segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

São Pedro Fourier - 09 de Dezembro


São Pedro Fourier
1565-1640
Fundou a Congregação de Nossa 
Senhora das Cônegas de Santo
Agostinho 
Pedro Fourier nasceu em 30 de novembro de 1565, em Mirecourt, uma pequena aldeia da Lorena, na França. Ainda jovem, tornou-se um professor admirado e respeitado por seu caráter e competência, que quase todas as famílias desejavam lhe entregar seus filhos para educar. Percebendo o chamado para a vida religiosa, ao completar vinte anos entrou para a Ordem dos Cônegos de Santo Agostinho, onde cursou teologia e filosofia, para finalmente ser ordenado sacerdote.
Mas Pedro era tão rigoroso e disciplinado consigo mesmo e com os irmãos de Ordem, que estes logo fizeram com que fosse transferido do convento. Assim, ele foi designado para ocupar uma das três paróquias que estavam vagas. Preferiu a mais pobre e carente, numa região onde dominavam a corrupção moral e os protestantes calvinistas.
Nessa paróquia permaneceu trinta anos, o suficiente para mudar o comportamento de praticamente toda a população. Incansável, conseguia tempo para percorrer os arredores, arrebanhando centenas de convertidos com sua pregação simples e eficiente. Também fundou em sua paróquia três associações apostólicas: a de São Sebastião, para homens; a do Rosário, para mulheres; e a da Nossa Senhora Imaculada, para moças. Todas voltadas para a educação e formação das crianças e jovens daquela região e arredores.
Entretanto Pedro não obteve sucesso quando criou a primeira escola para os meninos. Por isso, antes de fundar a das meninas, decidiu preparar pessoalmente, e muito bem, as professoras. Reuniu quatro moças, dirigidas pela jovem Alix Le Clerc, e começou a ensinar-lhes as técnicas pedagógicas de ensino, valendo-se da sua grande cultura e didática. Foi assim que fundou a Congregação de Nossa Senhora das Cônegas de Santo Agostinho. A nova Ordem foi aprovada pelo sumo pontífice em 1616, tendo como co-fundadora Alix Le Clerc, hoje bem-aventurada.
Cumprida essa missão, recebeu a tarefa de reformar a própria Ordem, expulsando dela qualquer indício do espírito calvinista, que ameaçava instalar-se. Pedro, em 1622, foi eleito superior dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Mas encontrou muita oposição dentro do clero e, principalmente, do governo.
Em 1636, o rei da França exigiu que Pedro fizesse um juramento que ia contra sua consciência e contra o papa. Em vez disso, preferiu o exílio. Teve, então, de mudar-se para a diocese de Gray, na Borgonha. Embora tivesse o cargo de superior da Ordem, os últimos quatro anos ele passou exercitando o que mais gostava e que fizera em toda sua vida: ensinando as crianças e os jovens numa escola gratuita que ele mesmo ali fundara.
O grande educador, fundador e pregador Pedro Fourier morreu no dia 9 de dezembro de 1640, em Gray. Foi canonizado, em 1897, pelo papa Leão XIII.
São Pedro Fourier


