3 de Março de 2014
O moço rico
Mc 10,17-27
Comentário do Evangelho

De
fato, Jesus é bom e ele faz bem todas as
coisas
A atitude do anônimo
que vai ao encontro de Jesus (cf. v. 17a) parece exprimir o seu desejo mais
verdadeiro (v. 17b). De fato, Jesus é bom e ele faz bem todas as coisas. No
entanto, ele não aceita para si o título de “Bom”, remetendo-o a Deus. Se a
bondade pode ser experimentada no encontro com Jesus, através de suas palavras
e de tudo o que ele faz, é preciso ser remetida, por meio dele, ao Pai que é a
fonte de toda bondade. A absolutização de uma pessoa é um passo da idolatria. A
vida eterna que ele deseja é dom e como tal deve ser recebida. Não é
merecimento garantido pela prática da Lei nem por qualquer boa obra. Para
receber a vida eterna como dom é preciso desapego, pois somente a prática da
Lei não é suficiente (cf. vv. 20-21). Ademais, é no seguimento de Jesus Cristo
que se encontra o caminho para a vida eterna (v. 21; cf. Jo 14,6). Diante da
proposta de Jesus, o homem saiu pesaroso. De fato, a riqueza pode se constituir
num verdadeiro obstáculo para se entrar no Reino de Deus. Por vezes a facilidade
dos bens materiais pode se confundir com a vida verdadeira.
Carlos
Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
não permitas que o meu coração se apegue de tal forma aos bens deste mundo, a
ponto de levar-me a te colocar em segundo lugar.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
O evangelho de hoje
nos apresenta, no caso do jovem rico, um grave erro que pode ocorrer na vida de
todos nós no que diz respeito à questão da salvação e que se refere ao sujeito
da salvação. Às vezes, a gente escuta que as pessoas devem esforçar-se para se
salvarem e eu penso que eu devo conseguir me salvar. Ora, ninguém salva a si
próprio. Eu não posso ser o meu salvador. Os discípulos perguntaram: "Quem
então poderá salvar-se?" A resposta de Jesus é: "Para os homens isso
é impossível, mas não para Deus. Para Deus, tudo é possível". Não podemos
confiar a nossa salvação nem em nós mesmos, nem nos outros e nem nos bens
materiais, pois nada ou ninguém, a não ser o próprio Deus, podem nos salvar.
FONTE: CNBB
Recadinho
Jesus fala de modo
muito forte e parece excluir os ricos! O que deve fazer um rico para não ser
excluído? - Jesus quer dizer que se para uma pessoa comum buscar a vida eterna
é difícil... para os ricos é um problema a mais! Como agir para que a riqueza seja
um bem e não um problema? - O que o jovem rico deveria colocar acima de tudo? -
Afinal, que pecado existe em alguém ser rico? - O que escolher? O Reino de Deus ou as riquezas deste mundo?
Padre
Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 -
santuario-nacional
4 de Março de 2014
A pergunta de Pedro
Mc 10,28-31
Comentário
do Evangelho
Deixar
para se ter a plenitude
Em continuidade com o episódio
anterior, temos a impressão de que, no trecho de hoje, a questão da vida eterna
continua, agora, na observação de Pedro. Esse diálogo dá a Jesus a
possibilidade de afirmar que, deixando tudo, em razão do chamado ao seu
seguimento, é que se tem o cêntuplo (v. 30). Deixar para ter a plenitude. “Cem
vezes mais” não é uma operação matemática; ela simboliza que no seguimento de
Jesus Cristo, e para além do tempo de sua vida terrestre, tudo adquire sentido
para o discípulo e tudo ocupa o seu devido lugar. A recompensa do discípulo é o
chamado a seguir Jesus e o próprio seguimento, pois ele permite a graça de
viver a vida do Senhor. A recompensa não é acerto de contas por algo realizado
e merecido. Na vida cristã a recompensa é um dom de Deus. A vida eterna,
enquanto dom, é a comunhão com o Pai e o Filho (cf. Jo 17,2-3) no Espírito
Santo. Nesse sentido, ela não é um dom exclusivo para a “outra vida”, mas uma
graça dada na provisoriedade do tempo para que se possa desejar essa comunhão
na eternidade, onde nossa vida será plenamente transfigurada em Cristo.
