segunda-feira, 1 de abril de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 30/03/2019

ANO C


Lc 18,9-14

Comentário do Evangelho

Atitudes do homem diante de Deus

A parábola do fariseu e do publicano é própria a Lucas. A parábola confronta duas atitudes do homem diante de Deus. Os destinatários da parábola são aqueles que confiam em si mesmos porque se julgam justos, e desprezam os outros (cf. v. 14). O fariseu retém na sua oração o motivo de sua justiça: jejuava duas vezes por semana e pagava o dízimo de toda a sua renda (v. 12). Sabe que a observância dos preceitos da Lei é dom de Deus, por isso agradece (cf. v. 11). A contradição da sua justiça expressa na sua oração, que ele faz intimamente, é o desprezo e o juízo dos outros que ele considera ladrões, desonestos, adúlteros; nem o publicano, que rezava ao lado dele, escapou. A oração do publicano está centrada na sua falta, e ele se apresenta humilde diante de Deus: ". ficou à distância e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu." (v. 13). A falta do fariseu é que ele se cria justo e a causa de sua justiça era, segundo ele, mérito seu; quanto ao publicano, ele é justificado porque se abre para o dom da salvação de Deus. A salvação que vem de Deus não é mérito, é dom e, enquanto tal, deve ser recebida.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me consciente de minha condição de pecador, livrando-me da soberba que me dá a falsa ilusão de ser superior a meu próximo e mais digno de me dirigir a ti.
Fonte: Paulinas em 09/03/2013

Vivendo a Palavra

Na prece do fariseu, ele é o protagonista. Agradece por não ser, como os outros homens, ladrão ou adúltero. Porque jejua e paga o dízimo. É perfeito! O cobrador de impostos se coloca na dependência do favor de Deus: reconhece seu pecado e pede perdão. Será que nós temos nos colocado no lugar certo diante do Pai Misericordioso em nossos momentos de oração?
Fonte: Arquidiocese BH em 09/03/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus revela o segredo mais profundo dos nossos corações. Como aquele fariseu, às vezes nós somos tentados a nos comparar com os irmãos, supondo-nos melhores do que eles. E ensina o caminho bom da humildade, que foi o escolhido pelo cobrador de impostos, aquele que era tão malvisto pela sociedade da época...

Reflexão

Jesus nos mostra no Evangelho de hoje que a salvação não pode ser alcançada por nossas ações, uma vez que a pessoa não pode salvar-se por si mesma, mas por uma ação amorosa e gratuita do próprio Deus. Nós não nos salvamos, aos homens isso é impossível, mas Deus nos salva, pois para ele tudo é possível. Sendo assim, a nossa salvação depende antes de tudo da postura que temos diante de Deus. O fariseu contava os seus méritos diante de Deus, o que não lhe garantiu a salvação, enquanto que, ao demonstrar as suas misérias e os seus pecados diante de Deus, o cobrador de impostos reconhecia que somente Deus poderia salvá-lo e implora por essa salvação e, por isso, ele foi atendido em suas preces.
Fonte: CNBB em 09/03/2013

Reflexão

Considerar-se santo e desprezar os outros são dois extremos pecaminosos. Peca-se contra a verdade com a falta de modéstia e humildade, e peca-se contra a caridade fraterna. A respeito dessas duas atitudes, ocupa-se Jesus com a presente parábola. Quando alguém se vangloria de seus feitos, assume atitude soberba e cria um clima de mal-estar no seu ambiente. A atitude do fariseu é censurada porque busca a si mesmo e despreza a misericórdia de Deus. A autossuficiência do orgulhoso lhe impede a conversão. Em contrapartida, considerado pecador pelos fariseus, o cobrador de impostos reconhece os próprios erros e, diante de Deus, limita-se a bater no peito e pedir perdão. Abre-se ao Deus de misericórdia. Atitude correta, elogiada pelo Senhor.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

