segunda-feira, 12 de agosto de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 12/08/2019

ANO C


Mt 17,22-27

Comentário do Evangelho

Jesus é maior que o Templo

Ante o segundo anúncio da paixão-morte-ressurreição (o primeiro: 16,21-23), “os discípulos ficaram extremamente tristes” (v. 23). Nós já observamos que os anúncios da paixão do Senhor são acompanhados da incompreensão dos discípulos. Aqui se diz da “forte tristeza”. De que tristeza se trata? Tristeza da incompreensão. Talvez se fixem somente nas palavras paixão-morte e se esquecem de que a ressurreição passa pela paixão e morte do Senhor.
O episódio do imposto devido ao Templo é próprio do primeiro evangelho. A obrigação de pagar um imposto para o Templo se encontra em Neemias 10,33ss: “Impusemo-nos como obrigação: dar uma terça parte de um ciclo por ano para o culto do Templo de nosso Deus…” (ver também Ex 30,13). No entanto, a questão legal, aqui, é menos importante. Jesus amplia a questão do v. 24, perguntando a Simão: “os reis da terra cobram impostos ou tributos de quem, do próprio povo ou dos estranhos?” (v. 25). Ao que Pedro respondeu: “Dos estranhos!” (v. 26). Jesus ultrapassa, assim, um primeiro nível de sentido: os filhos, aqui, são filhos do Rei, isto é, os que reconhecem em Jesus o Filho bem amado do Pai. Desse modo, os discípulos estariam liberados do imposto. E Jesus? Ora, Jesus não é só maior que o Templo, mas onde aprouve a Deus habitar com a plenitude de sua graça.
A moeda na boca do peixe é um modo de sugerir a Simão pagar o imposto com o fruto do seu trabalho, isto é, a pesca.
Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 12/08/2013

Vivendo a Palavra

Jesus quer nos mostrar que o mundo não nos reconhece como filhos, mas como súditos. Portanto, haverá dificuldades em nossas relações. Ele mesmo seria entregue nas mãos dos homens e também nós, seus seguidores, teremos sorte semelhante. Mas, ao terceiro dia, ressuscitaremos com Ele!
Fonte: Arquidiocese BH em 12/08/2013

VIVENDO A PALAVRa

Jesus nos alerta que o mundo não nos reconhece como filhos, mas como súditos. Portanto, haverá dificuldades em nossas relações. Ele mesmo, Jesus de Nazaré, seria entregue nas mãos dos homens. Também nós, seus seguidores, teremos sorte semelhante. Mas, ao terceiro dia, ressuscitaremos com Ele!

Reflexão

Uma coisa é termos direito sobre algo e outra coisa é a conveniência do uso desse direito. No nosso dia a dia, muitas vezes acontece que temos que renunciar a um direito em vista de um bem maior. O próprio Jesus nos mostra essa necessidade no evangelho de hoje, quando renuncia ao direito de não parar os impostos do templo para conseguir um bem maior que está no fato de evitar escândalos. Assim, também nós devemos deixar de lado determinados direitos, que podem até demonstrar mesquinhez,quando esses podem se tornar causa de escândalos ou conflitos e fazer com que percamos um bem maior como a paz e a tranqüilidade.
Fonte: CNBB em 12/08/2013

Reflexão

Jesus é questionado pelos fiscais do Templo: vai pagar ou não o imposto anual ao Templo? Consta que os sacerdotes e muitos mestres estavam isentos de pagar esse imposto. Os fiscais querem saber se Jesus, que é chamado Mestre, está se beneficiando da mesma mordomia. O fato de Jesus pagar mostra que ele não apoia uma sociedade injusta em que os grandes têm privilégios à custa dos pobres. Quanto ao imposto cobrado pelos reis, ou seja, as taxas cobradas pelos estrangeiros, Jesus denuncia a exploração internacional que empobrece os povos dominados e os faz viver na miséria. De qualquer forma, Jesus se serve da generosidade da natureza (peixe) e satisfaz a exigência da lei. Quando não há exploração do povo e acumulações de bens, a natureza supre a necessidade de todos.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditação

