domingo, 22 de maio de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 22/05/2022

ANO C


6º DOMINGO DA PÁSCOA

Ano C - Branco

“Deixo a vocês a paz, dou a vocês a minha paz...”

Jo 14,23-29

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Reunimo-nos para celebrar o memorial da morte e ressurreição de Jesus. Na celebração eucarística escutamos a Palavra de Deus. O Espírito irá nos ensinar tudo o que Jesus disse, a fim de que transformemos nossa sociedade numa Nova Jerusalém, esposa do Cordeiro.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, bem-vindos! Somos hoje, aqui, a comunidade do Ressuscitado, a Igreja reunida pela Páscoa do Senhor. Peregrinamos neste mundo como povo humanamente frágil, mas, ao mesmo tempo, forte pela presença do Ressuscitado. Somos a Igreja nascida do Pai, que, através do seu Filho Jesus, doador do Espírito, chamou-nos, reuniu-nos, salvou-nos e fez de nós um novo povo, uma nova cidade, uma nova aliança, início de uma nova humanidade.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Reunimo-nos para celebrar o memorial da morte e ressurreição de Jesus. Na celebração eucarística escutamos a Palavra de Deus. O Espírito irá nos ensinar tudo o que Jesus disse, a fim de que transformemos nossa sociedade numa Nova Jerusalém, esposa do Cordeiro. Hoje comemoramos também o Dia Diocesano da Comunicação e pedimos a Deus que, através dos meios de comunicação social, anunciemos o Evangelho de Jesus Cristo, príncipe da paz e do amor.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, bem-vindos! Somos hoje, aqui, a comunidade do Ressuscitado, a Igreja reunida pela Páscoa do Senhor. Peregrinamos neste mundo como povo humanamente frágil, mas, ao mesmo tempo, forte pela presença do Ressuscitado. Somos a Igreja nascida do Pai, que, através do seu Filho Jesus, doador do Espírito, chamou-nos, reuniu-nos, salvou-nos e fez de nós um novo povo, uma nova cidade, uma nova aliança, início de uma nova humanidade.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Na Nova Jerusalém não há templo, porque o Senhor e o Cordeiro são o seu templo. Afirmação surpreendente. Fala-se do mundo novo já presente como início na Igreja terrena, mas que se realizará em plenitude na Igreja celeste. A realidade futura não terá mais necessidade daquilo que na terra é sinal e instrumento. Mas já neste mundo é preciso fazer a passagem dos sinais visíveis para os invisíveis mistérios que naqueles Deus faz conhecer e comunica. Isto implica num processo de espiritualização e de personalização que ultrapassas as perspectivas dos profetas.
Fonte: NPD Brasil em 26/05/2019

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Reunimo-nos para celebrar o memorial da morte e ressurreição de Jesus. Na celebração eucarística escutamos a Palavra de Deus. O Espírito irá nos ensinar tudo o que Jesus disse; irá iluminar nossos desafios pastorais e orientará nossas comunidades, a fim de que transformemos nossa sociedade em Nova Jerusalém, esposa do Cordeiro. Portanto, animados pelo Espírito, teremos força para seguirmos adiante, sem perturbações e temores no coração. Não estamos órfãos, largados à própria sorte, pois temos a assistência de uma força divina enviada pelo Pai.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Neste domingo muitos dos nossos irmãos se põem a caminho de Aparecida como romeiros da nossa Arquidiocese. É uma romaria que tem seu ponto final no céu, mas que passa pelos Santuários desta terra, sinais visíveis daquele santuário eterno que é o Cristo Bom Pastor reinando à Direita do Pai. Aparecida, a casa da Mãe, nos acolhe e fortalece na fé, para que o romeiro da eternidade persevere até fim em sua grande romaria. Preparemo-nos também para a festa da Ascensão do Senhor, no próximo domingo. A ascensão de Jesus é a motivação teológica para o Dia Mundial das Comunicações Sociais. Por isso, no próximo domingo, venhamos preparados para a coleta generosa em prol da Rádio Nove de Junho, um dos principais meios arquidiocesanos de comunicação social e precioso meio comunicação católica.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Na Nova Jerusalém não há templo, porque o Senhor e o Cordeiro são o seu templo. Afirmação surpreendente. Fala-se do mundo novo já presente como início na Igreja terrena, mas que se realizará em plenitude na Igreja celeste. A realidade futura não terá mais necessidade daquilo que na terra é sinal e instrumento. Mas já neste mundo é preciso fazer a passagem dos sinais visíveis para os invisíveis mistérios que naqueles Deus faz conhecer e comunica. Isto implica num processo de espiritualização e de personalização que ultrapassas as perspectivas dos profetas.
Fonte: NPD Brasil em 05/05/2013

“VOU, MAS VOLTAREI A VÓS...”

