terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DOS EVANGELHOS DOS DIAS 24/02/2014 a 03/03/2014

24 de Fevereiro de 2014

A oração vence o mal

Mc 9,14-29

Comentário do Evangelho


Importância da fé

No tempo da vida terrestre de Jesus de Nazaré, as enfermidades, sobretudo aquelas de origem psíquica, como parece ser o caso do evangelho de hoje, que não se sabia a causa nem tampouco era conhecido um tratamento adequado e eficaz, eram atribuídas a um espírito impuro, uma forma de designar o mal. Ora, o mal é o que prejudica o ser humano; é o que desfigura nele a imagem de Deus. O mal impede de falar bem e de bem falar; o mal distorce o sentido da palavra e a palavra que dá sentido a todas as coisas. A cena parece, num primeiro momento, apresentar o fracasso dos discípulos, pois eles não conseguiram livrar o menino de seu mal. Mergulhado numa geração sem fé, o ser humano busca num poder externo a solução de seus problemas. Aqui, o tratamento passa pela coerência da palavra, que faz a pessoa sair de si e abrir-se para a fé e que transforma a vida não importa de quem seja. Para todos que empreendem um combate contra o mal, não há outro meio para vencê-lo senão pela oração. Quando nos defrontamos com o limite e o impossível, a súplica a Deus se torna “poder”.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça minha fé, de modo a me predispor a ser beneficiado por teu filho Jesus, por meio do qual tua misericórdia chega até a mim.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Todos nós queremos dar soluções rápidas para todos os problemas e, por isso, podemos ser surpreendidos porque não conseguimos revolvê-los de forma satisfatória ou eles voltam a acontecer. Isso acontece principalmente porque não paramos para refletir sobre o problema e não buscamos todos os meios necessários para a sua superação. Jesus, antes de realizar o exorcismo, conversou com o pai da criança e exigiu dele uma postura de fé. Depois, chamou a atenção dos discípulos sobre a necessidade da oração. Devemos conhecer profundamente os desafios que nos são colocados no trabalho evangelizador e nos preparar em todos os sentidos para a sua superação.
FONTE: CNBB

Recadinho

Dou-me conta de que muitas vezes as coisas do mundo querem dominar meu espírito? - Que atitude tomo diante de tais situações? - Em situações complicados, lembro-me em primeiro lugar de pedir as luzes de Deus? - Lembro-me sempre de que o importante não é viver sem problemas, mas ter fé para superá-los? - Busco forças na oração?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 - santuario-nacional

25 de Fevereiro de 2014

O maior, o mais importante


Mc 9,30-37


Comentário do Evangelho


Iluminados e fortalecidos pela ressurreição

Nosso texto de hoje é o segundo anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Do ponto de vista narrativo, esses relatos têm por função preparar o leitor para entrar no relato da paixão e morte do Senhor, sem serem tomados pela surpresa e sem medo e esmorecimento, mas iluminados e fortalecidos pela ressurreição. O Jesus de Marcos é um Mestre que sempre está ensinando os seus discípulos e a multidão. Aqui, neste trecho o conteúdo é o mistério pascal do Filho de Deus. Como no primeiro anúncio (Mc 8,31-33), Jesus repreende os discípulos por causa de sua reação. A discussão entre eles de quem era o maior é expressão da incompreensão deles acerca do destino de Jesus e de sua missão, e da condição deles como discípulos. No seguimento de Cristo, o maior é o que serve, à imitação de Jesus que se fez servo de toda a humanidade. No seguimento do Senhor, em que o serviço deve caracterizar a missão, a disputa pelo poder e a defesa de privilégios são absolutamente inaceitáveis. O acolhimento de todos, sem acepção de pessoas, e de modo especial os que mais precisam de cuidado, é a atitude requerida de todos os cristãos que compreendem a fé que professam.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça minha fé, de modo a me predispor a ser beneficiado por teu filho Jesus, por meio do qual tua misericórdia chega até a mim.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

