quarta-feira, 20 de abril de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 17/04/2022

ANO C


PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO

Jo 20,1-9

Vivendo a Palavra

O mistério da Ressurreição desafia a compreensão humana pobre e limitada. Exige a entrega espontânea e incondicional; exige que vençamos a tentação de racionalizar a Verdade – que a fé anuncia, a esperança assegura e o amor pede que, cheios de gratidão, partilhemos generosamente com os irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/03/2013

VIVENDO A PALAVRA

O mistério da Ressurreição desafia a compreensão humana pobre e limitada. Exige a entrega espontânea e incondicional; exige que vençamos a tentação de racionalizar a Verdade – que a fé anuncia, a esperança assegura, e o amor pede que, cheios de gratidão, partilhemos generosamente com os irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/04/2019

Reflexão

O texto narra o primeiro relato da ressurreição de Jesus segundo o Evangelho de João. São três as principais personagens dessa cena: Maria Madalena, Pedro e o outro discípulo. A mulher é a primeira a despertar e se dirigir ao túmulo. Diante dele, vê que a pedra da entrada foi removida. Depois disso, volta e anuncia o fato aos discípulos. Dois deles vão comprovar se é verdade o que ela disse. Ao chegar ao túmulo, Pedro entra e constata a ausência do morto; o outro discípulo entra, constata e crê no que viu. O relato tem o objetivo de mostrar que Jesus não está mais preso à morte. O lugar do Ressuscitado não é mais o túmulo, mas a comunidade. Sem entender muito, Maria Madalena é a primeira anunciadora da ressurreição do Mestre. Os dois discípulos andam juntos; o outro, porém, chega antes ao sepulcro e espera por Pedro antes de entrar. Os três precisam ainda burilar a fé sobre os últimos acontecimentos da vida de Jesus, principalmente a questão da ressurreição. Diante de tantos sinais de violência e morte e de tantas amarras que impedem a vida de florescer em plenitude, às vezes somos um pouco como os discípulos: incrédulos na ressurreição. Acolhamos a Boa Notícia da ressurreição de Jesus e deixemos que a misericórdia de Deus nos renove e nos torne canais capazes de “irrigar a terra e fazer florir a justiça e a paz” (papa Francisco).
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus  em 21/04/2019

Reflexão

Primeiro dia da semana nos remete ao Gênesis, quando descreve a criação. A partir da ressurreição de Jesus, nasce nova criação, nova humanidade. Maria Madalena madruga para se dirigir ao túmulo e constata que o corpo já não se encontra lá. Assustada, volta para dar a notícia aos discípulos. Pedro e o outro discípulo correm ao sepulcro e confirmaram o anúncio de Maria. Os dois veem as mesmas coisas, mas têm percepções diferentes. Pela posição das faixas e do pano, creem e concluem que Jesus não é mais prisioneiro das mortalhas e seu corpo não foi roubado, o túmulo fora apenas lugar de descanso do corpo de Jesus. Naquele primeiro dia da semana, aconteceu algo extraordinário que somente quem tem fé e muito amor consegue descobrir e crer. O discípulo amado nos dá o testemunho de que é possível crer e apostar na superação dos sinais de morte, para que a vida resplandeça em toda sua beleza e plenitude. É possível desatar as amarras que não deixam a vida florescer. A ressurreição de Jesus é a certeza de que é possível promover a vida, colaborando para que a nova humanidade aconteça. Deus é amigo da vida, por isso ressuscita seu filho Jesus, libertando-o das trevas da morte. A ausência do cadáver é sinal de alegria e nova vida.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Meditando o evangelho