“... Para seguir o caminho de Jesus é preciso ama-lo e guardar sua Palavra. Quem ama Jesus e O escuta, identifica-se com Ele, isto é, vive como Ele, na entrega da própria vida em favor dos homens… Ora, viver nesta dinâmica é estar continuamente em comunhão com Cristo e com o Pai. O Pai e Jesus, que são um, estabelecerão a sua morada no discípulo; viverão juntos, na intimidade de uma nova família.
Para que os discípulos possam continuar a percorrer esse “caminho” no tempo da Igreja, o Pai enviará o “paráclito”, isto é, o Espírito Santo. A palavra “paráclito” pode traduzir-se como “advogado”, “auxiliador”, “consolador”, “intercessor”. A função do “paráclito” é “ensinar” e “recordar” tudo o que Jesus propôs. Trata-se, portanto, de uma presença dinâmica, que auxiliará os discípulos trazendo-lhes continuamente à memória os ensinamentos de Jesus e ajudando-os a ler suas propostas à luz dos novos desafios que o mundo lhes colocar. Assim, os crentes poderão continuar a percorrer, na história, o “caminho” de Jesus, numa fidelidade dinâmica às suas propostas. A comunidade cristã e cada homem tornam-se a morada de Deus: na ação daquele que tem fé revela-se o Deus libertador, que reside na comunidade e no coração de cada fiel e que tem um projeto de salvação para o homem.
A última parte do texto que nos é proposto contém a promessa da “paz”. Desejar a “paz” (“shalom”) era a saudação habitual à chegada e à partida. No entanto, neste contexto, a saudação não é uma despedida, pois o Mestre não vai estará ausente. O que Jesus pretende é inculcar nos discípulos apreensivos a serenidade e evitar-lhes o temor. São palavras destinadas a tranquilizar seus seguidores e a assegurar-lhes que os acontecimentos que se aproximam não porão fim à relação entre Jesus e a sua comunidade. As últimas palavras referidas por este sublinham que a ausência de Jesus não é definitiva, nem sequer prolongada. De resto, os discípulos devem alegrar-se, pois a morte não é uma tragédia sem sentido, mas a manifestação suprema do amor de Jesus pelo Pai e pelos homens.”
(Comentário extraído do site: www.dehonianos.org)
Fonte: NPD Brasil em 26/05/2019

GUARDAR A PALAVRA

A liturgia da Palavra de hoje dá continuidade à leitura das palavras proferidas por Jesus ao se despedir de seus discípulos, conforme o evangelista João. É sensato pensar que os discípulos, mesmo após a alegre experiência da ressurreição do Mestre, ainda permaneciam com muitas interrogações acerca da continuidade do seu projeto. Certamente, a lembrança da paixão e morte daquele que seguiram com entusiasmo, também os amedrontava, a realidade socio-religiosa se apresentava refratária ao modo de viver de Jesus, e seus líderes reagiram com uso de violência desmedida.
Nesse contexto ressoa a palavra norteadora do Ressuscitado: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra” (Jo 14,22). Guardar a palavra significa aceitar a grande lição de amor deixada por Jesus ao enfrentar as forças contrárias aos seu projeto com a entrega da própria vida. Essa palavra viva não é de fácil compreensão e consequente aceitação, pois mesmo no grupo dos discípulos havia quem pensava que a superação da violência passava pelo uso da violência.
Nesse sentido, é esclarecedor quando Jesus diz: “Minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá” (Jo 14,27). A paz só pode ser semeada com ações pacíficas, nascidas de corações pacificados, reconciliados, nos quais reina a certeza da vitória da vida sobre a morte. Assim, a palavra viva do Ressuscitado norteou os seus seguidores na continuidade da missão, em momentos de perseguição ou na resolução de conflitos internos como se vê nos versículos dos Atos dos Apóstolos proclamados na primeira leitura. E levou-os a perceberem que guardar e viver a Palavra do Ressuscitado é o alicerce para a edificação da “Cidade santa” (Ap 21,10), ou para o estabelecimento do Reino de Deus na atualidade.
Hoje, a palavra paz expressa os grandes anseios das pessoas na sociedade brasileira. Os conflitos e a violência que se dissemina tende a corroborar uma “cultura de violência” com soluções baseadas na violência e força aos problemas desta ordem. Jesus venceu os males entregando-se por amor. Esta palavra de Jesus tem o poder de afugentar os medos, condição fundamental para que a “cultura da paz” seja acolhida num ambiente de pluralismo e de conflitos. Que o testemunho dos discípulos do Ressuscitado alicerce esta cultura geradora de vida!
Dom Luiz Carlos Dias
Bispo Auxiliar de São Paulo
Fonte: NPD Brasil em 26/05/2019

