quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 26/02/2020

ANO A


Mt 6,1-6.16-18

Comentário do Evangelho

A conversão não é tarefa de um tempo, mas empenho de toda a vida.

Com essa celebração de caráter penitencial, tem início o tempo da Quaresma, tempo de graça e reconciliação que nos prepara para a comemoração anual do mistério pascal de Jesus Cristo. O texto prescrito para a Quarta-Feira de Cinzas, invariável nos três ciclos litúrgicos, começa por um alerta (v. 1), cuja exigência prática para a vida do discípulo e de toda a comunidade cristã é a rejeição da hipocrisia, como se verá nas considerações das práticas tradicionais de piedade (jejum, esmola e oração), aspectos importantes da vida religiosa no tempo de Jesus, também recomendadas pela Igreja. Essas práticas não podem alimentar a vaidade de uma religião puramente exterior – hoje, diríamos midiática – e se constituir num espetáculo público. Não podem levar ao autocentramento, mas elas têm por finalidade levar as pessoas a saírem de si mesmas e voltarem-se para Deus, que vê no segredo do coração, e se disporem a servir generosamente seus semelhantes. O jejum, a caridade fraterna e a oração são a expressão do desejo de uma verdadeira conversão; a conversão não é tarefa de um tempo, mas empenho de toda a vida.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, só te agradam as ações feitas na simplicidade e no escondimento. Que eu procure sempre agradar-te, enveredando por este caminho.

Fonte: Paulinas em 05/03/2014

Comentário do Evangelho

Renuncia da hipocrisia e da cultura da aparência.

Trata-se, aqui, de renunciar à hipocrisia e à cultura da aparência que esconde o verdadeiro sentido de todas as coisas, inclusive da prática religiosa. Esses três atos de piedade, esmola, jejum e oração eram aspectos importantes da vida religiosa dos judeus do tempo de Jesus. Não são os atos de piedade que Jesus critica, mas o modo como eles são praticados, isto é, são feitos em benefício da pessoa que os pratica: os fazem “para serem vistos pelos homens”, para terem a aprovação dos outros. Daí que, no nível em que os hipócritas se situam, eles já obtiveram a recompensa esperada, a saber, a aprovação dos homens. A vida cristã requer discrição; as obras de piedade devem ser realizadas em segredo. Não se trata de ação secreta, mas designa toda ação, mesmo pública, que se faz diante de Deus, por Deus em favor dos semelhantes. O que conta é a intenção profunda, e a recompensa se situa no nível do dom e não do merecimento. O bem não toca trombeta!
Oração
Pai, só te agradam as ações feitas na simplicidade e no escondimento. Que eu procure sempre agradar-te, enveredando por este caminho.
Fonte: Paulinas em 18/06/2014

Vivendo a Palavra

Esmola, oração e jejum – na quaresma, nós nos lembramos desses meios de santificação: generosidade perante os irmãos, humildade e confiança junto ao Senhor e sobriedade nos nossos desejos e apetites. Sigamos o Mestre!
Fonte: Arquidiocese BH em 18/06/2014

VIVENDO A PALAVRa

Neste início da quaresma, Mateus revela o jeito de Jesus se relacionar consigo mesmo (jejum), com o próximo (esmola) e com o Pai (oração). Não se trata de atos praticados para serem vistos e admirados pelos companheiros de viagem, mas de atitudes de gratidão por sermos todos filhos muito amados de Deus, e da consequente relação fraterna entre todos os homens e mulheres de boa vontade.

