segunda-feira, 1 de abril de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 01/04/2019

ANO C


Jo 4,43-54

Comentário do Evangelho

Jesus, Aquele que faz viver

Trata-se do segundo sinal (cf. v. 54). O primeiro foi o das bodas de Caná (cf. v. 46). O sinal, por si, não é evidente (ver, por exemplo, Jo 6,26) e se oferece à interpretação. Se corretamente interpretado, leva à fé em Jesus Cristo, Filho de Deus (cf. Jo 2,11; 4,53b; 20,30-31). Jesus é apresentado como Aquele que faz viver. A palavra de Jesus é eficaz, realiza o que é dito: \"Podes ir, teu filho vive!\". Do ouvinte ou leitor do evangelho é exigida fé, pelos dois comentários do narrador: do funcionário do rei, se diz que ele acreditou na palavra de Jesus, e, depois de constatada a eficácia da palavra de Jesus, se diz que ele e toda a sua família creram em Jesus. A fé permite reconhecer na vida a ação de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito de fé, concede-me a confiança necessária que me permita ser atendido por Jesus, quando a ele eu suplicar.
Fonte: Paulinas em 11/03/2013

Vivendo a Palavra

O funcionário do rei, que teve o filho curado, acreditou – ainda antes da realização do sinal – e, por isto, viu o seu desejo realizado. As ações de Jesus não são mágicas que se esgotam em si mesmas, mas querem sempre apontar para o mais profundo: a fé necessária para a nossa caminhada rumo ao Reino.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/03/2013

VIVENDO A PALAVRA

O funcionário do Rei acreditou na Palavra de Jesus. O comum naquele tempo era o doente procurar tocá-lo, ou, pelo menos, ser coberto por sua sombra. A atitude do pai da criança curada lembra a confissão daquele oficial romano que disse ao Mestre: ‘Senhor, eu não sou digno que entres em minha casa, mas apenas dize à Palavra (peça ao Verbo Divino, que habita em Ti) e o meu servo será curado.'

Reflexão

Jesus declarou que um profeta não é honrado na sua própria terra. Como ele foi criado na cidade de Nazaré, que fica na Galiléia, fazia referência aos galileus, que precisavam de sinais e prodígios para crer e ficavam exigindo que Jesus operasse milagres que testemunhariam que ele de fato era o Filho de Deus. Jesus nos mostra que o processo é justamente o contrário: não são os sinais que devem nos levar a crer, mas é a nossa fé que deve produzir sinais de Reino de Deus, sinais de fraternidade, de justiça, de amor, de vida em abundância. Porque ter fé significa ter a presença amorosa e solidária de Deus em todos os momentos da vida.
Fonte: CNBB em 11/03/2013

Reflexão

Os poderosos não têm poder para curar, por isso o funcionário do rei recorre a Jesus para que lhe cure o filho. Manifesta, porém, uma fé que carece de crescimento. Começa o diálogo com ato de fé baseada na fama de Jesus, e pede a cura do filho que está à beira da morte. Jesus censura a ânsia por prodígios: “Se vocês não veem sinais…”. O funcionário insiste em seu pedido, alegando urgência. Jesus então lhe diz: “Vai, teu filho está vivo”. O funcionário do rei é desafiado a crer sem ver sinais. Ele crê, de fato, “na palavra de Jesus”. Sem comparecer ao local, apenas com sua palavra de vida, Jesus opera o milagre. Ao comprovar a cura do filho, o homem crê e leva toda a sua família à fé em Jesus. Em nossos dias, quantos estão à beira da morte esperando socorro?
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