O que faz com que na maioria das vezes não compreendamos corretamente a mensagem de Jesus geralmente são as diferenças que existem entre os nossos interesses e os dele. Enquanto Jesus estava pensando na necessidade da cruz para a realização do Reino de Deus, seus discípulos estavam pensando em um reino com critérios humanos, fundamentado principalmente nas diferenças, nas relações de poder e na hierarquia social, econômica e política. Sempre que não nos colocamos em sintonia com o projeto de Jesus e não colocamos o amor como o critério último das nossas vidas, podemos nos equivocar na compreensão do Evangelho e buscar interpretações que existem muito mais para legitimar os nossos interesses do que para nos conduzir à verdade e ao Reino.
FONTE: CNBB

Recadinho

Há competição em nosso meio? - E a inveja? - Procuramos em primeiro lugar ser o melhor no servir? - Reconhecemos, valorizamos e divulgamos as qualidades de nossos irmãos? - Há pessoas que vivem a humildade de modo invejável. Pense em alguém que seja assim.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 - santuario-nacional

26 de Fevereiro de 2014

Quem não é contra nós é por nós

Mc 9,38-40


Comentário do Evangelho



Onde há o bem realizado, Deus aí está

A incompreensão dos discípulos progride. Somente a experiência do mistério pascal dará a eles a graça da compreensão do mistério de Jesus Cristo e da sua condição de discípulos. Aqui aparece um novo tema da incompreensão dos discípulos. O porta-voz do grupo dos discípulos, aqui, é João, um dos filhos de Zebedeu (cf. Mc 1,19), talvez por seu caráter pretensioso, o que aparecerá com maior clareza mais adiante no relato (Mc 10,35-40). Os discípulos pretendem que nenhum exorcismo possa ser praticado em nome de Jesus, se a pessoa que o pratica não participa do grupo dos discípulos. Por isso, eles impediram aquele anônimo de praticar o exorcismo (cf. v. 38). Atitude que Jesus reprova, pois o seu nome e o bem que por ele se realiza não é monopólio da comunidade nem de qualquer outro grupo. Onde há o bem realizado, Deus aí está. Deus está na origem de toda iniciativa que promove e protege a vida; Deus é a fonte de todo esforço sincero e verdadeiro de arrancar das forças do mal o ser humano. Os discípulos, e o leitor com eles, devem compreender que o bem não é propriedade de nenhum grupo e que, onde o mal é vencido, essa vitória é fruto do poder de Jesus Cristo, dado ao ser humano pela graça do Espírito Santo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, livra-me da atitude fanática e exclusivista de pensar que só quem pertence declaradamente ao círculo de discípulos de Jesus está em condições de fazer o bem.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Uma das maiores dificuldades que podemos encontrar para a compreensão da ação divina no mundo encontra-se no fato de querermos submetê-la aos nossos critérios de inteligibilidade, principalmente no que diz respeito à religião institucional. O que acontece é que muitas vezes o agir divino fica vinculado a critérios meramente humanos ou a ritualismos que estão mais para prática de magia, alquimia e bruxaria do que para um relacionamento filial, de confiança e entrega. Outras vezes, esse agir divino é condicionado ao cumprimento de princípios legais que determinam se Deus pode agir ou não. Devemos nos lembrar que o Senhor é Deus e não nós.
FONTE: CNBB

Recadinho

Jesus não quer em sua Igreja um grupo fechado e monopolizador dos serviços e missões. Você valoriza o trabalho de seu próximo? - Procura afastar o erro, mas não as pessoas que erram? - Se há opiniões diversas, procura continuar na busca da verdade? - Será que às vezes não queremos agir como donos da verdade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 - santuario-nacional

27 de Fevereiro de 2014


Gravidade dos escândalos


Mc 9,41-50


Comentário do Evangelho



A comunidade é interpelada a viver a coerência entre a fé professada e a fé vivida.