Comentário do Evangelho

O Sopro de Deus em nós

O trecho do evangelho deste domingo é parte do discurso de despedida de Jesus (13,31–14,31). Trata-se, aqui, de encorajar os discípulos para que não desanimem ante as perseguições, paixão e morte de Jesus. A paz que o Senhor oferece para a missão e a constância dos discípulos é a sua própria vida, pois ele é o “fazedor de paz” (Mt 5,9), o “príncipe da paz” que, entrando em sua cidade, Jerusalém, reconciliou pela sua entrega a humanidade com Deus. A paz é um dos primeiro dons do Cristo Ressuscitado. O Senhor promete a sua volta: “Voltarei a vós” (Jo 14,28). Não se trata de retorno à vida terrestre. A missão do Espírito Santo é tornar o Cristo presente a nós e sua palavra viva em nós. No Espírito Santo, a partida de Jesus não é sentida como ausência, pois ele estará conosco “todos os dias até os fins dos tempos” (Mt 28,20). O Espírito Santo, dom de Deus, não permite que a palavra de Jesus fique sem sentido ou caia no esquecimento; o Sopro de Deus em nós ensina e recorda tudo o que Jesus disse. A fé é necessária para manter viva em nós a Palavra do Senhor e não sucumbirmos diante das dificuldades na realização da missão, que é participação na missão daquele que, enviado pelo Pai, passou por este mundo fazendo o bem, sofreu a paixão e morreu crucificado, mas ressuscitou ao terceiro dia.
O Apocalipse, livro escrito em fins do primeiro século, busca encorajar os cristãos a permanecerem firmes na fé e a guardarem a palavra de Cristo em meio à perseguição. A Igreja, lugar da habitação de Deus, é iluminada pelo Senhor: “A cidade não precisa de sol nem de lua que a iluminem, pois a glória de Deus é a sua luz, e a sua lâmpada é o Cordeiro” (Ap 21,23). A Igreja, fiel ao Senhor, não tem o que temer, pois o Senhor está no seu meio qual uma luz. Sob essa luz nenhum mal pode se esconder, e não há o que possa levá-la a tropeçar. A luz de Deus e do Cordeiro desvela as armadilhas do mal, as falsas doutrinas que buscam se impor como verdadeiras e necessárias. A questão sobre a circuncisão dos pagãos, como, queriam alguns, necessária para a salvação, leva os apóstolos a darem uma resposta apostolicamente criativa e teologicamente brilhante. É um duplo problema que está presente na questão apresentada: o da unidade da Igreja e o da salvação. Para a unidade da Igreja é fundamental a aceitação da diferença – a unidade só é possível por causa da diferença. Em segundo lugar, não é a Lei que salva, mas a fé em Jesus Cristo.
Que neste dia, o primeiro da semana, sejamos iluminados para que todos os demais dias sejam vividos neste mesmo clarão.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito de iluminação, ensina-me e recorda-me todos os ensinamentos do Mestre Jesus, para que eu possa vivê-los com mais fidelidade.
Fonte: Paulinas em 05/05/2013