O SEPULCRO VAZIO

Os discípulos começaram a se dar conta da ressurreição do Senhor, ao se depararem com o sepulcro vazio. Maria Madalena, alarmada, pensou que o corpo de Jesus tivesse sido retirado, à surdina, e colocado num outro lugar. Pedro, tendo acorrido para se inteirar dos fatos, apenas constatou onde estavam o lençol e os demais panos com que Jesus havia sido envolvido. O discípulo amado, este sim, começou a perceber que algo de muito extraordinário havia acontecido. Por isso, foi capaz de passar da constatação do sepulcro vazio à fé: "Ele viu e acreditou".
O sepulcro vazio, por si só, não podia servir de prova para a ressurreição do Senhor. Seria sempre possível acusar os cristãos de fraude. Poderiam ter dado sumiço ao cadáver de Jesus, e sair dizendo que ele ressuscitara. Era preciso ir além e descobrir, de fato, onde estava o corpo do Mestre.
O discípulo amado, de imediato, cultivou a esperança de encontrar-se com o Senhor. Sua fé consistiu na certeza de que o Mestre estava vivo, não no sepulcro, porque ali não era o seu lugar. Senhor da vida, não poderia ter sido derrotado pela morte. Filho amado do Pai, as forças do mal não poderiam prevalecer sobre ele. Embora sem ter chegado ao pleno conhecimento do fato, a fé na ressurreição despontava no coração do discípulo amado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de ressurreição, como o discípulo amado, creio que o Crucificado venceu a morte e as forças do mal.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O SENTIDO VERDADEIRO DA PÁSCOA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A palavra Páscoa tem sua origem no hebraico “Pascha” que significa passagem, e no Judaísmo está contextualizada no fato histórico ocorrido em 1250 A.C que foi a libertação do povo hebreu da escravidão do Egito. A narrativa encontra-se no livro do Êxodo, que pertence ao Pentatêutico, conjunto dos cinco primeiros livros da Sagrada Escritura, cuja autoria é atribuída a Moisés. O ritual da páscoa judaica segue as determinações dadas pelo próprio Deus ao Sacerdote Aarão conforme Êxodo 12, 1-8.11-14 e o fato histórico, com esse caráter religioso, tornou-se para o Povo um memorial da noite em que Deus os libertou da escravidão do Egito, através de Moisés, derrotando o império do Faraó.Anteriormente a páscoa era uma Festa dos Pastores, que comemoravam a passagem do inverno para a primavera quando por ocasião do degelo, e surgindo a primeira vegetação à luz do sol, os animais deixavam suas tocas, sendo essa a origem do Coelhinho da Páscoa e do ovo, que ao ter a sua casca quebrada deixa romper a vida que há dentro dele.
A libertação do Povo da escravidão do Egito é o acontecimento mais importante na tradição religiosa de Israel que o tornou um memorial celebrado no ritual judaico, preceito estabelecido pelo próprio Deus, muito rico em sua simbologia.Trata-se de uma refeição feita em pé, com os rins cingidos, sandálias nos pés e o cajado na mão, como quem está de partida “comereis as pressas, pois é Páscoa do Senhor”. O sangue do Cordeiro imolado irá marcar o batente das portas dos que iriam ser salvos do anjo exterminador, e as ervas amargas lembram a escravidão e o sofrimento que o povo passou.
Jesus de Nazaré, filho de Maria e de José, tendo passado pelo rito iniciático do Judaísmo, freqüentava o templo e a sinagoga, como qualquer judeu fervoroso. Não era sua intenção fundar uma nova religião, mas sim resgatar a essência na relação dos homens para com Deus, que o judaísmo havia perdido por causa do rigorismo do seu preceito e dos seus ritos purificatórios. O fenômeno do messianismo era muito comum naquele tempo, como hoje quando surgem a cada dia novos pregadores em cada esquina, mas somente Jesus é o verdadeiro e único messias, aquele que fora anunciado pelos profetas, o Ungido de Deus, descendente da estirpe de Davi, o grande Rei porém, na medida em que Jesus vai manifestando quem ele é, e o seu modo de viver, convivendo com os pecadores impuros, curando em dia de Sábado e fazendo um ensinamento novo que estabelecia novas relações com Deus e com o próximo.
Tudo isso foi gerando um descontentamento nas lideranças religiosas que de repente começaram a vê-lo como uma séria ameaça a estrutura religiosa existente, e a expulsão dos vendedores e cambistas do templo foi a gota dágua que faltava para à sua condenação, sendo dois os motivos que o levaram à morte: o primeiro de caráter religioso, pois ele se dizia Filho de Deus e isso constituía-se uma blasfêmia diante do judaísmo, o segundo de caráter político, Jesus veio para ser Rei dos Judeus, representando uma ameaça ao augusto Cezar Soberano do império Romano.
O Povo esperava um Messias Libertador político para restaurar a realeza em Israel, que se encontrava sob a dominação dos romanos. É essa a moldura histórica dos fatos que marcaram a vida de Jesus, nos seus três anos de vida pública, desde que deixara a casa de seus pais em Nazaré e dera início as suas pregações tendo formado o Grupo dos discípulos.Logo após sua morte e ressurreição, nas primeiras comunidades apostólicas (dirigidas pelos apóstolos) se perguntava por que Jesus havia morrido? Nas reuniões que ocorriam aos domingos, porque Jesus havia ressuscitado na madrugada de um Domingo, os apóstolos faziam a Fração do Pão, recordando tudo o que Jesus fez e ensinou, concentrando suas pregações na morte e ressurreição. E assim começou-se a se fazer as primeiras anotações sobre Jesus e mais tarde, entre os anos 60 e 70, surgiram os evangelhos que revelavam, não só porque Jesus havia morrido, mas também como e onde havia nascido e de como vivera a sua vida fazendo o bem, anunciando um reino novo sempre na fidelidade e obediência ao Pai e no amor aos seus irmãos.
