domingo, 9 de outubro de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 09/10/2016

Ano C


Lc 17,11-19

Comentário do Evangelho

Sopro de Deus que faz viver.

O evangelho de hoje é a cura de dez leprosos por Jesus, entre os quais um samaritano, um estrangeiro, o único que retorna a Jesus para agradecer. Nós já conhecemos a situação dos leprosos e como, mesmo do ponto de vista religioso, eles eram desprezados e excluídos da graça de Deus (ver: Lv 13,45-46; Nm 12,9-13). “Dez” era o número dos leprosos que gritam implorando compaixão (cf. vv. 12-13). Não há nenhum gesto, somente a palavra de Jesus foi suficiente para purificá-los. É uma palavra que é e comunica o Sopro de Deus que faz viver; palavra eficaz, pois, “enquanto estavam a caminho, aconteceu que ficaram curados” (v. 14). “Dez” é um número que simboliza a totalidade de um povo. Todo um povo é visitado pela graça de Deus. A cura da lepra é um dos sinais dos tempos messiânicos (cf. 7,22-23). A salvação da qual Jesus é portador é oferta a todos. Mas, se os dez foram beneficiados pela Palavra do Senhor, por que somente o samaritano reconheceu e retornou para agradecer? “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão?” (v. 17). Somente o samaritano, considerado herético pelos judeus, é que retornou cumprindo a missão de Israel (cf. Sl 96[95],1-3). O texto interpela o leitor do evangelho: quão difícil é reconhecer o Reino de Deus que se aproxima. O que é necessário fazer ou cultivar para que não percamos a oportunidade de reconhecer o tempo em que somos visitados?
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que o meu coração, repleto de fé, reconheça Jesus como a mediação de todas as graças e favores que recebo de ti.
Fonte: Paulinas em 13/11/2013

Comentário do Evangelho

É uma palavra que comunica o Sopro de Deus e faz viver.

O episódio da purificação do sírio Naamã, um pagão, pelo profeta Eliseu, já foi evocado por Jesus, no início do terceiro evangelho (4,25-27), para responder às objeções dos nazarenos do porquê Jesus não havia realizado em sua própria pátria os atos de poder realizados em Cafarnaum: “Certamente ireis me citar o provérbio: ‘Médico, cura-te a ti mesmo’. Tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum, faze-o, também, aqui, em tua pátria” (4,23). Mas a falta de fé impedia os conterrâneos de Jesus de acolhê-lo como dom de Deus e de ver em sua pessoa a irrupção da vida de Deus em favor de toda a humanidade. O que eles pensavam saber de Deus os cegava. Desse modo, Nazaré passará a ser o protótipo de Israel, que rejeita a salvação no modo como ela é oferecida por Deus ao seu povo, na plenitude do tempo. Essa rejeição será utilizada, no Novo Testamento, como um dos argumentos para afirmar a abertura da salvação aos pagãos.
O evangelho deste domingo trata da cura por Jesus de dez leprosos, entre os quais um samaritano, um estrangeiro (cf. v. 18), o único que retorna a Jesus para agradecer (cf. v. 16). Nós já conhecemos a situação dos leprosos e como, mesmo do ponto de vista religioso, eles eram desprezados e excluídos da graça de Deus. O Levítico descreve a situação com detalhes: “O leproso portador desta enfermidade trará suas vestes rasgadas e seus cabelos sem pentear; cobrirá o bigode e clamará: Impuro! Impuro!… morará à parte: sua habitação será fora do acampamento” (Lv 13,45-46). A lepra era tida como castigo de Deus e somente Deus podia libertar a pessoa de tal enfermidade (cf. Nm 12,9-13). Há uma outra purificação de um leproso, em Lucas 5,12-14, com o mesmo alcance messiânico. “Dez” era o número dos leprosos que gritam implorando compaixão (cf. vv. 12-13). Não há qualquer gesto, ao contrário da história de Eliseu; somente a palavra de Jesus foi suficiente para purificá-los. É uma palavra que é e comunica o Sopro de Deus que faz viver; palavra eficaz, pois, “enquanto estavam a caminho, foram purificados” (v. 14). “Dez” é um número que simboliza a totalidade de um povo. Todo um povo é visitado pela graça de Deus. No entanto, dos dez somente um retorna para agradecer; os outros nove não souberam reconhecer o tempo da graça e da salvação. A cura da lepra é um dos sinais dos tempos messiânicos (cf. 7,22-23). A salvação da qual Jesus é portador e oferta a todos. Mas, se os dez foram beneficiados pela Palavra do Senhor, por que somente o samaritano reconheceu e retornou para agradecer? “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão?” (v. 17). Somente o samaritano, considerado herético pelos judeus, é que retornou cumprindo a missão de Israel (cf. Sl 96[95],1-3). O texto interpela o leitor do evangelho: quão difícil é reconhecer o Reino de Deus que se aproxima. O que é necessário fazer ou cultivar para que não percamos a oportunidade de reconhecer o tempo em que somos visitados?
Não obstante nós mesmos, “Deus permanece fiel, mesmo quando nós lhe somos infiéis, pois não pode negar-se a si mesmo” (2Tm 2,13).
Fonte: Paulinas em 13/10/2013