Você fica muito triste diante dos sofrimentos? - Como consegue recobrar ânimo? - Há muita escravidão de seres humanos ainda hoje e de vários tipos. Você teria algum exemplo para citar? - Faça algum comentário de algum caso em que os impostos devidos não são pagos e também não são bem gerenciados por quem teria obrigação disso. - Jesus paga o imposto devido para evitar escândalo. Corremos o risco de escandalizar pessoas? Mencione alguma situação.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 12/08/2013

Meditando o evangelho

OS FILHOS ESTÃO ISENTOS

Os cobradores do imposto para o Templo estavam de olho em Jesus. Os sacerdotes e os rabinos julgavam-se isentos de pagá-lo. Será que Jesus, por ser considerado mestre, imaginava gozar do mesmo direito? Afinal, todo judeu adulto devia cumprir esta obrigação, a partir dos vinte anos. A resposta à pergunta dirigida a Pedro seria uma forma de revelar a identidade de Jesus, ou melhor, o que ele pensava de si mesmo.
Pedro responde afirmativamente. Com isso, deixa entrever seu modo de entender a pessoa do Mestre: um Messias submisso às tradições de Israel, cumpridor de suas obrigações. Um Messias sem novidades, afinado com as expectativas populares.
A pergunta que Jesus dirigiu a Pedro tem um quê de censura. Ao falar de "reis da Terra", "seus filhos" e de "estranhos", Jesus tinha em mente o oposto disto: "o Rei do Céu" e seus "filhos". É neste nível que ele se situa. Por conseguinte, sendo filho do Rei do Céu, por direito estava isento de pagar taxas impostas aos estrangeiros pelos reis da Terra.
A consciência de serem filhos, como Jesus, deveria fazer parte da vida dos membros da comunidade. Por serem filhos de Deus os discípulos estão dispensados de se submeter às imposições das instituições humanas, mesmo as religiosas. Caso se submetessem, seria apenas por razões pastorais, para evitar escândalos, não fechando às pessoas a possibilidade de serem tocadas pela palavra de Jesus. Era preciso deixar uma porta aberta para a conversão.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, que eu saiba desfrutar minha condição de filho, que me faz livre diante das imposições injustas dos poderes deste mundo, pois só a ti devo submeter-me.

Comentários do Evangelho

1 - ”Para não escandalizar.” - Helena Serpa - 12 de Agosto - Postado por JOSÉ MARIA MELO

– Deuteronômio 10,12-22 – “– Instruções para a felicidade”.

Moisés continua dando ao povo de Israel instruções para que sejam felizes, com temor e seguindo os caminhos do Senhor. Para nós também o caminho não mudou: amar e servir a Deus com todo o nosso coração e com toda a nossa alma guardando os Seus preceitos.
“Abri, pois o vosso coração e não endureçais mais vossa cerviz”, nos recomenda Moisés, “pois o vosso Deus é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores”. Moisés também nos propõe a imitarmos o Senhor, fazendo justiça ao órfão à viúva e ao estrangeiro, isto é, a todas as pessoas indistintamente, mesmo a quem não gostamos ou admiramos. Todos nós somos estrangeiros aqui na terra e de alguma forma, também carecemos e necessitamos uns dos outros. Se tomarmos consciência das instruções de Moisés, mesmo na nossa fragilidade e impotência diante dos desafios nós podemos manter a tranquilidade e viver com serenidade sob a Luz da Palavra de Deus. Deus nos deixou como herança a Sua Palavra que é fonte de felicidade e de justiça, para que experimentemos desde já a santidade. Ele escolheu a nossos pais e a nós também como Seu povo e promete abençoar a nossa descendência, pois se afeiçoou de nós e nos amou desde sempre. Não podemos nos esquecer de que as Suas promessas se cumprem no tempo hábil e a nossa felicidade está garantida pela palavra que sai da Sua boca. – Você tem andando nos caminhos do Senhor? – Como você tem perseguido a felicidade? – Você tem consciência de que é carente e necessitado do amor de Deus e dos irmãos? - Nas coisas de Deus você tem seguido mais o coração ou à razão? - Você é uma pessoa que sabe acolher aqueles que encontra pela 1a vez?

Salmo 147 – “Glorifica o Senhor, Jerusalém!”