Carlos
Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
dá-me a graça de entregar-me totalmente ao serviço do Reino, sem esperar outra
recompensa além de saber-me amado por ti.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Eu posso
contribuir para a minha salvação na medida em que eu faço de Deus o centro da
minha vida e a causa da minha felicidade, submetendo-me totalmente a ele. Se eu
vivo apegado às coisas do mundo, eu vivo em função delas e coloco nelas a minha
felicidade, fechando o meu coração à ação divina e a minha vida ao projeto do
reino dos céus. Para conseguir o desapego das coisas do mundo, é necessário que
a gente procure assumir uma nova hierarquia de valores que faz com que sejamos
capazes de desprezar os bens materiais, mas rejeitar os valores do mundo
significa sofrer perseguições nesta vida. É preciso renunciar aos valores do
mundo para ter a vida em Cristo.
FONTE: CNBB
Recadinho
Pedro era muito prático! Queria logo saber o
que ganhariam com terem deixado tudo para seguir o Mestre! E Jesus, como
sempre, mostra-se muito generoso. Quem se habilita a, como Pedro e muitos
outros, ser o último agora, em troca de ser o primeiro no Reino de Deus?! -
Deus nos criou para servir. Não temos outra opção. Como é minha vida de
serviço? - Procuro controlar minha vida para que não me apegue demais às coisas
passageiras deste mundo? - O que de mais relevante faço por meu próximo? -
Quais são meus próximos mais próximos?
Padre
Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 -
santuario-nacional
5 de Março de 2014
Cinzas - Não à hipocrisia!
Mt 6,1-6.16-18
Comentário do Evangelho
A
conversão não é tarefa de um tempo, mas empenho de toda a vida.
Com essa celebração de caráter
penitencial, tem início o tempo da Quaresma, tempo de graça e reconciliação que
nos prepara para a comemoração anual do mistério pascal de Jesus Cristo. O
texto prescrito para a Quarta-Feira de Cinzas, invariável nos três ciclos
litúrgicos, começa por um alerta (v. 1), cuja exigência prática para a vida do
discípulo e de toda a comunidade cristã é a rejeição da hipocrisia, como se
verá nas considerações das práticas tradicionais de piedade (jejum, esmola e
oração), aspectos importantes da vida religiosa no tempo de Jesus, também
recomendadas pela Igreja. Essas práticas não podem alimentar a vaidade de uma
religião puramente exterior – hoje, diríamos midiática – e se constituir num
espetáculo público. Não podem levar ao autocentramento, mas elas têm por
finalidade levar as pessoas a saírem de si mesmas e voltarem-se para Deus, que
vê no segredo do coração, e se disporem a servir generosamente seus
semelhantes. O jejum, a caridade fraterna e a oração são a expressão do desejo
de uma verdadeira conversão; a conversão não é tarefa de um tempo, mas empenho
de toda a vida.
Carlos
Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, só
te agradam as ações feitas na simplicidade e no escondimento. Que eu procure
sempre agradar-te, enveredando por este caminho.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
O verdadeiro
espírito de conversão quaresmal é aquele de quem não busca simplesmente dar uma
satisfação de sua vida a outras pessoas para conseguir a sua aprovação e passar
assim por um bom religioso, mas sim aquele que encontra a sua motivação no
relacionamento com Deus e busca superar as suas imaturidades, suas fraquezas,
sua maldade e seu pecado para ter uma vida mais digna da vocação à santidade
que é conferida a todas as pessoas com a graça batismal, e busca fazer o bem
porque é capaz de ver nas outras pessoas um templo vivo do Altíssimo e servem
ao próprio Deus na pessoa do irmão ou da irmã que se encontram feridos na sua
dignidade.