A Ressurreição de Jesus é um fato apenas compreensível e aceitável à luz da Fé, que é um dom de Deus concedido aos homens, pois o momento da ressurreição não foi presenciado por ninguém e o que as mulheres viram, segundo o relato dos evangelhos sinópticos, foram os “sinais” da ressurreição: túmulo vazio, os panos dobrados e colocados de lado, e ainda um personagem que dialoga com Madalena, confundido por ela com um jardineiro, que anuncia que Jesus de Nazaré não estava mais entre os mortos porque havia ressuscitado.As mulheres tornaram-se desta forma as primeiras anunciadoras da ressurreição aos apóstolos. Outra evidência foram as aparições de Jesus Ressuscitado aos seus discípulos, reunidos em comunidade conforme relato do livro do Ato dos Apóstolos. Não se tratam de aparições sensacionalistas para causar impacto e evidenciar a vitória de Jesus sobre os que conspiraram a sua morte, mas sim de um Deus vivo e solidário com os que nele crêem, para encorajar a comunidade dos apóstolos, que tiveram a princípio muita dificuldade para vencer o medo e descrença, que abateu-se sobre eles com a morte de Jesus.
A Ressurreição de Cristo está no centro da Fé cristã, que é, segundo o pensamento Paulino, a garantia de nossa ressurreição, que não pode e nem deve ser compreendida como uma simples volta a esta vida porque se trata de uma realidade sobrenatural entendida e aceita pela Fé, e não de um fato científico. O Cristo Ressurrecto apresenta um corpo glorioso! É este o destino feliz dos que crêem e vivem essa esperança que brota da Fé, pois a Vida venceu a morte!
Celebrar a Páscoa é celebrar esta Vida Nova de toda a humanidade, que irrompeu da escuridão do túmulo com o homem Jesus de Nazaré. É a passagem do pecado para a graça de Deus, das trevas para a luz, da Morte para a Vida , porque o espírito Paráclito que Cristo deu à sua igreja no dia de Pentecostes, tudo renova e permite que, caminhando na Fé, já desfrutemos, ainda que de maneira imperfeita, dessa comunhão íntima com Deus, no Cristo glorioso que nos acompanha nessa jornada terrestre, e que nos acolherá um dia na plenitude da Vida Eterna.
Uma feliz Páscoa a todos!
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. O discípulo viu e creu
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O evangelista São João dá um destaque todo especial ao Discípulo amado, que corre com São Pedro até o túmulo. O túmulo estava vazio. No entanto, do Discípulo está escrito que “ele viu e acreditou”. Ele viu o túmulo vazio e acreditou que Jesus estava vivo. O dia da ressurreição é o dia do túmulo vazio que nos leva a uma visão de fé. Quem é discípulo vê o tempo todo com os olhos da fé. A função que Pedro exerce na comunidade de Jesus não o dispensa de ser discípulo. Por isso, a última palavra de Jesus a Pedro será: “Segue-me”. O discípulo é aquele que segue o Mestre e vai com ele a qualquer lugar.
Maria Madalena também viu o túmulo vazio, mas pensou que tivessem roubado o corpo. Não reconheceu logo Jesus porque estava à procura de um corpo morto, e também porque chorava. As lágrimas impediram que ela visse o Cristo vivo, que estava de pé, diante dela. Vai reconhecê-lo quando ouvir Jesus pronunciar o seu nome. Na mesma tarde, os discípulos de Emaús, retornando tristes para casa, encontram-se com o Ressuscitado no caminho. Não o reconhecem logo. Ouvem suas palavras, sentem o coração arder enquanto ele lhes fala, mas só o reconhecerão ao partir do pão. É o Pão da Eucaristia, sem dúvida, aquele da última Ceia, mas também é o pão da partilha, acontecida por iniciativa dos discípulos.
Convidaram Jesus a ficar com eles, porque já era tarde. Pensavam que fosse um simples forasteiro, mas, sem saber, acolheram o Ressuscitado. E depois refizeram o caminho, como verdadeiros discípulos missionários que anunciam a todos a alegria que experimentaram. Começamos hoje a caminhada da Páscoa, a grande passagem deste mundo para o Pai. Caminhamos ressuscitando cada dia, fazendo do acordar o início de um novo amanhecer. Deixamos para trás o que fica para trás e seguimos adiante, em direção ao Cristo que nos aguarda. Não paramos, entregues à paralisia da morte. Andamos e seguimos adiante, apesar dos nossos pecados, apesar dos erros cometidos. Eles não têm mais peso do que a graça e não são capazes de impedir que percorramos o caminho começado. Esta seria a vitória do demônio e do pecado: a morte que paralisa. O demônio quer ver o nosso desânimo, a nossa desistência. Cristo nos quer vivos, correndo até o túmulo, percorrendo o jardim, andando até Emaús, retornando a Jerusalém.
Se Deus nos vê em movimento, sabe que estamos vivos, que a morte não foi vitoriosa, que continuamos firmes no caminho de casa. Ressuscitamos com Cristo, buscamos as coisas do alto, nossa vida está escondida com Cristo, em Deus. Diz a tradição que Pedro foi o primeiro a ver Jesus ressuscitado. Hoje, ele e o Discípulo amado, diante do túmulo vazio, viram que a morte não foi capaz de segurar Jesus. Seu corpo não estava lá. Estava vivo, ressuscitado. Hoje, firmes e inseridos na realidade em que vivemos, olhamos para cima, onde ele está entronizado, e caminhamos sem tropeçar, movidos pela energia da ressurreição.
Fonte: NPD Brasil em 21/04/2019

