Papa Francisco. Foto:
Grupo ACI
VATICANO, 11 Nov. 13 / 09:40 am (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Francisco refletiu sobre o
Evangelho deste domingo, que apresenta Jesus lidando com os saduceus que
negavam a ressurreição, e assegurou que o amor de Deus é eterno, e espera a
cada um de nós.
Em suas palavras prévias à oração do Ângelus, na Praça de São Pedro, o Santo Padre recordou que os
saduceus, para colocar Jesus "em dificuldade e ridicularizar a fé na
ressurreição dos mortos" utilizam "um caso imaginário: ‘Uma mulher
tinha tido sete maridos, mortos um após o outro. Os saduceus perguntam a Jesus:
De quem a mulher será esposa depois de sua morte?’".
O Papa assinalou que "Jesus, sempre manso e paciente, primeiro
responde que a vida depois da morte não tem os mesmos parâmetros que a vida terrena. A vida
eterna é outra vida, numa outra dimensão em que não haverá matrimônio,
que está ligado à nossa existência neste mundo".
"Os ressuscitados, disse Jesus, serão como anjos e viverão num
estado diferente, que agora não podemos experimentar e nem imaginar.".
Mas logo, disse Francisco, "Jesus, por assim dizê-lo, passa ao
contra ataque, o faz citando a Sagrada Escritura, com uma simplicidade e
originalidade que nos deixam cheios de admiração pelo nosso Mestre, o único
Mestre!".
"A prova da ressurreição Jesus a encontra no episódio de Moisés e
da sarça ardente onde Deus se revela como o Deus de Abraão, Isaac e Jacó. O
nome de Deus está ligado aos nomes de homens e mulheres aos quais Ele se liga.
Essa ligação é mais forte que a morte".
E nós, disse o Papa, "podemos também dizer da relação de Deus
conosco, com cada um de nós: Ele é nosso Deus! Ele é o Deus de cada um de cada
um de nós! Como se Ele levasse nosso nome".
"Ele gosta de dizê-lo e esta é a aliança. É por isso que Jesus
afirma: ‘Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele’.
Esta é uma ligação decisiva, a aliança fundamental, aliança com Jesus. Ele é a Aliança.
Ele é a vida e a ressurreição, porque com o seu amor crucificado venceu a
morte".
O Santo Padre destacou que "em Jesus, Deus nos doa a vida eterna,
doa a todos, e todos graças a Ele possuem a esperança de uma vida ainda mais
verdadeira do que esta. A vida que Deus nos prepara não é um simples
embelezamento desta atual: ela supera a nossa imaginação, porque Deus nos
surpreende continuamente com o seu amor e sua misericórdia".
Portanto, o que vai acontecer é exatamente o contrário do que esperavam
os saduceus. "Esta vida não é referência para a eternidade, para a outra
vida que nos espera, mas é a eternidade que ilumina e dá esperança à vida
terrena de cada um de nós!".
O Papa disse que "se olharmos apenas com os olhos humanos, tendemos
a dizer que o caminho do homem vai da vida para a morte. Isso se vê! Mas isso é
somente se o observarmos com os olhos humanos".
"Jesus inverte essa visão e afirma que a nossa peregrinação vai da
morte para a vida: a vida plena! Nós estamos em caminho, em peregrinação para a
vida plena e essa vida plena ilumina o nosso caminho!".
Portanto, indicou Francisco, "a morte está atrás, não diante de
nós. Diante de nós está o Deus dos vivos, o Deus da aliança, o Deus que leva
meu nome, nosso nome".
"Como Ele disse: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus
de Jacó’, também o Deus com meu nome. Com seu nome, com seu nome, com seu nome,
com nosso nome Deus dos vivos! Está é a derrota definitiva do pecado e da
morte, o início de um tempo novo de alegria e de luz sem fim".
O Santo Padre assinalou, entretanto, que "já nesta terra, na
oração, nos sacramentos e na fraternidade, encontramos Jesus e
seu amor, e assim podemos saborear algo da vida eterna. A experiência que
fazemos de seu amor e sua fidelidade se acendem como um fogo em nosso coração e
aumenta a nossa fé na ressurreição".
"De fato, se Deus é fiel e ama, não pode ser a tempo limitado: a
fidelidade é eterna, não pode mudar, o amor de Deus é eterno, não pode mudar!
Não é por tempo limitado: é para sempre! É para ir adiante! Ele é fiel para
sempre, e espera a cada um de nós, acompanha a cada um de nós com esta
fidelidade eterna", concluiu.
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