SOBERBA E HUMILDADE

Jesus não suportava a soberba de quem se gabava de ser justo, olhando os outros com desdém. Este comportamento o irritava por revelar uma falsa imagem de Deus, completamente contrária àquela ensinada por ele. O deus dos soberbos e orgulhosos é preconceituoso, deixa-se impressionar por exterioridades, é injusto para com os fracos, é facilmente enganável. A um deus assim, dirige-se o fariseu da parábola contada por Jesus. Assumindo uma postura de evidente arrogância, dirige-se a seu deus, prestando-lhe contas de suas práticas religiosas, como que a exigir uma recompensa generosa.
O Deus anunciado por Jesus é, radicalmente, diferente: é o Pai atento a seus filhos, de modo especial, aos fracos e pequeninos. Valoriza qualquer esforço humano de superar o pecado, para colocar-se, com humildade, no caminho da conversão. Vê o mais íntimo do ser humano, onde percebe seus sentimentos e intenções. Portanto, não é um Deus a quem se possa enganar.
Diante da atitude dos soberbos, Jesus não tinha dúvidas quanto ao fim que os esperava. Eles serão humilhados ao se encontrarem na presença do Pai. Recomenda-lhes, então, a humildade, porque só ela é capaz de sensibilizar a Deus, para a pessoa obter dele a justificação. Portanto, quem se vanglória de ser justo, está preparando sua própria condenação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de humildade, liberta-me da soberba, porque ela me afasta do Pai. E faze-me reconhecer, com humildade, minhas próprias limitações.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. DOIS MODOS DE REZAR
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

O contraste entre a oração do fariseu e a do publicano ilustra duas posturas diante de Deus, o modo inconveniente e o modo conveniente de rezar.
O fariseu encarna o modo inconveniente de se dirigir a Deus. Sua postura empertigada deixa transparecer a consciência de ser estimado por Deus e gozar de grande prestígio diante dele. Suas palavras denotam o grande conceito que tinha de si mesmo. Sabia-se ser uma pessoa acima de qualquer suspeita, muito diferente do resto da humanidade formada por ladrões, injustos e adúlteros. Deus não tinha como fazer-lhe nenhuma censura, uma vez que era fiel no cumprimento dos mandamentos, dentre os quais, o pagamento do dízimo.
A oração revestida de tal soberba, de forma alguma pode ser agradável a Deus. Quem se serve dela, terá a humilhação como resposta.
O publicano situa-se no pólo oposto: mantém-se distante, de cabeça baixa, temendo erguer os olhos para os céus, pois tinha consciência de ser pecador, carente da misericórdia e do perdão divinos. Sem títulos de grandeza nem provas de virtude, só lhe restava colocar-se, humildemente, nas mãos do Pai.
A oração do humilde toca o coração de Deus e é atendida. Ele vem em socorro de quem sabe reconhecer-se limitado e impotente para se salvar com as próprias forças.
Oração
Pai, faze-me consciente de minha condição de pecador, livrando-me da soberba que me dá a falsa ilusão de ser superior a meu próximo e mais digno de me dirigir a ti.
Fonte: NPD Brasil em 09/03/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Oração e Nós
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O Evangelho de hoje nos mostra o que há por trás da Oração. Um salmo afirma que “A boca proclama aquilo do qual o coração está cheio” e por isso, quem é arrogante e prepotente, dominado pela soberba, não consegue tirar a “Carapuça” nem na hora de rezar, colocando-se diante de Deus como uma pessoa Santa, Piedosa e Justa, comparada com as demais. Eu cansei de ouvir certas invocações da Oração dos Fiéis, que foram elaboradas por alguém que tem problemas de relacionamento com algum irmão, com o Padre, Diácono, Ministro ou Catequista.
“Rezemos pelo nosso padre, para que se converta verdadeiramente a Cristo, rezemos ao Senhor” Por trás dessa fórmula está a denúncia de que o Padre tem algum pecado público gravíssimo e ainda não é um convertido.
Rezemos para que o Movimento tal se comprometa mais com o autêntico evangelho de Cristo. Rezemos ao Senhor. Aqui o autor da oração está dizendo que o Movimento tal não prega e nem vive o Evangelho.
Rezemos para que aquela jovem do Grupo de jovens, que está grávida, acolha com amor a criança e não busque no aborto a saída para o seu namoro que deu errado. Rezemos ao Senhor. E só faltava a oração ser mais explícita, como essa “Rezemos para que aquele Ministro Sem Vergonha, pare de agredir a esposa e deixe a bebida. Rezemos ao Senhor...Em todas essas orações, o autor se julga Santo e irrepreensível diante de Deus.
Eis aí se repetindo a história da oração do Fariseu e do Publicano, que longe de querer pedir ajuda Divina, em todos esses casos, o que faz na verdade é denunciar publicamente os pecados dessas pessoas. Na minha comunidade isso já ocorreu não de maneira explícita como aqui coloquei, mas de maneira velada...o que é ainda pior.
Que tipos de sentimentos tais orações despertam na assembleia? Certamente que os piores possíveis, eu ouvi de alguém , após a celebração, essa afirmativa “Então a menina do Grupo de jovens está grávida e tentando abortar, sempre soube que ela era da “Pá Virada”, e ainda pousa de santinha na comunidade...”
O evangelho deixa claro que orações assim não justificam a ninguém, e o que é uma oração justificada? Aquela que em nosso coração temos a certeza de que Deus ouviu. Por isso o Publicado, lá no último banco, de cabeça baixa e contrito, ao reconhecer o seu pecado, tendo certeza de que Deus o ama apesar disso, clamou por Misericórdia e foi atendido, voltando para casa satisfeito, por saber que a sua oração chegou até o Céu.
Quanto a oração do nosso amigo Fariseu, bem como as fórmulas da Oração dos Fiéis que citei como exemplo, podem ter certeza de que “O Email voltou”...