FONTE: CNBB
Recadinho
Em que consiste ser humilde? - O exibicionismo está muito presente em nossas comunidades? - Procuro ser solidário com o próximo, ajudando-o a ouvir a voz de Deus que nos fala no íntimo do coração? - Que tipo de recompensa espero pelo bem que faço? - Quem me recompensará?
Padre
Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 -
santuario-nacional
6 de Março de 2014
Jesus fala de sua morte e ressurreição
Lc 9,22-25
Comentário do Evangelho
O
caminho dos discípulos não pode ser outro que o do Mestre.
Nosso texto de hoje está
situado um pouco antes do início da seção central do terceiro evangelho,
denominada “subida para Jerusalém”. O anúncio da paixão, morte e ressurreição tem
por finalidade preparar os discípulos, como também o leitor, para entrarem no
mistério pascal sem esmorecer e preveni-los contra o escândalo da paixão e
morte de Jesus. Essa prolepse informa os discípulos acerca das condições do
seguimento de Jesus Cristo. O caminho dos discípulos não pode ser outro que o
do Mestre. Por essa razão, é preciso liberdade diante da própria vida. A
decisão livre de seguir o Senhor deve ser acompanhada da atitude que
caracteriza o seguimento: “Renunciar a si mesmo”. Trata-se do desafio de não
permitir que seus projetos pessoais se anteponham à vontade de Deus, e exige
uma atitude positiva de entregar a própria vida. A vida recebida como dom de
Deus não está garantida na defesa das seguranças e privilégios pessoais, mas na
disposição da própria vida em favor do “evangelho de Jesus Cristo” (cf. Mc
1,15). Nós não seremos plenamente livres enquanto persistir o medo da morte.
Carlos
Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
dá-me a firme disposição de renunciar a todos os meus projetos pessoais, para
abraçar unicamente o projeto de Jesus, mesmo devendo passar por sofrimentos.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
O verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que vive
como o próprio Jesus e faz dele o modelo de sua vida. Jesus nunca viveu para
si, mas sempre viveu para o Pai e para os seus irmãos e irmãs, fazendo do seu
dia a dia um serviço a Deus e ao próximo. A exemplo de Jesus, nós devemos
passar por esse mundo não para buscar a satisfação dos nossos interesses e
necessidades, mas para deixar de lado tudo o que nos impede de ir ao encontro
de nossos irmãos e irmãs que precisam de nós, da nossa presença e do nosso
serviço, e que também nos impede de ir ao encontro do próprio Deus para
vivermos com ele a sua vida.
FONTE: CNBB
Recadinho
Jesus é claro ao questionar-nos: Que adianta
ganhar o mundo inteiro? - Para que serve tanta ganância na busca dos bens deste
mundo se não tiverem um fim social? - Renunciar! Tomar a cruz! Que experiência
tenho de cruzes em minha vida? - Aceito minhas cruzes espelhando-me na
caminhada do crucificado? - Faço com que a fé me sustente ao carregar as cruzes
da vida?
Padre
Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 -
santuario-nacional
7 de Março de 2014
Jesus e o jejum
Mt 9,14-15
Comentário do Evangelho
O
verdadeiro jejum
Nosso texto é uma
controvérsia entre os discípulos de João e Jesus acerca do jejum não observado
pelos discípulos do Nazareno. Certamente, embora o texto não nos informe, não
se trata do jejum prescrito pela Lei de Moisés. Dos fariseus, o próprio Lucas
nos informa que eles jejuavam duas vezes por semana (Lc 18,12), mas dos
discípulos de João não temos nenhuma notícia quanto a essa prática em todo o
Novo Testamento. O único dia de jejum prescrito pela Lei de Moisés é para o dia
do perdão (cf. Lv 23,26-32). Os fariseus que consideram a si mesmos como justos
queriam impor a todo o povo as suas práticas ascéticas. É bastante provável que
é disso que se trate. Jesus, antes de iniciar o seu ministério público, jejuou
durante quarenta dias (Mt 4,2; Lc 4,2). Há, no Antigo Testamento, passagens em
que um jejum puramente exterior, incapaz de transformar a vida da pessoa, é
duramente criticado. Isaías e Zacarias, por exemplo, relativizam o jejum em
face do amor e da misericórdia, que são exigências primordiais da Lei (Is
58,1-12; Zc 7). Jesus centra a prática do jejum na cristologia, a saber, é em
relação à ausência do “noivo”, uma referência à sua morte, que o jejum deve ser
praticado. Seguindo essa linha de raciocínio, a Igreja prescreve para os
cristãos católicos o jejum na Sexta-Feira Santa.