A Palavra do Senhor é o alimento para a nossa alma e a segurança para a nossa caminhada. Ela é fonte de paz e mensageira das promessas do Senhor, por isso, deve ser propagada e proclamada a todos a quem encontrarmos. Anunciar a Palavra de Deus é nossa missão. Somos missionários do Seu amor e glorificamos o Seu Nome quando revelamos ao mundo os Seus preceitos e as Suas ordens. Por nosso meio o Senhor quer salvar todos os povos.

Evangelho – Mateus 17,22-27 – ”Para não escandalizar.”

Os discípulos de Jesus ainda não tinham percebido que neste mundo, todos nós estamos sujeitos às leis, às regras e exigências dos homens, por isso ficaram tristes quando Jesus lhes falou que seria entregue nas mãos dos homens. Não podemos nos esquivar das obrigações, dos compromissos e até mesmo do sofrimento que o mundo nos impõe. Jesus deu o exemplo de entregar-se por amor à humanidade e se deixar crucificar, mesmo sem ter nenhuma culpa. Como homem, Jesus também nos ensinou que embora sejamos livres, filhos de Deus, nós temos encargos e obrigações sociais as quais temos o dever de cumpri-las, como pagar impostos e taxas. Algumas vezes quando estamos cheios de razão batemos o pé e não aceitamos as imposições. Jesus, porém, diante da cobrança dos cobradores do imposto do templo não se revoltou nem tampouco alegou ser Ele Filho de Deus, mas humildemente, recebeu da providência divina a “moeda” para cumprir com a Sua obrigação diante dos homens. O cristão verdadeiro segue o modelo de Jesus: para não escandalizar, paga o que lhe é cobrado para o bem estar social. A nossa fé também se manifesta por meio da abertura do nosso “bolso”. Deus proverá para nós tudo de quanto precisamos para cumprir com os nossos compromissos sociais. O seguimento a Jesus não nos isenta de também participarmos do crescimento e conservação da obra criada por Deus. – Você tem consciência de que mesmo sendo livre, filho de Deus, você tem obrigações para com os homens? - Você costuma pagar os seus compromissos sociais sem murmurar? - O que Jesus o (a) ensinou neste Evangelho?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

2 - Jesus anuncia a sua morte -José Salviano - 12 de agosto - Evangelho - Mt 17,22-27

