quarta-feira, 20 de maio de 2020

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 21/05/2020

ANO A


Jo 16,16-20

Comentário do Evangelho

Deus revelado em Jesus.

Não mais me vereis e […] me vereis” – é de sua morte e ressurreição que Jesus está falando. A pergunta dos discípulos revela sua incompreensão e a dificuldade de entrar na lógica do mistério de Deus revelado em Jesus (cf. v. 12). Jesus mesmo abre aos discípulos a possibilidade de esclarecer suas dúvidas e toma a iniciativa para tal (v. 19). À Páscoa de Jesus corresponde a Páscoa dos discípulos: da tristeza e lamentação causadas pela morte do Senhor, à alegria da ressurreição. O que para o mundo parecerá sua vitória em razão da cruz de Cristo, será revelado, na ressurreição do Filho único de Deus, como pecado e derrota; e aquele que parecia derrotado aparecerá como vitorioso sobre o mal e a morte. Os discípulos, os fiéis de modo geral, devem tirar as consequências do mistério pascal para a sua própria vida e no exercício de sua missão: o sofrimento e a morte não são a última palavra da existência humana; eles passam. O definitivo é a herança da ressurreição que, em razão dos méritos de Cristo, Deus concede a todos os fiéis que aceitam permanecer no Senhor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que o meu testemunho de vida cristã seja tal, que as pessoas possam “ver” Jesus nas minhas palavras e nos meus gestos de amor ao próximo.
Fonte: Paulinas em 29/05/2014

Vivendo a Palavra

As palavras de Jesus começavam a se tornar incompreensíveis para os Apóstolos. Eles queriam fazer perguntas e se angustiavam. O que significaria ‘deixar de ver’ e ‘tornar a ver’? Quem transforma nossas angústias em alegria é o Espírito Santo. Preparemo-nos para recebê-lo e festejá-lo cheios de gratidão em nossos corações.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/05/2014

VIVENDO A PALAVRA

As palavras de Jesus começavam a se tornar incompreensíveis para os Apóstolos. Eles queriam fazer perguntas e se angustiavam. O que significaria ‘deixar de ver’ e ‘tornar a ver’? Quem transforma nossas angústias em alegria é o Espírito Santo. Preparemo-nos para recebê-Lo em nossos corações e festejá-Lo cheios de gratidão.

Reflexão

Um pouco de tempo e os discípulos não verão mais Jesus, porque o mistério da cruz está próximo, e com ele, a morte e a separação. E mais um pouco e me vereis de novo, ou seja, todos os que acreditam farão a experiência do Ressuscitado, viverão sempre na sua presença, de modo que a tristeza da separação dará aos que têm fé lugar a uma alegria que jamais poderá ser tirada. Porém, por causa dos que não acreditam e por causa também dos nossos pecados, deveremos passar por diversas tribulações, mas, por piores que sejam, elas não podem vencer quem crê verdadeiramente.
Fonte: CNBB em 29/05/2014

Reflexão

Jesus, aos poucos, vai preparando seus discípulos para a hora da prova que ele deverá enfrentar: sua paixão e morte. Faz referência a choro, lamentações e angústia. Alegria para a sociedade injusta, que imaginava ter eliminado a quem considerava “malfeitor”. Jesus, porém, deixa para trás a morte, o sepulcro, e zomba dos planos dos malvados. Ressuscita glorioso e restitui aos discípulos a esperança e a alegria. De fato, ao ressurgir dos mortos, Jesus se apresenta às mulheres no caminho, e aos discípulos reunidos, com a eufórica saudação: “A paz esteja com vocês”. A presença e a ação do Espírito Santo na comunidade há de transformar a vida deles: de medrosos a corajosos; de tristes a alegres e dispostos a dar a vida pelo Senhor Jesus (cf. At 5,41).
Oração
Divino Mestre, Jesus Cristo, fazes referência à tua Paixão e Morte, em que a sociedade injusta se alegrará, enquanto teus discípulos provarão angústia e desorientação. Coisa passageira, pois em seguida ressurgirás glorioso, devolvendo aos discípulos a tua alegria e enchendo-lhes o coração de esperança. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Recadinho