Reflexão

O verdadeiro espírito de conversão quaresmal é aquele de quem não busca simplesmente dar uma satisfação de sua vida a outras pessoas para conseguir a sua aprovação e passar assim por um bom religioso, mas sim aquele que encontra a sua motivação no relacionamento com Deus e busca superar as suas imaturidades, suas fraquezas, sua maldade e seu pecado para ter uma vida mais digna da vocação à santidade que é conferida a todas as pessoas com a graça batismal, e busca fazer o bem porque é capaz de ver nas outras pessoas um templo vivo do Altíssimo e servem ao próprio Deus na pessoa do irmão ou da irmã que se encontram feridos na sua dignidade.
Fonte: CNBB em 05/03/2014

Reflexão

O verdadeiro espírito de conversão quaresmal é aquele de quem não busca simplesmente dar uma satisfação de sua vida a outras pessoas para conseguir a sua aprovação e passar assim por um bom religioso, mas sim aquele que encontra a sua motivação no relacionamento com Deus e busca superar as suas imaturidades, suas fraquezas, sua maldade e seu pecado para ter uma vida mais digna da vocação à santidade que é conferida a todas as pessoas com a graça batismal, e busca fazer o bem porque é capaz de ver nas outras pessoas um templo vivo do Altíssimo e servem ao próprio Deus na pessoa do irmão ou da irmã que se encontram feridos na sua dignidade.
Fonte: CNBB em 18/06/2014

Reflexão

Fazer o bem é atitude correta e louvável. Além disso, o benfeitor será recompensado por Deus, pois “o Pai que vê, no segredo, o recompensará”. A recompensa celeste cessa quando a pessoa faz publicidade de suas obras para receber aplausos. Jesus indica três boas obras que figuram como exemplos para as demais: dar esmola, jejuar e orar. Se forem acompanhados de reta intenção, e não simplesmente feitos para conquistar elogios e bajulações, esses gestos serão agradáveis a Deus e promoverão a fraternidade. Jesus nos adverte sobre o perigo, tão comum à natureza humana, de corrermos atrás da glória deste mundo. O que conta realmente é a conversão a Deus e aos irmãos e irmãs. Projeto para toda a Quaresma.
Oração
Ó admirável conselheiro e Mestre, Jesus, arranca do nosso coração a forte tendência de exibir nossas obras em vista de ganhar elogios e aplausos. Tu nos ensinas a realizar as boas obras de modo secreto, com a garantia de que não nos faltará a recompensa do Pai celeste. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Recadinho

Em que consiste ser humilde? - O exibicionismo está muito presente em nossas comunidades? - Procuro ser solidário com o próximo, ajudando-o a ouvir a voz de Deus que nos fala no íntimo do coração? - Que tipo de recompensa espero pelo bem que faço? - Quem me recompensará?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - santuario-nacional em 05/03/2014

Recadinho

Se alguém é injusto para conosco, conseguimos manter nosso coração inalterado? - E o perdão? Rezamos “perdoai-nos assim como nós perdoamos”? - Encontro momentos especiais para contemplar, escutar, abrir meu coração a Deus que me fala? - Pode-se praticar a caridade sem pensar em dinheiro. Em que sentido? Cite alguns exemplos de verdadeira caridade para com o próximo. - Há situações nas quais não sabemos o que rezar? Fiquemos em silêncio e Deus nos falará ao coração!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 18/06/2014

Comentário do Evangelho

OBRAS DE PIEDADE

A religião judaica dava grande importância à esmola, à oração e ao jejum como práticas de piedade, embora não fossem expressamente prescritas pela Lei.
Os discípulos de Jesus, enquanto herdeiros da tradição judaica, tinham consciência do valor destas práticas como forma de expressar uma relação profunda com o próximo (esmola), com Deus (oração) e consigo mesmo (jejum). O cuidado de Jesus visava orientá-los sobre a maneira correta de praticá-las. A preocupação do Mestre ia além dessas três práticas tradicionais de piedade. Ele queria ensinar os seus discípulos como ser piedoso.
Existe uma maneira de ser piedoso com a preocupação de ser visto e louvado pelos outros. Era a preocupação própria dos hipócritas e exibidos. Mas existe também, outro modo de ser piedoso, que consiste em colocar-se em profunda comunhão com o Pai, que vê as coisas ocultas, e reconhece a sinceridade de coração de quem pretende ser-lhe agradável.
"Agir em segredo" não é o mesmo que fazer "ações secretas". Mesmo quando age em público, o coração do discípulo está centrado no Pai, e só ele procura agradar. Eventuais recompensas humanas são irrelevantes para ele, comparadas com as que o Pai lhe reserva.
Oração
Espírito de piedade, ensina-me o modo de agir que realmente agrade ao Pai, e mereça a recompensa divina.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 18/06/2014