Jesus anuncia a sua morte, e tudo o que lhe acontecerá. E porque Ele sabe o seu futuro? Primeiro porque tudo faz parte do projeto do Pai que foi anunciado pelo Espírito Santo através das bocas dos profetas.
Segundo, Jesus sendo Deus, sabia tudo o que iria acontecer, até os pensamentos das pessoas em sua volta. Enxergava quilômetros na sua frente.
Em seguida, Jesus disse: "Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me."
Talvez seja  esta afirmação de Jesus, o segundo motivo pelo qual os sacerdotes são celibatários. Negar a si mesmo. O primeiro motivo talvez seja porque Jesus disse. "Quem deixar mulheres e filhos para me seguir terá cem vezes mais nesta vida e mais a vida eterna, com direito a perseguições"; e o terceiro motivo dos padres não se casarem talvez seja pelo fato de Jesus não ter se casado. O sacerdote imitando a Cristo, não se casa.
Por favor, se estou errado, se não é exatamente isso, alguém que me corrija, mas me dê a resposta certa. Não faça somente critica. Apresente a solução.
"Tome cada dia a sua cruz..." Que dureza! Cada um de nós tem a sua cruz para carregar. É o cheiro da fumaça do cigarro do marido, é a sogra monopolizando a família, é a esposa reclamando de tudo e de todos que desarrumam a casa (mas ela está certa), é o cachorro do vizinho que não pára de latir nos nossos ouvidos quando precisamos estudar, etc.
Temos vários tipos de cruzes. Algumas cruzes são produzidas ou feitas por nós mesmo. Aquele jovem cheio de vida, apostando corrida na madrugada com seus amigos, bateu com o carro e hoje tem de carregar uma merecida cruz! Uma perna mecânica.
Ele é jovem, cheio de saúde, de boa aparência e por isso vive rodeado de muitas garotas, bom emprego, arrasa nas madrugadas, e na praia só dá ele, não tem pra ninguém... "peraí." Adianta a fita, digo o DVD. Vamos ver como é o final desse filme, o final da vida deste campeão.
...Hoje, aposentado, ele tem de pagar 3 pensões alimentícias para suas ex-esposas. Não é que ele fosse um mau marido, um traidor, mas acontece que as garotas não o deixava respirar, dando em cima dele, e exigindo que deixasse a sua esposa e se casasse com elas. E isso aconteceu por três vezes.
Hoje esse ex-campeão mora sozinho na casa de sua falecida mãe, e está carregando várias cruzes, pois o que ganha, já descontado na fonte as pensões, mal dá para se alimentar. Como se não bastasse, agora surgiu mais uma dolorosa cruz, uma DST (Doença Sexualmente Transmissível), deixando-o magro, desanimado e sem os amigos das horas boas.
Depois de comentar algumas cruzes adquiridas, vamos tentar examinar algumas cruzes acidentais. Aquelas em que dizemos que não tivemos culpa de nada.
Ela ia passando pela praça, surge de repente um tiroteio, uma bala atinge sua coluna, e hoje sua cruz é uma cadeira de rodas. Porque aconteceu aquilo? Uma fatalidade? É muito complicado, e apesar de que Jesus disse que não cai uma folha da árvore sem a vontade de Deus, neste caso é bom a gente não emitir nenhuma opinião.  Até que ponto ela mereceu aquilo? Não nos cabe julgar. Simplesmente dizemos que aconteceu, sem mais comentários.
As cruzes são importantes, pois elas nos purificam e nos santificam, desde que não reclamamos do seu peso, e o pior, desde que não nos revoltemos com elas, ou contra Deus, carregando-as com paciência como o fez o Filho de Deus, e oferecendo diariamente aquele sofrimento a Deus..
Cruzes injustas. É importante não generalizar, atribuindo a todo tipo de sofrimento, a denominação de cruz. Não  confundir cruz  com injustiça. O seu vizinho abusado e injusto, para não dizer louco, começa a dar tiros da sua janela aterrorizando os vizinhos.  Alguém muito beata diz. Não chame a polícia. É  a nossa cruz...
Aí, realmente é um caso de injustiça que produz conflito, e, portanto é um caso de polícia imediatamente.
Outro exemplo. Sua vizinha liga seu possante aparelho de som na maior altura por volta de meia noite, e você precisa dormir. Isso é uma cruz que você vai ter de engolir, digo, carregar?  Acho que não! Vai ter  de tomar providências, reclamando os seus direitos. Por ser cristão, não é ser bobinho.
Prezados irmão. Cruz é um assunto complicado e longo, mas o espaço acabou. Vamos rezar para Deus perdoa os nossos pecados, nos tornando assim, merecedores da redução do peso das nossas cruzes. Vamos pedir também para Ele nos livre das cruzes acidentais e das cruzes injustas. Amém.
Sal.

3 - O Dinheiro na boca do peixe-Alexandre Soledade - 12 de Agosto de 2013 - Segunda - Evangelho - Mt 17,22-27 - Alexandre Soledade