Você é otimista? - Como encara o sofrimento? - Você transmite paz, alegria? - Você se lembra de rezar nos momentos difíceis? - Você se lembra de Deus nas horas alegres?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 29/05/2014

Meditando o evangelho

UM POUCO DE TEMPO

Os discípulos ficaram cheios de dúvidas diante da expressão enigmática de Jesus: "um pouco de tempo". Por um pouco de tempo, não veriam o Mestre; mais outro pouco de tempo, e voltariam a vê-lo, pois estava indo para o Pai.
As palavras de Jesus são dirigidas a todos quantos haveriam de aderir a ele pela fé. Portanto, a um grupo maior do que o presente na última ceia. A questão do "ver" diz respeito a todos os cristãos.
Durante a sua existência terrena, os discípulos puderam "ver" Jesus, na sua expressão histórica. Foi o tempo da convivência humana com ele. A morte que se aproximava poria fim a esta experiência de proximidade. Algo de novo estava para acontecer: haveriam de ver novamente o Mestre, mas de maneira muito diferente. Como?
A fidelidade do Pai era algo inquestionável para Jesus. Ele estava indo para o Pai, e tinha consciência de que o Pai não permitiria o fracasso de seu projeto de salvação. Isto aconteceu concretamente com a ressurreição, que permitiu a Jesus continuar presente em meio aos discípulos. O Ressuscitado tornou-se, assim, o centro da vida da comunidade.
Ele continuou também a fazer-se presente, na história humana, na vida dos homens e das mulheres que o acolheram na fé. Além disso, Jesus pode ser visto no testemunho de fidelidade a Deus e de amor arraigado ao próximo dado pelos cristãos de todos os tempos.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que o meu testemunho de vida cristã seja tal, que as pessoas possam "ver" Jesus nas minhas palavras e nos meus gestos de amor ao próximo.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Tristezas e alegrias, Luzes e sombras...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A vida de todo discípulo de Jesus não é diferente das demais pessoas, ela é cheia de altos e baixos, "Um dia chove... Outro dia faz sol", como cantou o poeta Chico Buarque de Holanda, um dia resplandece como uma manhã belíssima, mas logo mais à tarde vem as nuvens negras com raios e relâmpagos. Na Vida de Fé esse dualismo também está presente, e Jesus está dizendo aos discípulos que será sempre assim: um pouco de tempo e me vereis, mais um pouco e não me vereis, e outro pouco e tornareis a me ver... Jesus não fica brincando de se esconder, com a Comunidade. Ficou algumas horas oculto no túmulo, depois ressuscitou, voltou ao Pai e permaneceu com os seus para estes também pudessem sentir o Amor do Pai Nele presente.
A gente queria só luz, alegria, entusiasmo, sucesso, em nossa vida de Fé, na vida em comunidade, mas não é assim... Desde o começo Jesus deixou bem claro. Os discípulos não entenderam e nós também não. Então Jesus, que conhece o homem profundamente, todos os seus pensamentos e sentimentos, vai dizer que ao final toda a angústia e tristeza dos discípulos vai se transformar em alegria eterna.
Há no mundo uma falsa alegria, que hoje poderíamos dizer, é provocada pelo consumismo, pelo sucesso, prestígio e poder, na verdade as alegrias terrenas são legítimas, mas não podem substituir na vida dos discípulos aquela que é a Verdadeira alegria e que um dia se tornará plena. A suposta "ausência" de Jesus, a partir da sua Ascensão, é preenchida totalmente pelo Espírito que acompanha a Igreja neste tempo do Kairós até a Parusia.
Em suma, Ver ou não ver Jesus, sentir sua presença em nossa vida ou não, é uma contingência humana por conta das nossas limitações, Deus está sempre presente na ação Trinitária em cuja vida de comunhão somos envolvidos, mas que não nos arrebata desse Vale de Lágrimas, onde é preciso caminhar e Crer, alimentando em nós essa esperança, de que o Senhor caminha conosco falando e agindo, como fez um dia junto com seus discípulos.
Mas essa ação de Jesus continua de maneira concreta nos Sacramentos que são Eficazes e nos transmitem essa Graça. Os discípulos tiveram a presença física do Jesus Histórico, nós temos a presença real de Jesus nos Sacramentos que não são uma lembrança ou um mero símbolo de alguém do passado, mas uma verdadeira ação Divina, que pela Graça atua direto em nossa vida, perpassando Razão e Coração, nosso Pensar e nosso Sentir.
Claro que a nossa Fé nessa Ação Divina, neste novo jeito de Jesus estar entre nós, é um elemento fundamental e importante, mas não é a Fé que garante a sua presença, ao contrário, é a sua presença que nos garante a Fé. Por um pouco de tempo, isso é, em nossa vida terrena o sentiremos e o experimentaremos dessa forma, porém, na plenitude estaremos frente a frente com o Senhor o mesmo que nunca saiu do nosso lado e do meio de nossas comunidades.
Quem tem uma Fé encarnada na história não é um alienado, nem um religioso fanático, mas é alguém que se deixa modelar pela Graça e no que fala, pensa e faz, irradia Cristo Jesus testemunhando que ele é nosso Deus e Senhor, e principalmente que Ele é o Amor encarnado de Deus na vida da humanidade, pois todas as nossas atitudes devem falar desse Amor sendo essa a essência do nosso Testemunho e do nosso Ser Cristão.

2. Ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria - Jo 16,16-20
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

“Um pouco de tempo, e não mais me vereis; e mais um pouco, e me vereis de novo.” São palavras de Jesus a seus discípulos anunciando sua partida. Terminou seu tempo nesta terra. Já não o verão na forma humana, mas ele voltará no Espírito Santo. Em Corinto, Paulo procura convencer os judeus de que Jesus é o Messias. Os judeus esperavam a vinda de um ungido de Deus para a libertação de Israel. Nem todos descreviam a vinda do Messias da mesma forma, mas esperavam por ele. A pregação de Paulo nas sinagogas fora de Israel era simples em seu conteúdo: “Esperamos pelo Messias. Ele já veio. É Jesus de Nazaré”. Depois desse anúncio começavam as divergências. Era preciso ainda afirmar que Jesus de Nazaré é Deus. Os teólogos procuram colocar em palavras humanas as verdades divinas. Buscam a ajuda de ciências auxiliares e elaboram textos para nossa compreensão. Falamos do Pai, de Jesus e do Espírito com palavras humanas, que não podem expressar com exatidão o que Deus é em si mesmo. A verdade divina encarnada aceita a limitação humana.

HOMILIA

Vossa tristeza se transformará em alegria

Hoje contemplamos mais uma vez a palavra de Deus com a ajuda do evangelista João. Nestes últimos dias da Páscoa sentimos uma inquietação especial por viver esta palavra e entendê-la. A mesma inquietação dos primeiros discípulos que se expressa profundamente nas palavras de Jesus —«Um pouco de tempo, e não mais me vereis; e mais um pouco, e me vereis de novo» (Jo 16,16)— concentra a tensão de nossas inquietações de fé, da busca de Deus em nosso dia a dia.
Os cristãos do século XXI sentimos essa mesma urgência que os cristãos do primeiro século. Queremos ver Jesus, precisamos experimentar a sua presença em meio de nós para reforçar a nossa fé, esperança e caridade. Por isso, sentimos tristeza ao pensar que Ele não esteja entre nós, que não podamos sentir e tocar sua presença, sentir e escutar sua palavra. Mas essa tristeza se transforma em alegria profunda quando experimentamos sua presença segura entre nós.
Essa presença, era recordada pelo Papa João Paulo II na sua última Carta encíclica Ecclesia de Eucharistia, concretiza-se —especificamente— na Eucaristia: «A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja». Ela experimenta com alegria, como se realiza constantemente, de muitas maneiras, a promessa do Senhor: `Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo’ (Mt 28,20). (...) A Eucaristia é mistério de fé, e ao mesmo tempo, “mistério de luz”. Quando a Igreja a celebra, os fiéis podem reviver, de algum jeito a experiência dos discípulos de Emaús: «Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram (Lc 24,31)».
Peçamos a Deus uma fé profunda, uma inquietação constante que se sacie na Eucaristia, ouvindo e compreendendo a Palavra de Deus; comendo e saciando a nossa fome no Corpo de Cristo. Que o espirito Santo enche de sua luz a nossa busca de Deus.
Fonte © evangeli.net M&M Euroeditors
Comentário: Rev. D. Joan Pere PULIDO i Gutiérrez (Sant Feliu de Llobregat, Espanha)
Fonte: Liturgia da Palavra em 29/05/2014

