segunda-feira, 1 de abril de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 02/04/2019

ANO C


Jo 5,1-16

Comentário do Evangelho

Iniciativa de Jesus para com o enfermo

É o terceiro numa sucessão de sete sinais. A cura contrasta com o longo período de enfermidade. Se o narrador localiza, em Jerusalém, a piscina e diz da expectativa terapêutica que se depositava nela, ele não lhe dá nenhuma importância. Todo relato está centrado na iniciativa de Jesus e na sua palavra eficaz: "Levanta-te, pega tua maca e anda". Quando interpelado pelos judeus, o homem responderá evocando a palavra de Jesus que o arrancou da falta de esperança ("não tenho ninguém que me leve à piscina" - v. 7) e o fez viver. A rigidez num determinado modo de observância da Lei impedirá os judeus de reconhecerem nesta palavra eficaz o sinal que conduz a Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, aproxima-me de Jesus, de quem jorra a fonte da vida, para que eu possa ser curado de todas as doenças e enfermidades que me afastam de ti.
Fonte: Paulinas em 12/03/2013

Vivendo a Palavra

Uma lição a ser aprendida e guardada: o cuidado com o próximo, a atenção, mesmo que não solicitada. Jesus se adianta e procura o doente. Não discrimina. Age com espontaneidade e sem buscar nenhum tipo de retribuição. Verdadeiro modelo a ser seguido por nós, que queremos ser discípulos evangelizadores em sua Igreja.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/03/2013

VIVENDO A PALAVRA

Os sinais dados por Jesus são ricos em ensinamentos. No texto, Ele cura, no sábado, e ainda pede que o homem carregue seu leito. Comete, perante o julgamento dos fariseus, dupla transgressão à Lei. Mas o Mestre soube discernir o que é apenas a letra da Lei; Ele quer cumprir o Espírito da Lei: o amor ao Pai, que se mostra no cuidado com seus filhos. Cabe-nos segui-lo em sua liberdade de fazer o bem.

Reflexão

Muitas vezes, as pessoas que sofrem diferentes formas de males possuem uma fé muito grande no poder de Deus, mas de algumas formas são impedidas de chegar até ele e receber as suas graças, condição indispensável para a superação de seus males e sofrimentos. É o caso do paralítico, que acreditava no poder de Deus e na cura que viria pela ação do anjo ao agitar a água, mas era impedido pelos outros que entravam primeiro na piscina. Assim também acontece hoje quando criamos uma série de regras e preceitos humanos que dificultam a participação de muitos na vida divina e um relacionamento pessoal com ele, que é a fonte de todas as graças que nos dão vida em abundância.
Fonte: CNBB em 12/03/2013

Reflexão

Em Jerusalém, centro do poder econômico, religioso e político, Jesus depara-se com uma multidão de doentes. Toma a iniciativa e, sem nada exigir, restitui a saúde a um paralítico que havia muitos anos esperava por uma remota cura. O recém-curado sai transitando livremente no meio da multidão. Em vez de celebrar a nova vida do ex-paralítico e congratular-se com Jesus que o libertou da paralisia, os judeus ficam indignados contra um e outro por fazerem “essas coisas em dia de sábado”. Ao encontrar mais tarde o homem que foi curado, Jesus o chama à conversão, para que sua libertação seja completa. Jesus se coloca a favor da vida e da libertação das pessoas; seus adversários, ao invés, preferem mantê-las paralisadas e oprimidas.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

VIDA E MORTE

O episódio evangélico está perpassado pelo tema da vida e da morte.
Aí se fala de doenças e de doentes: uma multidão de enfermos está postada na piscina de Betesda nutrindo no coração a esperança de recobrar a vida. Há entre eles uma verdadeira porfia nesta corrida pela vida, pois quem tocasse primeiro na água borbulhante, seria agraciado com a cura.
Neste contexto, Jesus é presença de vida que passa quase despercebida. Ele transita no meio da multidão abatida pela doença e pela morte. Seu poder vivificador será usado com comedimento e discrição. A vida jorrará não da água da piscina, e sim da força de sua palavra eficaz. Sua pessoa será a fonte da vida.
O pobre paralítico, impossibilitado de mover-se depressa, foi quem experimentou a ação vivificante desta nova fonte, Jesus. E recobrou, para além da vida física, sua vida social e religiosa. Superada a marginalização em que se encontrava, abriu-se para ele uma nova perspectiva de vida.
Entretanto, este cenário de vida foi transtornado pela perspectiva de morte que despontou no horizonte de Jesus. Os judeus decidiram matar quem dera a vida, eliminando-a no seu nascedouro. Quem dera a vida corria o risco de ser morto, pelo fato mesmo de ter-se posto a serviço da vida.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, aproxima-me de Jesus, de quem jorra a fonte da vida, para que eu possa ser curado de todas as doenças e enfermidades que me afastam de ti.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Doente que não tinha acompanhante...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Em Hospitais públicos, a pessoa do acompanhante é muito importante, ele ajuda a olhar o soro, atende as necessidades do doente, ajuda-o a mudar de posição, a tomar um banho, mesmo porque, os hospitais não dispõem de um enfermeiro para cada doente. É um belo trabalho de caridade, que em nossa Igreja é desenvolvido pela Pastoral da Saúde que faz isso em hospitais e casas.
O enfermo do evangelho de hoje era um desses doentes pobre, que não tinha um acompanhante e foi essa a sua queixa a Jesus “Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada, enquanto vou lá, outro já desceu antes de mim”, pelo que se entende, era uma espécie de Olimpíada de Paraplégicos, ou Paraolimpíada como se denomina essa competição, entre Cadeirantes e outros deficientes, as águas agitadas curavam apenas um por vez.
A pergunta inicial de Jesus, que obteve essa resposta, parece até “tirada” de humor “Queres ficar curado”. Claro que o enfermo queria, parece uma pergunta bastante óbvia. Mas ele dependia das pessoas. Estava ali porque queria a cura, evidentemente. Todo homem quer também a Salvação, mas esta não depende de nós. O homem da pós-modernidade não pensa dessa forma. Ele acha que os recursos da ciência em todos os campos, e o avanço da tecnologia, são suficientes para salvar o homem. A Salvação, nesse caso, é um bem de consumo, assim como o próprio Jesus e aquilo que tem para oferecer. O homem procura, pede e exige, e o Cristo tem que atender, nas grandes Magazines Religiosas de hoje em dia.
A Salvação, que consiste na libertação de todos os males do egoísmo, que infectam o coração humano, é dom gratuito e imerecido, que Deus nos oferece em Jesus Cristo. Por isso a pergunta de Jesus tem lógica “Queres ser curado?” As vezes a nossa cura interior tem um preço, que nem sempre queremos pagar. É a mudança da nossa mentalidade, do nosso jeito de agir e de se relacionar com os outros. No espírito egoísta quem ganha somos nós, no Espírito Cristão de quem conheceu Jesus e o experimentou, quem ganha são os outros.
Se Jesus pensasse em si, iria dar um jeito de carregar o homem até a piscina, á frente dos outros, seria o jeito mais prático e religiosamente correto de curá-lo. Entretanto, ele veio para curar os enfermos e libertar os cativos, por isso disse ao homem “Levanta-se, toma o teu leito e anda”. Mais tarde no templo, o orientou para que não tornasse a pecar...Quem está preso a tradições e ideologias humanas, jamais conseguirá ver em Jesus esse dom precioso da Salvação gratuita e incondicional que ele oferece, por isso, os Judeus, ao serem informados de que Jesus curava no sábado, passaram a persegui-lo com a intenção de condená-lo à morte.

2. Pega tua maca e anda!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Num dia de sábado, Jesus cura um homem que há 38 anos esperava ser beneficiado pelas águas medicinais da piscina de Bezata. Ele não tinha ninguém que o ajudasse a entrar nas águas. Surge então alguém, Jesus, que o tira da imobilidade e o faz andar. Para isso serve o Dia do Senhor, para pôr o ser humano de pé. Foi o terceiro sinal de Jesus.

HOMILIA DIÁRIA

Jesus, fonte do amor e da vida para todos

Postado por: homilia
março 12th, 2013

Segundo São João, por cinco vezes Jesus foi à Jerusalém por ocasião da grande festa do Templo. Enquanto para alguns a ida à Jerusalém é motivada pela participação nos ritos judaicos, para comer e beber. Para Jesus, o motivo é outro.
É sim o anúncio do seu projeto. Ele quer lançar “mãos à obra” diante da vontade de Deus, seu Pai, ou seja, dar a conhecer a todo o mundo que está chegando a hora em que o príncipe deste mundo será derrotado. Novos céus e a nova terra estão para chegar. E os verdadeiros adoradores já não dependerão das paredes do Templo de Jerusalém e nem tão pouco das sinagogas. Eles hão de adorar o Pai em espírito e em verdade.
Numa destas idas e voltas ao Templo – e precisamente na Porta das ovelhas onde costumavam estar os pagãos, negociadores, cambistas e outros, – Jesus se dá conta da enfermidade que infernizava a vida daquele homem. Curando um paralítico ali presente, Jesus revela ser a fonte do amor e da vida para todos. Em contradição, os judeus promotores da festa religiosa perseguem Jesus por sua prática misericordiosa.
Muitas vezes, as pessoas que sofrem diferentes formas de males possuem uma fé muito grande no poder de Deus, mas de algumas formas são impedidas de chegar até Ele e receber as suas graças, condição indispensável para a superação de seus males e sofrimentos. É o caso do paralítico, que acreditava no poder de Deus e na cura que viria pela ação do anjo ao agitar a água, mas era impedido pelos outros que entravam primeiro na piscina. Assim também acontece hoje quando criamos uma série de regras e preceitos humanos que dificultam a participação de muitos na vida divina e um relacionamento pessoal com Ele, que é a fonte de todas as graças que nos dão vida em abundância.
Apresente-se também a Jesus e diga a Ele: “Não tenho quem me ajude. Enquanto eu vou outros descem antes de mim…” E Ele que tudo pode lhe dirá: “Pega a tua maca e vai para a casa que tua fé te salvou”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 12/03/2013

Oração Final
Pai Santo, faze-nos humildes, modestos e atentos às carências dos nossos companheiros do caminho. Que sejamos capazes de enxergar o próximo com olhar fraterno e disposição generosa para compartilhar com ele os dons que Tu, Pai amado, nos ofereces. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/03/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, existem filhos teus doentes, que jazem à margem das possibilidades de cura existentes, esperando que um irmão compassivo se aproxime deles. Nós pedimos, Pai Querido, faze-nos solidários e disponíveis para cuidar dos companheiros que colocaste em nosso caminho. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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