Bom dia!
O que eu imaginaria ou faria, na posição de Pedro, ao ouvir a estranha história de lançar o anzol, e na boca do primeiro peixe estaria uma moeda? Voltarei nesse pergunta mais para frente.
“(…) Quem paga impostos e taxas aos reis deste mundo? São os cidadãos do país ou são os estrangeiros”?
Nesse mundo em que vivemos somos também considerados estrangeiros, pois ter fé, esperança e amor ao próximo parecem nos rotular como tal. Tais “atributos” ou particularidades são vistos por muitos como empecilhos a existência do hedonismo e do banalísmo, “reis” empossados dos nossos dias.
Jesus e Pedro passavam pela região. Não incomodavam, não atrapalhavam, não causavam tumultos ou sequer perturbavam a ordem. Nada faziam para que sua conduta os desabonasse, mas por que então a sua presença incomodava os cobradores ao ponto de indagar a Pedro sobre os impostos? Pessoas de fé e solidas em suas convicções cristãs também são e serão sempre questionadas.
Quantos pais conheço que se sentem “profundamente incomodados” ao ver seus filhos participando de um grupo de jovens na igreja? Quantos colegas ainda hoje se empenham a nos fazer mudar de pensamento quando trocamos um dia na semana para agradecer a Deus inseridos numa pastoral, movimento da igreja ou da missa? Quantos programas de TV se empenham em tentar transformar nosso jeito de viver em “coisas de gente” quadrada, retrógrada, que parou no tempo?
Como é duro reconhecer que por vezes, os maiores opositores a uma vida diferente estão em nossas casas ou em meio aos nossos amigos? Bem da verdade creio que eles não queiram nosso mal, mas cada um deve ser respeitado pela escolha que fez sendo assim errado também quando impomos nosso jeito “diferente” de ser aos outros sem respeitar o livre arbítrio deles, ou seja, sua liberdade termina onde começa a do outro.
Apesar de todo esse relato, não há o que temer ou criar motivos para brigar. “(…) Isso quer dizer que os cidadãos não precisam pagar. Mas nós não queremos ofender essa gente”.
Muitos filhos, esposas, maridos, (…) ao tomar um caminho, seja ele qual for, passam a gerar em suas casas um local de guerra ao invés de um antro de paz. A diferença de opinião ou de sentimento religioso acaba pondo fogo num lugar tão inflamável: o sentimento humano de estar sempre certo.
“(…) Sereis por minha causa levados diante dos governadores e dos reis: servireis assim de testemunho para eles e para os pagãos. Quando fordes presos, não vos preocupeis nem pela maneira com que haveis de falar, nem pelo que haveis de dizer: naquele momento ser-vos-á inspirado o que haveis de dizer. Porque não sereis vós que falareis, mas é o Espírito de vosso Pai que falará em vós. O irmão entregará seu irmão à morte. O pai, seu filho. Os filhos levantar-se-ão contra seus pais e os matarão. Sereis odiados de todos por causa de meu nome, mas aquele que perseverar até o fim será salvo“. (Mateus 10, 18-22)
Gente que nunca brigou passa a se digladiar; onde havia beijos e fotos, aos poucos são substituídos por discussões banais e intermináveis que geralmente terminam com frases do tipo “seu papa hóstia”, “sua beata”, “você não vai pro céu”. Nesse momento então é prudente voltar na primeira frase da reflexão de hoje e acreditar que dentro de um peixe encontrarei a solução que pague o meu imposto e o seu.
Portanto, não discuta! Pesque! Que minha fé encontre o peixe que salve a mim e ao meu irmão. Não percamos tempo com discussões que não levarão a nada, pois as brigas revelam apenas o quanto quero estar certo e desejo que tenho que o outro esteja errado, mas de fato ambos estão equivocados quando optaram pela briga.
João um dia resumiu “DEUS É AMOR”
Não duvide, não questione, não duvide, apenas lance o anzol!
Um imenso abraço fraterno!
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 12/08/2013