HOMILIA DIÁRIA


Postado por: homilia
março 31st, 2013

Aleluia! Cristo ressuscitou verdadeiramente! Venceu a morte e despojou o império das trevas, sendo vitorioso e dando-nos também a vitória. Ele venceu e também somos vencedores com Ele. Meu irmão e minha irmã, Jesus despojou o império das trevas. Somos vitoriosos, porque Deus nos deu a vitória em Jesus, Seu Filho. Não pelos nossos méritos, mas sim pela Sua graça.
Cante bem alto: “Glória a Deus nas alturas!”, o aleluia de festa, pois chegou para nós o dia sem ocaso. O sol brilha para nós apontando-nos o caminho da eternidade. Aliás, Deus sempre nos conduz em triunfo para que espalhemos o perfume do conhecimento do Senhor por todo lugar que andarmos.
Por Cristo e em Cristo somos mais que vencedores, porque por Ele passamos do fracasso, da derrota para a fortaleza, a vitória e o triunfo. Da morte para a vida. Tudo isso Deus o fez por amor!
Pode o Senhor ficar em uma cruz? Sim, Ele morreu lá por amor a você. Pode Deus permanecer em um túmulo? Não, Ele ressuscitou para que você fosse vitorioso.
Caríssimos, se somos vitoriosos, por que guardamos para nós os maus momentos? Por que os abraçamos? Por que os mantemos conosco? Os maus momentos, os maus hábitos, o modo egoísta, as mentiras, os fanatismos, os deslizes, as falhas… Por que mantemos tudo isto conosco? Precisamos deixar todo este lixo aos pés da cruz! Podemos fazer isso, porque Deus quer! Ele quer que façamos isto, porque sabe que não podemos viver como Ele. Só Ele é Santo. É a cruz e o túmulo vazio que nos santifica. Devemos deixar os maus momentos na cruz e caminhar com Ele em vitória, pois Jesus não ficou no túmulo. A pedra foi removida. Deus faz mais que perdoar os pecados, Ele os remove.
A Ressurreição é o motivo principal da pregação do Evangelho. O evento que encheu o coração dos discípulos de esperança e os tornou mensageiros do Evangelho da graça foi a visão do sepulcro vazio. A aurora do primeiro dia suscitou um novo ânimo aos decepcionados. Ora, se Cristo ressuscitou de fato, então há perspectiva para uma humanidade transtornada pelo pecado.
Jesus Cristo ressuscitado é o Senhor e Salvador dos pecadores desenganados. A Ressurreição de Cristo Jesus é a prova evidente que a morte foi vencida e o pecado perdeu sua força de condenação. A história da Crucificação não termina com um funeral, mas com um festival de Aleluia. O anjo anunciava às mulheres com júbilo: “Ele não está aqui; ressuscitou como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia” (Mateus 28,6).
A pregação verdadeira do Evangelho começa com a visão convincente da morte e ressurreição de Cristo. As testemunhas são as únicas pessoas que podem, falar de fato, daquilo que presenciaram. Pedro e João, quando estavam sendo ameaçados pelas autoridades judaicas, para que não pregassem a Jesus ressuscitado, disseram: “Pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (Atos 4,20).
Se a morte de Jesus trouxe desesperança para os Seus discípulos, Sua ressurreição originou uma torrente de esperança capaz de enxergar por entre nuvens espessas. Já que Cristo ressuscitou, não há mais barreira que impeça a efetivação de Suas promessas.
Só o milagre do túmulo vazio poderia encher o coração dos discípulos da certeza da salvação. A regeneração do homem pecador é um produto da Ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pedro 1,3).
A visão espiritual do túmulo vazio, produzida pela fé, por meio da Palavra de Deus,  garante-nos uma certeza inconfundível de que a nossa salvação é dom gracioso, que nos motiva ao testemunho. Como insistia Thomas Brooks: “uma alma dominada pela certeza não está disposta a ir para o céu sem companhia”.
A falta de convicção inabalável da obra salvadora por meio de Cristo Jesus é o principal agente da apatia na pregação. Sem a firmeza do Evangelho não há como pregar-se, com confiança, a sua mensagem. Muitos apregoam um sistema religioso com a presunção de estar pregando o Evangelho. Mas somente a segurança da Ressurreição de Cristo, bem como da nossa ressurreição com Cristo, pode assegurar uma pregação legítima do Evangelho autêntico.
As mulheres que foram ver o sepulcro onde Jesus havia sido sepultado saíram de lá ao romper da manhã, ainda que atônitas, com duas certezas: primeiro, não havia cadáver na tumba. A fé cristã começa no primeiro dia da semana, nas primeiras horas do dia, com uma certeza da vitória. A morte foi vencida e o Salvador não é um defunto.
Devemos deixar os nossos maus momentos na cruz e também os momentos ruins dos nossos irmãos que chegam até nós. Devemos amá-los. Se amamos a Deus, amamos os nossos irmãos. Como podemos nos chegar diante de Deus e pedir perdão, se nós não perdoamos os nossos irmãos?
Coisas do passado sempre são trazidas ao presente. Como alguns têm boa memória para os erros alheios e péssima memória para a mudança dos seus irmãos. Pare de se prender aos erros do passado! Olhe para o fruto que pode brotar no coração do seu irmão. Assim como você ressuscitou com Cristo e é nova criatura, também o seu irmão é em Cristo e com Cristo uma nova criatura!
Abandone seus pecados antes que eles contaminem você. Abandone o rancor, antes que ele o incite à raiva e contenda. Entregue a Deus sua ansiedade antes que ela o iniba de caminhar com fé. Dê a Deus os seus momentos ruins. Se você deixar com Ele momentos ruins, só sobrarão bons momentos; então, Cristo terá ressuscitado em você. E se Ele ressuscitou em você, já não é você que vive, mas é Cristo que vive no seu corpo. E se Cristo vive em você, em você tudo é santo, porque está envolvido pela luz d’Aquele que verdadeiramente ressuscitou.
Feliz Páscoa!
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 31/03/2013

HOMILIA DIÁRIA

Ressuscite com Cristo e busque as coisas do Alto

“No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. Então, ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: ‘Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram’” (João 20,1-2).