Em continuidade com o tema do evangelho de ontem, a comunidade dos discípulos é chamada a se abrir ao bem que vem de fora (v. 41). A diversidade e a diferença são bens através dos quais se manifestam a bondade de Deus e a caridade de Cristo. A comunidade é interpelada a viver a coerência entre a fé professada e a fé vivida. O escandalon é a pedra de tropeço, isto é, o obstáculo que impede os outros de progredirem e permanecerem na vida cristã. A pura aparência, a vaidade das práticas religiosas devem ser rejeitadas em nome da coerência, do acordo interno e profundo entre a fé e a sua vivência. O modo de vida dos discípulos deve ser o testemunho que estimula outros a desejarem viver a vida de Jesus Cristo. O texto não é um convite à mutilação, mas um apelo a não consentir com uma vida ambígua e fragmentada. O coração do discípulo não pode estar dividido.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna-me forte para tirar da minha vida tudo quanto possa servir de contra-testemunho a meu próximo e levá-lo a afastar-se de ti.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

É muito comum ouvirmos que isso ou aquilo é escandaloso e, normalmente, quando isso acontece, o fato está relacionado com questões de sexualidade. O escândalo é muito mais do que isso. Dar escândalo significa ser ocasião de pecado para as outras pessoas, independentemente da natureza ou da forma do pecado. Jesus nos mostra no Evangelho de hoje a importância que devemos dar para os nossos atos, para que eles sejam testemunho da nossa adesão ao Reino de Deus e não uma negação da nossa adesão que tenha como conseqüência o afastamento das pessoas. Não podemos nos esquecer de que a nossa fidelidade a Jesus no nosso dia a dia é a nossa grande arma no trabalho evangelizador.
FONTE: CNBB

Recadinho

Cuidemos de nossos atos! Eles devem testemunhar que fizemos opção feliz pelo Reino de Deus e estamos neste caminho. Tenho consciência disso? - Com quem devemos ser violentos? Conosco mesmo, com nossos erros! - Minhas mãos para que servem? Para fazer o bem? - Meus pés me levam ao encontro do irmão? A fazer o bem? - Meus olhos transmitem paz, alegria, felicidade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 - santuario-nacional

28 de Fevereiro de 2014


Jesus fala sobre o divórcio


Mc 10,1-12


Comentário do Evangelho



O fundamento da união é o amor

O nosso texto do evangelho de hoje é um “diálogo didático”, cuja finalidade é instruir os discípulos a se comportarem em conformidade com os ensinamentos de Jesus. A questão posta pelos fariseus a Jesus é mal-intencionada, pois querem colocá-lo à prova (v. 2) e encontrar um motivo para condená-lo à morte. A questão está baseada em Dt 24,1-3. Recorrendo ao projeto original de Deus (Mc 10,6-9; cf. Gn 1,27; 2,24; 5,2), Jesus rejeita uma interpretação em favor do divórcio. A incapacidade de perdoar e de reconciliação diz respeito à “dureza do coração” que ameaça o povo de Deus. Jesus põe em pé de igualdade a condição do homem e da mulher. Mas a resposta de Jesus desconcerta os que queriam colocá-lo à prova, pois ela protege a parte mais frágil em semelhantes casos. Jesus recentra a questão, não sobre a ordem jurídica, mas sobre a ordem da criação, sobre o Reino de Deus. Portanto, a questão fundamental é reconciliar tudo com o ideal do Reino de Deus, com o ideal cristão. Trata-se de entrar na dinâmica do olhar divino sobre o ser humano, tal qual pode ser apreendido pelos relatos da criação.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que os casais cristãos, unidos pelo sacramento do matrimônio, saibam reconhecer e realizar o mistério de comunhão que os chama a viver.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

A nossa vida é condicionada por leis que os homens fizeram, às quais nós devemos nos submeter para viver na legalidade. Porém, devemos ter consciência do fato de que, nem tudo o que é legal, é justo, no sentido pleno da palavra. Podemos citar alguns exemplos como a questão dos juros: é legal para o banco pagar menos de 1% ao mês para cadernetas de poupança e cobrar mais de 10% ao mês por empréstimos que realiza. É legal na sociedade brasileira o divórcio que, perante os olhos de Deus, não conduz o homem à justiça, mas sim ao pecado e à morte, pois desrespeita compromissos e direitos de cônjuges, filhos, da comunidade eclesial e da própria sociedade.
FONTE: CNBB

