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VATICANO, 24 Jan. 14 / 02:52 pm (ACI).- ”O vosso ministério, queridos juízes e membros do
Tribunal da Rota Romana, é um serviço peculiar a Deus Amor. Sois essencialmente
pastores. Enquanto desempenhais o trabalho judiciário, não esqueçais que sois pastores!
Por detrás de cada juízo, de cada causa, existem pessoas que aguardam justiça”,
assim se dirigiu o Papa Francisco aos juízes do Tribunal Apostólico da Rota
Romana.
Recordou-lhes que “a dimensão jurídica e a dimensão pastoral do ministério
eclesiástico não estão em contraposição porque ambas concorrem à realização dos
fins e da unidade de ação próprias da Igreja”.
“A atividade judiciária eclesiástica, que se configura como serviço à verdade
na justiça tem efetivamente uma conotação profundamente pastoral porque está
finalizada a conseguir o bem dos fiéis e a edificação da comunidade cristã.
Além disso, queridos juízes, mediante seu ministério específico, contribuem com
competência a fazer frente às temáticas pastorais emergentes”.
Continuando, o Santo Padre traçou um breve perfil do juiz eclesiástico do ponto
de vista humano, judiciário e pastoral. No primeiro caso, requer-se do juiz
“uma maturidade que se manifeste na serenidade de julgamento e o distanciamento
de pontos de vista pessoais. Também faz parte dessa maturidade a capacidade de
impregnar-se na mentalidade e nas aspirações legítimas da comunidade onde
desempenha seus serviços”.
No aspecto judiciário, além dos requisitos da doutrina jurídica e teológica, no
exercício do seu ministério, o juiz deve caracterizar-se pela “perícia no
direito, a objetividade de juízo e a equidade, julgando de maneira
imperturbável e imparcial. Além disso, na sua atividade, deve guiar-se pela
intenção de tutelar a verdade, no respeito da lei, sem ignorar a delicadeza e a
humanidade próprias do pastor de almas”.
Por último, o perfil pastoral, já que “enquanto expressão da solicitude
pastoral do Papa e dos Bispos,
requer-se do juiz não só competência, mas também autêntico espírito de serviço.
É o servidor da justiça, chamado a tratar e a julgar a condição dos fiéis que,
com confiança, dirigem-se a ele, imitando o Bom Pastor que cuida da ovelha
ferida”.
“Por isso está animado pela caridade pastoral. Essa caridade que Deus derramou
nos nossos corações -concluiu o Santo Padre- (...) e constitui também a alma da
função do juiz eclesiástico”.
Etiquetas: Vaticano, Papa Francisco
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