segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 04/01/2020

ANO A


Jo 1,35-42

Comentário do Evangelho

Os dois discípulos

O evangelho segundo João é o único a mencionar que discípulos de João Batista se tornaram discípulos de Jesus. A cadeia de testemunhas continua: do testemunho de João, dois de seus discípulos vão atrás de Jesus, um dos quais é explicitamente nomeado, André, irmão de Simão Pedro. O outro permanece anônimo, sugerindo que o leitor do evangelho ocupe o seu lugar e o seu interesse por conhecer Jesus. Por meio de ambos, todo leitor ouve a pergunta que move o coração de cada ser humano: “Que procurais?”. O que buscam, eles o encontraram em Jesus: “Encontramos o Cristo”. André, por sua vez, conduz o seu irmão a Jesus. O olhar de Jesus sobre Simão ultrapassa a aparência, penetra na sua história pessoal e abre para ele a possibilidade de uma transformação radical e a perspectiva do serviço: “Tu te chamarás Céfas”. A precisão temporal, “quatro horas da tarde”, não visa indicar o horário do acontecimento, mas afirmar a realização de um fato decisivo: depois de tanta espera, finalmente, o Messias é encontrado na nossa própria humanidade.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me permanecer sempre junto a teu Filho Jesus, enviado por ti para realizar todas as nossas esperanças de salvação.
Fonte: Paulinas em 04/01/2014

Vivendo a Palavra

O relato de João é carregado de emoção: ‘eram, mais ou menos, quatro horas da tarde...’ assim ele foi chamado pelo Mestre. Como foi o nosso chamado? Nós nos lembramos – ou procuramos nos lembrar... – com gratidão e estamos prontos a atender o chamado de Jesus? Estamos no Caminho que Ele nos ensinou?
Fonte: Arquidiocese BH em 04/01/2014

VIVENDO A PALAVRA

O relato de João é carregado de emoção: ‘eram, mais ou menos, quatro horas da tarde…’ assim ele foi chamado pelo Mestre. Como foi o nosso chamado? Nós nos lembramos – ou procuramos nos lembrar… – sempre com renovada gratidão – e estamos prontos a atender ao chamado de Jesus? Trilhamos o Caminho que Ele nos ensinou?

João Batista assume o papel de animador vocacional. Aponta Jesus que está passando e incentiva seus discípulos a segui-lo. Jesus dirige a eles a pergunta fundamental, que toda pessoa deve responder: O que você está buscando? O que é realmente importante para sua vida? Os discípulos querem conhecer mais profundamente quem é o Mestre: “Onde vives?”. Em vez de simplesmente dar o endereço, Jesus os convida a conhecer seu modo de vida e sua obra libertadora. Feita a experiência de conviver com Jesus, André leva seu irmão Simão até ele. Pelo testemunho desses primeiros discípulos, outras pessoas vão conhecendo Jesus e permanecendo com ele. Simão recebe de Jesus um novo nome, Pedro (rocha), indicando que, na nova comunidade, ele será o líder do colégio apostólico (cf. Mt 16,18).
Oração
Ó Jesus, “Cordeiro de Deus”, por indicação de João Batista, dois discípulos dele te procuraram e aceitaram permanecer contigo naquele dia. Foi um ensaio, para que pudessem te conhecer e inteirar-se da tua obra redentora. Um deles, André, tornou-se teu discípulo e foi chamar seu irmão, Pedro. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Sua presença é alegria? - Consegue ser afável e dar atenção a todos indistintamente? - Preocupa-se com as pessoas tímidas e simples? - Procura fazer-se presente quando precisam de sua ajuda? - Mencione um testemunho de vida muito positivo de alguém.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 04/01/2014