HOMILIA DIÁRIA

Que o Espírito Santo transforme o nosso pranto em alegria!

Que Deus hoje cure a nossa tristeza, que a presença gloriosa de Jesus no meio de nós e a força do Seu Espírito transformem o nosso pranto em alegria e em vida nova!

“Em verdade, em verdade vos digo: Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria” (João 16, 20).

Jesus faz um discurso de despedida para os Seus apóstolos, para Seus discípulos, porque está chegando a hora em que Ele partirá deste mundo para a presença do Pai. Esse discurso é feito antes da Sua morte, por isso, Ele também mostra para os Seus discípulos o que a Sua morte, no primeiro momento, pode significar: alegria para o mundo, para o príncipe deste mundo.
Para aqueles que a presença de Jesus significa uma coisa indesejável, para aqueles que não O aceitam, não O acolhem, não O amam, no primeiro momento, a morte de Jesus significa uma alegria. Sabem quando queremos nos livrar de alguém e vemos essa pessoa indo embora, respiramos fundo e dizemos: “Estou livre!”. Assim se sentiu aquele grupo de judeus que quis se livrar do Mestre.
Mas isso foi por pouco tempo, porque, como o próprio Senhor nos diz hoje, a nossa tristeza se transformará em alegria, porque aquilo que, para nós, no primeiro momento, significou uma tristeza profunda, a tristeza da perda, da dor, da partida do Senhor e da solidão; a ressurreição do Senhor faz brotar uma nova vida, uma nova alegria, uma nova esperança!
Jesus está voltando definitivamente para a casa do Pai com Sua ascensão, mas a Sua despedida agora não significa uma partida, nem que Ele irá nos deixar, muito pelo contrário, Ele vai, mas permanece para sempre conosco! Ele está à direita do Pai cuidando, abençoando e conduzindo os Seus, basta que vivamos em Seu nome, levemos a vida em Seu nome, permitamos que a vida d’Ele esteja em nós; e Ele, sim, transforme, então, a nossa tristeza em alegria!
Permitamos no dia de hoje que Deus pegue tudo aquilo que entristece o nosso coração, que entristece a nossa alma. Permitamos que Deus acolha em Suas mãos tudo aquilo que para nós é mágoa, é decepção, tudo aquilo que vai puxando o fio de desapontamento e tristeza dentro de nós. Permitamos que a alegria de Deus possa entrar em nosso coração!
No fundo da nossa alma, nós, muitas vezes, guardamos tristezas profundas. A tristeza é um câncer, é um mal, é terrível, machuca, dói, oprime e à medida que ela cresce também mata! Que Deus hoje cure a nossa tristeza, que a presença gloriosa de Jesus no meio de nós e a força do Seu Espírito transformem o nosso pranto em alegria, em vida nova!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 29/05/2014

Oração Final
Pai Santo, nós te agradecemos pelo Espírito que nos comunicas. Ele é a luz que nos guia na busca do Caminho, da Verdade e da Vida – o teu Verbo que se fez humano como nós. Mantém-nos abertos e receptivos aos seus ensinamentos, nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, que contigo reina na unidade do mesmo Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/05/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai querido, nós Te agradecemos pelo Espírito que nos envias. Ele é a Luz que nos guia na busca do Caminho, da Verdade e da Vida – o teu Verbo Criador que se fez humano em Jesus de Nazaré. Mantém-nos abertos e receptivos aos ensinamentos recebidos, nós te pedimos, amado Pai, pelo mesmo Cristo Jesus, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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