Vivendo a Palavra

O Evangelho nos recorda o dever da gratidão. Se, por um lado, o serviço que oferecemos ao irmão deve ser gratuito, isto é, sem interesse de nenhuma retribuição, por outro lado, isto não nos exime de agradecer ao Pai Celeste os dons que recebemos de sua misericórdia, especialmente a vida e a fé.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/112013

Vivendo a Palavra

Aquele homem foi um dos dez curados da lepra. Eu sou um dos muitos curados por Jesus. Será que reconheço as curas operadas em mim pelo Senhor? Sou agradecido por isto? Demonstro gratidão, testemunhando aos irmãos o inefável amor com que somos agraciados pelo Pai Misericordioso?
Fonte: Arquidiocese BH em 13/10/2013

Vivendo a Palavra

Jesus cita o exemplo de um samaritano, desprezado em Israel, ensinando que não devemos discriminar pessoas, mas examinar as ações, para tomá-las como exemplo, ou não. Em outras oportunidades, o Mestre se vale de casos semelhantes. Talvez, porque a discriminação de irmãos seja uma tendência comum em todos os tempos.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

Jesus não quer simplesmente realizar a cura das pessoas, ele quer a libertação integral e a reinserção social de todos os que são por ele curados. Quando Jesus manda que os dez leprosos se apresentem diante dos sacerdotes, ele está realizando a cura deles e quer que eles tenham autorização para voltar a participar ativamente da vida comunitária, o que não era permitido aos leprosos, que eram considerados impuros e, por isso, excluídos da sociedade. Somente quando os sacerdotes constatavam a cura da lepra, poderiam voltar ao convívio de todos.
Fonte: CNBB em 13/11/2013

Recadinho

Sei reconhecer tantos favores que recebo de outras pessoas? - Será que o orgulho muitas vezes não nos impede de manifestar gratidão ao próximo? - E diante de Deus? O que mais faço, pedir ou agradecer? - Deus já não me curou de tantos males espirituais na vida? Como agi? - Aprendamos com S. Bernardo: “A ingratidão é o inimigo da alma: desvirtua o merecimento, estraga as virtudes, corrompe os benefícios! A ingratidão é vento abrasador que seca a fonte da benevolência divina”.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 13/11/2013

Meditação

Que lugar ocupa a gratidão em sua vida? - Com relação a Deus, você mais pede ou mais agradece? - Reconhece e retribui os gestos de generosidade que encontra no seu dia a dia? Cite alguns testemunhos de fé que você dá. - Conhece alguém que é de uma fé inabalável?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 13/10/2013