2. Dois homens subiram ao templo para orar
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Em nós tudo pode ser distorcido, até a nossa oração. Quaresma é tempo de muita oração e meditação. Vejam, porém, como rezou o fariseu. Não bendisse a Deus nem intercedeu pelos outros. Sua oração foi de autoglorificação. “Eu te agradeço porque não sou ruim como os outros e sou melhor do que toda essa gente.” Pobre oração de glorificação pessoal! O publicano, cobrador de impostos, sabia que era pecador e pedia a Deus perdão com humildade. Esse é o problema dos que se consideram “observantes”. Eles se acham melhores do que os outros e acreditam que Deus tem obrigações para com eles. Afinal, observam a Lei. Só não observam a Lei da caridade fraterna. Se nossa vida foi toda errada até hoje, o publicano nos dá o exemplo: é possível pedir perdão e recomeçar. Recomeçar como se fosse hoje o primeiro dia da nossa existência. Que Deus tenha compaixão de mim, que sou pecador. Sou pecador, continuo sendo e preciso agora do perdão de Deus. Vamos adiante na Quaresma, ao encontro da misericórdia do Pai, que nos chama para uma vida nova.

HOMILIA DIÁRIA

Como fazer a vontade de Deus neste mundo?

Postado por: michelle
março 8th, 2013

Irmãs e irmãos, no Evangelho de Mc 12, 28b-34, Jesus é questionado por um escriba, o qual, aparentemente, fez-lhe uma pergunta de fácil resposta: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?» (v. 28b).
Na verdade, existiam 613 possibilidades de respostas, pois, na lei mosaica, identifica-se 365 proibições e 248 mandamentos no tempo de Jesus. No entanto, Cristo, o intérprete da Lei Antiga e revelador da Nova lei do Espírito (cf. Rm 8,2), fez a junção de duas passagens da Torah (Dt 6, 4-5; Lv 19, 18) e assim respondeu com sabiamente: «O primeiro é: Ouve Israel, o Senhor nosso Deus é único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu pensamento e com toda a tua força. Eis o segundo: Amarás o teu próximo com a ti mesmo» (v. 29-31). Assim o amor é manifestado como a essência da Palavra, afinal é ou não é o amor a essência de Deus?
Jesus, sendo a revelação plena do Amor Trinitário, não deixou escapar a oportunidade de dizer ao interlocutor de ontem e de hoje que fora do amor não existe interpretação correta das Sagradas Escrituras, nem do Antigo nem do Novo. Uma hermenêutica do amor é urgente e sempre atual!
Retornando ao texto bíblico, percebemos também que, pelas citações utilizadas pelo Mestre dos mestres, as Palavras não eram novidades para o povo da Antiga Aliança, mas o original, em Cristo, repousou sobre a união destas verdades em meio a tantas, a ponto de Jesus chancelar a tal inspiração com palavras contundentes: «Não existe outro mandamento maior do que estes» (v. 31).
Assim, Jesus tornou duplo o mandamento supremo do Amor, partindo – na resposta ao escriba – da oração que o judeu reza, pelo menos duas vezes ao dia: «Escuta, Israel! O Senhor, nosso Deus, é o Senhor que é um» (Dt 6,4). Confirmando, ao Primeiro Israel, o caminho da verdade revelada que move o ser humano a responder a Deus a partir da oração. Mas Jesus, pela junção das passagens bíblicas, demonstra que a falta da consciência da necessidade do amor ao próximo, torna anula – na prática – o testemunho do amor a Deus!