Comentário do Evangelho

CONVIVENDO COM JESUS

João Batista deu-se conta da responsabilidade de levar também os seus discípulos a reconhecerem o Messias. Ao apontar para Jesus, declarando-o Cordeiro de Deus, sugeriu-lhes que seguissem o verdadeiro Mestre. Sua missão tinha sido cumprida. Então, os discípulos de João puseram-se a seguir Jesus.
João havia descrito o Messias vindouro com tons solenes. Sua descrição não correspondia bem à pessoa que os discípulos tinham diante de si. Por isso, manifestaram o desejo de saber onde Jesus habitava.
O núcleo da questão não consistia em conhecer a casa onde o Mestre morava. Isso era secundário! Importava mesmo saber quem era Jesus. E o conhecimento resultou da convivência. O contato, ao longo daquele dia, foi suficiente para que os discípulos de João descobrissem a identidade de Jesus e reconhecessem nele o Messias esperado.
O encontro com Jesus foi tão profundo que suas circunstâncias ficaram impressas na memória dos discípulos. Estes, então, apressaram-se a comunicar aos demais a experiência feita. A aceitação do convite vinde e vede e a fascinação, que daí resultou, provocaram uma reviravolta na vida dos discípulos. Doravante, não seriam mais os mesmos.
Oração
Senhor Jesus, que a convivência contigo possa ajudar-me a conhecer-te mais e a compreender melhor a missão que reservaste para mim.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, pela vinda do vosso Filho, vos manifestastes em nova luz. Assim como ele quis participar da nossa humanidade, nascendo da Virgem, dai-nos participar de sua vida no reino. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 04/01/2014

Meditando o evangelho

MESTRE, ONDE MORAS?

A pergunta que os dois discípulos de João Batista fizeram a Jesus  marcou o início de um novo discipulado. Doravante, seu Mestre seria ele. A dinâmica existencial desta mudança servirá de modelo para o discipulado de todos os tempos.
Discípulo é quem acolhe o testemunho sobre Jesus, como esses dois discípulos que deram ouvidos a João Batista. São imprescindíveis as mediações humanas no processo da fé. É preciso deixar-se guiar até Jesus.
O passo seguinte consiste em acolher o convite do Mestre para estar com ele: "Vinde, e vede". Trata-se do seguimento pelo qual se chega a conhecê-lo, na escuta atenta de suas palavras e na contemplação de suas obras. Este ver supera a experiência da visão física, por consistir num discernimento da vida de Jesus, visando reconhecer suas qualidades de Messias de Deus. Nesta aproximação, inicia-se uma tamanha comunhão de vida com o Mestre, a ponto de se estabelecer com ele vínculos profundos. "Permanecer junto dele" - quer dizer exatamente isto: não somente um dia, mas durante toda a existência.
Resultado desta experiência transformadora é a conversão do discípulo em apóstolo. Foi o que aconteceu com os dois discípulos de João Batista. Logo, trataram de conduzir a Jesus outras pessoas, de forma a ampliar o círculo dos seguidores do Mestre.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Oração
Espírito de intimidade com Jesus, conduze-me sempre mais para junto daquele que é o Cordeiro de Deus com quem vale a pena partilhar a vida.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Recontando a História...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Eram dois catequisandos, André e outro amigo, o catequista era João Batista, pessoa muito cativante, que falava com muita sabedoria sobre o Salvador, os catequisandos sentiam-se muito atraídos por ele, até que um dia, durante a catequese, João apontou para alguém que passava e disse com alegria e convicção "Eis o Cordeiro de Deus".
Nem houve festa de despedida, os dois alunos discípulos, na mesma hora  foram atrás de Jesus que passava e de repente Jesus parou e perguntou "O que estão procurando?. O que os nossos catequisandos, terminada a primeira fase da catequese procuram? Será que a nossa catequese os deixa encantados por Jesus a ponto de querer conhecê-lo melhor?
Como catequista João foi aprovado com louvor, pois seus dois catequisandos, não só quiseram conhecer melhor a Jesus Cristo, mas foram morar com ele, isso é, sentiram-se despertos a viverem com ele em comunhão. Catequista e pregador autêntico jamais aponta para si mesmo, mas revela e anuncia Jesus Cristo, e deve fazê-lo de um modo que convença, que o discípulo catequizando sinta-se encantado pelo que ouve e vê...
Quando se faz essa experiência íntima com Jesus Cristo, no mais íntimo do nosso ser, é impossível não ser missionário, assim aconteceu com a mulher Samaritana, lembram-se? Ela foi correndo anunciar aos Samaritanos sobre Jesus e a experiência que com ele acabara de fazer, assim aconteceu com todos os que foram tocados pela graça Divina manifestada em Jesus, ontem e hoje...
Do Discipulado surge à missão, André vai anunciar ao irmão Simão, e o levou a Jesus, esse levar até Jesus tem um sentido teológico e retoma a essência do anúncio kerigmático: nosso anúncio deve levar as pessoas a Jesus, não para que a pessoa venha fazer parte do Fã Clube de Jesus de Nazaré, não para que ela seja agora mais um membro do nosso grupo ou da nossa Igreja... Isso é apenas consequência...
Mas sim para tenham também elas uma experiência profunda com Aquele que nos renova e nos transforma e que nos faz ser outra pessoa. A História do Apóstolo Pedro, uma das colunas da nossa Igreja, começou naquele dia, quando tocado pelo anúncio de André, trocou um profundo olhar com o Mestre. E de Pedro tornou-se Cefas, que quer dizer Pedra.
Em nossas comunidades cristãs há histórias tão bonitas como esta, mas o que importa na reflexão é que possamos a todo o momento recontar a nossa história, aumentando assim o nosso fervor, a nossa Fidelidade, o nosso amor e encanto por Jesus de Nazaré - Nosso Único Deus e Senhor. Jesus olhou profundamente para Pedro e agora olha também para cada um de nós... Amém...