Vivendo a Palavra

Com o reiterado apelo para que não tenhamos medo, Jesus nos deixa a sua Paz – diferente da paz que o mundo oferece – e nos promete a companhia do Espírito Santo até o fim dos tempos. A nossa entrega ao Espírito nos dá a Paz verdadeira e coragem para anunciar ao mundo a chegada do Reino de Deus.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/05/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus promete que Ele e o Pai virão e farão em nós sua morada. Guardemos a sua Palavra e nada poderá nos perturbar. Não tenhamos medo. Acolhamos com alegria e gratidão a Paz que Cristo nos trouxe, não para mantê-la fechada no cofre do nosso egoísmo, mas para anunciá-la ao mundo e partilhá-la com os companheiros do Caminho.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/05/2019

Reflexão

CRISTO PRESENTE NA COMUNIDADE

O evangelho deste domingo faz parte do discurso de despedida de Jesus. A sua despedida, porém, não significa ausência; ele assegura sua presença mediante a Palavra e o Defensor.
Jesus disse: “Quem me ama guardará minha palavra, o meu Pai o amará e viremos e faremos morada nele”. Quem acolhe e observa sua palavra experimenta a proximidade dele e de seu Pai. Eles virão estabelecer morada com o discípulo, “viverão juntos na intimidade da nova família”. O Vaticano II disse que Jesus está presente na palavra proclamada na celebração. Na Bíblia, “o Pai que está nos céus vem amorosamente ao encontro dos seus filhos, a conversar com eles” (DV 21).
A vivência da palavra se expressa na vivência do amor. Deus se torna presente na comunidade e em cada um de nós mediante o amor. Amar a Jesus é aproximar-se dele para identificar-se com ele e com o seu projeto de vida. O gesto concreto do amor a Jesus expressa-se no amor ao próximo. Cada pessoa que ama torna-se morada de Jesus e do Pai e manifesta a presença de Deus.
A função do Defensor, do Espírito Santo, é iluminar, animar e dirigir a Igreja de Jesus ao longo dos séculos. Por meio dele, Jesus continua a agir entre nós e nos faz entender e testemunhar o seu projeto. O Espírito é quem nos ensina e nos faz recordar o compromisso com Jesus e com os irmãos. Ele nos dá força e coragem para continuar a missão na construção do reino de Deus.
O reino de Jesus é um reino de paz e harmonia entre os seres humanos. Todos os que são morada de Deus e amam a Jesus tornam-se construtores da paz, bem messiânico por excelência. A presença do Espírito nos leva a viver e buscar a paz do Ressuscitado. Paz que não é apenas ausência de guerra e de violência, mas é sobretudo o que a palavra hebraicashalom significa: bem-estar, desfrutando o necessário para viver com dignidade, na harmonia consigo, com os outros e com Deus.
Pe. Nilo Luza, ssp
Fonte: Paulus em 05/05/2013

Reflexão

O texto deste sexto domingo da Páscoa está no contexto da última ceia e faz parte do grande discurso de despedida de Jesus. Apresenta alguns valores importantes para os seguidores do Mestre: a vinda do Filho e a morada de Deus; a tarefa do Espírito na vida da comunidade; a paz messiânica. Quem observa a mensagem de Jesus responde ao seu amor. Diante disso, o Pai e Jesus estabelecem sua morada no discípulo, vivendo juntos como nova família. Jesus é o laço de união entre o Pai e cada seguidor seu. A função do Espírito na comunidade é ensinar e lembrar. Faz recordar e compreender o que Jesus ensinou durante sua vida terrena. O Espírito é memória sempre atualizada da prática de Jesus em todos os tempos e lugares. Por meio dele, podemos distinguir o que leva a construir o Reino de Deus e o que se opõe a ele. Ao se despedir, Jesus oferece o dom da paz aos seus. Não a “pax romana”, que era a paz da opressão e da morte, praticada pelo poder dominante, mas a paz que plenifica a vida e que é fruto da justiça. Viver a “paz de Jesus” é não se comprometer com os esquemas de violência e dominação. Numa palavra, é viver os valores do projeto de Jesus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 26/05/2019