Meditando o evangelho

COMO AGRADAR A DEUS

A prática quaresmal da esmola, da oração e do jejum tem a finalidade de sintonizar-nos com a vontade do Pai, de forma a preparar-nos, da melhor maneira possível, para a celebração da Páscoa. As três práticas de piedade visam refazer nossa amizade com o Pai, enquanto discípulos de Jesus. Têm como objetivo tornar-nos agradáveis a ele. De onde a importância de serem vividas segundo as orientações dadas pelo Mestre Jesus.
Existem maneiras incorretas de dar esmolas, rezar e jejuar. Portando, vazias e inúteis. Isto acontece com quem se serve destes atos para fazer exibição de piedade, pretendendo passar por santos aos olhos dos outros. Mas, também, com quem dá esmola de maneira mecânica, sem comprometer-se com o gesto de dar; com quem transforma a oração num amontoado de palavras, sem interioridade nem unção; com quem jejua para cumprir um preceito, embora desconheça o valor de seu gesto.
O reverso da medalha corresponde à forma efetiva de agradar a Deus. Neste caso, a esmola será expressão da misericórdia que existe no coração de quem se faz solidário com a carência alheia; a oração consistirá mais em escutar do que em falar; o jejum corresponderá a um esforço sincero de controlar os próprios instintos e paixões, de forma a não desviarem o ser humano do caminho de Deus.
A melhor forma de agradar a Deus será pôr em prática tudo isto no humilde escondimento.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, durante o tempo da Quaresma, buscarei ser agradável a ti, manifestando esta minha disposição por meio da esmola, da oração e do jejum feitos de maneira correta.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Cinzas
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Hoje é Quarta Feira de Cinzas que marca o início do tempo quaresmal. Vivemos um tempo de muitas ostentações religiosas até mesmo em nossa querida e amada Igreja Católica, ás vezes há muita fachada e pouca autenticidade no que fazemos e celebramos.
O evangelho de hoje, bem dentro desse clima penitencial que nos motiva á sincera conversão, nos ensina e nos recorda que a verdadeira religião é para dentro e não para fora.
Religião significa relação com Deus, algo muito íntimo e pessoal, e que consiste na prática de certas virtudes evangélicas, que não precisam e nem podem ser ostentadas diante das pessoas porque é perigoso buscarmos o nosso engrandecimento quando na verdade, a relação sincera com Deus sempre tem como ponto de partida uma postura de humildade.
A prática de uma religião ostensiva acaba esvaziando o verdadeiro sentido das nossas relações com Deus presente em Jesus. Os atos de piedade: esmola, oração e jejum, nas comunidades de Mateus acabaram se transformando em uma mera aparência, são ações que parecem ser piedosas, mas não o são, justamente porque ficam só nas aparências. esmola parece uma palavra meio fora de moda, ( nas grandes cidades há até faixas educativas nos cruzamentos das grandes avenidas, pedindo para não darmos esmolas) oração parece coisa de doido, pois em vez de falar com Deus, o homem fala consigo mesmo ou com os outros, trabalha a razão e deixa a mística de lado, crendo em um Deus mudo, cego e surdo, que parece que nada tem a dizer ao homem de hoje.
Jejum muito menos... a ordem não é esvaziar-se, a ordem é encher-se, empanturrar-=se, satisfazer a todos os prazeres de maneira irracional e desenfreada como vemos por aí...
Vamos aproveitar o início de mais uma quaresma e reduzir a cinzas nosso homem velho, deixando que em seu lugar vá nascendo um homem novo, um homem que em seu coração se comunica com Deus em uma deliciosa intimidade, um homem novo que ao orar consegue também se abrir para escutar a Voz de Deus ecoando na sua consciência, determinando todos os seus atos e escolhas, um homem novo que consegue se abrir aos irmãos, não dando uma esmola do que lhe sobra, mas partilhando sua vida e seus carismas na comunidade, e finalmente um homem novo que jejua, porque tem a consciência e a certeza de que nossa única necessidade é DEUS, e todo o resto é dispensável, até mesmo as necessidades vitais que um dia não iremos mais precisar, quando estivermos com Deus no amanhã da nossa História.