2. Foram, viram onde morava e permaneceram com ele aquele dia - Jo 1,35-42
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Mais uma vez João Batista aponta para Jesus, o recém-nascido, dizendo que ele é o Cordeiro de Deus. Jesus é chamado de Cordeiro quatro vezes no Novo Testamento: duas em São João, uma nos Atos e outra na Primeira Carta de Pedro. A expressão se refere ao Servo Sofredor de Isaías e ao cordeiro que era imolado no Templo, no sacrifício cotidiano e na Páscoa. O único e verdadeiro Cordeiro capaz de tirar o pecado do mundo é Jesus, o Filho de Deus. Vamos segui-lo como fizeram dois discípulos de João Batista, e muitos outros. “O que procuram? Venham ver!” Ficaram com ele aquele dia e depois foram chamar outros. André logo chamou seu irmão, Simão, que será Simão Pedro. Agora são os discípulos de João que testemunham, dando início à grande corrente dos que vão crer por meio de João Batista. “Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele.”

Que procurais? (Jo 1,35-42)
Pelas sendas tortuosas da história, o ser humano já foi definido como “homo viator”. Um homem a caminho, peregrino, sempre à procura. Não necessariamente um “judeu errante”, sem rumo nem direção, condenado a não encontrar. Bem ao contrário, segundo as palavras expressas do próprio Jesus, “aquele que procura acha” (cf. Mt 7,8).
Hoje, Jesus nos faz a pergunta essencial: “Que procurais?” É como se dissesse: “Que é que dá sentido a nossa vida?” Andamos atrás de quê? Por qual motivação gastamos nossa vida e nosso tempo? Que é que merece nosso esforço, cansaço e dedicação? Enfim, existe algo que valha a pena?
João e André, até então discípulos de João, respondem com outra pergunta: “Mestre, onde moras?” Uma pergunta cristocêntrica. Toda ela centrada na pessoa do Messias. Por isso mesmo, uma pergunta essencial.
Eles não perguntam como obter saúde, como ajuntar dinheiro, como ter segurança. Não perguntam qual o caminho da felicidade, como se livrar da depressão, como esmagar os seus adversários. Afinal, bons alunos de João Batista, já devem estar iniciados nas coisas do Espírito. Basta-lhes encontrar o “lugar” das bem-aventuranças – o próprio Cristo.
E Jesus responde com um convite: “Vinde ver!” Sim, com a Encarnação do Verbo de Deus, o Invisível se fez visível. O transcendente se fez imanente. O Eterno invadiu nossa história. E “bem-aventurados os olhos que veem” (cf. Mt 13,16) o Cristo, agora sem véus diante dos olhos humanos. O convite de Jesus deixa claro que é na intimidade do Senhor que iremos descobrir os seus mistérios. Trata-se de caminhar com ele, viver a vida ao seu lado, absorver seus gestos e palavras.
Certas religiões fazem promessas mágicas. Nos templos pagãos, o sacerdote vendia palavras secretas que, repetidas à exaustão, obteriam favores da divindade. As seitas garantem que Deus gosta de dinheiro e favorece com fartura os doadores mais extremados. Os gnósticos reservaram a poucos iniciados o conhecimento de Deus.
Agora, vem Jesus e nos convida à intimidade, uma con-vivência com Ele. Nada mais simples. Ser discípulo é “estar com o Mestre”, viver a vida na presença do Senhor. Nada de espetaculoso, nada de excepcional, mas ao alcance de qualquer homem ou mulher, em qualquer tempo e lugar. Iremos com Jesus?
Orai sem cessar: “Como são amáveis as vossas moradas, Senhor!” (Sl 84,2)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 04/01/2014