Meus irmãos e minhas irmãs, para ela, Maria Madalena, foi muito desafiador tocar nesse mistério, pois, nós, hoje, já temos a evidência de tudo isso, mas, certamente, para ela e para os primeiros discípulos de Jesus foi um desafio acolher esta potência do amor de Deus manifestado em Jesus Ressuscitado.
Diz o Evangelho que Madalena vai ao túmulo de Jesus quando ainda era escuro. E isso não é um mero detalhe de uma temporalidade, mas é um detalhe de uma disposição interior, porque, aqui, esse escuro indica a dor, a incerteza, a dúvida; indica aquele momento em que nós precisamos buscar a Cristo, quando as luzes não se acendem; quando, talvez, a nossa experiência de fé passe pela dúvida, pelo medo, pela incerteza; passe por um momento de prova. Essa escuridão aqui reflete justamente a necessidade de buscarmos a Cristo, quando, ainda na nossa vida, existem trevas. Nós não podemos parar diante dessa escuridão; nós não podemos cessar a nossa busca — nem diante de uma situação, a mais dolorosa, talvez, uma experiência de morte que você tenha enfrentado na sua família, a perda de alguém —, nem mesmo uma experiência de morte deve cessar a nossa busca. Então, hoje, ao contemplar isso, contemple, na sua vida: quais são essas experiências de escuridão? Quais são esses momentos em que você é convidado, é convidada a buscar o coração de Cristo, no meio da incerteza, no meio do desânimo, da vontade de desistir de tudo, de deixar o seu caminho espiritual de lado?

Se nós ressuscitamos com Cristo, busquemos as coisas do Alto, onde Ele está sentado e onde nós também reinaremos com Ele para toda a eternidade

A ressurreição não é só dizer: “Façamos de conta que não aconteceu nada, vamos tocar a vida em frente”; mas é dizer: “Aconteceu tudo; aconteceu tudo porque, nesse mistério, está Cristo Ressuscitado”. E Ele é o Tudo da nossa vida! Então, as experiências de dor, as experiências de sofrimento pelas quais você passa, não faça de conta que elas não existem; elas existem e tocam a sua humanidade. Talvez, elas arranquem de você lágrimas e traga muitas dores e muitos sofrimentos, mas diga aqui, no meio dessa situação: “Aconteceu tudo porque Jesus está vivo!”. E Ele está ao teu lado.
Acontece aqui, na cena do Evangelho, um imprevisto: a pedra foi retirada. Isso aqui não estava no “script”, não era prevista essa realidade; mas ela acontece. O primeiro pensamento que Maria Madalena tem: “Roubaram o corpo”. Nós não nos acostumamos com as boas notícias; nós somos tendenciosos a pensar só nas coisas negativas, pois elas nos atraem muito (basta você perceber quando chega uma notícia ruim para você, no seu no seu WhatsApp, na sua rede social, a nossa tendência imediatamente é compartilhar, mas quando chegam as notícias boas, nós temos muita dificuldade de espalhá-las, de replicá-las, e é uma tendência do nosso coração que a ressurreição de Jesus também precisa tirar). Maria Madalena teve de se acostumar com aquela boa-nova; Maria Madalena teve de se impactar; se deixar impactar por aquela boa notícia; aquele bom imprevisto que aconteceu, pois aquela aparente ausência do corpo de Jesus indicava uma outra coisa: a Ressurreição.
Por isso, hoje, na existência desses momentos, dessas ausências, desses vazios, atenção: Cristo está chegando com a sua ressurreição; Cristo está trazendo coisas novas! Levante o seu olhar para Cristo porque Ele faz novas todas as coisas, no poder da sua ressurreição. Então, neste dia, se nós ressuscitamos com Cristo, busquemos as coisas do Alto, onde Ele está sentado e onde nós também reinaremos com Ele para toda a eternidade.
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo.
Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

Oração Final
Pai Santo, faze-nos crianças do teu Reino! Encantados com o Mistério da Ressurreição de Jesus de Nazaré, nós entendamos que este é o sinal da nossa própria ressurreição. Dá-nos a alegria verdadeira e a coragem da entrega incondicional do nosso ser ao Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/03/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos crianças do teu Reino! Encantados com o Mistério da Ressurreição de Jesus de Nazaré, ajuda-nos a entender que este é o sinal da nossa própria ressurreição. Dá-nos a alegria verdadeira e a coragem da entrega incondicional do nosso ser ao Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/04/2019

OU

Lc 24,13-35

Comentário do Evangelho

O Senhor está vivo!

Cristo Ressuscitou! Aleluia! Aleluia!
O espaço de que dispomos não nos permite, como em todos os outros dias, um comentário exaustivo. Somente umas pouquíssimas palavras.
Se a morte de Jesus e a frustração abatem (cf. vv. 16-21), a presença do Ressuscitado permite refazer o longo caminho através da Escritura que abre os olhos e suscita o reconhecimento: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” (v. 32). O tempo que separa o “ver”do “reconhecer” permite a lição de exegese a que os dois discípulos confessarão mais tarde que os transformou, conforme o texto supracitado. Eles fazem a experiência de que a visão física não é mais um absoluto ou necessária. Mesmo invisível aos olhos, o Ressuscitado permanecerá presente. A invisibilidade, nós também o sabemos, não equivale mais à ausência. Aliás, eles nem sequer mencionam a ausência, como se isso não lhes tocasse ou preocupasse. O tempo que precedeu o reconhecimento, a viagem para Emaús, tempo de escuta, é o que retém a atenção deles.
Se a paixão e a morte dispersavam os discípulos, o Ressuscitado os congrega: “Naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e os outros discípulos. E estes confirmaram: ‘Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!’” (vv. 33-35).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, não permitas que eu caia na tentação de viver distante de meus irmãos e irmãs de fé, pois o Senhor Ressuscitado nos quer todos reunidos em seu nome.
Fonte: Paulinas em 31/03/2013