2. Não pratiqueis vossa justiça na frente dos outros, só para serdes notados - Mt 6,1-6.16-18
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Começamos hoje o Tempo da Quaresma com o propósito de praticar silenciosamente o jejum, a oração e a esmola. Silenciosamente, sem a preocupação de que nos vejam. Encontre um meio para partilhar algum bem material com quem precisa. Dedique ao menos 15 minutos do seu dia à oração silenciosa, só você e Deus. Um pouco de mortificação fortalece a vontade e ajuda a viver a Quaresma de maneira mais consciente.

HOMILIA

CUIDADO COM A HIPOCRISIA

No Evangelho, Jesus pede a pratica da esmola, o jejum e a oração longe de toda hipocrisia: «Por isso, quando você der esmola, não mande tocar trombeta na frente, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Eu garanto a vocês: eles já receberam a recompensa». Os hipócritas, energicamente denunciados por Jesus Cristo, se caracterizam pela falsidade de seu coração. Mas, Jesus adverte hoje não só da hipocrisia subjetiva senão também da objetiva: cumprir, inclusive de boa fé, tudo o que manda a Lei de Deus e a Escritura Santa, mas fazendo de maneira que fique na mera prática exterior, sem a correspondente conversão interior.
Cuidado! não pratiqueis vossa justiça na frente dos outros, só para serdes notados. De outra forma, não recebereis recompensa do vosso Pai que está nos céus». A justiça da que Jesus nos fala consiste em viver conforme aos princípios evangélicos, sem esquecer que «Eu vos digo: Se vossa justiça não for maior que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus».
A justiça nos leva ao amor, manifestado na esmola e em obras de misericórdia: «Tu, porém, quando deres esmola, não saiba tua mão esquerda o que faz a direita». Não é que se devam ocultar as obras boas, mas que não se deve pensar em elogio humano ao fazê-lo, sem desejar nenhum outro bem superior e celestial. Em outras palavras, devo dar esmola de tal modo que nem eu tenha a sensação de estar fazendo uma boa ação, que merece uma recompensa por parte de Deus e elogio por parte dos homens.
Então, a esmola reduzida à “gorjeta” deixa de ser um ato fraternal e se reduz a um gesto tranqüilizador que não muda a maneira de ver o irmão, nem faz sentir a caridade de prestar-lhe a atenção que ele merece. O jejum, por outro lado, fica limitado ao cumprimento formal, que já não lembra em nenhum momento a necessidade de moderar nosso consumismo compulsivo, nem a necessidade que temos de ser curados da “bulimia espiritual”. Finalmente, a oração reduzida a estéril monólogo não chega a ser autêntica abertura espiritual, colóquio íntimo com o Pai e escuta atenta do Evangelho do Filho.
A religião dos hipócritas é una religião triste, legalista, moralista, de uma grande pobreza de espírito. “Guardai-vos de praticar a vossa justiça diante dos homens, para serdes vistos por eles como fazem os hipócritas...” No dicionário do Aurélio, hipocrisia é afetação duma virtude, de um sentimento louvável que não se tem. É impostura, fingimento, simulação, falsidade. Os hipócritas enganam (ou pensam enganar) as pessoas que os vêem por sua aparência. Fingem ser uma coisa que não são. Por quanto tempo dura uma hipocrisia? Pois nada há de oculto que não seja um dia revelado. Que passageira recompensa recebem os hipócritas, não é mesmo? Recebem os louvores e reconhecimentos momentâneos. Até a hora em que são descobertos. Daí, então, a máscara cai e se revela a verdade do que são. Como não construíram sobre a rocha, a verdade, é grande sua ruína (cf. Mt 7,27).
Por que, então, cair neste pecado da hipocrisia? Se pensarmos bem, mesmo sem levar em conta o lado espiritual, não vale a pena. Seja no ambiente de trabalho, seja na sociedade ou na família, a hipocrisia é um grande contra-senso. Reflita e medite sobre isso em sua vida. Dirija-se ao Senhor pedindo perdão pelas vezes em que fingiu ou simulou algo apenas para ser visto pelos homens. Peça hoje uma graça de coerência e fidelidade ao chamado último de todos os homens: a santidade.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 18/06/2014

HOMILIA

A oração feita no silêncio do nosso coração agrada a Deus!