Liturgia comentada

Nas mãos dos homens... (Mt 17, 22-27)
Muitos teólogos têm realçado a “descida” do Filho de Deus, o seu despojamento (sua kênosis) na encarnação. Na verdade, trata-se de uma escolha divina que vem ultrapassar infinitamente nossa limitada capacidade de compreensão: Deus se faz homem. O eterno se submete ao ciclo temporal. O Infinito se deixa conter no seio da Mulher. O Imortal se entrega à morte.
Neste Evangelho, ao anunciar pela segunda vez a sua Paixão e Morte, Jesus frisa que tal “entrega” se faz “nas mãos dos homens”. Logo ele, o Filho de Deus, que prefere apresentar-se como o FILHO DO HOMEM! O Verbo de Deus, segunda Pessoa da Trindade, abre mão, por um tempo, da glória, do poder e da alegria de ser Deus, assumindo uma natureza humana igual à nossa em tudo, exceto o pecado. Trata-se de um “presente”, um dom do Pai à Humanidade, tendo como resposta uma terrível rejeição, que iria culminar com o drama do Calvário. Tal como registra o Evangelho de São João, “Ele veio para o que era seu, e os seus não o acolheram”. (Jo 1,11.)
Se nós contemplamos atentamente a Paixão de Jesus Cristo, vemos como Ele “rolou de mão em mão”, de Herodes a Pilatos, dos algozes aos carrascos, tendo como pano de fundo as vaias e apupos da turba e a cínica zombaria dos soldados romanos. Em todos estes casos, eram mãos humanas. Humanas como as nossas, que também pecamos e, de certo modo, confirmamos a morte do Senhor.
É bem verdade que, em sua experiência na terra, Jesus Cristo passou por muitas outras mãos. As mãos maternas de Maria, que o acariciaram. As mãos paternas de José, que ajudaram o Menino a andar. As mãos impuras da hemorroíssa, que tocaram a franja de seu manto, obtendo a cura de sua enfermidade crônica. As mãos prestativas de Marta, que lhe preparavam a refeição. As mãos misericordiosas do Cireneu, que sustentaram parte do peso da cruz. As mãos piedosas do rico Nicodemos, que embalsamaram o corpo de Jesus em mirra e aloés. As mãos trêmulas de Tomé, que lhe tocaram as feridas.
Seremos ainda capazes de admiração e espanto diante de um Deus que se entrega nas mãos de homens? Caso positivo, olhemos para o altar: ali – em cada missa – Jesus Cristo se entrega de novo. Mais uma vez, o homem ergue as mãos (o sacerdote) e, sob as humildes aparências do Pão, é o mesmo Corpo que se entrega. Na figura sensível do Vinho, é o mesmo Sangue que se derrama.
E nós? Quando nos entregaremos nas mãos de Deus?
Orai sem cessar: “Terei confiança no Senhor!” (Is 8,17)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
Fonte: NS Rainha em 12/08/2013

HOMILIA DIÁRIA

Temos de ser livres

Nós temos de ser livres para proclamar o Reino de Deus. No entanto, a liberdade não tira as nossas responsabilidades.

E Jesus disse: “Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti” (Mt 17,27).

Os homens estavam incomodados, querendo saber se Jesus pagava o imposto do templo, por isso perguntaram a Pedro: “O vosso mestre não paga o imposto do Templo?”. Pedro disse: “Sim, paga”.
Jesus então disse a Simão: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos?”. Pedro respondeu: “Dos estranhos!” Então Jesus disse: “Logo os filhos são livres”.
Jesus, hoje, está chamando a nossa atenção, pois, muitas vezes, as leis humanas são criadas para nos prender e não para fazer de nós homens livres. Não devemos nos conformar com leis injustas, com leis que não estão corretas, as quais, muitas vezes, exploram o nosso povo, a nossa gente e cada um de nós. Impostos altos, pedágios pesados… São tantas as situações que nós enfrentamos que não é simplesmente dizer: é isso mesmo.
Primeira coisa, nós não podemos escandalizar; nós temos de dar o exemplo. Se as leis existem, sendo justas ou injustas, precisamos cumpri-las, nem que tenhamos de fazer como Jesus e ir na boca do peixe pegar a moeda para pagar os impostos, os pedágios e tantas coisas que nessa vida são injustas.
Mas nós precisamos ser livres, ou seja, não concordar com muitas das coisas que fazem os homens, muitas leis que se criam e que não favorecem a vida, não favorecem a boa convivência dos filhos de Deus.
Temos de ser livres para dizer o que o Evangelho ensina, o que o Mestre vem nos ensinar. Temos de ser livres e não presos a essa ou aquela ideologia, a esse ou aquele partido. Nós temos de ser livres para proclamar o Reino de Deus. No entanto, a liberdade não tira as nossas responsabilidades. Vamos dar o exemplo e cumprir as leis, mas ser livres para dizer quando elas não estão corretas.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 12/08/2013

Oração Final
Pai Santo, nos nossos momentos de desencontro com o mundo, dá-nos o discernimento para que nos lembremos de que não temos aqui morada permanente, mas vivemos já agora os sinais do teu Reino de Amor, anunciado pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão, e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/08/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nos nossos momentos de desencontro com o mundo, dá-nos discernimento e coragem para nos lembrarmos que não temos aqui morada permanente, mas estamos caminhando em busca de nossa futura morada. E já vivemos, desde agora, os sinais do teu Reino de Amor, anunciado pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão, e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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