Recadinho

Nos tempos de hoje, que lugar ocupar o casamento religioso na vida de um casal? - Você se casa para que o outro faça você feliz ou se casa em primeiro lugar para fazer o outro feliz? - O que se espera no casamento, servir ou ser servido? - A prática da religião é essencial em seu lar? - Falando do matrimônio, Jesus queria denunciar uma injustiça cometida contra as mulheres, procurando prevenir seus discípulos para que não fossem injustos. A Lei mosaica previa o caso de sucessivos repúdios da mulher. Portanto, ela ficava sob a tutela do marido e dependia de seu humor. Bastava um pequeno deslize, ou algo que desagradasse o marido, para ser repudiada. Quem ama compreende, se sacrifica, acolhendo e perdoando, mas lutando por um mundo melhor. Não tem que ser assim?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 - santuario-nacional

1 de Março de 2014


Jesus e as crianças


Mc 10,13-16


Comentário do Evangelho



O Reino de Deus precisa ser acolhido como dom.

Depois da controvérsia sobre o divórcio e a necessidade de centrar a existência nos valores do Reino de Deus, o evangelho nos apresenta este episódio do acolhimento das crianças por Jesus e o seu consequente ensinamento. Toda situação é para Jesus ocasião de ensinar e transmitir algo do Reino de Deus, de sua pessoa e da situação ou condição do discípulo. No tempo de Jesus, as crianças gozavam de respeito e eram bem tratadas. Se tivermos presentes os relatos anteriores ao de hoje, podemos notar um contraste entre as crianças levadas a Jesus e a resistência dos discípulos. Papel dos discípulos é conduzir as pessoas a Jesus (cf. Mc 2,1-12), e não impedi-las de se aproximarem dele; por isso, a indignação de Jesus (cf. v. 13). A ocasião foi a oportunidade para ele ensinar aos seus discípulos que o Reino de Deus precisa ser acolhido como dom. O Reino de Deus está presente, em primeiro lugar, na pessoa de Jesus; é necessário acolhê-lo como dom do Pai sem opor qualquer resistência. O exemplo das crianças serve para interpelar os discípulos à abertura generosa ao novo (cf. Mc 2,21-22), que irrompe no seio da humanidade na pessoa de Jesus de Nazaré.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca no meu coração o mesmo carinho e afeto que Jesus demonstrou às criancinhas, pois a simplicidade delas me ensina como devo acolher o teu Reino.
FONTE: PAULINAS

Recadinho

As crianças confiam cegamente em seus pais. Longe deles, sentem-se inseguras. Sua vida está segura nas mãos de Deus? - Confiar é o que devemos fazer diante de Deus: Será que confio realmente? - Procuro estar sempre junto de Deus? Sigo os caminhos que Ele pede de mim? - Procuro ouvir sua voz? - Confio em Deus e me coloco em suas mãos?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 - santuario-nacional

2 de Março de 2014


Deus e as riquezas


Mt 6,24-34


Comentário do Evangelho



O cristão não pode viver a sua fé na ambigüidade

No tempo do sofrimento, da perseguição, da angústia de estar longe da terra que Deus prometeu e deu aos ancestrais de Israel, o povo sente-se abandonado por seu Deus. O texto de Isaías deste domingo é resposta a esse sentimento de abandono. O sentimento do povo não corresponde à realidade de Deus e o engajamento da parte de Deus com relação à Aliança. O amor de Deus para com seu povo ultrapassa qualquer amor humano, até aquele que une a mãe ao seu filho. Deus, mesmo quando não experimentamos sensivelmente, sempre está presente e vela sobre todos nós com uma ternura inefável.
O texto do evangelho deste domingo faz parte do “sermão da montanha”. A fé em Deus implica, necessariamente, uma ética correspondente, isto é, um modo de agir e viver a existência humana que corresponda ao desígnio salvífico de Deus revelado em Jesus Cristo. O ser humano é colocado sempre, em todo tempo, diante da necessidade de decidir. No caso do cristão, em razão de seu enraizamento em Cristo, ele não pode viver a sua fé na ambiguidade, servindo a dois “senhores”, nem viver como se não cresse. A fé tem uma implicação ética e exige decisão, portanto, renúncia a tudo o que possa levar o discípulo a não assumir um comportamento condizente com as exigências da vocação cristã. Todos os bens da natureza e os que dela procedem são meios para que o ser humano possa viver em paz. A preocupação excessiva com os bens materiais se opõe à confiança devida a Deus e reivindica o lugar de Deus. O discípulo deve rejeitar tal ambiguidade e ilusão e viver a sua confiança em Deus sem deixar de usar os meios que o permita viver, assim como os seus semelhantes (cf. v. 33). É preciso fazer tudo como se tudo dependesse de nós e esperar tudo como se tudo dependesse de Deus. O apelo à confiança em Deus não é bênção ao comodismo, tampouco à passividade, mas exigência de olhar todos os aspectos da existência humana à luz dos valores do Reino de Deus. A confiança em Deus requerida do discípulo é reconhecimento de que Deus cuida de todos e de cada um particularmente. Deus conhece e vem sempre em socorro de nossa fraqueza. Confiemos no Senhor!
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, centra toda minha vida na busca do teu Reino e na justiça que dele vem, de forma que nenhuma outra preocupação possa ser importante para mim.
FONTE: PAULINAS