SERVIR SEM PRECONCEITOS

O ministério de Jesus não foi contaminado por preconceito de espécie alguma, dentre aqueles comuns na sua época. A cura do filho do funcionário do rei ilustra esta atitude característica do Mestre.
Quem se dirigiu a Jesus, pedindo-lhe a cura do seu filho, foi um funcionário do rei Herodes Antipas. Sem dúvida, tratava-se de um pagão, a serviço dos romanos, sob cuja dominação estava o povo judeu. Era bem conhecida a ojeriza dos judeus pelos romanos. Estes representavam o que havia de pior, e deviam ser evitados. Portanto, esperava-se de Jesus um gesto firme de recusa à solicitação daquele funcionário: para os pagãos, a morte.
Este gesto, porém, não era o parâmetro das ações do Mestre. Seu olhar desvia-se dos elementos exteriores, para se fixar no coração daquele pai suplicante. Quando encontra fé e sinceridade, Jesus jamais se recusa a atender a um pedido, de quem quer que o faça. Sem fé, nada feito. Foi o que aconteceu em Nazaré, sua cidade natal, onde não realizou nenhum milagre por causa da incredulidade de seus habitantes.
Toda a vida de Jesus, culminada na morte e ressurreição, foi um serviço prestado à humanidade, sem distinções, nem privilégios. É suficiente acercar-se de dele, com a mesma predisposição do funcionário pagão, cuja súplica foi prontamente atendida.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de fé, concede-me a confiança necessária que me permita ser atendido por Jesus, quando a ele eu suplicar.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. O SEGUNDO SINAL
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

O evangelista João chama de sinais os fatos portentosos realizados por Jesus no exercício do seu ministério messiânico. Eles não pretendem ser uma prova da identidade de Jesus, nem tampouco visam forçar as pessoas a abraçarem a fé.
Os sinais são manifestações da glória de Jesus para quem está disposto a lançar-se na dinâmica da fé. Indicam que nele existe algo que pode conduzir à fé, desde que bem entendido. Sem ela, será impossível identificar os feitos de Jesus como sinais.
Eles possibilitam, a quem se aproxima de Jesus, penetrar no mistério divino, presente na história humana; permitem contemplar Deus atuando em favor da humanidade. Por outro lado, dão a entender que, em Jesus, a salvação torna-se realidade. O Deus invisível faz-se visível na ação de Jesus.
Todos estes elementos estão presentes no sinal relatado pelo Evangelho. O funcionário real acredita que Jesus pode salvar-lhe o filho, que está à beira da morte. Como resposta, recebeu a ordem de ir para casa, pois seu filho já estava curado. Ao receber a notícia da cura, informou-se sobre a hora exata em que acontecera. E constatou ter sido na mesma hora em que Jesus lhe garantira a cura do filho. Por isso, "ele acreditou, e toda a sua casa".
O sinal levou o funcionário real à fé, porque estava predisposto a acolher Jesus. Neste caso, fez surtir o efeito desejado: foi gerador de fé.
Oração
Pai, dá-me sensibilidade para descobrir, nos sinais realizados por Jesus, a presença de tua mão amiga atuando em favor da humanidade.
Fonte: NPD Brasil em 11/03/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Uma Fé que insiste...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Um Oficial romano tem a sua disposição muitos serviçais, é um homem acostumado a dar ordens, é aquela pessoa que a gente diz que “Manda e não pede”.
Mas a exemplo do baixinho Zaqueu, que também ocupava um posto muito importante, mas na hora que quis ver Jesus deixou de lado suas honrarias e subiu em uma árvore, esse oficial fez o mesmo. Foi até Jesus e rogou-lhe que descesse e curasse o seu filho que estava enfermo. Para descer até onde estava o enfermo, certamente Jesus teria que sair do seu percurso normal que naquele momento fazia.
A primeira impressão é que Jesus aproveita para “passar um sabão” no tal oficial “Se não virdes milagres e prodígios, não credes”. O Evangelista João omite o resto da conversa e só coloca o principal, isso é, o Oficial insistiu “Senhor, desce antes que o meu filho morra”.
A frase de Jesus “Vai, teu filho está passando bem”, não se trata de um menosprezo por parte dele, como se nem estivesse preocupado com o pedido desesperado daquele pai. O que provoca e motiva um milagre é a Fé autêntica em Jesus Cristo, por isso nem foi preciso Jesus ir até o enfermo, e nem fazer algum rito sobrenatural e espetacular.
O homem acreditou na Palavra de Jesus e partiu. Um oficial que está acostumado a dar ordens a tantos servos a seu serviço exclusivo, obedece e acredita na Palavra de um Galileu porque sua Fé o faz ver quem é realmente aquele homem, do qual sempre ouviu falar maravilhas.
Mas a boa notícia o encontra ainda a caminho: “Ontem na hora sétima a febre o deixou”. Exatamente na hora em que Jesus dissera “Vai, teu filho passa bem”. Bonito mesmo é o testemunho do Oficial, que levou todos da sua casa a crerem em Jesus.
Jesus não é concorrente da Medicina, ciência que provém de Deus, e que se destina ao nosso bem, mas o que o texto evidencia á a sua força libertadora colocada a total disposição do Homem que crê e que lhe abre o coração. Lembrando que as ações desencadeadas pela Fé, em nossa vida, nem sempre seguem os caminhos da lógica humana...

