
Usemos o dinheiro a serviço do bem
“Ninguém pode servir a dois senhores: pois, ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Mateus 6,24).
Vivemos num mundo material, onde precisamos sobreviver, onde os pais de família precisam cuidar do sustento de sua família, do alimento, da escola, da educação e de tudo mais que são as exigências da vida. E precisamos do dinheiro para fazer todas essas coisas.
Não há nada de graça nessa vida! Tudo é necessário comprar, pagar, organizar, ou seja, ter uma vida em que precisamos do dinheiro para resolver as coisas. Precisamos ser concretos também: dinheiro não cai do Céu, a não ser o dinheiro fácil, corrompido, o dinheiro que vem de roubo e de uma vida desonesta.
O dinheiro verdadeiro e autêntico é fruto do trabalho, é o salário, a compensação pelo esforço e doação humana para poder sustentar a nossa casa. A questão não é não ter dinheiro, pelo contrário, precisamos do dinheiro para sustentar a família, as boas obras, as obras de caridade, sustentar, inclusive, a casa de Deus para que esteja a serviço do Reino dos Céus.
O dinheiro deve estar a serviço do bem, da verdade, da fraternidade
O Evangelho chama a nossa atenção sobre a quem servimos: precisamos do dinheiro, mas não podemos ser servidores dele; necessitamos do dinheiro, mas ele não pode mandar nem ser o “deus” da nossa vida.
Deus é um só, e somente o nosso Deus merece o louvor, a honra, a glória e tudo mais está submisso a Ele, inclusive, o dinheiro que nós trabalhamos, o dinheiro que adquirimos de forma honesta e correta.
O dinheiro deve estar a serviço do bem, da verdade, da fraternidade, do sustento da casa, da família e da obra que é de Deus, mas nunca podemos deixar o coração se escravizar por causa do dinheiro.
O dinheiro é sedutor. Ele engana, ilude, compra as pessoas. Pelo dinheiro, as pessoas se vendem. Quando não temos, no coração, um ordenamento de quem é mais importante, de fato, as coisas se invertem.
O problema do mundo e do nosso coração é quando deixamos a cobiça desenfreada tomar conta de nós. Que o dinheiro seja o servidor da nossa vida e não o contrário. Que possamos servir a Deus, inclusive, com o dinheiro que temos, mas jamais deixar de servir a Deus para servir ao dinheiro.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova

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