Recadinho

Você consegue colocar as coisas de Deus acima de tudo? - Você é rico? Em que consiste sua riqueza? - Você é disponível para socorrer os necessitados? - Você se preocupa com o Reino de Deus? - Seu olho reflete a bondade que vai em seu coração?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 - santuario-nacional

3 de Março de 2014


O moço rico


Mc 10,17-27


Comentário do Evangelho



De fato, Jesus é bom e ele faz bem todas as coisas

A atitude do anônimo que vai ao encontro de Jesus (cf. v. 17a) parece exprimir o seu desejo mais verdadeiro (v. 17b). De fato, Jesus é bom e ele faz bem todas as coisas. No entanto, ele não aceita para si o título de “Bom”, remetendo-o a Deus. Se a bondade pode ser experimentada no encontro com Jesus, através de suas palavras e de tudo o que ele faz, é preciso ser remetida, por meio dele, ao Pai que é a fonte de toda bondade. A absolutização de uma pessoa é um passo da idolatria. A vida eterna que ele deseja é dom e como tal deve ser recebida. Não é merecimento garantido pela prática da Lei nem por qualquer boa obra. Para receber a vida eterna como dom é preciso desapego, pois somente a prática da Lei não é suficiente (cf. vv. 20-21). Ademais, é no seguimento de Jesus Cristo que se encontra o caminho para a vida eterna (v. 21; cf. Jo 14,6). Diante da proposta de Jesus, o homem saiu pesaroso. De fato, a riqueza pode se constituir num verdadeiro obstáculo para se entrar no Reino de Deus. Por vezes a facilidade dos bens materiais pode se confundir com a vida verdadeira. 
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, não permitas que o meu coração se apegue de tal forma aos bens deste mundo, a ponto de levar-me a te colocar em segundo lugar.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

O evangelho de hoje nos apresenta, no caso do jovem rico, um grave erro que pode ocorrer na vida de todos nós no que diz respeito à questão da salvação e que se refere ao sujeito da salvação. Às vezes, a gente escuta que as pessoas devem esforçar-se para se salvarem e eu penso que eu devo conseguir me salvar. Ora, ninguém salva a si próprio. Eu não posso ser o meu salvador. Os discípulos perguntaram: "Quem então poderá salvar-se?" A resposta de Jesus é: "Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus, tudo é possível". Não podemos confiar a nossa salvação nem em nós mesmos, nem nos outros e nem nos bens materiais, pois nada ou ninguém, a não ser o próprio Deus, podem nos salvar.
FONTE: CNBB

Recadinho

Jesus fala de modo muito forte e parece excluir os ricos! O que deve fazer um rico para não ser excluído? - Jesus quer dizer que se para uma pessoa comum buscar a vida eterna é difícil... para os ricos é um problema a mais! Como agir para que a riqueza seja um bem e não um problema? - O que o jovem rico deveria colocar acima de tudo? - Afinal, que pecado existe em alguém ser rico? - O que escolher? O Reino de Deus ou as riquezas deste mundo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 - santuario-nacional

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