Reflexão

O texto do sexto domingo da Páscoa faz parte do grande discurso de despedida de Jesus. São algumas orientações que o Mestre deixa para os seus seguidores, para que nunca se esqueçam de pô-las em prática depois de sua despedida. São valores muito importantes que nunca devem ser esquecidos por quem se diz cristão. O amor a Jesus se concretiza na acolhida e no amor a sua palavra, que deve ser guardada no coração para nunca ser esquecida. É através dela que ele permanecerá para sempre em nosso meio. Sua presença na palavra é comparada a sua presença na Eucaristia. Palavra que precisa ser amada quanto amamos a Eucaristia. Jesus revela a mensagem que vem do próprio Deus. Ele é o laço de união entre o Pai e cada seguidor seu. Acolhendo e amando a palavra do Mestre, estaremos formando comunhão de vida com ele e também com seu Pai. Jesus tranquiliza seus discípulos, prometendo-lhes o dom do Espírito Santo. A função do Espírito na comunidade é ensinar e lembrar. Faz recordar e compreender o que Jesus ensinou durante sua vida. É a memória sempre atualizada da prática de Jesus em todos os tempos e lugares.  Além disso, promete a paz, dom por excelência. Paz que plenifica a vida e que é fruto da justiça. Viver sua paz é rejeitar esquemas de violência e dominação.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Meditando o evangelho

O ESPÍRITO VERDADEIRO

Num contexto de ódio e de perseguição, a promessa feita por Jesus de dar aos discípulos o Espírito da Verdade reveste-se de suma importância. Foi a forma de protegê-los contra o erro e a mentira, ciladas montadas pelo mundo para desviá-los do bom caminho. Sem esta ajuda salutar, com muita probabilidade, deixar-se-iam levar pelas sugestões do falso espírito, chegando a renegar sua condição de discípulos. Pois, enquanto o Espírito da Verdade conduz ao Deus verdadeiro, o espírito da mentira conduz aos falsos deuses, aos ídolos.
O Espírito é designado como Paráclito, ajudante dos discípulos de Jesus. Assim, não seriam deixados à própria sorte, numa espécie de perigosa orfandade. A presença do Espírito de Verdade junto deles daria continuidade à de Jesus. Eles teriam sempre a quem recorrer, pois o Espírito estaria neles e "com eles para sempre".
A comunidade cristã sempre correria o sério risco de ser levada pelo espírito da mentira. Por isso, precisava da presença constante do Espírito da Verdade para manter-se sempre no bom caminho. Quanto maior esse risco, tanto mais necessária fazia-se a presença desse Espírito que conduz à verdade e à vida. Ele haveria de ser uma luz a expulsar as trevas, de modo a permitir aos discípulos caminhar com segurança rumo à casa do Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, concede-me o dom do teu Espírito que, como luz, dissipa as trevas e me faz caminhar seguro pelos caminhos de teu Filho Jesus.
Fonte: Dom Total em 26/05/2019