Quanto ao Novo Israel, uma novidade basilar é o surgimento de um novo centro que orienta quanto a vivência da Lei e os Profetas. Mais do que uma bússola hermenêutica, Ele é o próprio Filho, apresentado pela Santíssima Trindade à toda humanidade, na ocasião do início da vida pública de Jesus: «Logo que foi batizado, Jesus saiu da água. Eis que os céus se abriram e ele viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e pairar sobre ele, e eis que uma voz vinda dos céus dizia: Este é o meu Filho bem amado, aquele que me aprove escolher» (Mt 3, 16-17). Já no alto do Monte Tabor, qual um novo sinal, o Pai confirma o Seu Messias, o qual inaugura um novo lugar de escuta: «Veio encobri-los uma nuvem, e uma voz soou, vinda da nuvem: Este é meu Filho bem-amado. Ouvi-o!» (Mc 9,7).
De fato, Cristo veio levar a Lei e os Profetas ao cumprimento, sem depender para isto de ideologias, mas de um testemunho vivaz, como o Papa teólogo, agora Emérito, ressaltou desde a sua primeira Encíclica: «No início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com um Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo.
A verdadeira novidade do Novo Testamento não reside em novas ideias, mas na própria figura de Cristo, que dá Carne e Sangue aos conceitos – um incrível realismo. Já no Antigo Testamento, a novidade bíblica não consistia simplesmente em noções abstratas, mas na ação imprevisível e, de certa forma, inaudita de Deus» (BENTO XVI, Deus caritas est, nn. 1.12).
Por fim, como fugir a esta lógica de um amor tão próximo a nós e que nos vocaciona a sermos identificados no mundo por este amor transbordado? Se assim não fosse Jesus, Sacramento do Amor do Pai, não teria revelado com a vida, palavras, gestos, sofrimentos e silêncio a Essência da Nova e Eterna Religião, na qual o relacionamento com o outro será sempre determinante para sermos ou não – para Deus e os outros – reconhecidos como verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, como Ele mesmo deu a entender: «Nisto todos reconhecerão que sois meus discípulos: no amor que tiverdes uns para com os outros» (Jo 13, 35).
Padre Fernando Santamaria – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 08/03/2013

Oração Final
Pai Santo, é simples o caminho para o teu Reino – o Amor! Mas, Pai amado, não estamos preparados para compreender o que é simples. Deixamos de ser crianças gostamos de complicar... Envia o teu Espírito e aumenta a nossa fé, te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/03/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, cria em nós o desejo de cumprir a tua Lei. Jesus de Nazaré, o Cristo, Filho Unigênito que nos deste como Irmão, viveu fazendo o bem e nos mostrou que amar a Ti e aos irmãos é desfrutar, desde agora, os sinais do Reino que tens preparado para nós. Ajuda-nos, Pai querido, a cumprir a tua vontade! Pelo mesmo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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