HOMILIA

OS PRIMEIROS DISCÍPULOS DE JESUS

A vocação dos dois primeiros discípulos nasce do testemunho de João Batista. A partir daí surge uma conscientização vocacional que envolve outras pessoas a partir do testemunho de quem esteve com Jesus: André encontra seu irmão Simão Pedro e o apresenta a Jesus. Em seguida, é Filipe quem encontra Natanael e lhe fala de Jesus. Assim, a partir do testemunho de outros, o grupo dos colaboradores de Jesus vai crescendo.
No Evangelho de João a vocação dos discípulos não se dá da mesma forma que nos outros evangelhos. Nestes, Jesus chama pessoalmente e de forma direta. Em João, o seguimento de Jesus se dá porque algumas pessoas sabem quem é Jesus e o comunicam a outros que, por sua vez, passam a fazer a mesma experiência.
O testemunho do Batista deve ter mudado completamente a vida dos dois discípulos. Vendo Jesus passar, ele diz: “Eis o Cordeiro de Deus”. João chama Jesus dessa forma porque descobriu nele o cordeiro pascal (Ex 12) e o servo sofredor (Is 53), síntese das expectativas de libertação do passado tornada presente na pessoa de Jesus que passa.
Os dois primeiros discípulos devem tomar a iniciativa, sem esperar que Jesus os chame. Para eles, bastou o testemunho de João Batista de que Jesus é o libertador. A partir desse momento, descobrem que em Jesus está a resposta a todos os seus anseios. O Batista, por causa do testemunho, perde os discípulos. Estes, pela coragem da opção que fizeram, dão pleno sentido a suas vidas e passam a ser testemunhas para os outros.
No versículo 38 encontramos as primeiras palavras de Jesus no Evangelho de João: “O que vocês estão procurando?” Do início ao fim de nossas vidas estamos à procura de algo ou de alguém. Como discípulos, procuramos saber quem é Jesus. E ele testa nossa sede, perguntando-nos o que estamos procurando. Esta pergunta, que aparece nos momentos cruciais do Evangelho de João, costuma se manifestar nas fases decisivas de nossa vida: “O que estamos procurando?”
A resposta dos discípulos é movida pelo desejo de comunhão: “Mestre, onde moras?” Os discípulos não estão interessados em teorias sobre Jesus. Querem, ao contrário, criar laços de intimidade com ele.
Para criar intimidade com Jesus é preciso partir, fazer experiência: “Venham ver!”. E o resultado da experiência já aparece: “Então eles foram, e viram onde Jesus morava. E permaneceram com ele naquele dia”. O verbo permanecer é muito importante no Evangelho de João. Por ora os discípulos permanecem com Jesus. Mais adiante, o Mestre dirá: “Permaneçam em mim”. Permanecer com Jesus e com as pessoas é fácil. O difícil é permanecer nele e nas pessoas. Só aí é que a comunhão será plena.
O evangelho afirma que a experiência com Jesus valeu a pena: “Eram mais ou menos quatro horas da tarde”. Quatro horas da tarde, em linguagem simbólica, é o momento gostoso para o encontro, ou a hora das opções acertadas. O passo dado por esses dois discípulos foi de ótima qualidade. Valeu a pena. Essa opção vai gerar frutos a seguir.
André era um dos discípulos que, diante do testemunho do Batista, seguiram a Jesus e fizeram a experiência das “quatro horas da tarde”. Só agora é que o evangelista revela o nome desse discípulo. O outro fica anônimo, podendo assumir o nome de cada um dos seguidores do Mestre. André significa homem (= ser humano). Será que o evangelista quer insinuar que as pessoas só se tornam verdadeiramente humanas depois que fazem a experiência do Mestre? Fato é que a experiência se converte em testemunho que arrasta: André leva Simão a Jesus. O evangelho mostra só um flash do testemunho de André. De fato, o v. 41 diz que “ele encontrou primeiro seu irmão…” Isso dá a entender que teria encontrado, em seguida, outras pessoas… André fala no plural: “Encontramos o Messias”. É uma experiência comunitária e progressiva de quem é Jesus. João o apontara como o Cordeiro de Deus; os primeiros discípulos o chamam de Mestre; Pedro já fica sabendo que se trata do Messias…
Jesus pede que Simão Pedro encontre sua identidade: “Você é Simão, filho de João. Vai se chamar Cefas”. Para o povo da Bíblia, o nome é a identidade da pessoa. Simão será, no Evangelho de João, símbolo de toda pessoa em busca de identidade. Ele dará muitas cabeçadas ao longo desse evangelho, até se encontrar consigo próprio, com sua missão e com Jesus. Talvez o mesmo aconteça contigo. Mas é necessário que passes por tudo isso para que te encontres contigo mesmo e reconheças o Cristo que te chama para a Sua missão!
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 04/01/2014

HOMÍLIA DIÁRIA

Jesus é o Mestre da vida

Toda a Sua vida é uma escola, toda a companhia de Jesus é um verdadeiro  discipulado, um aprendizado!