Meditando o evangelho

SOB A GUIA DO PARÁCLITO

Pensando em sua ausência futura, Jesus tomou providências para que os seus discípulos não se sentissem abandonados, ao se verem entregues à missão, sem a presença física de seu Mestre. Esta sua falta, no entanto, haveria de ser compensada com a presença do Paráclito - o Defensor - que daria continuidade ao papel desempenhado por Jesus, junto aos discípulos.
O Paráclito iria ensinar-lhes todas as coisas, outrora transmitidas por Jesus, e recordar-lhes todas as orientações transmitidas. Ou seja, assumiria a função magisterial, antes desempenhada pelo Mestre. Os discípulos não teriam necessidade escolher um dos membros do grupo como mestre dos demais. Todos continuariam a ser discípulos do Mestre Jesus, pela mediação do Paráclito.
Por conseguinte, não deveriam esperar novidades por parte do Paráclito. Sua missão consistiria em fazê-los compreender, sempre mais e melhor, o que já havia sido transmitido por Jesus, mas, quiçá mal assimilado. O Espírito Santo iluminaria, aprofundaria e atualizaria as palavras do Filho de Deus, nos contextos plurais de desempenho da missão. Em cada circunstância concreta, as palavras do Senhor haveriam de revestir-se de apelos novos, pela luz oferecida pelo Paráclito.
O discípulo não pode dispensar o auxílio do Paráclito se deseja conservar sua fidelidade ao Senhor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de iluminação, ensina-me e recorda-me todos os ensinamentos do Mestre Jesus, para que eu possa vivê-los com mais fidelidade.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O ESPÍRITO QUE ENSINA!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Tive um amigo que era “fera” em ciências exatas, conhecia e sabia de cor conceitos e fórmulas de matemática, física e química, que assombrava os professores e a todos nós da sua classe, que morríamos de inveja quando o víamos tirar notas altas nessas matérias, sem nunca ser preciso fazer a prova final porque bem antes de encerrar o ano letivo, já tinha fechado todas essas matérias.   Findo o segundo grau, prestou vestibular para engenharia sem fazer nenhum cursinho e de maneira brilhante obteve classificação para cursar engenharia. Em certa ocasião encontrei-o na empresa, prestando serviço como auxiliar administrativo em uma renomada empreiteira de montagens industriais e ao perguntar-lhe por que trabalhava como auxiliar se já era engenheiro formado, respondeu-me que queria especializar-se nessa área e que este aprimoramento profissional só era possível se tivesse a prática e daí sim, estaria habilitado para exercer aquela profissão “Na teoria é uma coisa, na prática é outra”, disse-me sorrindo, ao concluir a nossa conversa.
É este precisamente o ensinamento do evangelho desse Sexto domingo da Páscoa: passarmos da teoria à prática da verdadeira religião, que nada mais é do que o amor na relação com Deus e com o próximo, porque parece que as nossas comunidades cristãs, algumas um pouco mais, outras um pouco menos, são todas bem parecidas com o meu amigo dos tempos de escola, vive-se muito uma religião teórica, um amor teórico, nossos conceitos de religião e de amor, segundo o evangelho que aprendemos na catequese e que ouvimos em cada celebração, são os mais belos e verdadeiros, tanto é verdade que Jesus Cristo é conhecido e admirado por milhões e milhões de pessoas no mundo inteiro, dentro e fora das igrejas.
E essa praticidade seria impossível se não fosse à ação do Espírito Santo, que de maneira ininterrupta, 24 horas nos ensina e nos recorda as palavras de Jesus, sem essa ação do Espírito Santo, a Sagrada Escritura e particularmente o Novo Testamento, não passaria de belos conceitos e fórmulas de “Como se Viver Bem” com a gente mesmo, com os outros e com Deus, uma espécie de manual com instruções práticas sobre um eletro doméstico, desses que deixamos empoeirar, esquecido no fundo de uma gaveta. O Espírito Santo não nos ensina algo novo e diferente do que Jesus nos ensinou, mas ele atualiza a palavra em nossa vida, dando-nos a resposta que precisamos diante de certos acontecimentos ou situações, que o Jesus Histórico não viveu, pois naquele tempo não tinha TV, Celular, Internet, avião, naves espaciais, tecnologia avançada, aborto, divórcio, violência, corrupção, tráfico de drogas, globalização, essas e outras coisas são realidades do nosso tempo, diante das quais, o ensinamento de Jesus tem sempre uma resposta que é atual e verdadeira, pela ação do Espírito Santo.
Mas o Espírito Santo só age em nossa vida se já tivermos ouvido e guardado a Palavra de Jesus, que é a Palavra do Pai, mesmo porque, as três pessoas da Santíssima Trindade nunca agem isoladamente, mas sempre juntas, em perfeita comunhão. O Espírito Santo não é apenas um lado de Deus, mas é Deus por inteiro e, portanto, não faz mágica, mas sua ação está intimamente ligada ao Pai e ao Filho. E o amor a Deus e ao próximo, é o sinal de que guardamos a Palavra de Jesus, é por isso mesmo que o evangelho coloca a prática desse amor como “Carro Chefe de Tudo”, porque todo o ensinamento de Jesus, suas palavras e obras, revelam ao homem essa Verdade absoluta que é o amor de Deus, e para estar nele com ele e com o Pai, não há outro caminho que não seja o do amor.
A presença de Deus em nós não está condicionada às práticas religiosas, grandiosas liturgias e arrebatamentos celestiais, mas a vivência do amor, porque a liturgia eucarística nada mais é do que a celebração do Amor que se encarnou no meio dos homens e quem faz do cristianismo, apenas o cumprimento de preceitos e práticas religiosas, fica apenas na teoria, sabe tudo, conhece tudo, mas não vive a principal verdade revelada por Jesus, que é o amor. Isso é tão claro para o evangelista João, que ele irá dizer para sua comunidade, que “Deus é Amor”. A Paz que Jesus dá ao mundo, a partir dessa verdade, não é a paz do comodismo, da ausência dos problemas, das dificuldades e desafios. Não existe uma comunidade assim, mas a Paz significa essa presença de Deus em nossa vida por isso o nosso coração não deve se perturbar nem ter medo.
Trata-se, portanto, de uma paz inquietante, que questiona e que busca algo de belo, na plenitude que só Jesus pode nos dar, é dom, mas também conquista ao mesmo tempo, está sujeita aos conflitos na relação com o mundo porque busca algo que o mundo não pode nos dar. O mundo quer nos convencer do contrário, mas quando amamos e guardamos no coração a Palavra de Jesus, podemos contar com o melhor de todos os advogados: o Espírito Santo, que nos transforma em evangelho vivo! (VI domingo da Páscoa)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Que o mundo creia
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus recomendou a prática da caridade e hoje recomenda a unidade de seus discípulos com ele e entre si. Esta é a Igreja de Jesus segundo o Evangelho de João: todos unidos a Jesus e todos unidos entre si. Todos igualmente discípulos. Os escritos joaninos demonstram grande preocupação com a unidade dos membros da comunidade.
Havia divisões entre eles. Alguns, exaltando a divindade, diminuíam a humanidade de Cristo. Para eles, Cristo era Deus com aparência humana. Não era verdadeiro homem. Além disso, a comunidade joanina tinha sido excluída do judaísmo, sofria perseguições dos romanos, não tinha a estrutura das demais comunidades apostólicas. Precisava de uma força de coesão interna muito forte, o que os escritos joaninos procuravam dar-lhe. Rezando ao Pai, Jesus pedia “que eles sejam um, como nós somos um: eu neles, e tu em mim, para que sejam perfeitamente unidos, e o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste como amaste a mim”.
Ser um como Jesus e o Pai são um. Eis um projeto vocacional de altíssima qualidade. A unidade deve ser uma qualidade dos discípulos de Jesus. E tal unidade se realiza primeiramente nele mesmo. Somos um enquanto estamos todos unidos a ele. Embora haja ruptura da paz, a caridade se mantém quando o fim é o mesmo. O fim último de todos os cristãos é a pessoa de Jesus Cristo.
Nele nos encontramos todos. Quanto ao caminho, quanto aos meios, divergimos e rompemos a paz. Entre nós a paz existe quando concordamos com o mesmo caminho para atingir o mesmo fim. A paz se rompe quando não estamos de acordo com os meios para o fim que nos propusemos.
Se estivermos de fato voltados para Cristo, viveremos o seu mandamento de amor. Podemos não estar de acordo em tudo, mas saberemos nos respeitar e nos amar. Inaceitável é querer ser de Cristo e não querer conviver com o diferente. Caridade e unidade, eis o projeto de vida dos cristãos.
Fonte: NPD Brasil em 26/05/2019