FUNDADOR DAS RELIGIOSAS DE NOSSA SENHORA
- CÔNEGAS REGULARES DE SANTO AGOSTINHO -

Comemoração litúrgica: 09 de dezembro

Também nesta data:  Santa Leocádia, Santa Gorgônia e São Basiano

São Pedro Fourier nasceu em 1565, em Mirecourt, pequena aldeia de Lorena, de pais pobres, porém virtuosos.  De boa índole, era Pedro uma criança piedosa e pouco afeita aos prazeres juvenis. Nos estudos que fez em Pont-a-Mousson, teve ocasião de revelar os belos talentos e não tardou que, entre todos os condiscípulos, se distinguisse pelo saber e preparo intelectual extraordinário. Como professor e  educador, revelava qualidades superiores, tanto que de preferência se  lhe confiavam as  crianças, às quais sabia incutir amor ao trabalho, temor de Deus e  respeito à inocência e pureza d’alma.  Na idade de vinte anos, entrou para a Ordem dos Cônegos de Santo Agostinho, onde mais se dedicou à vida religiosa;  fez o curso de filosofia, para um ano depois ser ordenado sacerdote.
O zelo, a virtude do jovem levita, desgostou bastante os companheiros da Ordem, os quais, para se verem livres do incômodo monitor,  trataram de afastá-lo. Foram-lhe oferecidas três paróquias, entre as quais escolhesse a que mais lhe agradasse.  Tendo ouvido a opinião de um parente, Padre João Fourier, da Companhia de Jesus, escolheu não a mais rendosa e menos trabalhosa, mas a que mais esforço lhe exigia e menos rendimento oferecia.  De fato, a freguesia de sua escolha tinha tão má fama, que era chamada Genebra em miniatura (Genebra era a sede do calvinismo e cidade corrompida).
Três anos trabalhou Fourier naquela Paróquia. Pela dedicação, palavra e oração, fez com que se verificasse uma remodelação tal entre os fiéis, que mereceu os maiores elogios dos bispos. Não satisfeito com o trabalho que a paróquia lhe dava,  Fourier  estendia  sua atividade a outras localidades, onde igualmente conseguiu a conversão de muitos, a reforma dos costumes e a extinção da heresia calvinista. O ducado de Salm, onde imperava o calvinismo, Fourier em menos de seis meses o reconquistou à fé católica.  Mais árduo foi o trabalho da reforma nos conventos. Mas, com a graça de Deus e a persistência dos conselhos, neles conseguiu o restabelecimento da disciplina monástica.
Grande merecimento teve Fourier com a fundação de uma Congregação religiosa, feminina, dedicada a Nossa Senhora. As religiosas desta Congregação destinavam-se, além da vida religiosa,  ao ensinamento da mocidade feminina. Fourier teve a  satisfação de obter para esta obra a aprovação apostólica e vê-la difundir-se com grande rapidez.
Ao trabalho da Congregação, associou-se a  responsabilidade de superior dos Cônegos Regulares. Também desse cargo, Fourier se  desempenhou com toda a dignidade e máxima competência.
Graves perturbações obrigaram-no a sair de Lorena e  domiciliar-se em Gray, na Borgonha, onde se dedicou inteiramente ao serviço da infância.
Mestre abalizado em todas as  virtudes, mais se distinguia no amor de Deus e  do próximo. À oração pertencia todo o tempo que lhe sobrava dos trabalhos do estado, A maior parte da noite passava-a em exercícios de piedade. Trabalho nenhum começava, sem invocar o auxílio divino.  Em tudo o que fazia,  visava a glória de Deus e o cumprimento da vontade divina. A todos que lhe pediam conselho, recomendava que fizessem sempre o que mais agradasse a Deu,  e que fosse evitada a mais leve sombra do pecado.
Sendo eleito superior geral da Ordem, reservou para si o serviço de enfermeiro.  Tratar dos doentes era-lhe uma delícia, e era de ver com quanto carinho, com quanta dedicação, não se entregava a  esse ofício, por todos considerado o mais penoso.  Maior ainda  era o zelo que tinha pela salvação das almas.  Para reconduzir alguém ao caminho da fé e da virtude, para fortalecer outros na prática do bem, Fourier não media sacrifícios. À conversão dos hereges, à penitência dos pecadores,  à perseverança dos justos, dedicava muita oração,  muita mortificação, e aplicava muitas vezes o santo sacrifício da Missa.
Imaculada conservou Fourier a  inocência batismal, fugindo de tudo que a pudesse macular. Sendo inevitável tratar com pessoas de outro sexo, sempre se havia com  a maior prudência. Era inimigo declarado de toda palavra menos honesta e de modinhas livres. Como vigário, envidou todos os esforços para extirpar na paróquia o que pudesse  ofender a boa moral.
A Vida de Fourier era a prática de penitência ininterrupta.  Freqüentes vezes entremeava dias de  completo jejum. Tinha por indumentária, um hábito de fazenda áspera e grossa. O leito era uma tábua e, livros, substituíam o travesseiro. Não satisfeito com essas mortificações, sujeitava o corpo a rudes penitências, até correr sangue.
Como prenúncio da morte, Deus mandou-lhe uma febre violenta.  Sentindo a última hora aproximar-se, recebeu os Santos Sacramentos com uma devoção que a todos edificou.  Ora beijava ternamente o crucifixo, ora com os olhos, procurava a imagem de Maria Santíssima, enquanto os lábios formulavam a piedosa prece: “Maria, mostrai que sois minha mãe. Como Mãe minha, sempre vos invoquei, não rejeiteis agora o vosso filho adotivo.”.
A última satisfação que teve, foi poder celebrar ainda a  festa da Imaculada Conceição. No dia seguinte, aos 09 de dezembro de 1640, sua alma deixou esta terra, para entrar no reino do Pai celeste. Às 11 horas da noite, o  santo servo de Deus,  fez o sinal da cruz por três vezes e, os seus olhos, fecharam-se para sempre.  Fourier foi canonizado em 1897 pelo Papa Leão XIII.
Reflexões
A virtude do amor de Deus é o traço característico na vida de São Pedro Fourier. O amor de Deus, é entre as virtudes, o que o domingo é  para os dias da semana, o que o sol é entre os astros, o que a rosa é entre as flores: Das virtudes, a rainha.  O amor de Deus é virtude obrigatória, para todos que querem ser de Deus. Parece um paradoxo os homens serem obrigados a amar a Deus, quando são seus filhos, quando lhe devem tudo o que são e o que possuem.  Mas tão afastados andam os homens de Deus Nosso Senhor, que é preciso fazer-lhes lembrar esta obrigação, de amar a Deus sobre todas as coisas.
Os santos, cultivaram o amor de Deus a tal ponto, que evitavam o menor pecado, a mais insignificante falta, receando ofender seu maior benfeitor. Porque tinham o amor de Deus, os mártires iam de bom ânimo ao cárcere, alegres subiam à fogueira, entoavam cânticos de louvor à hora em que eram levados à arena, ou ao lugar da crucificação. Porque tinham o amor a Deus, os missionários de todos os séculos, abandonaram pátria e família, para dedicar-se ao serviço mais penoso, da evangelização  dos gentios.  Porque tinham o amor a Deus, os santos eremitas desfaziam-se das vaidades do mundo, para se enterrarem na solidão das matas ou do deserto; para viver a pão e água , refeição frugalíssima, que repartiam com as feras das selvas. Por amor a Deus é que milhares e milhares de donzelas deixaram o doce sossego da família, para prestar serviços de bom samaritano, a pobres, doentes e  míseros indigentes.
Vendo a  sociedade moderna, constatamos um espantoso declínio do amor de Deus. Poucos há que amam a Deus. Bem aplicáveis ao nosso tempo são as palavras de São João: "O mundo é mau. O que no mundo há, é concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba da vida".  Se não queremos perder -nos no turbilhão do mundo, devemos, como os santos, conhecer e amar a Deus e servir-Lhe a  Ele só .  Como os santos, devemos começar uma vida de oração, virtude e santidade, sem nos importar com o conceito que de nós formarem os mundanos. Ao mundo, sejamos exemplos vivos de conversão e amor, jamais de mau exemplo,  de idolatria, de escândalo ou perdição.
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