OU

Lc 24,1-12

Comentário do Evangelho

Noite Santa

Noite das noites, a Viga Pascal. Madrugada das santas mulheres que procuram entre os mortos aquele que está vivo. Delírio de mulheres, disseram os homens e foram verificar. Ele não está aqui. Ressuscitou. Anjos resplandecentes dão o anúncio às que se lembram das palavras de Jesus. É necessário o Filho do Homem ser entregue nas mãos dos pecadores, ser crucificado e, no terceiro dia, ressuscitar. Aconteceu, afinal, como ele tinha dito. Pedro voltou para casa admirado, como admirados estavam todos. Ele falava da ressurreição, mas o que significava isso na prática? Onde está seu corpo agora? Ele foi depositado naquele túmulo. Esperando ver o Ressuscitado, a Igreja toda se reúne em vigília  para não ser surpreendida na hora em que ele aparecer. Nesta noite a luz do ressuscitado resplende no círio aceso que dissipa as trevas da noite. Que o Lúcifer matutino, não o demônio, mas o verdadeiro portador da luz, canta o diácono, encontre o círio pascal aceso e os fiéis em oração.
Côn. Celso Pedro da Silva, 'A Bíblia dia a dia 2016', Paulinas.
Oração
Pai, abra o meu coração para acolher os testemunhos verdadeiros da ressurreição de teu filho, sem me deixar contaminar pelos preconceitos.

Vivendo a Palavra

É madrugada. Em respeitoso silêncio, sigamos Maria Madalena e suas companheiras até o túmulo do Senhor. E, cheios de encantamento e esperança, lembremos o que diz o apóstolo Paulo em sua Carta aos Romanos: “Se morremos com Cristo, acreditamos que também viveremos com Ele no Reino do Céu.” A ressurreição dá sentido à Morte e à Vida!
Fonte: Arquidiocese BH em 26/03/2016

VIVENDO A PALAVRA

«Por que vocês estão procurando entre os mortos Aquele que está vivo?» A pergunta feita àquelas mulheres também é feita para nós, hoje. Para o Cristo Jesus a morte foi a porta para a Vida em plenitude, mostrando para os que O seguem, que a palavra final não é Morte, mas Ressurreição.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/04/2019

Reflexão

Por que procurais entre os mortos aquele que está vivo? Jesus não pode ser encontrado entre os mortos nem nos sinais de morte que estão presentes na sociedade moderna. Páscoa é vida nova em Cristo, é a força da graça transformadora que muda escravidão em liberdade, pecado em santidade, morte em vida, trevas em luz. É força motivadora para a participação na missão da Igreja a fim de que o Ressuscitado seja conhecido, amado e louvado por todos. Páscoa é reconhecer a presença viva e atuante de Cristo na sua Igreja e no mundo.
Fonte: CNBB em 26/03/2016

Reflexão

O último capítulo do Evangelho de Lucas traça algumas cenas da ressurreição de Jesus. O texto de hoje relata a presença das mulheres junto ao túmulo onde fora posto o corpo do Mestre. É o primeiro dia da semana. Nova realidade nasce com a ressurreição de Jesus. Nova era inicia-se com a presença do Ressuscitado. Grande foi a surpresa das mulheres ao ver o túmulo vazio: não conseguiam acreditar no que viam. Personagens misteriosas esclarecem e anunciam que Jesus ressuscitou, como fora anunciado pela Escritura e como ele mesmo tinha falado. As mulheres são as primeiras mensageiras a levar a Boa Notícia: Jesus está vivo. Mas os homens não acreditam na palavra das mulheres. Pedro, representante do grupo, vai ao túmulo, constata e fica admirado com o que aconteceu. A grande Boa-Nova que as mulheres receberam dos dois homens e anunciaram é esta: Jesus está vivo na vida de Deus e na memória das pessoas; a vida triunfou sobre a morte. Portanto, não adianta procurá-lo no túmulo ou entre os mortos, pois ele está vivo. Jesus está com Deus, e Deus está presente no mais profundo mistério de nossa vida.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus  em 20/04/2019

Reflexão

No domingo bem cedo, as mulheres foram ao túmulo onde Jesus tinha sido posto. Certamente iam render-lhe homenagem, demonstrar afeto e cuidado pelo mestre e amigo que só fizera o bem e tivera um fim tão trágico: morte na cruz entre bandidos. Lá receberam a alegre notícia de que ele estava vivo e não deveria ser procurado entre os mortos. A lembrança das palavras de Jesus fez com que elas acreditassem que algo novo estava acontecendo e fizeram a ponte entre o fato da ressurreição e o anúncio aos apóstolos. A alegre mensagem que os “homens” deram às mulheres alimentou desde então a fé da Igreja: ele ressuscitou e está vivo entre nós! Elas foram as primeiras anunciadoras da melhor notícia que puderam divulgar. Crer na ressurreição de Jesus é tão importante que dá sentido à nossa fé e à nossa vivência cristã. O papa Francisco nos deixa bela mensagem: “A ressurreição de Cristo é o acontecimento mais fascinante da história humana, que atesta a vitória do amor de Deus sobre o pecado e a morte e doa à nossa esperança de vida um fundamento sólido como a rocha”. A ressurreição de Jesus é expressão do amor do Pai que não aceita que seu Filho permaneça entre os mortos. Ele faz parte dos vivos na eternidade, à qual todos somos convidados.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 16/04/2022