2. Acreditou na palavra de Jesus e partiu...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Estamos na quarta semana da Quaresma. O evangelista São João vai nos acompanhar até o Tríduo Sacro da Páscoa do Senhor. Jesus enfrenta o poder da morte, curando, à distância, o filho de um funcionário do rei. Ele se compadece da angústia do pai que pede pela vida de seu filho gravemente enfermo. Este é o segundo sinal de Jesus no Evangelho de João. Os sinais mostram onde encontrar Jesus, o enviado do Pai.

HOMILIA DIÁRIA

Quem n’Ele procura a vida sempre a encontra

Postado por: homilia
março 11th, 2013

Estamos mais uma vez diante de um milagre – ou simplesmente sinal -, característica fundamental do Evangelho de Jesus segundo João.
Jesus, conforme narra o Evangelho, sai da sua terra e vai para Galileia. Como era de se esperar, depois de tantos milagres e prodígios que fizera em Jerusalém – quando da celebração da Páscoa – Jesus é bem recebido. E por encontrar receptividade, Ele continua realizando milagres. É de salientar que apesar da Galileia ser uma região predominantemente gentílica, com presença de descendentes de colonos judeus, fora em Caná da Galileia que Jesus havia transformado a água em vinho por causa da fé daqueles homens.
Hoje neste trecho do Evangelho salienta-se mais um sinal, um milagre. O milagre da vida como sendo o dom de Deus.
No Evangelho segundo São João, Jesus respondendo ao apóstolo Tomé, afirma com toda a sua autoridade: “EU SOU A VIDA” (Jo 14,6). Muitas vezes me pergunto sobre o profundo sentido dessa afirmação. Em outro tópico, Ele parece completar o que ali está dito: “Eu vim para que todos tenham vida, e vida em plenitude” (Jo 10,10). Outra afirmação categórica de Jesus a Maria, irmã de Lázaro, é esta: “Eu sou A RESSURREIÇÃO e A VIDA” (Jo 11,25). Isto vale a dizer: “Sou o princípio, o autor também da nova vida, após a morte”.
Quem n’Ele procura a vida sempre a encontra. Veja a certeza com que pronuncia as belas palavras ao funcionário do rei: “Podes ir, que teu filho está vivo”.
Para os homens com grande fé, como o alto funcionário do rei, Novos Céus e Nova Terra existirão. Porque na verdade reconhecem o Evangelho como Palavra de Salvação eterna.
A plenitude da vida que Jesus nos veio trazer não se restringe aos horizontes fechados da vida presente, como pensavam muitos humanistas e utopistas. A vida humana, acima de tudo, é dom de Deus: vem de Deus e se realiza na posse terrena e eterna de Deus. Foi essa a vida que Deus concedeu a nossos primeiros pais e Jesus nos veio reconquistar pela Encarnação, pelo mistério de Sua vida, morte e ressurreição. Por isso, Santo Agostinho afirma com tanta propriedade: “O nosso coração está inquieto até que descanse em Vós”.
Escolha, pois, a vida, descansando nos braços e no colo de Jesus para que você tenha vida e vida em abundância.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 11/03/2013

Oração Final
Pai Santo, nós te agradecemos pela semente de fé que implantaste em nossos corações e te pedimos força e perseverança para cultivarmos essa plantinha em nossa vida, seguindo o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/03/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, o Evangelho me fala hoje, mais uma vez, sobre a Fé. Eu creio, amado Pai, mas aumenta a minha Fé! Que eu jamais procure provas, mas me coloque confiante e por inteiro em tuas mãos misericordiosas, reconhecendo-me filho Teu, muito amado, e seja sempre agradecido. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e meu Irmão Maior, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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