Luís
(Alojzy) Liguda e companheiros
Bem-aventurado
1898-1942
Bem-aventurado
1898-1942
O ódio racial disseminado
pelo nazismo provocou mais de cinco milhões de vitimas na população civil
polonesa, dos quais muitos eram religiosos, sacerdotes, bispos e leigos
atuantes católicos.
Entre todos foi possível relacionar cento e oito
religiosos, com base nas noticias recolhidas e nas testemunhas vivas. Somente
em 1992 começou o processo para canonizá-los como mártires do holocausto. Como
resultado, o papa João Paulo II beatificou quatro deles quando de sua viagem à
Polônia em 1999. Todos sacerdotes verbitas, vítimas do ódio contra a religião.
Um deles foi Luis (Alojzy) Liguda.
Luís era polonês, de maneira que nesse idioma seu
nome é Alojzy. Nasceu no dia 23 de janeiro de 1898. Entrou para a Sociedade do
Verbo Divino, Congregação dos padres verbitas, destinados às missões
evangelizadoras estrangeiras, em 1920. Foi ordenado sacerdote em 1927. Formado
em literatura polonesa e história, publicou vários livros sobre homilética.
Desejava muito ser missionário na China ou na Nova Guiné, mas foi destinado a
servir no seu país de origem.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Polônia foi
invadida em 1939. Na época, padre Luís era reitor do Seminário Menor de Gorna
Grupa, na Polônia. Em 1940, o seminário foi transformado em campo de
confinamento dos religiosos presos pelos alemães. Ele era um desses
prisioneiros. Antes de chegar ao destino final, o campo de concentração de
Dachau, na Baviera, passou por duas horrendas prisões.
Em Dachau, foi conduzido ao terrível "bloco
29", resevado aos prisioneiros com tuberculose. Como todos os
companheiros, foi condenado à morte. Mas não como eles, nas câmaras de gás: foi
afogado num tanque de água do campo entre os dias 8 e 9 de dezembro de 1942.
Firme e amoroso é o testamento espiritual que
padre Luís transmitiu daquele depósito de torturas e morte aos seus queridos
irmãos verbitas e a toda a humanidade: "Os seres humanos podem tratar-me
como algo insignificante, mas não conseguem fazer de mim uma pessoa vil. Dachau
pode privar-me de todos os meus direitos e títulos, mas o privilégio de ser
filho de Deus ninguém mo pode tirar. Repetirei sem cessar: 'Deus sempre será e
permanecerá meu Pai'". Uma das mais eloqüentes declarações da dignidade de
cada ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus.
Padre Luís Liguda morreu num dia de grande festa
para os católicos, que nele festejam a Imaculada Conceição de Maria. Essa data
também foi destinada para as homenagens de sua memória.
Nenhum comentário:
Postar um comentário