Meditando o evangelho

À ESPERA DA RESSURREIÇÃO

A morte e a sepultura de Jesus impactaram profundamente os discípulos. Eles não compreendiam como o Mestre, tão justo e fiel a Deus, tivesse padecido a morte dos malfeitores; como tivesse sido reduzido à mais total impotência e fraqueza, já que se manifestara poderoso em gestos e palavras; como pudesse ter morrido no mais total abandono, tendo sempre vivido em profunda comunhão com Deus e servido incansavelmente ao povo. Quem havia considerado Jesus um Messias político e esperado dele a libertação do jugo romano, passava pela decepção de ver seus planos frustrados. Quem havia nutrido uma grande amizade por ele, chorava a perda do amigo querido, na dor da saudade de não tê-lo mais junto de si.
Num primeiro momento, a comunidade dos discípulos considerou a morte de Jesus num prisma puramente humano, não contando com a intervenção do Pai. Por isso, o dia seguinte à sepultura foi tempo de dor e perplexidade para eles, diante da perda do Mestre.
Porém, a Ressurreição ofereceu uma luz nova para a compreensão da morte de Jesus, e levou a comunidade cristã a transformar em tempo de esperança aquele que medeia a morte e sepultura do Senhor e sua Ressurreição. O grão de trigo, tendo sido lançado à terra e morrido, estava destinado a produzir frutos de vida para a humanidade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, abre o meu coração para a esperança, que me leva a superar o desespero e a frustração diante do mistério da cruz.
Fonte: Dom Total em 16/04/2022

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Apesar de Você... Amanhã há de ser Outro Dia...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Difícil a gente se esquecer desse Samba do Chico Buarque de Holanda, cantor e compositor da MPB e dos melhores. Esse refrão era o grito de esperança que o poeta conseguiu arrancar da garganta de um povo triste e oprimido, pelo poder que o deveria proteger. Deus arrancou do fundo da terra, da escuridão do sepulcro seu Filho Jesus, grito de alegria não mais apenas de uma nação mas de toda humanidade. O poder religioso e imperialista daquele tempo tinham certeza de que haviam acabado definitivamente com Jesus de Nazaré e o seu sonho de um Reino Novo. A morte, a violência, a mentira, as falsas testemunhas, o grito de crucifica-o, crucifica-o, tudo havia ficado para trás, tudo havia passado como aquele sábado em Jerusalém, que mudou a história da humanidade e o destino de cada homem...
As mulheres compram perfumes para saudar a Vida Nova que estava chegando, era bem cedo, o primeiro dia da semana, ao nascer do sol... A primeira manhã da Nova criação, podemos imaginar o impacto positivo que aconteceu nas primeiras comunidades, ao lerem essa narrativa de São Lucas. Tudo novo, tudo renovado, bem longe vão as trevas da Sexta Feira Santa, agora tudo é luz, tudo é sol, tudo se refaz  com o Cristo que sai da terra e ressurge glorioso.
No caminho das mulheres havia uma pedra e depois da pedra o corpo inerte de um homem que elas amavam e queriam prestar-lhe a última homenagem, ungindo com aroma agradável o seu pobre corpo. De repente não havia mais pedra e no sepulcro a agradável surpresa, em vez de um morto um Ser Vivente de vestes brancas que dialoga com elas não um diálogo de amargura, de choramingos pela tragédia ocorrida, mas de Vida, de Boa notícia, da melhor Boa notícia que o mundo precisava ouvir: Na escuridão da morte brilhou uma Luz que nunca mais irá se apagar!
Nada de medo e de ficar olhando para o chão, essa é a postura de quem perdeu e foi tragado pela grande tragédia. Aquele que elas pensavam estar morto naquela tumba, está vivo!
O crucificado é o Ressuscitado! É o mesmo e não outro, o Cristo esmagado pelos homens ressurgiu na Glória de Deus, o túmulo está vazio. Algo de novo vai começar na Galiléia e caberá aos discípulos fazer ao mundo esse anúncio. O Cristão não anuncia uma possibilidade de Vida no pós morte: ele anuncia que a Vida verdadeira de cada ser humano está escondida em Cristo e que um dia será manifestada, Nele um dia experimentaremos esse gosto de Vitória, e o Vale da Morte que pensamos ser o nosso fim, é apenas um caminho que vai mais além, lá onde a LUZ de Deus manifestada aos Homens em Cristo Jesus se tornará definitiva.
Apesar do Mal, apesar da mentira, apesar da violência, da injustiça, apesar dos desânimos e fracassos, AMANHÃ há de ser outro dia e agora vem o melhor da nossa reflexão: Em Cristo esse novo AMANHÃ já chegou, para todos os que Nele creem e percorrem o caminho do Discipulado, alimentando essa esperança que não morre!

2. As mulheres lembraram-se das palavras de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Elas madrugaram, porque o amor madruga. Não o encontraram, porque o Amor já tinha madrugado antes. Não queria ser encontrado no domínio dos mortos. “Por que vocês procuram entre os mortos aquele que está vivo?” É preciso procurar entre os vivos aquele que está vivo. Não procurar um cadáver, mesmo se for para ungi-lo. Vida é movimento. As mulheres se movimentam. Voltam do túmulo e anunciam tudo aos Onze e aos outros. Pedro também se movimenta. Levanta-se e corre ao túmulo e o encontra vazio. Viu apenas os lençóis. Procuremos entre os vivos aquele que está vivo.
Fonte: NPD Brasil em 20/04/2019

HOMÍLIA DIÁRIA

Que as sementes da ressurreição brotem em nosso coração

É preciso deixar que as sementes da ressurreição brotem em nosso coração e que nossa vida testemunhe ao mundo que Cristo está vivo e no meio de nós

Pelo batismo na sua morte, fomos sepultados com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova” (Rm 6, 4).