REFLEXÕES DE HOJE

6º DOMINGO da PÁSCOA

Fonte: Liturgia Diaria Comentada2 em 26/05/2019

HOMILIA DIÁRIA


Postado por: homilia
maio 5th, 2013

As grandes experiências do autor do Apocalipse são provocadas pela ação do Espírito. Já no capítulo 1, versículo 10, “movido pelo Espírito, ele experimentou o Cristo ressuscitado no coração das comunidades. Agora, no capítulo 21, versículo 10, “em espírito”, Ele é conduzido a uma montanha grande e alta a fim de ver a cidade santa, Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus. Na Bíblia, com muita frequência, a montanha é o lugar onde se experimenta a presença de Deus.
A Jerusalém celeste é a nova sociedade nascida do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. É dom de Deus, mas é, também, resultado das lutas do povo por justiça e liberdade.
O Apocalipse afirma que a nova sociedade é a prostituta transformada pela força do Evangelho. A mensagem que ele nos dá é esta: não se trata de esperar que a Jerusalém celeste se concretize na consumação final, pelo contrário, é hora de por mãos à obra e, pelo Evangelho, transformar em esposa do Cordeiro a Prostituta, que é a sociedade em que vivemos e com a qual, em maior ou menor escala, todos nós nos prostituimos. Não se trata de destruir este mundo para refazê-lo do nada. Trata-se, antes, de renovar radicalmente este mundo, mudando todas as relações.
O texto apresenta algumas características da nova sociedade:
1 – É radiante da glória de Deus, ou seja, é a manifestação visível e luminosa da presença de Deus na humanidade.
2 – Ela brilha como uma pedra de jaspe cristalino.
3 – Ela tem uma grande muralha com doze portas. É uma sociedade proposta e aberta a todos. É a sociedade que irá por em prática o projeto de Deus anunciado desde o Antigo Testamento, manifestado plenamente em Jesus e confiado aos apóstolos do Cordeiro.
Não há nela nenhum Templo. No Antigo Testamento, o Templo de Jerusalém era o lugar onde o povo se encontrava com Deus, sobretudo mediante as celebrações e sacrifícios, oficiados pelos sacerdotes. A nova sociedade não precisa mais de liturgia ou de mediações religiosas, políticas e econômicas. A única e verdadeira liturgia da nova humanidade é a vivência do projeto de Deus, o sacerdócio do povo de Deus e o sacerdócio do Cristo se fundem numa única realidade, pois a humanidade como um todo contempla a Deus face a face. Deus e o Cordeiro, vivendo em meio a seu povo, são a luz da sociedade que nasce da experiência do Espírito. Enquanto não chegar o momento de dispensarmos liturgias e mediações, sejam elas de qualquer gênero ou espécie, fiquemos atentos às autênticas experiências que o Espírito nos sugere.
+ Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)
Fonte: Canção Nova em 05/05/2013