Meditando o evangelho

O PECADO DA INGRATIDÃO

O modo como os leprosos agem em relação ao benefício recebido de Jesus corresponde às nossas atitudes perante a misericórdia divina.
No seu desespero, os leprosos recorrem a Jesus, implorando piedade. Era insuportável a situação em que se encontravam, vítimas da doença. Mesmo para recorrer ao Mestre, deviam manter-se à distância, como mandava a Lei. Esta os obrigava a andar com as vestes rasgadas, com os cabelos desgrenhados e a barba coberta. E mais, deveriam habitar fora da cidade, e gritar: "impuro, impuro!", quando alguém se aproximasse, para evitar a contaminação. Situação dolorosa!
A súplica pungente do grupo de doentes encontra guarida no coração de Jesus. Ele os atende imediatamente, ordenando que se apresentem aos sacerdotes, como se já estivessem curados.
Só um sentiu-se motivado a voltar atrás e agradecer a quem o havia curado. Jogou-se aos pés de Jesus, dando gritos de louvor a Deus. E este era um samaritano, membro de um povo inimigo dos judeus, visto com desprezo. A gratidão brotou-lhe espontânea do coração.
Já os outros nove, judeus de origem, esqueceram-se de agradecer. Assim, deram mostras de não ter dado o passo da fé, reconhecendo a condição messiânica de Jesus. E perderam a chance de receber os benefícios da salvação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Espírito de agradecimento, torna-me sensível aos benefícios que eu recebo cada dia, e dá-me um coração que seja sempre capaz de agradecer.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-10-09

REFLEXÕES DE HOJE


O9 DE OUTUBRO-DOMINGO
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

HOMÍLIA DIÁRIA

Tenhamos atitude de gratidão para com Deus

Mesmo que estejamos em meio às tribulações e situações complicadas da vida, aprendamos a ter atitude de gratidão para com Deus
“Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz” (Lucas 17, 15).



Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova


http://homilia.cancaonova.com/homilia/tenhamos-atitude-de-gratidao-para-com-deus/

Liturgia comentada

Era um samaritano… (Lc 17, 11-19)

No Evangelho de São Lucas – que escreveu para um público de cristãos provenientes do paganismo – a figura do estrangeiro merece o maior destaque. Em contraste com a dureza de coração do Povo Escolhido, sobram elogios de Jesus para a fé cega do centurião romano (Lc 7, 9), a gratidão do leproso samaritano(Lc 17, 18), além do ato de fé do outro oficial romano aos pés da cruz (Lc 23, 47) e da confiança inabalável da siro-fenícia (Mt 15, 28). E Jesus, admirado: “Não vi fé igual em Israel.” Isto é, era de se esperar que no meio do Povo da Aliança a manifestação de fé fosse maior, mais fácil, mais visível. Mas não era.
Desta vez, temos dez leprosos: nove judeus e um samaritano. Aos olhos dos judeus, o samaritano era inimigo, herético, idólatra, bastardo, impuro (cf. Eclo 50, 27-28). Eram incomunicáveis (cf. Jo 4, 9). Naturalmente, a desgraça comum – a lepra que os atingira – tinha colocado os dez no mesmo nível, superadas as divergências religiosas e sociais. Daí estarem juntos naquelas fronteiras entre Judeia e Samaria.
Assim, todos os dez clamam à passagem de Jesus, pedindo cura e compaixão. Jesus prontamente os remete aos sacerdotes do Templo, que tinham o encargo de examinar o ex-leproso e dar-lhe um atestado de saúde (cf. Lv, cap. 12 e 13). Obedecendo – o que supõe um ato de fé -, eles se põem a caminho para Jerusalém. Na estrada, os dez se veem curados. Enquanto os nove judeus seguem adiante, em busca do tão desejado atestado de saúde, o estrangeiro (o samaritano) volta-se para Jesus, para dar graças pela cura recebida.
O Evangelho não chega a dizer que os nove judeus são mal-agradecidos. Mas é claro que, para eles, a declaração de pureza sanitária vinha em primeiro lugar. Também em nossa vida, nós corremos o risco de deixar a ação de graças em último plano, enquanto procuramos sempre a Deus em busca de vantagens pessoais: paz interior, cura física, progresso material, sucesso no vestibular, melhores salários.
Ora, o Senhor tem coisas melhores para nos dar, a começar por seu próprio Espírito, que nos convence da filiação divina e nos leva a chamar a Deus de Pai. Deus tem para nós dons de eternidade, que não passam com tempo, não acabam roídos pela inflação nem corroídos pelo tempo.
Que vale mais para nós? A gratidão ou o atestado de saúde?
Orai sem cessar: “Fora de vós, Senhor, não há felicidade para mim!” (Sl 16 [15],2)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
http://nsrainha.com.br/capela-virtual/liturgia-do-dia-09102016/

Oração Final
Pai Santo, que o teu Espírito ilumine as consciências e abra nossos corações aos irmãos, especialmente os diferentes, os discordantes e até mesmo os adversários, acolhendo a todos como filhos teus a quem muito amas. Queremos seguir o exemplo do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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