Naquele tempo, João estava de novo com dois de seus discípulos e, vendo Jesus passar, disse: ”Eis o Cordeiro de Deus!” (Jo 1, 35-36).

Hoje nós queremos aprender uma outra coisa com João: aquele que sabe algo não pode saber só para si, mas aquele que sabe e, sobretudo, conhece e tem conhecimento do Reino de Deus, aponta para os outros, jamais para em si, jamais guarda para si, mas aponta para os outros onde está o caminho. Não se faz de caminho, nem quer as pessoas dependendo dele,  aponta que a salvação, a cura e a libertação estão n’Ele. E é por isso que os dois discípulos, que estavam ali conversando com João, ao ficarem maravilhados com o que ele falava, são interrompidos por ele [João]: Não sou eu não! Eis ali, é Ele é o Cordeiro de Deus! (cf. Jo 35, 36)
Por isso os discípulos de João não ficaram com João e em João, eles entenderam que quem trazia vida para eles era Jesus. Foram atrás de Cristo e disseram: “Rabi” que quer dizer: “Mestre”. Jesus, além de ser o Cordeiro, Aquele que nos lava e nos purifica dos nossos pecados, também é o nosso Rabi, o nosso Mestre.
Mestre é aquele que ensina, que aponta a direção. Mas o Mestre Jesus, o Rabi Jesus, não ensina apenas teorias, como nós aprendemos nas escolas e nas universidades da vida. Jesus nos mostra a Sua vida; a vida de Jesus é vivida com autoridade, porque Ele dá exemplo, porque Ele vive aquilo que prega. Por isso Ele é, para nós, o Mestre por excelência.
Toda a Sua vida é uma escola, toda a companhia de Jesus é um verdadeiro discipulado, um aprendizado! E por isso aqueles que se tornam Seus seguidores se tornam Seus discípulos e Seus alunos e aprendem com o Mestre da vida como devem viver. E a escola de Jesus vai aumentando porque, além de ter os discípulos de João, André também se encontra com o Senhor. Aquele André, irmão de Simão Pedro, também vai atrás do seu irmão e diz: “Irmão, encontramos o Messias”, e o Messias aqui quer dizer o ”Cristo”.
Seja você, como João, seja você como André; mostre para as pessoas, para os seus amigos, mostre para quem vive ao seu lado, aponte quem é o Cordeiro, quem é o Rabino, ou melhor, quem é o Mestre, quem é o Messias.
Quando as pessoas encontram na sua vida alguém que as liberte do pecado, alguém que lhes mostre a direção da vida, Alguém que é o verdadeiro Salvador, elas têm a sua vida renovada. Saibam, meus irmãos, que no mundo em que vivemos ainda são milhões e milhões de pessoas que não conhecem Jesus como Senhor e Salvador!
O nosso dedo não é para apontar o pecado das pessoas, o nosso dedo serve para mostrar quem é o caminho de salvação e libertação para os pecados da humanidade.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 04/01/2014

Oração Final
Pai Santo, nós te agradecemos porque nos chamaste para anunciar ao mundo o teu Reino e, acima de tudo, porque nos deste o teu Filho Unigênito, o Cristo, que se fez carne, humano como nós, em Jesus de Nazaré. Ele viveu fazendo o bem, mas foi rejeitado, condenado, morto e sepultado. Tu o ressuscitaste dos mortos e Ele contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/01/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós Te agradecemos porque nos chamaste para anunciar ao mundo o teu Reino e, acima de tudo, porque nos deste o teu Filho Unigênito, o Cristo, que se fez carne, humano como nós, em Jesus de Nazaré. Ele viveu fazendo o bem, mas foi rejeitado, condenado, morto e sepultado. Mas Tu o ressuscitaste dos mortos e Ele contigo reina na unidade do Espírito Santo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário