domingo, 1 de julho de 2018

LEITURA ORANTE DO DIA - 01/07/2018



LEITURA ORANTE

Mt 16,13-20 – Solenidade de São Pedro e São Paulo


Preparo-me para a Leitura Orante.
Disponho-me ao encontro com Deus,
com toda a Igreja virtual que agora reza conosco:
Divino Espírito Santo,
amor eterno do Pai e do Filho,
eu vos adoro, louvo e amo!
Peço-vos perdão por todas as vezes que vos ofendi
em mim e no meu próximo.
Vinde, com a plenitude de vossos dons,
nas ordenações, nas consagrações e nas crismas!
Iluminai, santificai, aumentai o zelo apostólico!
Espírito de verdade,
consagro-vos a minha inteligência,
imaginação e memória. Iluminai-me!
Dai-me conhecer Jesus Cristo Mestre.
Revelai-me o sentido profundo do Evangelho
e de tudo o que ensina a santa Igreja.
(Bv. T. Alberione)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto Mt 16,13-19, observando o testemunho de fé de Pedro.
Jesus foi para a região que fica perto da cidade de Cesareia de Filipe. Ali perguntou aos discípulos:
- Quem o povo diz que o Filho do Homem é?
Eles responderam:
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum outro profeta.
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
Simão Pedro respondeu:
- O senhor é o Messias, o Filho do Deus vivo.
Jesus afirmou:
- Simão, filho de João, você é feliz porque esta verdade não foi revelada a você por nenhum ser humano, mas veio diretamente do meu Pai, que está no céu. Portanto, eu lhe digo: você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e nem a morte poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu; o que você proibir na terra será proibido no céu, e o que permitir na terra será permitido no céu.
Refletindo
Simão declara que Jesus é o Filho do Deus vivo. Jesus confirma, declarando a missão de Pedro, o Primado na Igreja: “Você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e nem a morte poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu; o que você proibir na terra será proibido no céu, e o que permitir na terra será permitido no céu”. Jesus se propõe construir a Igreja que não é simplesmente um prédio, mas é uma nova comunidade. Esta comunidade ou Igreja é do domínio de Jesus. Ele diz: “construirei a minha Igreja”. E Pedro tem nela uma missão de mediação: terá “as chaves”. Terá o poder de abrir e fechar as portas, ligar e desligar, terá o poder de julgar, perdoar e proibir o que não é conforme o projeto do Reino de Jesus.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
A pergunta de Jesus é também para mim:
“Quem dizem que eu sou? E você? Quem sou para você?”
Estas perguntas merecem uma profunda reflexão de nossa parte e uma resposta coerente e sincera.
Meditando
Veja que resposta bonita deram os bispos em Aparecida: “Jesus Cristo é a plenitude da revelação de Deus, um tesouro incalculável, a “pérola preciosa” (cf. Mt 13,45-46). Verbo de Deus feito carne, Caminho, Verdade e Vida dos homens e das mulheres aos quais abre um destino de plena justiça e felicidade. Ele é o único Libertador e Salvador que, com sua morte e ressurreição, rompeu as cadeias opressivas do pecado e da morte, revelando o amor misericordioso do Pai e a vocação, dignidade e destino da pessoa humana.” (DAp 6).
Portanto, para os bispos e para nós, Jesus Cristo é “a plenitude da revelação de Deus”, “um tesouro incalculável”, a “pérola preciosa”, “Verbo de Deus feito carne”, “Caminho, Verdade e Vida”, “O único Libertador e Salvador”.  E para o apóstolo Paulo, quem é Jesus Cristo? Em Filipenses, 2, 6-11 ele diz:
"sendo  Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que está acima de todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho nos céus, na terra, e debaixo da terra, e toda a língua proclame: Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai".
É assim que o acolhemos e o proclamamos com a nossa vida?

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Sendo hoje o Dia de São Pedro e São Paulo, recordo, o grande missionário dos povos, com a canção
Paulo, Paulo
Pe. Zezinho,scj

Paulo, Paulo porque me persegues?
Quem és tu, Senhor?
Paulo, Paulo porque não me segues?
Quem és tu, Senhor?

Eu sou Jesus e já te escolhi
Pra me anunciares pelo mundo inteiro
Serás meu mensageiro!
Serás meu mensageiro!

Paulo, Paulo, ouve a minha palavra
Quem és tu, Senhor?
Paulo, Paulo, ouve a minha mensagem
Quem és tu Senhor?

Eu sou Jesus e não vai adiantar
querer calar meu sangue derramado
Serás meu aliado

Paulo, Paulo de alma irrequieta
Quem és tu Senhor?
Paulo, Paulo serás meu profeta
Quem és tu, Senhor?

Eu sou Jesus e eu já te escolhi
Para levares a minha mensagem
Eu te darei coragem! Eu te darei coragem!

4. Contemplação(Vida/ Missão)
- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
- Meu novo olhar será para priorizar Deus em minha vida. Como os apóstolos, sou discípulo missionário de Jesus Cristo. Devo testemunhar e anunciar Jesus Cristo.

nção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp
irpatricias@gmail.com

Leitura Orante
Festa de São Pedro e São Paulo, 01 de julho de 2018


QUANDO JESUS É ‘ROCHA’ EM NOSSO INTERIOR...

“Tu és Pedro, e sobre esta rocha edificarei a minha igreja...” (Mt 16,18)

Texto Bíblico: Mateus 16,13-19

1 – O que diz o texto?

Há indicações históricas de que já no séc. IV se celebrava uma festa em honra de São Pedro e São Paulo. Não é fácil descobrir as razões que levaram aqueles primeiros cristãos a unir em uma mesma celebração litúrgica duas figuras humanas tão diferentes. O mais provável é porque os dois foram martirizados em Roma durante a perseguição de Nero e quase ao mesmo tempo. Pode ser também porque suas sepulturas estivessem juntas durante muito tempo. É também provável que muito cedo se descobriu a complementariedade desses dois homens. De qualquer forma, é um claro exemplo de que personalidades tão diferentes, que inclusive discutiram duramente aspectos importantes da primitiva fé cristã, pudessem ser dois seguidores autênticos de Jesus.
Mas, desde sempre, Pedro e Paulo foram considerados como as colunas da Igreja. No caso de Paulo é tão evidente que alguns estudiosos chegaram a dizer que ele foi o verdadeiro fundador da Igreja, enquanto organização.
Pedro é o personagem mais destacado em todo o Novo Testamento. Mesmo assim, sabemos muito pouco de sua vida. Pelo contrário, Paulo é a pessoa melhor documentada. É o único apóstolo do qual podemos fazer uma biografia quase completa.
O texto do Evangelho da festa de hoje nos ajuda a reler nossa vida. Ali se afirma nossa identidade: temos um nome, que carrega algo sólido, firme, resistente, que não se desfaz com as adversidades existenciais (crises, fracassos...). A identidade de uma pessoa é dada por aquilo que é consistente, seguro... no seu interior e não pelo nome em si.
“Tu és Pedro e sobre esta rocha edificarei minha Igreja..."
E sobre ela, ao longo dos séculos, se assentou a fé dos cristãos de todos os tempos. Mas a Pedra da qual Cristo fala não é Pedro, pois a pedra da sua presunção, de sua segurança, de seu orgulho se transformou em cacos com suas negações na noite da Paixão.
Mais tarde, Pedro, estará em condição de entender que a Pedra é unicamente Jesus. Somente Ele oferece toda a segurança. Pedro nos alenta na fé: confirma os seus irmãos, mas a fé é em Jesus Cristo.
O fundamento da Igreja é Jesus Cristo. Quem é decisivo na Igreja é Ele. O papa, os bispos, o clero tem sua missão e sua importância, mas a pedra angular é o Senhor.
Igualmente decisivo é o Reino de Deus, não a Igreja. A Igreja é aquela que trabalha em favor do Reino de Deus, mas o fundamento último é o Reino de Deus. Um Reino de justiça, de amor e de paz.
Mateus, no evangelho deste domingo, nos situa diante de um jogo de palavras entre “petros” (pedregulho, pedra sem estabilidade e que se esfarela) e “petra” (rocha firme, consistente).
Simão é por si mesmo, um “petros”, mas através de sua confissão messiânica, acolhendo a revelação de Deus e confessando Jesus como o Cristo, Filho de Deus vivo, alargou sua interioridade para que o mesmo Jesus ali se fizesse “petra” (Rocha – fundamento). Pedro chega ao grau máximo de identificação com Jesus, que mais tarde Paulo afirmará: “Não sou eu que vivo é Cristo que vive em mim”. Pedro é proclamado bem-aventurado porque na sua fragilidade (petros) Jesus se faz presença solidificada (petra).
A Igreja se fundamenta na misericórdia de Deus, não na força dos homens. A Igreja é a comunidade dos pecadores perdoados, não a comunidade dos perfeitos.

2 – O que o texto diz para mim?

Dá para perceber claramente nos evangelhos os obstáculos que eles tiveram de superar para passar do conhecimento de Jesus à vivência de tudo o que Ele pregou.
Seria muito interessante descobrir que somente a partir da vivência pessoal alguém pode se lançar à missão de comunicar uma fé. Isto explica como um punhado de pessoas, em pouco tempo, foram capazes de transformar o mundo até então conhecido.
Essa dificuldade que Pedro e Paulo tiveram para seguir Jesus pode ser de muita ajuda para mim hoje. Pedro, antes da experiência pascal, seguia a um Jesus que se encaixava em seus ideais e interesses de bom judeu. Paulo, antes da queda a caminho de Damasco, servia ao Deus do Antigo Testamento que estava a anos-luz do Deus de Jesus.
Não serve para nada seguir a Jesus sem conhecê-Lo a fundo. Só depois de eu ter superado os meus pré-juízos, estarei preparada para despertar no outro o desejo de viver o mesmo seguimento.

3 – O que a Palavra me leva a experimentar?

Tenho de passar pelo doloroso processo de maturação na fé, pelo qual passaram Pedro e Paulo. No caso deles, a dificuldade se agravou porque os dois tiveram que dar o salto de uma religião centrada na Lei a uma experiência interior de seguimento, o que não é em nenhum caso, algo cômodo.
Da aprendizagem de uma doutrina à vivência do seguimento de uma Pessoa, há um grande percurso que devo fazer. Sem essa passagem a fé se converte em pura teoria, que torna estéril minha vida e nem desperta sedução nos outros. Talvez esteja aqui a causa de muitos fracassos no caminho da evangelização. Estou mais preocupada em “passar” uma doutrina, uma moral, uma religião... e não deixar transparecer em minha vida que sou seguidora d’Aquele que é Rocha em meu interior.
Na origem do discipulado e da igreja está sempre presente a consciência do chamado. A vontade e a decisão de cada um são imprescindíveis, mas são despertadas pelo chamado e testemunho de outros, pelo chamado de Jesus e, em último termo, pelo chamado do próprio Deus. Isso é o que significa originariamente o termo “igreja” (ekklesia): “comunidade de chamados”.
No chamado de Jesus, Pedro e Paulo reconheceram o chamado de seu próprio interior, o chamado do povo sofredor, o chamado dos tempos difíceis e, em última instância, o chamado do Deus grande e próximo que lhes convidava à identificação com seu Filho e ao compromisso com o Reino.

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?

Senhor, a primeira coisa que estes dois personagens, Pedro e Paulo me ensinam é que não é nada fácil aceitar a mensagem de Jesus e segui-lo. Precisamente, os dois foram os mais resistentes, cada um à sua maneira, na hora de dar o passo e aceitar o verdadeiro Jesus. Tanto Pedro como Paulo eram pessoas muito religiosas e que se encontravam muito confortáveis dentro do judaísmo. O encontro com Jesus desbaratou essa segurança e os fez entrar na dinâmica de uma autêntica relação com o Mestre Galileu.
Pedro, com toda espontaneidade, não perde ocasião de manifestar sua oposição àquilo que o Mestre dizia.
Paulo foi um fanático na defesa de sua religião. Por defender o judaísmo se converteu em perseguidor de todos aqueles que seguiam a maior heresia surgida dentro do judaísmo: “os seguidores do caminho”.

5 – O que a Palavra me leva a viver?

É o Espírito que, guiando-me pelo caminho da escuta de meu “eu interior”, me faz sentir original, única, sagrado...
A oração é a chave interior que abre caminho para chegar até o “eu original”, aquele lugar sólido, a rocha sobre a qual construo minha vida. Este é o nível da graça, da gratuidade, da abundância, onde mergulho no silêncio, à escuta de todo meu ser.
Minha própria interioridade é a rocha consistente e firme, bem talhada e preciosa sobre a qual encontro segurança para caminhar na vida, superando as dificuldades e as inevitáveis resistências na vivência do Reino.

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas: Mateus 16,13-19
Pe. Adroaldo Palaoro, sj

Sugestão:
Música: Ninguém falou como esse homem – fx 08 (03:27)
Autor: Maria Luiza Ricciardi
Intérpretes: Ir. Ana Paula Ramalho, Ir. Edicléia Tonete, Ir. Verônica Firmino e Andréia Zanardi.
CD: Sejamos comunicação – cantos celebrativos
Gravadora: Paulinas Comep

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