade denunciando a ação pecaminosa de quem a comete. Herodes colocou o prazer da sua relação com Herodíades acima de qualquer princípio, e na sua Festa de aniversário, achando-se um deus, que tudo pode, decidiu fazer o gosto da dançarina, poderia ela pedir qualquer coisa que ele a daria.
Hoje em dia, na busca do prazer e da satisfação dos desejos, vale tudo e pode de tudo.
Qualquer profeta intrometido que quiser ser um estraga-prazer deverá ser tirado do caminho, e Herodíades, a amasiada de Herodes, nem pensou duas vezes para pedir a cabeça de João Batista em uma bandeja. Fazemos parte de uma sociedade onde a Vida Humana nada vale; na busca do prazer e do poder estamos diante de um “Vale Tudo”, haja vista os mártires da igreja, que aqui e ali, continuam incomodando e por isso, como João Batista acabam sendo eliminados, por causa do evangelho.
A Igreja precisa cada vez mais de cristãos iguais a João Batista, que sejam capazes de dar a vida pela Verdade, pois de cristãos do tipo Herodes, que praticam a religião do descompromisso, muitos templos andam sempre lotados...

2. Herodes ofereceu uma festa para grandes da Galileia - Mc 6,17-29
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Flávio Josefo, historiador do século primeiro, deixou por escrito que muitos judeus viam na destruição do exército de Herodes uma justa punição de Deus “para vingar o que ele havia feito a João, cognominado o Batista”. E acrescenta: “Herodes o matou, embora ele fosse um bom homem”.
Fonte: NPD Brasil em 29/08/2020

HOMILIA

O MÁRTIR DA FÉ

Hoje celebramos o martírio de João, o Batista, aquele de quem Cristo disse: dos nascidos de mulher não há outro maior do que João, o Batista. Mas o menor no reino do céu é maior do que ele. É uma reflexão sobre minoridade, João escolheu a via menor, se fez pobre, vestia-se pobremente, comia gafanhotos e mel. Essa é a expressão de quem Mateus usa para expressar a humildade de João. E Jesus ainda diz: o menor no reino do céu é maior do que ele. Aqui temos que o Senhor demonstra que a sabedoria e o serviço estão no despojamento, na simplicidade, no profetismo sem recompensas. O profeta do Deus não é rico, nem poderá ser, e Jesus também revela que o menor, o mais pobre, o mais abandonado, o mais oprimido, no reino de Deus, isto é, na Vontade de Deus, ainda é maior que o maior.
Falando da morte de João Baptista, o papa João Paulo II diz na Carta Encíclica Veritatis splendor (cf. n. 91) que o martírio constitui um sinal preclaro da santidade da Igreja. Efectivamente, ele “representa o ponto mais alto do testemunho a favor da verdade moral. Se são relativamente poucas as pessoas chamadas ao sacrifício supremo, há, porém, um testemunho coerente que todos os cristãos devem estar prontos a dar em cada dia, mesmo à custa de sofrimentos e de graves sacrifícios. Assim tu meu irmão, minha irmã, não podes e nem deves fugir. Gostaria que soubesses que desde o início do cristianismo percebemos que três elementos estão quase sempre unidos: testemunho, profecia e doação da própria vida. É verdadeiramente necessário um compromisso, com estas três vias, por vezes heróicas, para não ceder, até mesmo na vida quotidiana: em casa com o marido, com os filhos, colegas do trabalho, com os familiares de perto ou de longe. É necessário saber que às dificuldades nos levam ao compromisso para viver na totalidade o Evangelho.
O exemplo heróico de João Baptista nos deve fazer pensar nos mártires da fé que, ao longo dos séculos, seguiram corajosamente as suas pegadas. De modo especial, voltemos à mente aos numerosos cristãos que, no mundo inteiro, foram vítimas do ódio, e da perseguição religioso. Mesmo hoje, nalgumas partes do mundo, os fiéis continuam a ser submetidos a duras provações, em virtude da sua adesão a Cristo e à sua Igreja. Os impérios opressores que existiram na história continuaram deixando seus mártires. Seus projetos elitistas e imperialistas fizeram com que seus chefes continuassem a embriagar-se com o sangue dos mártires. Portanto, o martírio não deve ser buscado por ninguém. Em última palavra, o martírio é uma graça de Deus. Mas, dele não se deve fugir, se é necessário dar o testemunho e para defender a vida do povo. Jesus também nos ensina que não devemos ter medo daqueles que matam o corpo. Por isso, dar a vida é a melhor forma de amor, a exemplo de Jesus que nos amou até o extremo.
O máximo do amor é dar a vida pelos seus. Deste modo, a vida não é tirada, mas é dada livremente. Foi isso que fez São João Batista em meio à crueldade que ameaçava a fidelidade conjugal, lutou e sendo testemunha e testemunho fiel derramou o seu sangue, pagando com a própria vida. Ontem como hoje, o banquete dos criminosos continua sendo regado a sangue, como foi o de Herodes como nós ouvimos no Evangelho de hoje. Por isso, lembrar a morte de João Batista é não deixar morrer sua história, é recordar o seu testemunho, sua profecia e sua coragem; é lembrar que, se preciso for, todos devemos estar dispostos a lavar as nossas vestes e as branquear no sangue do Cordeiro (Ap 7,14).
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 29/08/2014

REFLEXÕES DE HOJE

DIA 29 DE AGOSTO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 29/08/2014

HOMILIA DIÁRIA

A verdade dita tem o poder de transformar vidas

A verdade a ser dita não é só para agradar as pessoas, a verdade tem a missão de incomodar e nos ajudar a revermos nossa vida! Não sejamos coniventes com os erros!

“Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão.” (Marcos 6, 17)

Nós, hoje, celebramos o martírio de São João Batista, o qual, por sua importância na história da salvação e nos desígnios de Deus, nós o celebramos duplamente. A data do seu nascimento é no dia vinte e quatro de junho, o único santo, juntamente com Nossa Senhora, de quem celebramos o nascimento e celebramos, hoje, o seu martírio.
O martírio de João Batista tem muito a nos ensinar, é um convite para revermos a nossa coerência com a nossa fé, coerência com os nossos princípios. Hoje vivemos em meio a uma sociedade relativista, na qual tudo se vê de forma relativa, conforme os interesses desse ou daquele. E, muitas vezes, se olha a fé de forma subjetiva, desviando-se do foco da verdade para poder ser conivente com esta ou aquela pessoa. Desse modo, perdemos o olhar do essencial, do foco da nossa fé.
Existem verdades que precisam ser ditas, colocadas, anunciadas, ainda que elas firam corações, ainda que as pessoas não gostem daquilo que será dito. Mas a verdade a ser dita não é só para agradar as pessoas, a verdade tem a missão de incomodar, tem a missão de nos ajudar a revermos nossa vida!
É claro que anunciar a verdade não significa colocar o dedo na cara dos outros, viver acusando as pessoas disso ou daquilo, mas é importante que cada um tenha consciência das suas escolhas e das suas decisões na vida.
Herodes decidiu viver com a mulher do seu irmão, adultério duplamente grave, não somente pelo fato de estar vivendo com uma mulher que não era sua, como também por ser sua cunhada, por isso cometeu uma tremenda injustiça. Muitas vezes, existem fatos parecidos no meio de nós, nas convivências em que nós estamos e muitas pessoas, para não perderem a amizade, fingem não ver; veem que está acontecendo coisas erradas e simplesmente as deixam passar despercebidas.
Deixe-me dizer uma coisa a você: não é pecado somente praticar coisas erradas, os atos praticados, mas a omissão também o é! Se preciso for, corrija na caridade, diga ao seu irmão ou à sua irmã, que tal procedimento, que tal ato não é correto. Eu sei que, de repente, você corre o risco de perder amizades e a boa fama, mas não tem problema, João Batista perdeu a sua cabeça, mas não perdeu a sua dignidade!
Não sejamos coniventes com os erros,  não sejamos coniventes com as práticas erradas! Não vamos sair apontando o erro de ninguém, mas sim proclamar as verdades que precisam ser ditas com caridade, sem abrir mão da verdade!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 29/08/2014

HOMILIA DIÁRIA

Vivamos o profetismo da verdade

“O soldado saiu, degolou-o na prisão, trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe.” (Marcos 6,27-28)

Hoje, estamos celebrando o martírio de São João Batista. Ele foi o maior entre os profetas, desde o ventre de sua mãe. Consagrado ao Reino dos Céus, preparou a vinda do Messias e viveu uma vida austera, penitente, disciplinada e autêntica, pregando a verdade do Reino dos Céus.
A verdade incomoda e, de fato, provoca. A verdade falada ou a verdade vivida. Como João Batista vivia e falava, é óbvio que se tornou um profeta incômodo. E todo profeta de verdade é uma pessoa incômoda. A sociedade se incomoda com o profetismo, mas o profetismo está aí para incomodar a sociedade. O nosso profetismo não pode se calar diante das incoerências do mundo em que vivemos.
Herodes vivia uma situação errada, ele foi injusto, pois a mulher que ele tinha não era dele, mas do seu irmão. João não foi lá para acusar Herodes, é que a verdade por si mesma se diz, e quem se sente incomodado elimina a verdade, porque não quer saber dela ou não quer saber de ser incomodado.

Precisamos viver o profetismo da verdade, e não podemos negar a Palavra de Deus

Vivemos num mundo onde tantas realidades estão sendo negligenciadas, muitas injustiças estão se cometendo ao nosso lado com crianças, adultos, com diversos aspectos da vida, e não é o profetismo acusatório, de viver acusando. É o profetismo que mostra que a verdade é a verdade, e não relativiza a verdade.
Inclusive, muitas vezes, podemos ser incoerentes, mas não podemos transformar a nossa incoerência em verdade, e dizer: “Agora é assim porque mudou os tempos”. Incoerência é incoerência, erro é erro, pecado é pecado. A humildade de reconhecer que estou errado e não encobrir e não eliminar, porque alguns querem até rasgar certas páginas da Bíblia ou assim por diante, para dizer que agora essa é a nossa verdade.
Não existe uma nova verdade, é claro que existe a misericórdia, a compreensão das coisas como elas estão, mas não existe transformar aquilo que é verdade, como se não fosse mais verdade. Então, muitos preferem matar como mataram João Batista.
A cabeça de João Batista está aí para dizer a todos nós que precisamos buscar a coerência, que precisamos viver o profetismo da verdade e não podemos negar a Palavra de Deus. Por isso, celebremos com amor o martírio de João Batista, pedindo a Deus a coerência, não só para falar, mas, sobretudo, para viver. João Batista morreu por aquilo que viveu e ensinou.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 29/08/2020

Oração Final
Pai Santo, dá-nos força para seguir o exemplo de sobriedade de João Batista. Assim nos preparamos para o exercício destemido da missão de anunciar ao mundo a presença do teu Reino de Amor e Justiça, trazido pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/08/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai misericordioso, vivendo um tempo de egoísmo e de narcisismo, nós Te pedimos que nos faças compreender a lição da corajosa humildade de João Batista. Ele reconheceu a chegada do tempo pleno da Graça e foi capaz de tornar-se menor, cedendo a primazia ao seu Divino Anunciado – Jesus de Nazaré. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/08/2020

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