Interessante é a história desta devoção, uma vez que a Mãe de
Deus é o símbolo mais perfeito da confiança em Deus. E o modelo completo das
virtudes a ser seguido por todos os cristãos que desejam alcançar a santidade e
salvação em Cristo na vida eterna.
A invocação de Nossa Senhora da Confiança foi
introduzida na Igreja no século XVIII por uma mística católica chamada Irmã
Clara Isabel Fomari, ingressou para a vida religiosa orientada por seu
confessor, o jesuíta Crivelli.
Abadessa do mosteiro da cidade de Todi, na Itália,
Irmã Clara Isabel deixou suas experiências registradas no livro "Relações
místicas" conservado nesse mosteiro desde a sua morte em 1744. O livro
mostra sua forte devoção pela Virgem e cita os numerosos prodígios atribuídos à
sagrada imagem do quadro de Maria com o Menino Jesus, venerado por ela em sua
cela. A vigorosa fé na Mãe de Deus e os dons místicos da religiosa propagaram
entre a população local a invocação de Nossa Senhora da Confiança.
Em 1781 o sagrado quadro saiu do no mosteiro de
São Francisco em Todi, atendendo ao pedido do sobrinho do padre Crivelli,
também jesuíta. Padecendo de gravíssima enfermidade ele desejou se penitenciar
diante da imagem de Nossa Senhora da Confiança, cuja devoção seu tio lhe
transmitira. Ele se curou e em agradecimento mandou fazer uma cópia exata do
quadro de sua celestial benfeitora.
A cópia da imagem o acompanhou à Roma, quando foi
designado diretor espiritual para o Colégio Germânico que foi sede, por longo
período, do Pontifício Seminário Romano Maior. O centro da divulgação da
devoção de Nossa Senhora da Confiança, eleita padroeira do Seminário.
A sede definitiva do Seminário, ficou pronta em
1917 e a nova capela foi dedicada à celestial padroeira. O Papa Bento XV, nessa
solene ocasião, coroou Nossa Senhora da Confiança confirmando canonicamente seu
título e o dia de sua festa, em 24 de fevereiro.
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