quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

O JEJUM QUE SALVA!


Por no dia fev 17th, 2010 sobre Quaresma.

Este dia e a sexta-feira santa são os únicos em que é pedido a todos os adultos que jejuem (isto é, que renunciem a uma das refeições importantes do dia) em sinal de disponibilidade e solidariedade. Disponibilidade à escuta de Deus, demonstrando dar mais valor à sua Palavra que ao bem estar imediato, sinal de conversão do coração; isto é que significa o jejum dos cristãos, como o do Mestre no inicio de sua missão.
Um jejum mais sensível neste dia, mas que se prolongará por todo o tempo da Quaresma, com outras iniciativas pessoais de desapego, renúncia às comodidades e satisfações mesmo legitimas, para maior liberdade interior. Assim o jejum ritual, feito com interioridade e não por mero formalismo, se torna sinal da fé e caminho de salvação para todo o nosso ser.
Por outro lado, sofrendo um pouco de privação, saibamos unir-nos de algum modo aos homens para os quais é habitual a privação de alimento, de meios econômicos, de bens culturais e de possibilidades concretas de desenvolvimento; o jejum se torna um gesto simbólico, denúncia profética da injustiça que nasce do egoísmo, solidariedade com os mais pobres. Assim, a preparação para a Páscoa se torna “Campanha da Fraternidade”, e a ceia do Senhor um gesto de pobreza, contrição, esperança, anuncio. Quem participa seriamente da Paixão do Senhor, ainda hoje viva nos pobres da terra, sabe que a volta ao Pai (tanto a sua como a da comunidade) já começou, e que na mortificação da carne pode florescer o Espírito da ressurreição e da vida.
Para nós não ficarmos perdidos onde preciso nos converter, a Campanha da Fraternidade deste ano tem como tema Economia e Vida, e o lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (cf. Mt 6,24). Que o jejum e a oração possa desenvolver em nossos corações a caridade, a partilha, o sair de si. O consumismo desenfreado é um grande pecado contra os mais pobres, o desperdício de alimentos é uma afronta a tantos irmãos que hoje mesmo não tem o que comer. O acumulo de bens e de coisas que não usamos mais, revelam o lugar que Deus tem ocupado em nossas vidas e consequentemente o lugar do irmão. Pois quem não tem Deus em primeiro lugar, não pode pensar nos outros, vive infelizmente o culto a si mesmo, as coisas e a idolatria do dinheiro.
O jejum que salva nos leva a conversão e nos dá um coração mais manso, humilde e pobre e solidário. Pois na matemática de Deus dividindo, partilhando se multiplica o que se tem. Uma diga simples: o alimento do seu jejum ou aquilo que você tem e não usa mais pode ser doado para alguém ou uma instituição.

Oração: Ofereço Senhor as minhas disposições e o meu jejum. Que este gesto possa colocar Deus em primeiro lugar na minha vida e imediatamente o meu irmão. Conversão para uma vida nova e para ser mais sensível as necessidades dos meus irmãos mais pobres, que este jejum seja agradável a Ti Senhor e que faça com que eu saia do meu comodismo e ofereça aquilo que me sobra aos mais carentes, carentes do meu tempo, da minha atenção e da minha ajuda.

Padre Luizinho,
Com. Canção Nova.

Fonte de pesquisa: Missal Cotidiano, Missal da Assembleia Cristã.

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