Carlos
Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
desejo preparar-me bem para celebrar a Páscoa, tempo de reencontro com o
Ressuscitado. Que o jejum me predisponha, do melhor modo possível, para este
momento.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
As práticas religiosas não podem ser simples
ritualismos que cumprimos por costume ou tradição. Os fariseus e os discípulos
de João faziam jejum, cumprindo os valores tradicionais da religiosidade de sua
época, mas o cumprimento desses valores não lhes foi suficiente para que se
tornassem capazes de reconhecer o tempo em que estavam vivendo e por quem foram
visitados, de modo que não puderam viver a alegria de quem tem o próprio Deus
presente em suas vidas e nem puderam usufruir de forma mais plena essa presença
de graça. Somente quem viver uma verdadeira religiosidade que seja capaz de
estabelecer um relacionamento profundo e maduro com Deus e perceber os seus
apelos nos dos sinais dos tempos pode colher os frutos dessa religiosidade.
FONTE: CNBB
Recadinho
No jejum, deixamos de lado algo que nos
agrada, oferecendo este gesto em sacrifício e isto se transformará em bênçãos
para nossa vida. Tenho consciência disso? - Ou faço parte do grupo daqueles que
jejuam... tão somente porque preciso emagrecer? - Sei me alegrar com Jesus
Ressuscitado mas também acompanhá-lo no caminho do calvário? - Apesar de às
vezes a vida ser difícil, procuro espelhar-me em Cristo? - Purifico meu coração
através da oração?
Padre
Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 -
santuario-nacional
8 de Março de 2014
O chamado de Levi
Lc 5,27-32
Comentário do Evangelho
A
missão de Jesus
“Depois disso” refere-se
ao episódio da cura do paralítico e à discussão com os escribas e os fariseus
sobre o perdão dos pecados (Lc 5,17-26). O banquete oferecido por Levi a Jesus
pode ser considerado expressão da alegria pelo encontro com o Senhor e a
despedida do publicano de sua vida passada. Os seus amigos estão presentes,
entre eles um grande número de publicanos, reconhecidos pelos judeus
praticantes como impuros, pecadores públicos, pessoas na casa de quem um justo
não pode entrar nem assentar-se à mesa com eles, sob pena de tornar-se impuro.
A mesa, a refeição são símbolos de comunhão, de acolhida e antecipação do
banquete escatológico. Eis a razão da murmuração dos escribas e fariseus. Mas não
há quem Jesus não acolha e quem não possa acolhê-lo. O amor de Deus, sua
misericórdia, tem absoluta precedência em referência a qualquer regra,
inclusive em relação às regras de pureza que excluem da comunhão com Deus e
eximem do dever de socorrer o outro em suas necessidades (ver: Lc 10,25-37). É
a presença do Senhor, e não outro alguém ou coisa, que purifica e santifica a
todos, e integra-os na comunhão com Deus. O nosso texto é ocasião para afirmar,
com clareza, a missão de Jesus (vv. 31-32; cf. Lc 19,10).
Carlos
Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
estou certo de que, mesmo sendo pecador, sou amado por ti, e posso contar com a
tua solidariedade, que me descortina a misericórdia e a justiça como jeito novo
de ser.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Nós queremos afastar os pecadores da Igreja e
isso é o maior erro que podemos cometer. Jesus acolhia todos os pecadores e
pecadoras e comia com eles, sendo que muitas vezes como, por exemplo, no
evangelho de hoje, os chamava para ser seus seguidores, e até mesmo apóstolos.