HOMILIA DIÁRIA

O Espírito Santo de Deus habita em nosso coração

Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada” (João 14,23).

A verdade é que Deus quer morar em nós, Ele quer viver em nós. O Pai virá com o Filho morar em nós e, mais do que isso, Deus enviará sobre nós o Seu Espírito. O Espírito do Pai que é o Espírito do Filho, é o Espírito Santo que virá em nome de Jesus para nos ensinar todas as coisas. Precisamos ser morada de Deus.
A graça que o batismo concedeu a cada um de nós foi, justamente, fazer de nós o lugar da morada de Deus, porque o Espírito habita em nós, ele vive em nós, agora é preciso dar lugar a Deus, é preciso dar lugar ao Espírito. É preciso abrir-se para que ele permaneça em nós e sejamos fiéis à graça dele na nossa vida.
Amar a Deus é guardar a Sua Palavra. Estamos ouvindo a Palavra de Deus que vem ao nosso encontro. Que atenção precisamos dar? Que diligência precisamos ter? Que aplicação preciso, de fato, ter em relação à Palavra do Senhor para ouvi-La, meditá-la e, sobretudo, guardá-la?
Guardar não é ficar lembrando dessa ou daquela Palavra, mas permitir que ela vá nos transformando, vai nos mudando e direcionando o nosso viver.
Muitas vezes, não conseguimos mudar certos comportamentos e atitudes na nossa própria vida, mas, aqui, não podemos abrir mão da graça de Deus, abrir mão do Espírito que habita em nós. É o Espírito primeiro que vai nos convencendo, depois, vai nos direcionando e nos inclinando para o bem e tirando essa inclinação do mal que há dentro do nosso coração.

Não podemos abrir mão da graça de Deus, abrir mão do Espírito que habita em nós

Temos uma inclinação para a arrogância, e quando o Espírito está em nós e permitimos ele agir em nós, ele vai rompendo os laços do orgulho, da soberba e da arrogância em nossa vida, ele vai nos tornando humildes. Se nos falta humildade na vida, é porque nos falta abertura a ação do Espírito.
Sermos homens e mulheres do Espírito não é somente falarmos línguas diferentes, profetizarmos no nome do Senhor, mas é permitirmos a ação do Espírito frutificar em nós em gestos, palavras, em transformação interior. A graça de reconhecer o que somos é permitir que o Espírito faça em nós aquilo que ele faz quando a alma se abre à sua ação. Por isso só podemos suplicar: “Senhor, habita em mim. Senhor, viva em minha vida e transforma-me num homem novo”.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaboradodo Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 26/05/2019

Oração Final
Pai Santo, que se fazendo humano em Jesus de Nazaré quiseste mergulhar na maravilhosa experiência de nossa Vida, faze-nos compreender o exemplo de Teu Filho Unigênito para que, com amor e gratidão, possamos seguir os seus passos nesta terra. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/05/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos a tua Paz e nos faz mensageiros dela neste tempo que nos dás para viver nesta terra encantada. Infunde em nós a ousadia de anunciá-la para um mundo que não A conhece e que busca a felicidade por caminhos que não são os do teu Reino. Faze-nos discípulos missionários do Amor, seguidores de Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/05/2019

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