A única pessoa que precisa saber da sua oração é Deus! A oração que agrada ao Senhor Nosso Deus é aquela que é feita no silêncio do coração!

“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles” (Mateus 6-1).

A Palavra de Deus vem hoje ao nosso encontro para nos ajudar a purificar as nossas intenções e as nossas atitudes em tudo aquilo que realizamos, a começar pelas nossas orações. Há pessoas que gostam de se aparecer quando estão rezando, elas conversam com você com o terço na mão, e falam para todo o mundo ver que elas estão rezando. Não, a oração que agrada a Deus não é essa, feita pela quantidade e pela demonstração que você reza.
A única Pessoa que precisa saber da sua oração é Deus, por isso a oração deve ser feita no quarto interior, no silêncio do recolhimento, onde comigo mesmo vou ao encontro d’Aquele que é o único e eterno, o Senhor Nosso Deus.
Não faça nada para ser visto, não precisa rezar em voz alta para incomodar os outros, fazer barulho para que todo mundo veja que você está rezando. A oração que agrada ao Senhor Nosso Deus é aquela que é feita no silêncio do coração! Claro que você pode falar algo, mas ninguém deve orar para chamar atenção ou para o outro dizer: “Como ele é piedoso! Como ele anda com um terço na mão e como ele reza!”.  A oração que agrada o coração do nosso Deus é outra.
Da mesma forma, a nossa caridade precisa ser exemplar, deve ser uma caridade inflamada, mas não deve ser feita para colocar uma placa sobre nós: “Olha como eu sou caridoso! Olha como eu gosto de dar esmola e como ajudo os outros!”. Não deve ser assim. Como nos ensina Jesus, que a sua mão direita não saiba o que fez a sua esquerda (cf. Mt 6,1-4).
Ajude o seu próximo, atenda o necessitado e socorra a quem está precisando. E pode ter certeza de que lá onde só Deus está vendo, Ele mesmo vai recompensar aquela caridade que você faz de forma silenciosa. Não faça nada na vida esperando receber retorno, troco; não faça nada na vida esperando receber “muito obrigado”, agradecimento, nem para quem você exerceu a sua caridade. A caridade precisa ser, mais do que qualquer coisa, exercida de forma gratuita, nunca esperando agradecimento, quanto menos reconhecimento!
Nós precisamos de sacrifício interior, precisamos, muitas vezes, nos penitenciar, precisamos fazer jejum, precisamos nos sacrificar disso e daquilo. Só não precisamos fazer propaganda, só não precisamos andar com a cara amarrada, só não precisamos andar com o espírito abatido para que os outros se compadeçam de nós.
Tudo que é feito com gratuidade, para que o coração de Deus entenda, produz frutos, os quais duram por toda a eternidade.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 18/06/2014

Oração Final
Pai Santo, prepara o nosso coração para celebrarmos com alegria e gratidão o grande Dom do teu Filho Unigênito, que quis ficar conosco sob as espécies do Pão e Vinho consagrados. Dá-nos especial veneração pelos Sagrados Mistérios do Teu Amor, nós te pedimos pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/06/2014

ORAÇÃO FINAl
Pai Santo, nós nos jogamos em teus braços como filhos confiantes. Conduze-nos por este tempo de penitência quaresmal para celebrarmos – ao final desses dias, – a Ressurreição do Cristo. Que vivamos o clima de fraternidade em nossas comunidades e sejamos sempre agradecidos pelo Dom do Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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