A nossa prática, no entanto, está na maioria das vezes fundamentada na
discriminação das pessoas por causa de determinados tipos de pecado, e isso faz
com que sejamos iguais aos fariseus do tempo de Jesus, que discriminavam os
pecadores, os expulsavam do Templo e consideravam impuras todas as pessoas que
se relacionavam com eles. Devemos acabar com o farisaísmo que muitas vezes
marca a Igreja na discriminação dos pecadores e termos a atitude da acolhida
que Jesus tinha.
FONTE: CNBB
Recadinho
Preciso de conversão? - Vocação é Deus
chamando a gente para ser útil em algum serviço. Que serviço presto? - Sempre é
tempo de pensar melhor nas coisas de Deus. Vamos refletir? - Faço
periodicamente algum plano para minha vida espiritual? - Jesus acolheu os
doentes, os pecadores. Como vai meu coração? Está sadio?
Padre
Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 -
santuario-nacional
9 de Março de 2014
As tentações de Jesus
Mt 4,1-11
Comentário do Evangelho
Jesus
não permite que a voz do mal ressoe nele.
Os domingos do tempo da
Quaresma são como que etapas que nos preparam para a celebração do mistério
pascal de Jesus Cristo. O tempo da Quaresma deve ser marcado por uma dupla
característica: deve ser a ocasião para recordarmos o nosso Batismo e a vocação
a que somos chamados pela graça desse mesmo Batismo, e tempo para a penitência,
isto é, o desejo e o consequente esforço de verdadeira e profunda conversão
para que possamos tirar do mistério pascal de Jesus Cristo toda a sua riqueza.
O autor do segundo relato da criação do livro do
Gênesis tem a preocupação de responder à seguinte pergunta: se tudo o que Deus
criou é bom, por que existe o mal? Por que, muitas vezes, o mal domina sobre o
ser humano? Em primeiro lugar, o autor afirma a bondade de Deus. Deus chama o
ser humano à existência; Ele pôs o seu próprio “sopro” no ser humano (2,7b). O
homem, tirado do pó, é obra do coração de Deus, do seu amor. No jardim que Deus
plantou havia tudo o que o ser humano precisava para realizar-se como
plenamente humano. No entanto, enigmaticamente, aparece a serpente, símbolo do
mal do homem; ela aparece como uma força de sedução que distorce o mandamento
de Deus e leva o ser humano a negar a sua própria condição de criatura e,
portanto, a negar sua referência a Deus. É o mal que, segundo o nosso autor,
coloca no coração do ser humano a suspeita com relação a Deus. O mal desumaniza
na medida em que leva a negar-se a qualidade de criatura e sua referência ao
Criador. O ser humano é colocado diante da alternativa pela qual deve decidir:
confiar em Deus ou se deixar levar pela sedução do mal. Infelizmente, o
primeiro homem se deixou envolver pela sedução do mal.
O relato das tentações de Jesus segundo Mateus é
um sumário das tentações que acompanharam Jesus ao longo de toda a sua vida. Ao
contrário do primeiro ser humano, Jesus não permite que a voz do mal ressoe
nele. Pela apropriação da Palavra de Deus, por sua comunhão com o Pai, ele
vence o mal; ele vence o mal pela confiança inabalável em Deus. As tentações de
Jesus dizem respeito à sua filiação divina e à sua missão. É na sua condição de
Filho de Deus e em relação ao seu messianismo que Jesus é tentado. Jesus não se
prosterna diante do mal, pois sua vida está profundamente enraizada em Deus;
somente a Deus ele adora. Foi por nós que Jesus venceu as tentações.
Carlos
Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
como Jesus, quero ser fiel a ti, sem jamais exigir manifestações
extraordinárias de teu amor por mim. Basta-me estar ciente de ser teu filho.
FONTE: PAULINAS
Recadinho
Você se prepara bem para as missões que tem a
desempenhar? - Quem é Jesus para você? - A tentação de uma vida cômoda e fácil
perturba sua caminhada? - Você procura se alimentar sempre da palavra de Deus?
- Sua vida é um serviço constante ao próximo? Dê algum exemplo.