Neste dia, em que nos preparamos para celebrar de forma tão solene a Vigília Pascal, a Ressurreição gloriosa de Cristo, precisamos ir até nossa alma, nosso coração e às decisões que fazemos em nossa vida, para que os acontecimentos pascais aconteçam dentro do nosso coração e da nossa vida.
Páscoa é a decisão de passar do homem velho para o novo, do homem que não conhecia Cristo ou O conhecia de forma superficial, para o homem que O conhece de forma profunda e apaixonante. Páscoa é transformação, libertação, restauração e vida nova! Páscoa não é apenas memória, recordação de um acontecimento passado, mas memória viva e atual, é a celebração, com Cristo, da vida nova que Ele nos trouxe.
É preciso deixar que as sementes da Ressurreição de Jesus brotem em nossa alma e coração, e que nossas obras e nossa vida testemunhem para o mundo que Cristo está vivo e no meio de nós!
Celebremos a Páscoa de Cristo com o coração renovado e com sentimentos novos! Nada de levar para frente as velhas mágoas, os rancores e ressentimentos antigos, nada de levar para frente aquilo que torna nossa vida viciante, velha e sem gosto; nada de cultivar sentimentos negativos, nada de permanecer na mesma tristeza e no inconformismo. Nada de perder a esperança e nos entregarmos ao desânimo, vencidos pelo cansaço, pela dor ou sofrimento.
A vida pode até continuar do mesmo jeito, porém, a cada dia, temos um leão a vencer, uma dificuldade a enfrentar, mas o gosto será outro e a visão diferente, quando soubermos transfigurar todas as coisas no olhar do Cristo ressuscitado.
Que a Páscoa não seja uma simples celebração daquilo que se realizou na vida de Cristo, mas que seja a celebração daquilo que Deus realiza em nossa vida. Ele nos tira da sepultura, da vida velha, e nos convida a cantar “Aleluia” e “Glória no mais alto dos Céus”, com a nossa vida e com nosso testemunho!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 26/03/2016

HOMÍLIA DIÁRIA

A luz da Ressurreição ilumina as trevas do nosso coração

“Por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está aqui. Ressuscitou! Lembrai-vos do que ele vos falou, quando ainda estava na Galileia’” (Lucas 24,5).

Hoje, vivemos a feliz expectativa da Vigília Pascal, da celebração da ressurreição e da vida. Jesus não está morto, mas ressuscitou para a glória de Deus. Hoje, não vamos procurar um morto, vamos procurar Aquele que está vivo, vamos encher o nosso coração, os nossos sentimentos e todo o nosso ser da certeza da ressurreição e da vida.
Infelizmente, os sentimentos de morte, os sentimentos do fracasso, do desespero ainda tomam conta dos sentimentos de muitos de nós cristãos e seguidores do Crucificado e Ressuscitado.
Adoramos o Cristo na Sua Paixão, mas temos consciência de que Ele vive para sempre. Essa é a nossa fé, é a razão do nosso viver, é a alegria da nossa vida, essa é a esperança que temos para anunciar e gritar ao mundo: o nosso Senhor está vivo! E vamos encontrá-Lo a cada dia de nossa vida e levar aos outros a Boa Nova, essa grande verdade.
Não vivamos como se Cristo ainda estivesse morto, mas vivamos com a certeza e a convicção de que Ele está vivo. Levemos a vida nova que Ele nos trouxe, levemos as sementes da Ressurreição para todos os ambientes onde estamos, a começar pela nossa casa, pelo nosso lar, pois ali tem de ser a expressão mais viva de que Cristo está vivo.

Levemos as sementes da Ressurreição para todos os ambientes onde estamos, a começar pela nossa casa

O Cristo vivo renova todas as coisas, Ele tira a dor que, muitas vezes, nos visita e não sai mais de nós. Ele vem para arrancar a tristeza que deixa as almas e os corações em desalento, muitas vezes, sucumbindo como se estivesse à beira da morte. O olhar de quem se encontrou com o Ressuscitado é o olhar que vê todas as coisas sobre uma nova luz e uma nova perspectiva.
Deixemos que a luz de Cristo invada todo o nosso ser no dia de hoje! Começamos celebrando Jesus com um fogo novo, esse fogo da graça, a luz nova.
Que a luz da ressurreição ilumine as trevas do nosso coração, ilumine as nossas relações, nossa vida e tudo aquilo que fazemos.
Cristo está vivo, está ressuscitado, e Ele abençoa cada um de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

Oração Final
Pai Santo, chegamos com Jesus de Nazaré ao final da sua vida terrena, toda dedicada a fazer o bem aos irmãos. Contemplamos a solidão final, a condenação injusta, a dor do suplício, a agonia, a morte e o sepultamento. Mas, inspirados na Promessa, queremos ser testemunhas da sua gloriosa ressurreição, que nos conduz à libertação definitiva em teu Reino de Amor.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/03/2016

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, damos graças pela encarnação de tua Palavra Criadora. Que o teu Espírito nos faça compreender o dom inefável que nos ofereces – teu Filho Unigênito feito humano como nós – e nos dê força para segui-lo nesta vida em busca do teu abraço eterno. Pelo mesmo Jesus, o Cristo, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/04/2019

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