Padre
Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 -
santuario-nacional
10 de Março de 2014
Com quem Jesus se identifica?
Mt 25,31-46
Comentário do Evangelho
Somente
o olhar penetrante do pastor, do Filho do Homem, pode conhecer a situação de
cada um e o que se é de fato.
Os domingos do tempo da
Quaresma são como que etapas que nos preparam para a celebração do mistério
pascal de Jesus Cristo. O tempo da Quaresma deve ser marcado por uma dupla
característica: deve ser a ocasião para recordarmos o nosso Batismo e a vocação
a que somos chamados pela graça desse mesmo Batismo, e tempo para a penitência,
isto é, o desejo e o consequente esforço de verdadeira e profunda conversão
para que possamos tirar do mistério pascal de Jesus Cristo toda a sua riqueza.
O autor do segundo relato da criação do livro do
Gênesis tem a preocupação de responder à seguinte pergunta: se tudo o que Deus
criou é bom, por que existe o mal? Por que, muitas vezes, o mal domina sobre o
ser humano? Em primeiro lugar, o autor afirma a bondade de Deus. Deus chama o
ser humano à existência; Ele pôs o seu próprio “sopro” no ser humano (2,7b). O
homem, tirado do pó, é obra do coração de Deus, do seu amor. No jardim que Deus
plantou havia tudo o que o ser humano precisava para realizar-se como
plenamente humano. No entanto, enigmaticamente, aparece a serpente, símbolo do
mal do homem; ela aparece como uma força de sedução que distorce o mandamento
de Deus e leva o ser humano a negar a sua própria condição de criatura e,
portanto, a negar sua referência a Deus. É o mal que, segundo o nosso autor,
coloca no coração do ser humano a suspeita com relação a Deus. O mal desumaniza
na medida em que leva a negar-se a qualidade de criatura e sua referência ao
Criador. O ser humano é colocado diante da alternativa pela qual deve decidir:
confiar em Deus ou se deixar levar pela sedução do mal. Infelizmente, o
primeiro homem se deixou envolver pela sedução do mal.
O relato das tentações de Jesus segundo Mateus é
um sumário das tentações que acompanharam Jesus ao longo de toda a sua vida. Ao
contrário do primeiro ser humano, Jesus não permite que a voz do mal ressoe
nele. Pela apropriação da Palavra de Deus, por sua comunhão com o Pai, ele
vence o mal; ele vence o mal pela confiança inabalável em Deus. As tentações de
Jesus dizem respeito à sua filiação divina e à sua missão. É na sua condição de
Filho de Deus e em relação ao seu messianismo que Jesus é tentado. Jesus não se
prosterna diante do mal, pois sua vida está profundamente enraizada em Deus;
somente a Deus ele adora. Foi por nós que Jesus venceu as tentações.
Carlos
Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
reforça minha disposição para amar e servir meus semelhantes, sobretudo, os
mais pobres e marginalizados. Esta será a única forma de me preparar para o
encontro com Jesus.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Jesus nos mostra no Evangelho de hoje que a
verdadeira religião não é aquela que é marcada por ritualismos e cumprimento de
preceitos meramente espirituais, afinal de contas ele não nos perguntará no dia
do julgamento final se nós procuramos cumprir os preceitos religiosos, mas sim
se fomos capazes de viver concretamente o amor. É claro que a religiosidade tem
sentido, principalmente porque é através do relacionamento com Deus que recebemos
as graças que nos são necessárias para a vivência concreta do amor, mas a
religiosidade sozinha, desvinculada da prática do amor, é causa de condenação e
não de salvação.
FONTE: CNBB
Recadinho
Ninguém gosta de ouvir, mas Jesus fala firme
sobre o juízo final. Quem serão os escolhidos do Reino? - Uso de misericórdia
para com meu próximo? - Ou faço parte do grupo daqueles que desviam o olhar
diante de uma pessoa simples, humilde? - Quem não quer agradar a Deus? - Mas...
tenho clareza de que Deus está presente nos humildes, nos desprezados deste
mundo?
Padre
Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 -
santuario-nacional

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